As chuvas em todo o estado desta semana tiveram pouco impacto no alívio de seca extrema , na Califórnia. Na verdade, de acordo com um novo estudo científico, esta seca é a pior que a Califórnia tem experimentado nos últimos 1200 anos . Pesquisadores que estudam os anéis das árvores concluiu que " o evento atual é a seca mais severa dos últimos 1.200 anos, com único ano (2014) e os déficits de humidade acumulados, pior do que qualquer período contínuo anterior de anos secos.
"O estudo publicado como uma pesquisa na revista da American Geophysical Union, foi escrito por Daniel Griffin, da Universidade de Minnesota e Kevin J Anchukaitis do Woods Hole Oceanographic Institution. Ao medir anéis de árvores a partir de cerca de 300 carvalhos azuis, e comparando essas medidas com dados de árvores mais velhas, como sequóias gigantes, os cientistas foram capazes de gerar estimativas de precipitação por séculos. Como o San Jose Mercury News informou: "Os investigadores recolheram amostras de núcleo, que não prejudicam as árvores vivas, de carvalhos com cerca de 500 anos e troncos de carvalho que datam mais de 700 anos (...)
" Apesar de já terem ocorrido 37 vezes ao longo dos últimos 1.200 anos, quando havia três anos de períodos de seca na Califórnia, nenhum período teve tão pouca chuva e foi tão quente de temperaturas tão 2012-14", relatou o Mercury News. Enquanto isso, os californianos ainda esperam que as tempestades desta semana possam significar o início de uma recuperação .
A Ryanair anunciou nesta sexta-feira que vai abrir uma nova base aérea nos Açores, a quarta em Portugal, já em Abril. A companhia low cost vai instalar um avião no aeroporto de Ponta Delgada, prevendo transportar 350 mil passageiros por ano.
De acordo com um comunicado da transportadora aérea irlandesa, a abertura da base acompanhará o lançamento de três novas rotas entre Ponta Delgada e Londres (um voo semanal), Lisboa (dois voos diários) e Porto (um voo diário).
De acordo com cálculos da empresa, o investimento será de 100 milhões de euros, criando 350 postos de trabalho. Este último número baseia-se no rácio da Airports Council International, que estima que são criados 100 empregos por cada milhão de passageiros transportados.
A Ryanair adianta que “também está em negociações com o Governo dos Açores sobre possíveis voos para a Ilha Terceira e voos internacionais adicionais para as ilhas”. Nos últimos meses, a low cost, que já tem bases aéreas no Porto, Faro e Lisboa, tinha deixado transparecer a vontade de lançar voos de e para o arquipélago.
O comunicado inclui declarações do Governo Regional dos Açores, com o secretário para o Turismo e Transportes, Vítor Fraga, a afirmar que espera que a companhia “alcance um grande sucesso com o início das suas operações” para “desenvolver o turismo nas nossas ilhas”.
Já David O’Brien, director comercial da Ryanair, refere que a empresa “congratula-se pela decisão do Governo em abrir o mercado açoriano à competição, o que irá beneficiar os residentes, turistas e consumidores”.
Ainda na quinta-feira, a Easyjet anunciou que começará a voar para o arquipélago em Março, com a abertura da rota, com quatro ligações semanais, entre Lisboa e Ponta Delgada. Além desta transportadora aérea e da Ryanair, também a francesa Transavia e a Biter Canárias já manifestaram intenção de voar para os Açores.
A EasyJet começa a voar para os Açores no final de Março de 2015, com quatro voos semanais entre Lisboa e Ponta Delgada, anunciou nesta quinta-feira o director comercial da companhia aérea em Portugal.
"Finalmente temos todas as garantias de que necessitávamos para podermos anunciar a abertura da rota Lisboa/Ponta Delgada, que vai ser facto real a partir de final de Março do próximo ano", afirmou José Lopes aos jornalistas em Ponta Delgada, após uma reunião com o secretário regional do Turismo e Transportes, Vitor Fraga, que não prestou declarações.
