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A-24

Videojogos: sexo na primeira pessoa na nova versão de GTA V

por A-24, em 18.11.14
DN

A versão para as consolas de última geração de GTA V permite jogar na perspetiva da primeira pessoa. Todas as ações do jogo foram adaptadas, incluindo sexo com prostitutas, como logo descobriram os jogadores.
A última versão da série de videojogos Grand Theft Auto (GTA), a quinta, é um dos mais rentáveis jogos de todos os tempos. Agora,foi adaptado para as consolas PS4 e Xbox One e inclui uma novidade: a perspetiva na primeira pessoa. E nenhum pormenor parece ter sido esquecido.
Enquanto na versão original de GTA V, para PS3 e Xbox 360, se jogava na terceira pessoa, numa tradição que se iniciou no terceiro título da série, no tempo da PlayStation 2, a Rockstar North decidiu ir mais longe na adaptação para as consolas de última geração.
Nestas, é possível escolher jogar na "primeira pessoa", algo até agora inédito na série. De resto, o jogo é o mesmo. Passa-se num enorme universo aberto, em que o jogador tanto pode seguir as missões que lhe vão sendo dadas - quase todas de um elevado nível de violência, ou não fosse um criminoso de carreira - ou pode simplesmente explorar o ambiente em seu redor.
Esta última opção inclui várias atividades possíveis, desde simplesmente conduzir a fazer carreira de tiro ou assaltar transeuntes. Ou contratar o serviço de uma prostituta, como escreve hoje o The Mirror.
Se nas versões anteriores esta opção limitava-se a pouco mais do que encostar o carro, convidar a rapariga, conduzir até um local resguardado e ver o carro a abanar (ficando o resto à imaginação do jogador), na versão na primeira pessoa a simulação torna-se, inevitavelmente, um pouco mais realista... Como demonstram vídeos carregados no YouTube.
Na realidade, não existem imagens de sexo explícito no jogo,mas sem dúvida que há um nível de proximidade acrescido no processo.
E não estamos a falar em adaptar o jogo para realidade virtual, como o Oculus Rift. Mas há quem esteja a trabalhar nisso...

Interstellar: odeia, odeia a luz que começa a morrer

por A-24, em 17.11.14
No filme Interstellar surge um buraco de minhoca, que cria um atalho no espaço-tempo, e que do outro lado tem planetas estranhos. Mas este não é um filme sobre o espaço interestelar, é sobre o homem. É um hino à vida ao enfatizar a luta com a morte que a ciência permite.

O verso “Odeia, odeia a luz que começa a morrer” é de Dylan Thomas, o escritor galês cujo centenário se está a comemorar. A respectiva estrofe é repetida por um dos personagens do filme “Interstellar”, do realizador norte-americano Christopher Nolan, que acaba de se estrear em Portugal e em todo o mundo. Quem a repete é o professor John Brand (Michael Caine), um físico da NASA que procura o mistério último da gravidade e, com ele, a esperança de salvação para uma humanidade ameaçada. O verso de Thomas, que inspirou o título de um romance de António Lobo Antunes, abre um poema belíssimo: “Não entres docilmente nessa noite serena,/ porque a velhice deveria arder e delirar no termo do dia,/ odeia, odeia a luz que começa a morrer.



