Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A-24

Mundial: Alemanha tetra-campeã do Mundo

por A-24, em 13.07.14

Visão de Mercado


A Alemanha conquistou a 20ª edição do Campeonato do Mundo, a 1ª de um país europeu em solo americano (acabou a maldição). Mario Götze marcou o golo decisivo do encontro, no prolongamento, após jogava individual de Schurrle e terminou com o sonho dos argentinos. Esta geração da Alemanha já merecia este triunfo, e pelo campeonato realizado até foi justo que sejam coroados vencedores, contudo, ao contrário do que muitos previam, a "Mannschaft" não foi superior e até benefíciou do desperdício da Argentina (que apesar de não ter tido muito volume ofensivo, teve mais oportunidades de golo). Götze acabou por oferecer o 4º título Mundial à Alemanha (o 1º troféu no século XXI), numa final mais táctica do que espectacular. A nível individual, os candidatos alemães à Bola de Ouro, Muller e Kroos, estiveram muito aquém, enquanto do lado argentino, Mascherano merecia muito mais. Messi também só apareceu na primeira parte e não conseguiu resolver na final, continuando na sombra de Maradona. 

O primeiro aviso nesta final surgiu por Messi, numa grande arrancada (Hummels ficou para trás), mas o craque argentino não encontrou nenhum companheiro em boa posição na área. Os sul-americanos entraram melhor no jogo e, aos 21 minutos, Higuain desperdiçou a melhor ocasião de toda a partida. Kroos fez um mau atraso, contudo, o avançado argentino rematou ao lado, quando se encontrava isolado. Dez minutos depois, o mesmo Higuain acertou com a baliza, após cruzamento de Lavezzi, mas estava em posição irregular. Até ao intervalo, destaque para mais uma jogada perigosa de Messi (Neuer defendeu e Boateng aliviou) e para um cabeceamento de Howedes ao poste. A segunda parte começou com o desperdício de Messi. O capitão argentino, em boa posição para marcar, rematou perto do poste de Neuer. A Alemanha conseguiu criar mais jogadas de perigo neste segundo tempo, mas Romero e a defesa argentina anularam sempre esse perigo. Do outro lado, foi novamente Messi a rematar com perigo (ao lado). No início do prolongamento, Schurrle colocou os reflexos de Romero à prova, enquanto Palacio falhou o 0-1 de forma escandalosa frente a Neuer (excelente passe de Rojo). Aos 113 minutos surgiu o lance mais importante do encontro. Schurrle avançou pelo lado esquerdo do ataque e cruzou milimetricamente para Götze. O pequeno alemão dominou de peito e rematou certeiro com o pé esquerdo, para o único golo da partida.

Messi - Ainda não foi desta que saiu da "sombra de Maradona", e verdade seja dita que pouco fez por isso. Hoje, fez uma 1ª parte de bom nível, mas, e apesar de no momento com bola continuar a ser de longe o jogador mais perigoso do Mundo, foi perdendo preponderância com o decorrer da partida e, à semelhança do que aconteceu no resto da competição, esteve longe de "carregar a equipa às costas" como se esperava.

"Portugueses" - Marcos Rojo (Sporting) e Enzo Pérez (Benfica) foram titulares na final do Maracanã, colocando pela 1ª vez o nome de clubes portugueses nesta fase da prova. O lateral-esquerdo esteve em bom nível na defesa e ainda assistiu Palacio para um falhanço incrível do argentino, enquanto Enzo, mais discreto que na meia final, contribuiu para a boa primeira parte da Albiceleste. 

Argentina - Uma final com muitos "SE'S". Se Higuaín tem feito o 1-0 (não se pode falhar um lance destes), se Palacio não tem voltado a desperdiçar no prolongamento (tinha feito o mesmo com a Holanda), se Aguero não estivesse apenas a 60%, se Di Maria (um dos 3 jogadores mais importantes) tem jogado, se a equipa tivesse mais frescura física (no prolongamento notou-se a diferença no tempo de descanso), se isto ou aquilo. Mas para a história vai ficar mais uma derrota da Albiceleste numa final frente à Alemanha. A equipa esteve tacticamente perfeita, não concedeu muitas oportunidades aos germânicos e soube explorar as transições rápidas (obrigaram a Alemanha a muitos passes errados no meio campo), mas foi ineficaz na hora do remate. Mascherano fez uma super-exibição, com inúmeras recuperações de bola e desarmes perfeitos (tacticamente irrepreensível), Garayesteve assertivo no eixo da defesa, Biglia foi importante no meio campo, enquantoHiguain falhou quando a equipa mais precisou (desperdiçou um golo de forma incrível).Sabella voltou a errar nas substituições, precipitando-se nas saídas de Lavezzi (ao intervalo) e de Enzo Pérez (Biglia já estava em dificuldades). 

Alemanha - Esta geração do futebol alemão já merecia a conquista de um título. Depois do falhanço em 2006 (apesar do excelente futebol), 2008 e 2010 (perante a Espanha) e de 2012 (frente a super-Mario Balotelli), os germânicos quebraram finalmente a malapata (chegavam sempre longe, mas falhavam nos momentos decisivos). A Alemanha chegou à 4ª conquista Mundial (igualou a Itália) e ao 1º troféu desde o Euro 1996, apoiado pelo bom futebol ao longo da competição. Apesar da final ter corrido de feição à "Mannschaft" (muito desperdício argentino), pode-se considerar justa esta conquista. Schweinsteiger foi enorme no meio campo, nunca virou a cara à luta (muito massacrado) e esteve sempre pronto a receber a bola (criou muitas linhas de passe), Neuer voltou a ser gigante na baliza, Lahm ofereceu grande profundidade no flanco direito, enquanto Schurrle(preponderante) e Götze (decisivo) entraram bem na partida. Kroos esteve mal, com várias decisões erradas e menos forte no passe, Ozil esteve muito apagado e Hummelsteve algumas dificuldades na defesa (Boateng até esteve melhor).