A operação decorre no âmbito do novo modelo de ligações aéreas para os Açores, que estará em vigor em 2015 e que garante que os residentes no arquipélago pagarão, no máximo, 134 euros pelas viagens ao continente e, se a companhia aérea lhes cobrar mais do que isso, serão posteriormente reembolsados da diferença pela administração central.
José Lopes adiantou que a EasyJet vai começar a operação com quatro voos semanais, utilizando um Airbus 320, com capacidade para 180 lugares, e remeteu para a próxima semana a divulgação dos preços do bilhete que a companhia pretende praticar.
"Temos um evento programado para a próxima terça-feira, em que o nosso director geral ibérico estará aqui junto com o secretário de Estado dos Transportes e o presidente do Governo Regional", disse José Lopes, acrescentando que na ocasião "serão anunciados detalhes, nomeadamente os preços que vamos pôr em venda".
Após vários anos de contactos com o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e os governos nacional e regional, o director comercial da EasyJet referiu que a companhia fazia questão de ser das primeiras a anunciar que ia começar a voar para os Açores, estando já a trabalhar para poder cumprir o objectivo de ter um voo diário para o arquipélago a partir do inverno de 2015.
Além da EasyJet, a Ryanair, a Transavia e a Biter Canárias manifestaram intenção de voar para os Açores.
A 31 de Outubro, o Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) informou todas as operadoras aéreas de que o Governo pretendia liberalizar, com efeitos operacionais no verão IATA 2015, o transporte aéreo entre a ilha Terceira e o território continental, bem como entre Ponta Delgada (Aeroporto João Paulo II) e o território continental, ou seja, as rotas Lisboa/Ponta Delgada/Lisboa, Lisboa/Terceira/Lisboa, Porto/Ponta Delgada/Porto e Porto/Terceira/Porto.
Na mesma comunicação, o regulador adiantava que o Governo da República e o Governo Regional dos Açores pretendem aplicar um mecanismo de auxílio social à mobilidade, a definir em diploma próprio, sendo tal auxílio passível de ser atribuído aos residentes na Região Autónoma dos Açores e aos estudantes, em benefício do superior interesse dos cidadãos insulares, mecanismo que assenta nos princípios de coesão social e territorial.
José Lopes explicou que será o resultado da rota Lisboa/Ponta Delgada a ditar a abertura ou não de novas rotas da EasyJet para os Açores, mas admitiu que a companhia aérea já está a estudar abrir a rota do Porto, Terceira e destinos europeus.
Só as ligações entre o continente e as ilhas de São Miguel e Terceira serão liberalizadas em 2015, ao abrigo do acordo assinado entre o Governo Regional e o do República.
O director comercial da EasyJet assegurou que a transportadora aérea de baixo custo "não tem qualquer contrapartida" por voar para os Açores, alegando que "é a concorrência que gera preços baixos" e que a companhia britânica defende mercados abertos.
A EasyJet está presente em Portugal desde 1999, tendo transportado quatro milhões de passageiros de e para Portugal este ano, o que representa mais 3% do que em 2013.
Índice de Percepção de Corrupção de 2014 coloca país em 31.º. Análise não inclui casos recentes como vistos gold, Duarte Lima ou Sócrates.
Portugal subiu duas posições no Índice de Percepção de Corrupção e em 2014 está no 31.º lugar dos países mais transparentes entre os 175 analisados pela organização não governamental Transparency International.
Nos últimos dois anos, o país tinha-se mantido na 33.ª posição, mas agora teve uma oscilação ligeira e passou a apresentar 63 pontos no relatório mundial.
Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia lideram numa lista que tem o Afeganistão, a Coreia do Norte e a Somália como os países mais corruptos.
No ranking mundial, Portugal partilha o 31.º lugar e os 63 pontos (em 100, país totalmente transparente) com o Botswana, Chipre e Porto Rico, ficando seis posições acima de Espanha (37.º), que no índice da Transparency International recolhe um total de 60 pontos, mais um do que em 2013, ano em que se situava na 40.ª posição. Portugal é ainda mais transparente do que a Itália e a Grécia, ambas na 69.ª posição.