Interstellar é uma glosa cinematográfica do tema da morte, neste caso o apocalipse do nosso planeta devastado por tempestades e pragas. Como ocorre em geral nos seus tratamentos artísticos, também aqui a morte é recusada. Escreveu um outro poeta, o alemão Friedrich Hoelderlin: “Onde cresce o perigo, surge também a salvação.” A redenção é, no filme, proporcionada pela ciência e pela sua filha dilecta, a tecnologia.
Desvendemos um pouco do enredo, tentando não desmanchar o prazer dos leitores que ainda não viram. Num futuro indeterminado, vastos campos de milho surgem cobertos por nuvens de poeira e são pasto de doenças. Nesse mundo distópico, com o ar a ficar irrespirável, a ciência e a tecnologia quase desapareceram. Na escola ensina-se que a ida à Lua não passou de um embuste. E os estudos superiores são um capricho face a necessidades básicas de sobrevivência.
É nesse cenário que um agricultor, ex-piloto de testes da NASA, Joe Cooper (Matthew McConaughey), tenta manter a sua família: a espertíssima filha adolescente Murph (em jovem Mackenzie Foy e, mais tarde, Jessica Chastain), o filho e o seu sogro, já que a mulher tinha morrido de um tumor na falta de uma ressonância magnética. Tal cenário dantesco está longe de ser novo na ficção científica: lembrei-me de Um Cântico a Leibowitz, de Walter Miller, onde a humanidade regressa à Idade Média após um desastre nuclear e só um conhecimento muito escasso sobrevive. O filme não é claro sobre a origem do “fim do mundo”. Há uma referência ao Dust Bowl, uma série de tempestades de pó que ocorreram, por incúria humana, durante a Grande Depressão, originando fome e miséria: surgem depoimentos autênticos em vídeo de sobreviventes desses anos. O fim no filme não é, portanto, uma explosão nuclear, mas sim o silêncio imposto pela falta de ar. Como escreveu ainda outro poeta, T. S. Eliot: “É assim que acaba o mundo./ Não com um estrondo,/ mas com um suspiro.”

O que é um buraco de minhoca?
Enquanto há vida há esperança. E a esperança irrompe aqui, de um modo estranho, a meio de uma estante. No quarto de Murph surgem sinais, que enviam Cooper para uma secretíssima base da NASA, às ordens do professor Brand. Ao despedir-se comoventemente da filha, o pai não sabe que lhe está destinado o papel de salvador da humanidade. É enviado para Saturno a bordo de uma estação espacial, pois é lá que se encontra a entrada de um buraco de minhoca, isto é, um atalho ou túnel no espaço-tempo para um longínquo domínio interestelar.


E é do outro lado do buraco que vai partir à aventura para planetas para os quais tinham sido enviados pioneiros com o intuito de encontrar refúgio para a humanidade. O plano principal do professor consistia em domar a gravidade para enviar o que restasse da espécie humana a povoar as novas terras encontradas.
O que são buracos de minhoca? Uma ideia dos físicos teóricos que exige uma prodigiosa distorção do espaço-tempo. Segundo a teoria da relatividade geral de Albert Einstein, invocada repetidamente ao longo do filme, o espaço está ligado ao tempo (o espaço-tempo), a matéria à energia (a matéria-energia) e a matéria-energia comanda o espaço-tempo.
Matéria-energia muito densa pode contorcer o espaço-tempo para formar um tubo. O aproveitamento cinematográfico do conceito não é novo. Já o astrofísico Carl Sagan o tinha feito em Contacto, livro que serviu de guião a um filme onde McConaughey entrou, tendo recorrido aos préstimos do seu colega Kip Thorne. Thorne foi agora o consultor científico de Nolan. O aproveitamento das suas especulações era uma ideia que estava na carteira de Steven Spielberg, o realizador de Encontros Imediatos de Terceiro Grau e deAI, mas este cedeu-a a Nolan, o autor de Memento e de O Cavaleiro das Trevas.
O que há de real nos buracos de minhoca? De facto, não se conhece nenhum. Discute-se, porém, em artigos de física, a possibilidade de os construir, que exigiria não só matéria exótica que dobrasse o nosso espaço-tempo a quatro dimensões mas também possivelmente dimensões adicionais. Um físico companheiro de Cooper explica-lhe no filme com a ajuda de uma folha de papel: marca dois sítios, a entrada e a saída do buraco, e diz que eles ficam ligados se se dobrar a folha, isto é, permitindo outra dimensão. O tema das dimensões adicionais é corrente hoje na cosmologia e na física quântica, apesar de não haver provas da sua existência. A ideia agradou a Einstein por proporcionar a unificação das várias forças da natureza, o seu grande sonho que ainda não se materializou. É nesse assunto que o professor Brand trabalha, no futuro onde o filme nos mergulha.
E o que há do outro lado do buraco de minhoca? Planetas estranhos, um deles tão estranho como as paisagens da Islândia, uma vez que parte do filme foi aí rodado, e um buraco negro gigante, o Gargantua, que teve de ser criado virtualmente. Entre outros truques científicos, o enredo envolve a animação suspensa de astronautas, que consiste na suspensão das funções vitais de uma pessoa em hipotermia, e a disseminação de embriões humanos noutros planetas, criopreservados pela bióloga Amelia Brand (Anne Hathaway), filha do professor. Há também uma profusão de truques cinematográficos, como as imagens panorâmicas tiradas por câmaras IMAX e um nível de som que pode incomodar os ouvidos mais sensíveis e que contrasta violentamente com o silêncio sideral. E há truques científicos que combinam com truques cinematográficos como os cálculos que Kip Thorne efectuou para obter imagens do buraco negro o mais realistas possível.