Mundial: Holanda prolonga depressão brasileira

por A-24, em 12.07.14
Público - Não foi a humilhação do jogo anterior, mas o que se pretendia que fosse uma pequena rendenção da selecção do Brasil perante o seu público também acabou em derrota. Neste sábado, em Brasilília, a Holanda garantiu o terceiro lugar do Mundial 2014, ao derrotar a formação orientada por Luiz Felipe Scolari por 3-0.

Depois do desastre do jogo com a Alemanha, que terminou num desaire por impensáveis 7-1, Scolari mexeu muito na equipa, tirando, entre outros, o muito contestado Fred, fazendo entrar Jô para o lugar de ponta-de-lança, para além de poder voltar a contar com o capitão Thiago Silva, castigado no jogo anterior.

Mas foi a Holanda a entrar a toda a velocidade e os primeiros minutos de jogo sugeriram que se podia chegar a nova humilhação brasileira. Logo ao segundo minuto, Arjen Robben é derrubado à entrada da área por Thiago Silva e árbitro argelino Djamel Haimoudi tem um duplo erro de julgamento. Assinala penálti apesar da falta ter sido feita fora da área e mostra amarelo ao central brasileiro quando este devia ter sido expulso.
Quem não falhou foi Robin van Persie que, um minuto depois, colocou a equipa de Van Gaal na frente do marcador, fechando esta sua participação no Mundial com quatro golos.
Aos 17', mais um erro da equipa de arbitragem faz com que a Holanda faça o segundo. Guzmán está ligeiramente fora-de-jogo quando recebe a bola, mas a jogada continua, com o holandês a meter a bola na área. David Luiz faz um corte defeituoso e a bola vai parar a Daley Blind, que faz sem dificuldade o 2-0 para a Holanda.
O jogo que indiciava muitos golos acabou por ter apenas mais um, de novo para a Holanda, por Wijnaldum já em tempo de compensação. E Van Gaal ainda teve margem de manobra e tempo para utilizar Michael Vorm, terceiro guarda-redes da "laranja".
A Holanda, finalista vencida há quatro anos, fica em terceiro do Mundial pela primeira vez, enquanto o Brasil repete o quarto posto alcançado em 1974, melhorando a sua prestação no Mundial da África do Sul em 2010, em que foi eliminado pelos holandeses nos quartos-de-final.

Visão de Mercado

O Brasil acabou o seu Mundial na 4ª posição, depois de duas humilhações em menos de uma semana. Depois da Alemanha, seguiu-se outra selecção europeia a mostrar organização e qualidade perante a apatia e desorganização táctica brasileira. Louis Van Gaal termina assim a sua ligação à "Laranja Mecânica" de forma brilhante, com um 3º lugar (depois das 3 finais perdidas, este é o melhor resultado da Holanda) e 0 derrotas na competição (5 vitórias e 2 empates). O Brasil esteve melhor que na partida anterior, algo que não evitou nova humilhação e mais 2 recordes negativos: organizador de um Mundial com mais golos sofridos (14) e mais golos sofridos pela "Canarinha" num Mundial (o recorde era de 11, em 1938). David Luiz voltou a ficar mal na fotografia, enquanto Robben e Kuyt estiveram em destaque pelos holandeses. Já o árbitro, foi o protagonista do encontro.

A partida voltou a começar mal para o Brasil, com Thiago Silva a derrubar Robben à entrada da área (mesmo no limite). O árbitro considerou grande penalidade, mas incrivelmente deixou o vermelho no bolso. Van Persie converteu a grande penalidade e colocou a Holanda na frente. Pouco tempo depois, David Luiz alivia um cruzamento para a marca de grande penalidade, onde aparece Blind para fazer o 0-2 (1º golo do esquerdino pela "Laranja Mecânica"). O Brasil tentou reagir e forçou, mas para além de dois lances de bola parada, nunca conseguiu incomodar verdadeiramente Cillessen. No segundo tempo, Ramires ficou perto do 1-2, nunca remate perto do poste, mas a Holanda tinha o jogo controlado. Ainda surgiram alguns contra-ataques perigosos por parte dos holandeses, e foi numa jogada rápida que Wijnaldum fez o 0-3. Robben desmarcou Janmaat que cruzou para o remate certeiro do médio centro.

Holanda - O 3.º lugar sabe a pouco e está longe de ser o que os holandeses pretendiam. Mas observando esta selecção, e como tínhamos indicado nos prognósticos (nem acreditávamos que passassem a fase de grupos), acabar a competição sem sofrer derrotas durante os 90 minutos é extraordinário (já na qualificação tinham esmagado a concorrência). E o mérito é todo de Van Gaal, que pegou numa formação que, apesar de ter uma individualidade muito acima da média (Robben) está longe de ser uma potência, e por pouco não chegou ao sonho. O futuro treinador do Man Utd juntou à organização e mestria táctica, uma capacidade fora do normal de potenciar elementos que neste contexto conseguiram quase ultrapassar-se e realizaram um grande Mundial. Kuyt, ex-avançado centro, foi um dos melhores laterais do Mundial; Vlaar e Stefan de Vrij exibiram-se como poucos centrais nesta competição, Blind foi eficaz em todas as posições, e no geral praticamente todos os elementos cumpriram e deram mais do que provavelmente sabem. Quanto ao jogo com o Brasil, acabou por correr de feição à "Laranja Mecânica". Aos 17' já vencia por 2-0 e depois bastou ter alguma organização defensiva para controlar este Brasil, e basicamente acabou por ser um espelho do que foi a Holanda neste Mundial: organização e um super-Robben na frente. O extremo do Bayern (incrível a quantidade de faltas que sofreu) voltou a realizar uma grande exibição, esteve no lance do 1-0 que decidiu o jogo, fartou-se de correr (parece sempre que vai em 3ª e os adversários em 1º), desequilibrou e é claramente um dos grandes nomes do Brasil 2014.