“A boa notícia é que desde 2000 tínhamos vindo a perder posições de forma quase desenfreada e nos últimos dois anos esta tendência de descida estancou, mas mesmo assim não estamos a subir”, considerou ao PÚBLICO João Paulo Batalha, director executivo da Transparência e Integridade – Associação Cívica (TIAC). João Paulo Batalha disse que o facto de a subida do país ter sido ligeira demonstra que "Portugal está no limite daquilo que consegue fazer no combate à corrupção".
Se a leitura for feita entre os 28 países da União Europeia (UE) e a Europa Ocidental, Portugal situa-se a meio da lista, na 17.ª posição, novamente à frente de países como Itália, Grécia, Hungria, República Checa, Polónia ou Roménia. Aqui, a liderança é partilhada pela Dinamarca, Finlândia e Suécia.
A TIAC admite que a actual legislação é um bom instrumento para combater a corrupção, mas sublinha que é "necessário que essa legislação se traduza numa eficácia". "Estamos mais ou menos condenados ao meio da tabela europeia. Agora vamos ver de que forma se vão reflectir os casos mais recentes que têm vindo a ser revelados", acrescentou João Paulo Batalha.
O ranking apresentado esta quarta-feira não teve em conta casos tornados públicos recentemente como o dos vistos gold ou as suspeitas que recaem sob o antigo primeiro-ministro José Sócrates, vistos como casos de "grande corrupção", sublinha João Paulo Batalha, que envolvem responsáveis da administração pública e política. É possível que no índice de 2015 estes casos venham influenciar a posição de Portugal. "Num ano de grandes escândalos em Espanha – como o caso de delitos fiscais da infanta Cristina e do marido, Iñaki Urgangarín –, Espanha caiu [no ranking]", exemplifica.
"Temos um ano para mostrar o que por cá fazemos para que Justiça prossiga com estes casos", no sentido de acabar com a "política do amiguismo" e de ter uma "política mais aberta e transparente" para "melhorar a percepção internacional" sobre Portugal, continuou o responsável da TIAC.
O índice permite que se faça um levantamento da situação quanto aos países de língua portuguesa, sendo o mais transparente, por ordem de classificação no índice, Cabo Verde (42.º lugar), seguido de Brasil (69.º), São Tomé e Príncipe (76.º lugar), Moçambique (119.º), Timor-Leste (133.º), Angola (161.º), Guiné-Bissau (161.º). De fora fica a Guiné Equatorial, por falta de indicadores fiáveis. Em 2013 estava na 163.ª posição.
Do total dos 175 países cujos níveis de transparência e corrupção foram avaliados, a Transparency International colocou nos primeiros lugares a Dinamarca (92 pontos), Nova Zelândia (91), Finlândia (89) Suíça (87) e Noruega (86). No fim do ranking, a 174.ª posição foi atribuída ex aqueo à Somália e à Coreia do Norte, ambos com apenas oito pontos, a 173.ª pertence ao Sudão e a 172.ª ao Afeganistão.
Abuso de poder mina esforços contra corupção
O Índice de Percepção de Corrupção de 2014 destaca que as maiores quedas no ranking, e “apesar de um crescimento médio da economia de mais de 4% nos últimos quatro anos”, foram registadas na China, Turquia, Malawi, Ruanda e Angola. Por outro lado, países como a Costa do Marfim, Egipto, São Vicente e Granadinas subiram cinco pontos e o Afeganistão, Jordânia, Mali e Suazilândia aumentaram quatro.
Perante estes dados, José Ugaz, que dirige a Transparency International, considera que o “crescimento económico está a ser prejudicado e os esforços para impedir a corrupção desvanecem-se quando os líderes e altos funcionários abusam do poder para se apropriarem de fundos públicos para obter ganhos pessoais”.