Trama científica impecável
Como o buraco negro tudo atrai, desde a luz até à curiosidade humana, os nossos heróis acabam por se precipitar para o Gargantua. Cooper entra no buraco negro para obter segredos da força gravitacional com a ajuda de um robô não humanóide a quem o argumentista deu deixas muito engraçadas (faz lembrar o HAL de 2001 Uma Odisseia do Espaço, de Stanley Kubrick, uma das influências reconhecidas por Nolan). Esta é a parte que parece mais inverosímil de toda a trama, cuja base científica é em geral impecável, incluindo as especulações aparentemente desenfreadas sobre a passagem do tempo. Dentro do buraco negro Cooper cai em dimensões superiores, numa tecelagem por trás da estante do quarto da miúda. Sim, miúda, porque Cooper viajou para trás no tempo no interior de Gargantua. Consegue enviar sinais cifrados para o quarto. E Murph consegue recolhê-los.
O Homo sapiens salva-se? Sim, graças à drª. Murph, que acabou por seguir física teórica e prosseguir o projecto do professor Brand (o nome dela afinal enganava pois, contrariando o princípio de Murphy, tudo vai correr bem!). E Cooper fica sepultado no tenebroso buraco negro? Não, porque não era totalmente negro. Vai dar a uma base espacial, em Saturno, para onde a população da Terra, ajudada pelos conhecimentos de física, se tinha conseguido escapar. Ainda chega a tempo de assistir à morte da sua filha, com 124 anos, enquanto ele continua relativamente jovem. É o famoso “paradoxo dos gémeos”, enunciado pelo físico francês Paul Langevin, contemporâneo de Einstein: um gémeo que vá a estrelas distantes à velocidade próxima da luz e volte consegue manter a juventude, enquanto o irmão imóvel na Terra envelheceu.

Contado assim (ou melhor, semi-contado, porque não é melhor não contar as peripécias surpreendentes do longo e engenhoso enredo) até parece ficção científica de série B. Mas não, é um dos grandes filmes do nosso tempo, um tempo dominado pela ciência mas ensombrado pelos riscos. Para além de estar muito bem realizado (talentosos actores e portentosas naves consumiram um orçamento equivalente ao Euromilhões), a obra de Nolan não é sobre o espaço interestelar mas sim sobre o homem, a parte do Universo que afinal mais nos interessa. É um hino à vida ao enfatizar a luta com a morte que o conhecimento científico permite.
Voltemos a Dylan Thomas: “Odeia, odeia a luz que começa a morrer.” Mais do que na ciência, o triunfo da vida baseia-se aqui no amor, um sentimento bem claro na ligação cósmica entre pai e filha. Um ser humano vai ao fundo da escuridão, ao interior do buraco negro, em busca de luz para dar à filha. É um representante da humanidade que destemidamente recusa o fim da espécie, mas, para isso, tem de conjugar o conhecimento com o amor. O conhecimento sozinho não chega para salvar ninguém.

Professor de física da Universidade de Coimbra (tcarlos@uc.pt)

WhatsApp apresentada como prova em 40% dos casos de divórcio em Itália

por A-24, em 16.11.14
Público


Em 40% dos processos de divórcio em Itália, a aplicação para troca de mensagens WhatsApp foi apresentada como prova de que um dos elementos do casal era infiel. Segundo um estudo de uma associação de advogados, a aplicação é uma das muitas ferramentas de tecnologia que facilitam actualmente a infidelidade.