A vitória da Argentina na imprensa sul-americana

por A-24, em 10.07.14














Argentina afastou a Holanda nas grandes penalidades e estará na final do Maracanã.

por A-24, em 10.07.14
Como se não bastasse terem falhado a presença na final do Mundial que organizaram, os brasileiros ainda vão ter de conviver com o facto de os vizinhos e rivais argentinos, eles sim, irem disputar o jogo de domingo, no Maracanã. A Argentina desafiará a Alemanha após ter ultrapassado a Holanda, num encontro que teve de ser desempatado através de grandes penalidades. Aí, Louis van Gaal não pôde contar com Tim Krul, o guarda-redes que saltou do banco de suplentes frente à Costa Rica, com o único objectivo de travar os penáltis. Jasper Cillessen, em quem o técnico tinha depositado toda a confiança na véspera, não defendeu qualquer remate dos argentinos e a Holanda voltou a saborear a frustração num Mundial. A Argentina mantém vivo o sonho de obter um terceiro título de campeã mundial, mas a Alemanha já mostrou que não facilita perante ninguém.

Depois da epopeia de futebol e loucura que foi a meia-final entre Brasil e Alemanha, o adversário da Mannschaft na final do Maracanã emergiu de um jogo que serviu para devolver a tranquilidade aos corações ainda agitados da véspera. Holanda e Argentina tiraram duas horas de vida ao planeta sem darem nada em troca: o tempo regulamentar e o prolongamento foram um deserto de golos, jogadas emocionantes ou defesas espectaculares. Estiveram em campo duas equipas burocráticas, sem pingo de ousadia. Nos penáltis, sem o milagreiro Tim Krul, a Holanda fraquejou. Se o corpulento Krul tinha conseguido fazer bullying com os costa-riquenhos, o delgado Cillessen não teve argumentos para os argentinos. O derradeiro penálti, de Maxi Rodríguez, teve requintes de maldade: o guarda-redes adivinhou a direcção do remate, tocou na bola, mas esta ia com tanta força que não conseguiu segurá-la.

Tendo assistido ao desastre do Brasil, em Belo Horizonte, as duas equipas entraram em campo determinadas a não sofrerem um vexame semelhante. Donde resultou que durante largos períodos de tempo assistiu-se no Itaquerão a algo parecido com um “jogo do sisudo”: argentinos e holandeses olhavam-se fixamente nos olhos, à espera de um sinal de fraqueza do adversário do qual pudessem tirar partido. Uma postura naturalmente calculista, tendo em conta que estava em causa um lugar na final do Campeonato do Mundo. E que ficou reflectida no posicionamento das duas equipas em campo, nomeadamente na solidão dos seus avançados. Com as equipas mais concentradas em salvaguardar a própria baliza, tanto Higuaín como Van Persie nunca tiveram apoio suficiente. No fim do tempo regulamentar o número de remates enquadrados com a baliza era escandaloso, tendo em conta os nomes presentes em campo: zero para a Holanda e dois para a Argentina. Um livre de Messi que Cillessen defendeu (15’) e um corte providencial de Mascherano, quando Robben surgia em excelente posição (90’+1’) foi o melhor que se viu.


O prolongamento nada trouxe de novo: o calculismo atingia níveis ainda mais extremos, com o pensamento de ambas as equipas centrado nas grandes penalidades. Ainda assim, era a Argentina a equipa que parecia disposta a arriscar mais. E só não evitou os penáltis porque Palacio, isolado, cabeceou de forma frouxa para as mãos do guarda-redes holandês (115’).

Van Gaal tinha um grande problema para as grandes penalidades, porque já tendo usado as três substituições não podia colocar Krul em campo. Cillessen tentou o seu melhor, mas para os argentinos era como se não estivesse ninguém na baliza: Messi, Garay, “Kun” Agüero e Maxi Rodríguez converteram com sucesso os respectivos penáltis. Já Romero, guardião pouco seguro e alvo de críticas, brilhou ao travar os remates de Vlaar e Sneijder. Trinta e seis anos depois de terem levado a melhor sobre a Holanda, na final do Mundial 1978, os argentinos voltaram a cantar vitória.

Visão de Mercado

A Argentina assegurou presença na final do Brasil 2014, depois de derrotar a Holanda nas grandes penalidades. Romero foi o herói da Albiceleste e ofereceu a 5ª final ao país de Maradona. Durante os 120 minutos, assistiu-se a uma partida bastante táctica, sem muitos rasgos dos artistas e com ligeira superioridade da Argentina. Ambos os conjuntos tiveram medo de perder, não se repetindo assim o vendaval da noite anterior (este jogo também ficou na história, pelo 1º nulo numa meia final). A Holanda perde assim nova oportunidade de chegar à final, sendo certo que a geração de Robben não vai fazer melhor que as gerações de Cruijff, Van Basten ou Bergkamp (nem com Van Gaal a Holanda conseguiu vencer um Mundial). Kuyt (muito bom tacticamente) e Vlaar (limpou tudo) estiveram em destaque na Laranja Mecânica, enquanto Mascherano encheu o campo do lado argentino (homem do jogo, a par de Romero). Messi fez um jogo pobre, mas está mais perto do sonho, numa Argentina muito forte a defender e com qualidade táctica (ainda não sofreram golos na fase a eliminar e concederam poucas oportunidades para tal). No domingo, teremos um Alemanha-Argentina, pela 3ª vez na história das finais do Campeonato do Mundo.