Aos países menos transparentes e mais corruptos a organização aconselha que “adoptem medidas anticorrupção radicais a favor das suas populações”. Por sua vez, os países que lideram o ranking mundial devem “certificar-se de que não exportam práticas corruptas para países subdesenvolvidos”. José Ugaz sublinha que a “grande corrupção em grandes economias não só bloqueia os direitos humanos básicos aos mais pobres, como cria problemas de governança e instabilidade”. “As economias de crescimento rápido cujos governos se recusam a ser transparentes, e toleram a corrupção, criam uma cultura de impunidade em que a corrupção prospera”, reforça o responsável.
O Índice de Percepção de Corrupção de 2014 é realizado com base na percepção de quão corrupto é o sector público e um país e de dados recolhidos em instituições independentes consideradas reputáveis na posse de informações sobre governança e economia. O ranking é a conclusão da análise e comparação de todos esses dados, que incluem actividades ilegais ou subornos, e que apenas se tornam públicas quando são anunciadas investigações e, posteriormente, condenações.
No último ano, o total de meios recebido pelo grupo radical Estado Islâmico com restastes por pessoa por eles raptadas situa-se entre 35 e 45 milhões de dólares, afirmam peritos da ONU, que realizam a monitorização pelo cumprimento das sanções em relação às organizações terroristas.
Segundo dados dos especialistas, o número de raptos cometidos pelos radicais com vista a receber resgate continua a aumentar sem parar. Além do Estado Islâmico, outras organizações terroristas recorrem a semelhantes ações, nomeadamente a Al-Qaeda e os movimentos a ela ligados.
Segundo declarou Yotsna Lalji, perito sobre sanções contra os extremistas, numa reunião do comitêDA antiterrorista do CS da ONU, no período entre 2011 e 2013, a Al-Qaeda na Península da Arábia recebeu 20 milhões de dólares em resgate e a Al-Qaeda nos países do Magrebe muçulmano: 75 milhões nos últimos quatro anos. No total, segundo os peritos, no período entre 2004 e 2012, foram pagos resgates aos terroristas da ordem dos 120 milhões de dólares.
Projeto de lei que reforça carácter judaico do Estado de Israel foi aprovado este domingo. A proposta, dos partidos de direita e extrema-direita, recebeu críticas ferozes, sendo apelidada de "racista" e "crime contra a convivência" entre judeus e minorias.
O governo israelita aprovou este domingo um projeto de lei que define Israel como Estado-nação do povo judeu. A Lei Básica, que deverá sir quarta-feira ao Parlamento (Knesset), institucionaliza a lei judaica tradicional como fonte legislativa e define o árabe, não como língua oficial, mas como "estatuto especial".
Apesar de ter sido aprovado por 14 votos a favor e 6 contra, a proposta gerou grande discussão e controvérsia entre o centro e esquerda e a direita. A versão final da lei poderá ter uma versão menos radical.
Os partidos de direita e extrema-direita, como o Likud, Israel Beitenu e Casa Judaica, saudaram a iniciativa. Para estes, o que importa é o direito de autodeterminação do povo judeu e a viabilidade do Estado de Israel, realçando que a igualdade individual não é colocada em causa. "No Estado de Israel há igualdade para todos os cidadãos, mas o direito nacional é apenas para o povo judeu", defendeu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
As afirmações provocaram indignação entre os opositores, que apelidam a Lei Básica de "racista" e classificam-na de "crime contra a convivência" entre judeus e minorias árabes e cristãs - que constituem 20% da população de Israel. Entre eles, está o ministro das Finanças, Yair Lapid. E o procurador-geral de Israel, Yehuda Weinstein, que critica o facto de exaltar valores judaicos assentes em religião e história, em prejuízo dos valores democráticos.
Segundo vários críticos, a nova lei poderá enfraquecer a declaração de independência de Israel, baseada "nos princípios da liberdade, justiça e liberdade de expressão, proclamada pelos profetas de Israel" e onde se declara "igualdade social e política para todos os cidadãos, independentemente da sua religião, raça ou género".