O estudo da Associação de Advogados Matrimoniais italiana é citado pelo jornal The Times, que falou com o presidente do organismo, Gian Ettore Gassani. Ao diário, o advogado afirmou que as “redes sociais levaram ao aumento da traição em Itália, ao torná-la mais fácil, primeiro através de texto, depois do Facebook e agora da WhatsApp, que está a ser largamente usada e encorajou o regresso do amante latino”.
O estudo concluiu, segundo Gassani, que através da aplicação e mensagens os infiéis conseguem manter vários relacionamentos extraconjugais ao mesmo tempo. “Os amantes podem agora trocar imagens atrevidas de si próprios e temos assistido a adúlteros que usam o serviço para manter três ou quatro relações - é como dinamite."
A WhatsApp, que conta actualmente com cerca de 600 milhões de utilizadores, foi adquirida em Fevereiro pelo Facebook. Em Itália, 81% dos utilizadores de iPhones usam todos os meses a aplicação. Na semana passada, a WhatsApp passou a informar os seus utilizadores quando as suas mensagens são lidas, através de uma notificação a azul, o que torna mais difícil alegar que não se viu uma mensagem comprometedora.

Para o advogado italiano, a melhor forma de os parceiros adúlteros se verem excluídos de situações embaraçosas é deixar o telemóvel no silêncio. "A minha mensagem para o adúltero é ‘seja prudente’, uma vez que se torna mais fácil a traição, a WhatsApp também torna mais fácil ser apanhado", considerou ao The Times.

Nokia - Era uma vez um ícone

por A-24, em 27.10.14
Desaparece a marca icónica da primeira grande geração de telemóveis. Os modelos Lumia passam a ter apenas a marca Microsoft.

Luís M. Faria 

Daqui para a frente, a Nokia propriamente dita vai concentrar-se naquilo que não vendeu à Microsoft: redes, infraestrutura / ODD ANDERSEN/AFP/Getty ImagesOs telemóveis Nokia vão acabar. O anúncio foi feito esta quarta-feira pela Microsoft, que há pouco mais de um ano comprou essa parte da companhia finlandesa. Em fevereiro deste ano já tinha sido apresentado o primeiro "smartphone" Nokia com sistema Android - um erro original fora tentar usar um sistema próprio, o Symbian, que nunca pegou - mas já veio tarde. Em julho, quando a Microsoft anunciou o corte de mais de 18 mil empregos, a maioria deles era da divisão Nokia. Sinal mais claro não podia haver.
Os telemóveis que até aqui tinham a designação Nokia Lumia passarão a chamar-se Microsoft Lumia. Desaparece formalmente aquele que foi o nome icónico da primeira geração de telemóveis. Para quem se lembra como era ainda há poucos anos, quando não se podia andar na rua sem ouvir a toda a hora o familiar 'toque da Nokia' (havia músicos que se entretinham a fazer variações sobre ele...), a notícia parece incrível. Mas faz sentido nesta era de constante novidade tecnológica. Hoje em dia, quando se fala em telemóveis fala-se em Galaxys e iPhones, ou então em marcas chinesas recentes e cada vez mais conhecidas, como a Xiaomi. Raramente em Nokia.

Para uma empresa que foi líder mundial durante tanto tempo, tem sido um trauma considerável. Como o é para o seu país, a Finlândia, a quem a Nokia ajudou a sair da recessão nos anos 90 e deu o orgulho de produzir finalmente objetos de consumo que todo o mundo queria - a Suécia, país vizinho, fazia-o há muito. Se a venda da Nokia há um ano indignou muitos finlandeses, o fim dos telemóveis tem pelo menos a atenuante de não ser inesperado. A marca é um assunto nacional e toda a gente sabia dos problemas.
Daqui para a frente, a Nokia propriamente dita vai concentrar-se naquilo que não vendeu à Microsoft: redes, infraestrutura. Era o seu foco há já algum tempo, desde que percebeu que o seu telemóvel característico - sólido, fiável, com bateria duradoura - tinha saído de moda. Os mercados que restam a esse telemóvel encontram-se sobretudo em países africanos e asiáticos, bem como na América Latina. A concorrência é intensa, mas a procura está a crescer.
A Microsoft, pela sua parte, também se encontra em mudança. Quer ser uma cada vez menos empresa de software e cada vez mais de serviços e aplicações. Neste momento, se incluir na contagem "smartphones" e "tablets", o seu sistema operativo Windows corre em menos de 20% dos computadores em todo o mundo. A maioria dos telemóveis Lumia já o usam. Resta saber se ainda vão a tempo.

