Uma verdade que dói aos turcos
por A-24, em 10.01.13
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Recentemente, o embaixador turco na Áustria, Kadri Ecvet Tezcan, deu uma entrevista na qual diz aos Austríacos que parem de intervir no processo de integração da Turquia na União Europeia, acusando-os de todos os problemas que impedem a entrada desse Estado asiático pela Europa adentro. Ora o BZO respondeu-lhe à altura, pela voz do deputado Ewald Stadtler, resposta absoluta e exemplarmente memorável: «o partido BZO pede ao ministro federal para os Assuntos Internacionais e Europeus que declare o embaixador turco Kadri Ecvet Tezcan "persona non grata" e exija a sua imediata demissão.» (...) «o povo está farto da converseta da tolerância de sentido único da qual vocês se alimentam».
Recentemente, o embaixador turco na Áustria, Kadri Ecvet Tezcan, deu uma entrevista na qual diz aos Austríacos que parem de intervir no processo de integração da Turquia na União Europeia, acusando-os de todos os problemas que impedem a entrada desse Estado asiático pela Europa adentro. Ora o BZO respondeu-lhe à altura, pela voz do deputado Ewald Stadtler, resposta absoluta e exemplarmente memorável: «o partido BZO pede ao ministro federal para os Assuntos Internacionais e Europeus que declare o embaixador turco Kadri Ecvet Tezcan "persona non grata" e exija a sua imediata demissão.» (...) «o povo está farto da converseta da tolerância de sentido único da qual vocês se alimentam».
Stadtler brilha particularmente ao prontamente denunciar o seu colega parlamentar que quis «desdramatizar» o caso dos homicídios dos sacerdotes cristãos na Turquia. Quem já discutiu com a chusma antirra já terá encontrado pelo menos um caso destes - é súcia capaz de se fazer muito indignada e compadecida se algum negro ou muçulmano leva uma lambada em solo europeu, mas está usualmente pronta ou a ignorar completamente todo e qualquer sofrimento de europeus às mãos de não europeus (e os mé(r)dia ajudam a ignorar, porque pura e simplesmente não noticiam a coisa e acabou, assim é fácil para a antirraria ignorar tais casos) ou então a desavergonhadamente fazer troça da simples referência a esse sofrimento de europeus. Stadtler reagiu com a agressividade necessária, muito bem colocada e audível, no chamado «timing» certo, com a adequada dose de vitalidade verbal, e quando depois refere um outro caso, o de uma jovem muçulmana assassinada na Áustria pelo seu próprio pai, não se esquece de atirar, a um político da hoste xenófila «agora está autorizado a sentir pena», uma vez que a jovem assassinada é muçulmana...
Acima de tudo o resto, Stadtler acerta em cheio ao fazer notar quehá alguns políticos que não aceitam a tolerância de um só sentido mas que o eleitor, portanto, povo, não a aceita de todo - salienta assim a diferença entre a postura ideológica da classe política reinante, xenófila (apenas alguns políticos destoam, os nacionalistas), e a sensibilidade popular, que está definitivamente farta dessa pseudo-tolerância.