Durante a primeira parte não houve qualquer oportunidade clara de golo, com a bola a circular mais sobre o meio campo e longe das balizas. Messi ainda testou Cillessen de livre, mas o guarda-redes holandês mostrou-se atento. Na segunda parte, mais do mesmo, num duelo bastante táctico. A melhor oportunidade para os sul-americanos surgiu a 15 minutos do fim, com um remate de Higuain às malhas laterais, enquanto a Holanda, mesmo em cima dos 90 minutos, perdeu a oportunidade de chegar à vitória. Robben permitiu o corte de Mascherano, no único lance de perigo da "Laranja Mecânica" em todo o jogo. No prolongamento, a Holanda entrou melhor, mas coube a Palácio desperdiçar a melhor ocasião nesta fase (o argentino cabeceou para as mãos de Cillessen, quando estava em posição privilegiada). Nas grandes penalidades, Romero levou a melhor sobre Vlaar e Sneijder, enquanto os argentinos não desperdiçaram qualquer oportunidade.

Holanda - A Geração de Cruijff falhou nos anos 70, as de Van Basten e Bergkamp nos anos 80 e 90, respectivamente (nem à final conseguiram chegar), e pelos vistos ainda não vai ser a de Robben, Sneijder e Van Persie a dar o 1º título Mundial aos holandeses. A Laranja Mecânica esteve perto do sonho, apesar de não ter repetido a final de 2010, mas nem com uma abordagem diferente conseguiu vencer o Mundial. Van Gaal montou uma equipa mais forte tacticamente, que não se expõe tanto defensivamente (que era sempre o problema apontado aos holandeses) e acima de tudo pragmática, mas nem assim. Quanto ao jogo, foi o esperado, a Laranja Mecânica com os seus 5 defesas, em vários momentos do jogo até aplicava um 6-3-1, foi sempre muito coesa, nunca se expôs, tentou como é habitual procurar um erro do adversário, mas defrontou uma Argentina muito compacta que tacticamente também esteve quase perfeita, não dando espaços para as transições.Robben, apesar de ter estado no único lance de perigo, foi anulado. Van Persie não teve jogo e o volume ofensivo dos holandeses foi quase nulo. A nível individual Vlaar fez uma super-exibição, incrível o que evoluiu neste Mundial, fortíssimo nos duelos individuais e até nas dobras, Kuyt voltou a ser um lateral competente, e no processo defensivo estiveram quase todos bem (Blind e de Vrij também cumpriram). O problema foi que do meio campo para a frente ninguém conseguiu fazer a diferença. E o que foi feito não foi suficiente para chegar à final (até podia ter acontecido nos penaltis, mas uma equipa que está 2 jogos consecutivos sem marcar não merecia estar no Maracanã).

Argentina - Não foi brilhante, como ainda não foi neste Mundial, mas já está na final (o que já não acontecia há 24 anos) e de certa maneira com a competência defensiva (3º jogo seguido sem sofrer golos) e táctica que demonstrou (não permitiu às individualidades da Holanda, principalmente Robben, ter espaço), acaba por, para já, calar os críticos (contra a Alemanha o tipo de obstáculo é completamente diferente, mas isso é outra história). É certo que a postura de Sabella contribui para um jogo enfadonho e que podia ter um desfecho diferente na lotaria, mesmo as substituições (tirou Enzo e Higuain, quando eram dos que estavam mais em jogo) foram pouco conseguidas, mas verdade seja dita que a única selecção a ter algum volume ofensivo, e que criou mais oportunidades para a marcar, foi a Albiceleste. A nível individual, houve um claro 8 e 80. O 8 foi Messi (muito longe do jogo, inexplicavelmente a decidir mal em quase todas as situações e até algo tímido, na final vai ter de demonstrar que merece estar no patamar de Maradona) e o 80Mascherano (incrível o que jogou, as bolas que recuperou, as dobras que fez, a maneira como encheu o campo com bola e sem bola, e mesmo a sua capacidade de liderança). Nota ainda para as boas exibições de Biglia (a Argentina melhorou muito desde que o médio da Lazio entrou no 11), Enzo (dos mais dinâmicos da Albiceleste, com várias acções individuais de bom nível), Romero (absolutamente decisivo nos penaltis com duas boas defesas) e de todo o sector defensivo (Demichelis e Garay quase perfeitos, Rojo não deu espaço a Robben, e Zabaleta, principalmente na 1ª parte, foi dos elementos mais em jogo).

Capas dos jornais brasileiros após humilhação histórica

por A-24, em 09.07.14

































Vexame suscita debate para que o futebol brasileiro recupere a identidade perdida

por A-24, em 09.07.14
O Globo

BELO HORIZONTE — O barulho do silêncio, que ecoou no Maracanã depois da derrota de 1950, soava inexplicável para quem não testemunhou aquela jornada, até que a explosão de gols da Alemanha trouxe um vazio apaziguador no Mineirão. Depois de quase sete décadas condenadas ao limbo, as almas dos vice-campeões enfim se libertaram. Ao longo dos 90 minutos em que as ilusões do hexa se espatifaram contra o muro da realidade, a tragédia de 1950 se transformou definitivamente numa derrota honrosa. Só no jogo de terça o Brasil tomou um gol a mais do que os seis que sofreu ao longo da campanha do primeiro Mundial em casa.

Revestidas pelo padrão que vem de fora, as paredes do Maracanã foram poupadas do novo golpe. Graças a uma engenharia questionável, seja pela transformação do estádio ou pelo fato de a seleção sequer ter jogado ali nesta Copa, a implosão do projeto original simboliza a perda de identidade de todo o futebol brasileiro. A monumentalidade, a simetria das linhas e o espanto dos visitantes diante de algo nunca visto deram lugar a uma cópia vulgar do que já existe lá fora.