Samsung é a maior empregadora no mundo das tecnologias

por A-24, em 08.10.14
A sul coreana Samsung, em 2013, empregou mais gente que a Apple, a Microsoft e a Google juntas.
Parece que para a Samsung tudo tem de ser em grande. É a marca que mais dispositivos móveis, entre smartphones, tablets e smartwatches, lança anualmente, só este ano já lançou 46 smartphones e 27 tablets, é uma das empresas que mais investe em publicidade e, obviamente, que tudo isto requer capital humano em grande número. Ao todo, só a Samsung Electronics emprega mais de 275 000 pessoas, cinco vezes mais que a Google.
O site Ars Technica revelou, através de uma análise aos relatórios anuais da Samsung, que em 2013 a empresa possuía 275 133 funcionários apenas na Samsung Electronics.

Quando comparada com as outras grandes empresas, nomeadamente a Apple, a Google, Microsoft e Sony, a Samsung empregou mais pessoas durante o período em causa do que a Apple, a Google, Microsoft no seu conjunto. No caso da Sony, que ocupa o segundo lugar deste ranking, tendo elas uma estrutura de negócio bastante próxima, com um leque mais alargado de ofertas, o número de funcionários não atinge nem metade dos números da sul coreana.

Dos 275 133 funcionários da Samsung Electronics, 40 506 são engenheiros de software. Este número por si só já é surpreendente, mas quando comparado com o número de engenheiros de software da Google, torna-se ainda mais, já que a empresa de Mountain View em 2013 contou com 18 593 empregados na área.
Na produção, ou seja, nas diversas fábricas, a empresa emprega cerca de 159 000 pessoas, sendo a Coreia do Sul com a maior fatia de empregados (33,5%), seguida da China com 21% e 20% na Ásia. Nos Estados Unidos, a Samsung Electronics apenas emprega 3,9% de todo este universo.
Mas porque atinge a Samsung um número tão elevado de funcionários face à concorrência?
Na verdade, estamos perante uma das maiores empresas a nível mundial que não se limita a uma só área de actuação. A Samsung não apresenta apenas soluções de software. Apresenta produtos, desde TVs, a câmaras, smartphones e muito mais, com o seu próprio software, daí ser capaz, e ter a necessidade, de deter um número tão elevado de capital humano.

Hoje é o dia… do Leitor de CDs

por A-24, em 01.10.14
Via ppl ware

Há quanto tempo não utiliza um CD?! Muito provavelmente já não se lembra sequer da última vez que o fez. Com o crescimento dos downloads digitais, a massificação dos dispositivos com capacidade para leitura do formato MP3 e toda a sua integração em casa ou no carro, fizeram do CD algo que brevemente pertencerá ao passado.
Hoje é o dia em que se pretende utilizar um pouco de tecnologia “old-fashioned” e celebrar o 32º aniversário do Leitor de CDs… sim, o leitor de CDs é de facto tecnologia antiga. Ligue o sistema de som da sala ou o leitor portátil e tire o pó às caixas de CDs!
Lembro-me dos CDs de música terem surgido em força em meados dos anos 90. Nessa altura era já interessante receber ou oferecer um CD de música como prenda e fazer algumas trocas com amigos.
O primeiro leitor de CDs comercial com tabuleiro deslocável foi lançado pela Sony no dia 1 de Outubro de 1982, no Japão, há precisamente 32 anos. O modelo lançado foi o Sony CDP-101 e, no mês seguinte, foi lançado o Philips CD100 que incluía alguns componentes da Sony. Devido a um acordo entre os dois fabricantes, o lançamento global da tecnologia ocorreu em Março de 1983.
Consequência do desuso desta tecnologia é também a grande queda nas vendas de CDs dos artistas, motivando a criação da Lei da Cópia Privada, mas que inevitavelmente não tem volta a dar. O panorama mudou e a utilização de CDs já pertence à década passada.