A proposta pode aumentar as tensões entre israelitas e árabes, num momento em que surgem novas notícias de violência na região. Em Gaza, um palestiniano foi morto este domingo por forças israelitas, sendo a primeira vítima na faixa de Gaza após o acordo de cessar-fogo de 26 de agosto. No mesmo dia, na Cisjordânia, a casa de outro palestiniano foi incendiada em Khirbet Abu Falah, perto de Ramallah.
Médico responsável pelas operações foi detido, mas acusa a administração regional. “Trataram-nas como gado”, dizem familiares das vítimas.
Os serviços de Saúde do estado indiano de Chhattisgarh continuam a contabilizar as mortes de mulheres que foram submetidas a esterilizações forçadas no último fim-de-semana e há já uma nova vítima de um segundo campo na mesma região.
Foram realizadas cerca de 30 intervenções em apenas uma hora num recinto clínico organizado especificamente para o efeito na última segunda-feira, segundo o jornal The Guardian, que cita órgãos de comunicação locais. Para além da morte de uma mulher há mais 20 que foram hospitalizadas, de acordo com o Hindustan Times.
O número de vítimas que morreram na sequência de operações em massa realizadas no sábado ascendeu a 14, segundo as autoridades de Saúde estaduais. Várias dezenas de mulheres continuam internadas e é previsível que o número de mortes possa subir.
As complicações surgiram pouco tempo depois de 83 mulheres terem sido sujeitas a esterilizações num campo organizado pelo governo estadual, no âmbito das políticas de controlo de natalidade indianas. O mesmo médico terá operado todas as mulheres em apenas cinco horas, segundo os jornais locais.
As autoridades sanitárias de Chhattisgarh (um estado no centro do país) prometeram levar a cabo uma investigação e anunciaram esta quinta-feira a detenção de R. K. Gupta, o médico que operou as mulheres.
Gupta negou qualquer responsabilidade pelas mortes, dizendo estar a ser apenas “um bode expiatório”. “Não apenas eu, mas toda a administração regional é responsável pelas mortes”, disse o médico, citado pelo jornal India Today, que apontou para os “remédios de pouca qualidade” prescritos às mulheres após a operação como a razão para as complicações apresentadas.
À Reuters Gupta afirmou ser uma “obrigação moral” operar as mulheres. “Se eles puseram 83 mulheres naquele local, é a minha obrigação moral operá-las a todas. Se eu recusasse, teria de enfrentar a agitação pública”, argumentou o médico, que garantiu já ter realizado 50 mil intervenções do género na sua carreira.
A polícia descreveu as más condições do local onde as mulheres foram operadas, em que havia cães a passar e teias de aranha penduradas no tecto. Ao ritmo a que as operações foram feitas, cada uma terá demorado cerca de dois minutos, provavelmente nem possibilitando a troca de lençóis ou instrumentos – especialistas garantem que para ser bem sucedida cada intervenção terá de durar pelo menos 15 minutos.
As famílias das vítimas estão chocadas com a forma como as mulheres foram tratadas e descrevem mortes após um “sofrimento tremendo”. “Disseram que nada lhes iria acontecer, que era uma pequena intervenção”, contou ao Indian Express Mahesh Suryavanshi, cunhado de uma das vítimas. “Trataram-nas como gado.”
Excessos governamentais
Estima-se que tenham morrido 1434 mulheres na sequência destes procedimentos entre 2003 e 2012, segundo dados das discussões parlamentares citados pelo Hindustan Times, o equivalente a 12 mortes por mês. O jornal adverte, contudo, que os números reais devem ser mais elevados.
Estas notícias revelam os abusos das políticas de controlo populacional que vários estados indianos têm levado a cabo nos últimos anos. O segundo país mais populoso do planeta (1270 milhões de habitantes) pode tornar-se o primeiro em 2030, segundo cálculos das Nações Unidas.
O controlo demográfico tornou-se uma das prioridades de sucessivos governos na Índia – o primeiro país a aplicar um programa nacional de planeamento familiar, nos anos 1970. Num primeiro momento, o Governo de Indira Gandhi organizou um processo de esterilização maciça que abrangeu 10 milhões de pessoas, na sua maioria homens.