Mesmo que a tabela tenha condicionado o reencontro da seleção com o estádio apenas numa final, é impossível separá-los nessa relação em que um se alimenta do outro, a começar pelo desafio do recomeço após a derrota de 1950. Em campo e nas arquibancadas, hoje, o que era único se tornou mais do mesmo. Quem tenta reencontrar os túneis e os caminhos já conhecidos para a glória, se sente soterrado pela própria memória. Chegou a hora da difícil tarefa de revirar os escombros.

Antes que as vaias merecidamente destinadas a Fred revivam o ritual sumário que condenou Barbosa, chegou o momento de inverter o processo. Numa Copa em que o Brasil jogou nada do primeiro ao último jogo, os jogadores devem ser vistos como a consequência e não a causa do vexame. Todos lutaram contra suas limitações, uns sucumbiram às lágrimas e todos tombaram diante da constatação de que já não temos forças para disputar entre os melhores.

EXEMPLO ALEMÃO

A reação ao primeiro gol deixou a impressão de que o time brasileiro não acreditava em si mesmo. Bastou um golpe para o time desmoronar tática, técnica e emocionalmente. O apodrecimento das estruturas começa pelas instituições que comandam o futebol brasileiro. Graças a um política esportiva, que reviu os métodos de trabalho para preservar os princípios de uma escola hegemônica, a Alemanha volta a disputar uma final de Copa depois de ser semifinalista nas últimas quatro participações.

Sem maiores trabalhos, que não vender contratos de patrocínio cada vez mais volumosos, a CBF inaugurou recentemente um museu, mas o apego ao passado é um exposição itinerante. Depois da renúncia do ex-presidente Ricardo Teixeira, fugindo de denúncias de corrupção, o mais velho dos vices, José Maria Marin ficou à frente da empresa que seguiu o mesmo padrão de operação. Apesar da intenção de demitir Mano Menezes desde a perda do ouro olímpico, o cartola deixou que o treinador cumprisse os compromissos do calendário de 2012 para virar o ano como outra volta ao passado. Ao evocar a experiência dos técnicos do tetra e do penta para formar o comando com Felipão e Parreira, a CBF tentava avançar olhando para o retrovisor. Quando se deu conta de que os caminhos para o sucesso haviam mudado, o desastre já estava consumado.

Depois que a natureza deixou de produzir craques feito capim, no vão da sociedade onde havia espaço para improviso, a necessidade de um cultivo sistemático e científico compara o futebol brasileiro a um vinhedo esgotado. De tanto antecipar a colheita, a safra se tornou cada vez mais verde e sem personalidade. O tempo de maturação em casa, além de concluir a formação na cultural local, fazia crescer todo o jogo coletivo. Com o êxodo prematuro, o brasileiro passou a jogar como os demais sem ter uma referência doméstica para preservar os princípios de uma escola de excelência.

No lugar do trabalho para atualizar os métodos, restaram as mesmas bravatas que remetem a 1950. Se, naquela ocasião, o prefeito Mendes de Morais saudou os campeões antes do último jogo, dessa vez foi Parreira quem disse que o Brasil já tinha uma mão na taça enquanto Felipão prometia a conquista.
Para além da campanha pífia, a eliminação deixa lições e números cabalísticos. O período entre uma Copa e outra realizadas no Brasil é igual ao número de jogos deste Mundial e ao ano do golpe militar que completou meio século no último mês de abril. Desde 1964, o futebol brasileiro ainda sofre para expurgar suas ligações com o regime.
Deputado pelo partido de apoio ao governo no período, Marin é cobrado até hoje por organizações de direitos humanos pelo discurso em homenagem ao delegado Fleury, responsável pela tortura dos presos políticos. Embora seja civil, Parreira cresceu na vida esportiva a partir da sua ligação com a Escola de Educação Física do Exército, cujos quadros tomaram conta da comissão técnica da seleção após a queda do comunista João Saldanha, em 1969.

HORA DE PASSAR A LIMPO

Inflado após a conquista do penta, sem mostrar pudores em ferir a opinião pública, Felipão disse no programa Roda Viva que a ditadura de Pinochet produziu benefícios para a educação no Chile. Esportista sem responsabilidade pelo atentado às liberdades nos anos de chumbo e cidadão com direito a exprimir suas opiniões, Felipão reflete certa mentalidade e truculência que ainda encontra eco na sociedade brasileira. Fora do campo, quando entra nos gabinetes, a gestão do futebol brasileiro ainda está ligada à política e aos negócios escusos. Enquanto Ricardo Teixeira descansa em Miami, o próximo presidente, Marco Polo del Nero teve um ingresso de sua cota apreendido com cambistas.
Já que o velho Maracanã não está mais aqui para contar a história redimida de 1950, resta a prudência para que a destruição não se repita. Antes que novo linchamento aconteça apenas ao nível do campo, melhor discutir o andar de cima. A julgar pela injustiça que durou 64 anos, chegou a hora de proteger as vítimas e passar a limpo as instituições do futebol brasileiro.

Inacreditável! Alemanha vulgariza o Brasil (7-1);'Mannschaft', que aos 30 minutos já vencia por 5-0, chegou à final de um Mundial pela 8ª vez

por A-24, em 08.07.14
Kroos bisou, Klose entrou para a história dos Mundiais, Khedira e Müller também estiveram em destaque; Canarinha juntou a vergonha ao mau futebol (ser só agressivo e intenso não chega); David Luiz (o defesa mais caro da história) foi o expoente máximo do desastre no Mineirão.


O Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, vai ficar para sempre marcado como o palco de uma das piores humilhações da história da selecção brasileira – provavelmente a maior de sempre – e de um dos jogos mais perfeitos da alemã. A Mannschaft goleou o Brasil, por 7-1, um resultado e uma diferença nunca vistas numa meia-final do Campeonato do Mundo.