iPhone 6 e iphone 6 plus

por A-24, em 09.09.14





Velocidade 


Sistema Operativo



Gráficos





iTime. Está na hora de acordar, Apple

por A-24, em 29.07.14
23/07/2014 | 12:50 | Dinheiro Vivo | Ana Rita Guerra


Por causa de um artigo que falava da dificuldade de diferenciação das fabricantes que usam Android, levei uma ensaboadela sobre como este sistema operativo é tão superior a todos os outros. Por ser de código aberto, por ser flexível, por estar em todo o lado. As pessoas que ainda usam outros sistemas - leia-se, iOS e Windows Phone, porque o resto implodiu - cedo ou tarde irão reconhecer a sua superioridade e mudar.
A minha resposta foi a seguinte: o Android terminará 2014 com 80,2% de quota de mercado. O iOS terá 14,8% e o Windows Phone 8 terá 3,5% (dados da IDC). Não sei se querem que o Android tenha 100%? É possível traçar um paralelismo entre o que está a acontecer com os dispositivos móveis e o que aconteceu com os computadores. Mas com uma certa piada: o software que venceu, Windows, é proprietário. Nenhuma variação do software de código aberto Linux o conseguiu desafiar. Agora, o software de código aberto é o rei e os sistemas proprietários da Apple e da Microsoft estão bem atrás.
Há uma diferença grande na percepção. O Windows disseminou-se de tal forma e tornou-se tão presente na vida das pessoas que passou a ser considerado obrigatório. Não se ia a uma loja dizer: "uau, eu quero este computador espectacular porque adoro o Windows e sou super fiel à Microsoft." Não havia malta com o símbolo do Windows colado na traseira do carro. Nos piores anos (em termos de segurança e de versões falhadas, como o Vista), a maioria dos utilizadores não gostava de usar Windows. Tinha de usar, e pronto.
O Android, que está a chegar próximo do domínio que o Windows conquistou nos anos noventa, é uma situação totalmente diferente. Começou por ser a alternativa e tornou-se a norma, mas não perdeu a aura de diferente, fresco e desafiador - por ser de código aberto. Há qualquer coisa de rebelde nele. Consegue rivalizar com a Apple nos defensores acérrimos e já tem o maior ecossistema de aplicações do mercado, embora gere ainda menos receitas que a App Store.
Serve isto tudo para dizer que há um risco muito real de que o Android venha a significar 90% ou 95% do mercado mundial dentro de (poucos) anos. Mau em todos os aspectos - excepto para a Google, claro, que terá a maior base de dados de utilizadores do mundo sem grandes custos, com todas as suas actividades e gostos mapeadas e prontas a usar. Correio electrónico? Gmail. Site de vídeos? YouTube. Motor de busca? Google Search. Navegador? Chrome. Software on demand? Google Apps. Loja de música? Google Play Music. Software de mapas? Google Maps. Sistema operativo em que tudo isto se passa? Android.
Mau, porque nenhuma situação de domínio tão completo é boa para a concorrência. Ainda que a Apple tenha uma posição bem mais confortável no mercado doméstico - tem 32,5% de quota, contra 61,9% do Android - a tendência é de queda. É bom que a estratégia de Satya Nadella na Microsoft dê frutos e a nova Nokia volte a ter sucesso. É bom que a BlackBerry não desapareça definitivamente. É bom que a Apple acorde e lance inovações significativas, não apenas incrementais. O relógio inteligente de que se fala há anos - e para o qual a marca submeteu uma patente em 2011 - é um bom princípio. Este outono não é o tudo ou nada da Apple. Mas vai ser bastante mais importante que os últimos.