Numa sociedade fortemente patriarcal, as esterilizações masculinas despertaram fúria generalizada, ancorada na crença de que os procedimentos retiravam a virilidade aos homens. Os programas passaram, desde então, a concentrar-se quase em exclusivo nas mulheres. Calcula-se que cerca de 37% de todas as indianas casadas tenham sido operadas, face a pouco mais de 2% dos homens. Só em 2012 foram esterilizadas 4,6 milhões de mulheres, segundo os dados oficiais do Governo.
Para cada estado é fixada uma meta anual de esterilizações que deve ser alcançada pelas autoridades de Saúde. O estado de Chhattisgarh (com 24,6 milhões de habitantes), por exemplo, tem de atingir as 180 mil até ao fim do ano. Os responsáveis de Saúde recebem compensações monetárias e são fortemente pressionados a atingir as metas. Às famílias são oferecidas compensações avultadas, muito acima do rendimento médio, tornando ainda mais vulneráveis as mulheres mais pobres. No caso de Chhattisgarh, os familiares receberam 1400 rupias (18 euros), o equivalente a duas semanas de salário.
Organizações como a Human Rights Watch criticam a postura do Governo indiano, “que conta o número de esterilizações como medida do ‘progresso’ sem olhar às circunstâncias”. “É necessária uma reforma total dos programas de planeamento familiar e as abordagens baseadas em metas devem ser eliminadas”, recomenda.
A revista "Forbes Israel" fez uma lista dos dez grupos terroristas mais ricos do mundo e em primeiro lugar da tabela está o Estado Islâmico, com um volume de negócios anual de cerca de 1,6 mil milhões de euros.
Sobre como o califado liderado por Abu Bakr al-Bagdadi conseguiu tanto poder económico em tão pouco tempo, a "Forbes Israel" diz que "a resposta - como muitas questões no Médio Oriente - é o petróleo, e muito".
Actualmente o Estado Islâmico controla 60% das reservas de petróleo na Síria e no Iraque. Conquistou sete reservas de petróleo e gás, incluindo a maior refinaria do país. Outras fontes de rendimento dos extremistas islâmicos são "sequestro e resgate, impostos, assaltos a bancos e saques".
No segundo lugar da lista fica o Hamas. O grupo palestiniano que controla a Faixa de Gaza consegue arrecadar 800 milhões de euros, através da "cobrança de impostos, tributos e taxas, ajuda financeira e doações (principalmente do Qatar)".
"Na verdade, qualquer organização que tem 'um país' e controla um determinado território, a sua capacidade de gerar receitas da actividade económica que ocorre nesse mesmo território é enorme", explicou à "Forbes Israel" Eyal Ofer, economista palestiniano.
Neste caso, o grupo árabe consegue controlar entre 10 a 15% da actividade económica em Gaza.
Em terceiro ficam as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O grupo comunista, formado em 1964, ganha cerca de 480 milhões de euros por ano.
O Hezbollah, baseado no Líbano, segue logo a seguir na quarta posição com 400 milhões de euros de rendimento anual. Para além do financiamento do Irão, a produção e o tráfico de droga enchem os bancos do grupo xiita.
Os talibãs, a Al-Qaeda, Lashkar-e-Tayba (Afeganistão e Paquistão) e o Al-Shabab (da Somália) preenchem os próximos lugares da lista da "Forbes Israel".
Finalmente, os grupos terroristas "menos ricos" são o Real IRA (Real Irish Republican Army) e o Boko Haram. Mesmo assim, facturam cerca de 40 milhões de euros todos os anos.
Da lista apenas as FARC e o Real IRA não são islamitas.
Com as mesmas estimativas de 2013, Portugal ocupa o décimo lugar entre 167 dos países com menor índice de escravatura, e é o 11º entre os europeus. O Brasil é um dos países elogiados pelo combate ao trabalho forçado e escravo no Índice Global da Escravatura 2014.