A equipa de Joachim Löw, que chegou ao intervalo já a vencer por 5-0, resultado que já se verificava aos 29’, apurou-se pela oitava vez para a final da prova e deixou em estado de choque o país anfitrião, trazendo à memória o trauma do Maracanazo, em 1950.




No jogo de todos os recordes negativos para o Brasil, Thomas Müller foi o primeiro a marcar, logo aos 11’. Depois, Miroslav Klose dobrou a vantagem (23’), e passou a deter, de forma isolada, o recorde de golos em Mundiais (16), superando o brasileiro Ronaldo.

Os minutos seguintes foram de desastre para a defesa e o meio-campo brasileiros, que assistiram aos golos de Toni Kroos (24’ e 26’) e Khedira (29’).




Na segunda parte, o suplente Schürrle bisou (69’e 79’) e aumentou o resultado para 7-0, antes de Oscar apontar o golo de honra do Brasil aos 90’.

A Alemanha, que vai tentar repetir os títulos de 1954, 1974 e 1990, espera agora pelo outro finalista, que sairá do jogo Argentina-Holanda.

Este jogo igualou a pior derrota anterior do Brasil, que em 1920 foi batido pelo Uruguai, por 6-0.



Visão de Mercado

Inacreditável! Jogo histórico em Belo Horizonte, com uma goleada nunca antes vista nesta fase de um Campeonato do Mundo. O Brasil foi completamente humilhado e sofreu a derrota mais pesada da sua história, perante uma Alemanha altruísta e eficaz. Os germânicos, que chegam à 8ª final de um Mundial, marcaram 5 golos na primeira parte (em apenas 18 minutos) e tornaram-se na primeira selecção a marcar 7 golos numa meia final (4 golos em 6 minutos é um recorde). Para além disso, Miroslav Klose entrou para a história, ao chegar aos 16 golos em Mundiais (também se tornou no jogador com mais vitórias em Mundiais - 16) e Kroos foi o jogador mais rápido a bisar (em apenas 69 segundos). O Brasil igualou o Zaire e o Haiti, ao chegar ao intervalo com 5 golos de desvantagem e tornou-se no segundo anfitrião a sofrer 7 golos num Mundial (Suíça 5-7 Áustria, em 1954). O resultado diz tudo sobre a exibição da Canarinha. Assistiu-se a um verdadeiro desastre, com erros graves a nível individual e a nível organizacional. Os germânicos, com um jogo de equipa notável, construíram um resultado assinalável, com grandes desempenhos de Kroos, Muller e Khedira, e ficam à espera do Argentina-Holanda, para ver com quem vão jogar na final (podemos ter reedições das finais de 74 ou 86 e 90).
A história deste resume-se a 5 números - 11, 23, 25, 26 e 29. Estes foram os momentos em que a Alemanha marcou os seus golos e humilhou por completo o Brasil. Primeiro foi Thomas Muller a facturar, na sequência de um pontapé de canto (falha enorme da defesa brasileira) e depois seguiu-se o vendaval da "Mannschaft". Foram 7 minutos de extrema eficácia e altruísmo por parte dos germânicos, com 4 golos bem trabalhados pelo meio campo e ataque. Aos 23 minutos, Muller assistiu Klose para um golo histórico (Júlio César ainda defendeu o primeiro remate), aos 25 minutos, foi Lahm a cruzar para o remate de Kroos, aos 26 minutos, Khedira assistiu Kroos para o bis (perda de bola de Fernandinho) e aos 29 minutos, Ozil fez o passe decisivo para Khedira. No segundo tempo, o Brasil entrou forte e obrigou Neuer a três intervenções de grande nível, enquanto Muller obrigou Júlio César a enorme defesa, num remate à entrada da área. Depois, Low colocou Schurrle em campo e o jogador do Chelsea marcou o 6º e 7º golos da Alemanha. Mesmo em cima do apito final, Oscar marcou o golo de honra dos brasileiros.
Brasil - Jogo para a História da Canarinha, pelos piores motivos. É certo que o elenco não é dos mais fortes (vários indiscutíveis nem para engraxar as botas de Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho ou Kaká serviriam e só o factor casa permitia que estivessem no grupo de favoritos), e que o Brasil se viu privado do melhor jogador e do mais competente defesa, mas apanhar sete da Alemanha, em casa, num jogo decisivo, é pior do que o mais apocalíptico cenário imaginável. A verdade é que o futebol brasileiro manteve um nível a rondar entre o mediano e o medíocre durante a competição, e perante um adversário a jogar "a sério", as suas debilidades tornaram-se ainda mais evidentes. O meio-campo foi desorganizado nas suas acções (joga duro e faz muitas faltas, mas recupera poucas bolas jogáveis), as compensações foram inexistentes, abrindo-se autênticas avenidas que os alemães aproveitaram sem contemplações, e as marcações falharam a um ritmo alucinante (o primeiro golo é prova disso, com David Luiz a ver Muller fugir em plena área). Ofensivamente, a equipa nunca funcionou, faltou o seu "farol", a circulação de bola foi nula, e as individualidades esqueceram-se de aparecer. Scolari, à imagem de "outros" treinadores, nunca abdicou da sua estrutura base, mesmo que para isso continuasse a dar a titularidade a jogadores que foram autênticas nulidades durante o torneio, como Oscar. Depois sempre foi visível que este elenco estava com a pressão de 200 milhões em cima, foi demasiado choro, demasiados nervos, e depois do 1-0, caiu tudo (já podia ter caído antes tal era o descontrolo). Posto isto. Individualmente, Júlio César ainda foi o menos mau, impedindo um resultado de outra proporções. A defesa abriu buracos por todo o lado, os laterais foram ultrapassados com facilidade, e os centrais permitiram autênticos "meínhos" na sua área. David Luiz descompensou várias vezes o último reduto, e teve várias falhas individuais (praticamente culpado nos 7 golos), não fazendo valer o rótulo dos 50 milhões (incrível como comete tantos erros básicos...e também foi o 1º a perder a cabeça, tem mesmo um lance patético com Muller digno dos tempos da escola, quando reagiu mal a uma entrada e tentou acertar com a bola no seu adversário). A duplaFernandinho-Gustavo limitou-se a perder bolas e a ver os alemães jogarem, Oscar, pese o golo, foi uma nulidade, tal como Bernard e Hulk. Fred fez o que pode e sabe fazer, pouco, é certo, mas é injusto colocar-lhe o ónus da goleada, como fez o público. Ramires e Paulinho entraram numa fase em que a Alemanha desacelerou, e mostraram-se, mas quando esta voltou a um regime de seriedade, foram engolidos como os seus companheiros.