Em três dias, GTA V fez mais dinheiro do que muitos filmes

por A-24, em 22.09.13
Já se tinha percebido que o mais recente episódio da saga Grand Theft Auto, lançado nesta terça-feira, seria um recordista de vendas. Bastaram três dias para o jogo atingir a marca simbólica dos mil milhões de dólares (740 milhões de euros) – muito menos tempo do que os maiores sucessos de bilheteira demoraram para chegar ao mesmo valor.
O montante conseguido com as vendas foi anunciado nesta sexta-feira pela editora e distribuidora do jogo, a americana Take-Two Interactive. Grand Theft Auto V (que em Portugal custa cerca de 70 euros) já tinha vendido 800 milhões de dólares só nas primeiras 24 horas.

As receitas dão ao jogo o estatuto de produto de entretenimento que mais rapidamente atingiu a marca dos mil milhões. Os filmes Avatar (2009), Harry Potter and the Deathly Hallows Part 2 (2011) e The Avengers (2012) foram os que mais rapidamente alcançaram aquela marca de vendas: demoraram todos 19 dias.
As receitas já obtidas com GTA V superam mesmo as receitas totais de bilheteiras de muitos filmes. A ficção científica de Avatar é a recordista, com receitas a rondar os 2800 milhões de dólares, seguindo-se Titanic (1997), com perto de 2200 milhões. Estima-se que apenas 17 filmes tenham conseguido ultrapassar os mil milhões de dólares de receitas (se os valores não forem ajustados à inflação). Entre eles, estão títulos como Senhor dos Anéis: o Regresso do Rei, Toy Story 3 e Jurassic Park. De fora da lista ficam nomes também bem conhecidos, como os filmes da saga Star Wars e ET.
Os videojogos estão a concorrer com o cinema pelo estatuto de indústria cultural mais rentável e mesmo o anterior detentor do recorde agora nas mãos dos criadores de GTA tinha tido uma facturação mais rápida do que a dos filmes no cinema: Call of Duty: Black Ops II, outro título muito popular e que foi lançado no final do ano passado, demorou duas semanas a chegar à marca dos mil milhões.
Por seu lado, os jogos para telemóveis e tablets, embora muito populares e descritos como uma tendência do sector, são muito mais baratos do que os congéneres para consolas e computador (muitos são mesmo distribuídos gratuitamente) e obtêm resultados financeiros mais modestos. A finlandesa Rovio, criadora do muito jogado Angry Birds, terminou 2012 com receitas de aproximadamente 152 milhões de euros.
Só em jogos de consola, os consumidores em todo o mundo deverão gastar este ano perto de 26 mil milhões de dólares, segundo dados da consultora PwC, no relatório Global entertainment and media Outlook. Incluindo jogos para PC, jogos online e ainda para telemóveis e tablets, o sector deverá rondar os 61 mil milhões. Por comparação, a PwC estima que a facturação dos filmes em salas de cinema seja este ano de 13,4 mil milhões de dólares. Os filmes vistos em casa representarão perto de 80 mil milhões.
Público

Microsoft compra Nokia

por A-24, em 05.09.13
Press Europe
Sem que nada o fizesse esperar, a Microsoft anunciou a compra da Nokia, em particular, o segmento dos dispositivos móveis e serviços. Com esta aquisição, a Microsoft pretende tornar ainda mais forte o Windows Phone e enfrentar os concorrentes Apple e Google. O valor da aquisição foi de US$ 7,2 bilhões.
O novo patrão da Nokia Timo Ihamuotila, o presidente da empresa Risto Siilasmaa e o patrão anterior Stephen Elop, anunciaram, a 2 de setembro, a cessão da área de telefones móveis do célebre fabricante de equipamentos de telecomunicações finlandês ao gigante norte-americano de informática Microsoft por 5,44 mil milhões de euros.
“A Nokia já produz mais de 80% dos smartphones que usam o Windows Phone, o sistema operacional da Microsoft, escreve o Helsingin Sanomat, segundo o qual
a Microsoft tentou, sem sucesso, durante mais de dez anos, entrar no mercado dos telefones móveis. Sem a Nokia, isso seria praticamente impossível.