Depois de no ano passado ter estimado a existência de 29 milhões de escravos modernos em todo o mundo, o Índice Global da Escravatura 2014 apresentou esta segunda-feira novas estatísticas: são 35, 8 milhões.
Os novos números representam uma subida de 20% em relação ao primeiro relatório de sempre sobre a escravatura, divulgado em 2013, mas não indicam, porém, uma subida do número de escravos, sublinha a Walk Free Foundation, uma instituição que luta pela erradicação da escravatura, e autora do relatório. Esta “subida” deve-se a uma melhoria na precisão e no rigor da metodologia usada e no facto de estarem agora a ser revelados casos de escravatura moderna em locais onde estava escondida. O índice de 2014 inclui mais cinco países do que o anterior: Taiwan, Sudão do Sul, Coreia do Norte, Kosovo e Chipre.
O termo escravatura moderna é usado de diferentes maneiras em diferentes países, e é inclusivamente alvo de debates. Para o relatório, escravatura moderna implica o controlo ou posse de uma pessoa, retirando-lhe a sua liberdade individual, com intenção de a explorar. Inclui tráfico de pessoas e trabalho forçado.
Com os mesmos dados do ano passado, 1400 escravos, Portugal ocupa o décimo lugar entre 167 dos países com menor índice de escravatura, e é o 11º da Europa. Cinco países - Índia, China, Paquistão, Uzbequistão e Rússia - concentram 61% do total de escravos estimados. O pior país em termos de prevalência da escravatura é, como em 2013, a Mauritânia, com 4% da população em situação de escravatura, mas em termos absolutos é a Índia que bate os recordes com 14,3 milhões estimados. O Uzbequistão vem a seguir à Mauritânia, algo que se deve a uma imposição de trabalho forçado do próprio governo na apanha de algodão, e que está documentado por várias organizações, dizem no relatório.
O Qatar foi um dos países que “subiu” no ranking entrando no top ten dos países com maiores índices de escravatura: tem agora 1,4% da população em situação de escravatura (e os autores acham que esta é uma estimativa conservadora). A presença no top ten do Paquistão, República Democrática do Congo, Sudão, Síria e República Centro Africana é um reflexo do impacto da guerra na escravatura moderna, interpreta a Walk Free.
Já em relação à Mauritânia, a escravatura é algo difícil de erradicar porque está integrada na sociedade e é perpetuada pela tradição, passa de geração em geração e faz parte do sistema social, escrevem.
Meio milhão na Europa
Apesar de ser a região do globo com o menor índice de escravatura, 1,6%, a Europa continua a ter mais de meio milhão de escravos entre as suas fronteiras - a maioria é para exploração laboral e sexual. Islândia, Irlanda e Luxemburgo são os países europeus com menor incidência de escravatura na Europa, enquanto a Bulgária, República Checa e Hungria têm os níveis mais altos. A Turquia tem, porém, o número absoluto mais alto, com mais de 185 mil.
O tráfico de seres humanos para a indústria da cannabis na Irlanda e a mendicidade forçada em França são alguns dos casos mais recentes. Cerca de 65% das vítimas de tráfico serão cidadãos da União Europeia, 70% das vítimas identificadas serão para exploração sexual e 19% para exploração laboral. Continuam a existir situações de servidão doméstica de cidadãos não-europeus nas casas de pessoal diplomático, escrevem.
Uma das novidades do Índice deste ano é medir as respostas dos governos à escravatura e a taxa de vulnerabilidade da população em cada país relativamente ao problema.
Em relação à resposta governamental, Portugal está em 23º lugar no rankingdos 167 países e em 17º no dos 37 países europeus. Já no índice de vulnerabilidade está no 150º e em 24º no europeu (neste caso, quando mais alta a posição, melhor). Para medir as respostas governamentais ao problema foram usados cinco factores que devem estar incluídos na luta contra a erradicação da escravatura, de acordo com a Walk Free: identificação e apoio a vítimas, mecanismos de justiça criminal adequados, coordenação e responsabilização do governo central, combate às atitudes, sistemas sociais e instituições que facilitam a escravatura, e subcontratação.