Alemanha - Passou a melhor equipa, sem dúvidas. É certo que houve muita eficácia à mistura (a certa altura, cada ataque era um golo), mas existe uma clara diferença entre os dois colectivos, e os alemães fizeram questão de o mostrar, ao conseguirem um jogo perto da perfeição (e não baixassem o ritmo, a coisa poderia ter sido mais penosa para o Brasil). Defensivamente não deram hipóteses, anulando os avançados contrários, e nunca permitiram aos brasileiros criarem perigo nas bolas paradas. Depois de sustido o ímpeto inicial, foi uma questão de assentar o seu jogo, baseado numa pressão intensa e circulação de bola exemplar, sendo que a qualidade dos atacantes, aliada a uma eficiência tipicamente germânica e à falta de egoísmo fizeram o resto. Muller deu a provar aos brasileiros do próprio veneno, com um remate em plena área após um canto, e depois a Alemanha, sentindo o Brasil tremer, não vacilou nem abrandou, continuando a pressionar em todo o terreno, e jogando sempre com os sectores juntos. Os germânicos usaram movimentações constantes para baralhar a defesa contrária, e puseram sempre homens suficientes na área para aproveitar qualquer deslize defensivo. Com o jogo no "bolso" e o adversário de joelhos, veio ao de cima a calma dos europeus, que sozinhos a meia dúzia de metros da baliza contrária, nunca se deslumbraram nem se precipitaram, decidindo sempre de forma correcta os lances de concretização. 
Na segunda parte a Alemanha entrou em ritmo de treino, mas aí apareceu Neuer a mostrar a razão de ser o melhor do Mundo, com um par de defesas impossíveis (grande sentido de colocação, associado a reflexos felinos), mas logo que passou a anestesia do gordo placar, voltaram a um registo mais sério, e ainda deu para meter mais duas bolas na baliza canarinha. Ainda assim, Ozil falhou o oitavo de modo incrível, segundos antes de Oscar fazer o tento de honra(?) dos anfitriões. Individualmente, e para lá do já referido Neuer, Khedira foi o homem do jogo, colocando uma intensidade de jogo que há muito não se lhe via, e dominando toda a zona do meio-campo (como tinha feito no Euro 2012). Lahm mostrou ainda ser um dos melhores laterais da actualidade (a sua ida para a ala dá outro fulgor ao ataque), aproveitando a falta de cobertura para entrar como quis na defesa adversária. Hummels e Boatengforam competentes quanto baste, enquanto que os atacantes fizeram aquilo que se pede a uma linha avançada moderna: movimentos constantes, pressão sobre os defesas na saída de bola, e claro, golos. Muller espalhou classe, Klose teve problemas em segurar a bola, mas na área mostrou-se letal como sempre, e Kroos esteve perto da perfeição nas combinações e na finalização. Ozil ainda assim foi o menos exuberante, enquanto que Schurrle entrou com vontade de fazer estragos com a sua velocidade.









Mundial: Argentina elimina uma "pálida" Bélgica, Holanda sofre até aos penalties mas apura-se para as meias-finais

por A-24, em 06.07.14


Se até aqui o Mundial tinha sido espectacular, o mesmo não se pode dizer destes quartos-de-final. Num jogo algo idêntico ao França-Alemanha, a Argentina bateu a Bélgica por 1-0 e apurou-se para as meias-finais de um Mundial depois de 24 anos de jejum. A albiceleste, que viu Di Maria sair lesionado (Enzo estreou-se), marcou cedo e a partir daí limitou-se a controlar uma equipa belga inofensiva e que deu a ideia de já estar satisfeita com a chegada a esta fase. Messi fez mais uma excelente exibição (sobretudo na primeira parte), mas foi Higuain o herói do jogo, não só pelo golo mas por toda a classe que mostrou na frente. 
O jogo certamente não vai ficar na História do Mundial. A partida foi disputada num ritmo baixo e o golo madrugador da Argentina (Higuain à meia volta depois de um grande trabalho de Messi no meio campo) veio agravar essa situação. A Bélgica nunca teve capacidade para ultrapassar a defesa argentina (com Basanta e Demichelis nos lugares de Rojo e Fernández) e durante a primeira parte só criou perigo num remate de fora da área de De Bruyne. Em vantagem, a Argentina recuou o bloco e tentou chegar à baliza de Courtois através de saídas rápidas, mas também não conseguiu fazê-lo. O grande destaque da primeira parte foi a lesão de Di Maria, que deu lugar a Enzo. Na segunda parte, o jogo manteve-se na mesma toada. A Argentina sem pressionar muito anulou por completo uma Bélgica muito lenta e com pouca ligação entre sectores. Messi, completamente isolado, viu Courtois negar-lhe o golo nos últimos minutos e, do outro lado, Garay evitou o golo do empate numa fase em que os Diabos Vermelhos bombeavam bolas para a área contrária.