O Brasil, que neste índice aparece em melhor posição do que Portugal ocupando o 14º lugar, é um dos países elogiados pelo relatório como um dos três que está a fazer um esforço para prevenir o recurso ao trabalho forçado e escravo nas cadeias de produção, ao lado dos Estados Unidos e Austrália. Estes países fizeram um compromisso público de combate à escravatura moderna nas suas cadeias de produção, como a Austrália, ou tomaram passos decisivos para garantir transparência como a criação da lista negra de empresas no Brasil em que são publicados os nomes das empresas que lucraram com trabalho forçado, escreve a Walk Free.
Quanto à vulnerabilidade da população à escravatura, ela baseia-se em cinco factores: as políticas de combate à escravatura moderna, as protecções dadas por direitos humanos, o nível de desenvolvimento económico e social, o nível de estabilidade estatal e a extensão dos direitos das mulheres e de níveis de discriminação.
O problema asiático
Tal como no ano passado, este índice de 2014 mostra que quase dois terços da população escravizada está na região da Ásia-Pacífico. Trabalho forçado, tráfico para exploração sexual e casamentos forçados são as formas que a escravatura assume, e em países como a Índia e Paquistão a população, por vezes famílias inteiras, são escravizadas através de trabalho escravo na construção, agricultura, produção de tijolos, etc.
Nesta região, a Índia, Paquistão e Tailândia representam quase 50% do total da população mundial escravizada e isto “é um reflexo do facto de muitos dos países no sudeste asiático terem a mão de obra desqualificada que fornece a cadeia de produção de várias indústrias, da comida à tecnologia”.
“Há a ideia de que a escravatura é uma coisa de uma era passada. Ou que só existe em países afectados pela guerra ou pela pobreza. Estes dados mostram que a escravatura moderna existe em todos os países” , afirma Andrew Forrest, o fundador da Walk Free, citado no comunicado de imprensa do relatório.
O Verão de 2014 foi aquele que apresentou o número mais baixo de fogos dos últimos 25 anos, de acordo com os dados hoje divulgados pelo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
A ministra da Agricultura e do Mar aproveitou a ocasião para anunciar que os pequenos proprietários florestais vão ter benefícios fiscais no âmbito da reforma da fiscalidade verde
Francisco Grave Pereira fez o balanço durante a cerimónia de avaliação da época de incêndios fiscais e destacou ainda o facto de a área ardida ter registdo o segundo valor mais baixo dos últimos 35 anos.
O comandante operacional nacional, José Manuel Moura, referiu que no total se registaram este ano 7.217 ocorrências de fogo, que provocaram 19.910 hectares de área ardida.
Presente na cerimónia, a ministra da Agricultura e do Mar aproveitou a ocasião para anunciar que os pequenos proprietários florestais vão ter benefícios fiscais no âmbito da reforma da fiscalidade verde.
“A reforma da fiscalidade verde inclui medidas positivas para dar um impulso também ao investimento na floresta”, disse Assunção Cristas, acrescentando que a reforma da fiscalidade florestal vai incluir oito medidas, nomeadamente ao nível do IRS, Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Imposto de Selo.
Um grupo de suecos levou a cabo uma experiência sociológica, para mostrar como reagem as pessoas perante uma situação de violência. E o resultado é surpreendente.
Em 53 pessoas apenas uma disse alguma coisa
Um casal simula uma discussão e o namorado chega mesmo a empurrar a cabeça da namorada contra a parede do elevador, enquanto outros assistem a tudo sem fazer nada. Há até quem baixe a cabeça, como se vê no vídeo publicado pelo grupo sueco STHLM Panda no YouTube.
Em 53 pessoas que andaram no elevador e observaram a cena de violência, apenas uma disse alguma coisa.
“Se lhe volta a tocar eu chamo a polícia”, disse uma mulher. O falso casal obedeceu imediatamente e foi então que explicaram de que se tratava duma experiência social.