Argentina - O melhor jogo da albiceleste neste Mundial. As mexidas de Sabella melhoraram a equipa defensivamente. Garay, que fez uma exibição imperial, teve em Demichelis um parceiro mais seguro e Basanta, embora não tenha dado a mesma profundidade do que Rojo, fechou bem o flanco esquerdo. A inclusão de Biglia no meio campo deu maior consistência à equipa, bem como a entrada de Enzo para ocupar o lado direito. No ataque, o talento de Messi (sempre que tocou na bola desequilibrou e teve vários lances de génio) e Higuain fizeram a diferença. "Pepita" apareceu pela primeira vez neste Mundial, mas apareceu em grande. Para além do golo e de uma arrancada excelente na segunda parte, impressionou pela forma como segurou e esperou pelos apoios.

Bélgica - Mais do que a falta de ideias surpreendeu a falta de vontade. Os belgas foram eliminados e praticamente não deram luta (nem sequer criaram uma ocasião de golo). Faltou novamente um médio (que seria Dembelé se estivesse em condições) que assegurasse a ligação com o ataque, uma vez que Fellaini é mais um segundo avançado do que propriamente um médio. Wilmots também foi pouco ousado e as suas substituições não acrescentaram nada. Individualmente, Hazard fez uma exibição horrível e, como maior estrela da equipa, foi uma desilusão não só neste jogo como também no Mundial (à excepção de alguns lances pouco apareceu); pelo contrário, De Bruyne - o mais esclarecido e o mais esforçado no encontro de hoje - foi o melhor elemento do conjunto belga neste Mundial. Kompany, apesar do mau passe no lance que deu o golo, salvou a equipa várias vezes, enquanto Vertonghen foi um dos melhores na partida de hoje, dando profundidade e criando desequilíbrios no lado esquerdo.

Holanda 0-0 (4-3  nas g.p.) Costa Rica


A Holanda marcou encontro com a Argentina nas meias-finais do Mundial, ao bater a Costa Rica nas grandes penalidades. Krul, lançado estrategicamente por Van Gaal, ou Van Genius, no minuto 120, foi o herói ao defender 2 penaltis (de Bryan Ruiz e Umana). Depois de um jogo em que a Laranja Mecânica mesmo sem forçar muito podia ter goleado com relativa facilidade, desperdiçou 11 oportunidades claras de golo, mas atitude essa que também podia ter hipotecado as hipóteses dos holandeses em fazerem história (perante um adversário tão frágil exigia-se outra intensidade ofensiva, e deixar correr o jogo até à "lotaria" foi um risco que podia ter saído caro). Quanto à Costa Rica, sai deste Mundial com o rótulo de uma das maiores sensações de sempre na história dos Mundiais. Mas desta vez a postura defensiva foi insuficiente para chegar ao sucesso (os costa-riquenhos tiveram sempre 9 jogadores atrás da linha da bola e só por uma vez, curiosamente foi no minuto 116 e podia ter dado a vitória, testaram Cillessen).

Quanto à partida, foi muito pouco intensa durante os 90 minutos. Mesmo assim, a Holanda fruto das iniciativas de Robben foi sempre mais perigosa, e criou várias oportunidades de golo. Na 1ª parte, Van Persie, Depay e Sneijder (num livre) nunca conseguiram ultrapassar Navas. E no 2º tempo, principalmente nos últimos 10 minutos, numa fase em que a Laranja Mecânica carregou mais, tiveram mais 4 excelentes oportunidades. Sneijder num livre atirou ao poste. Pouco depois foi Navas a negar o golo a Van Persie, e até final RVP ainda falhou mais 2 golos, 1º hesitou entre um remate de cabeça ou com o pé quando estava já na pequena área, depois viu Tejeda a tirar-lhe o golo em cima da linha. No prolongamento, a Holanda continuou a insistir, teve logo duas excelentes oportunidades, mas continuava sem ultrapassar Navas. Já nos últimos minutos, com a Laranja Mecânica já partida, a tentar por tudo chegar ao golo, acontece o único lance de perigo da Costa Rica em todo o jogo. Umena em boa posição permitiu a defesa a Cillessen. Até final Sneijder voltou a acertar na barra mas a curiosidade foi a alteração de Van Gaal ou colocar Krul no lugar de Cillessen no último minuto do prolongamento. Substituição que resultou em cheio, já que o guardião do Newcastle, nas grandes penalidades, defendeu duas bolas (e por pouco não defendeu mais) e assim apurou a Holanda para as meias-finais (Navas desta vez não fez a diferença).

Van "Genius" - Táctica com 3 centrais, Kuyt a jogar a lateral, jogo demasiado pragmático, demasiada dependência de Robben, muitas bolas em profundidade e pouca circulação, em suma muito material para debate sobre as opções do futuro treinador do Man Utd. Mas a verdade é que até agora tudo tem resultado e a Holanda já está nas meias-finais. Falta a cereja em cima do bolo. No entanto, a genialidade de Van Gaal, goste-se ou não, como voltou hoje a ficar novamente demonstrado quando colocou propositadamente Krul para defender os penaltis, vai estar para sempre ligada a este Mundial.

Holanda - Ficou sempre a ideia que com outra intensidade os holandeses tinham facilmente ultrapassado a Costa Rica, mas isso não aconteceu. A equipa continua sem abdicar do pragmatismo, arrisca pouco e vai vivendo de acções individuais, quase sempre de Robben. Hoje isso podia ter sido fatal nos penaltis, ainda por cima ia custar a triplicar, já que com outra eficácia (demasiados golos falhados), a Laranja Mecânica tinha feito o resultado logo nos 90 minutos. A nível individual, Robben voltou a ser novamente o grande protagonista. Incrível o que correu e os desequilíbrios que criou. Mas Kuyt (que jogou a lateral) e Vlaar também estiveram a bom nível. No campo oposto, Van Persie esteve demasiado desconcentrado (foi apanhado em fora de jogo inúmeras vezes) e perdulário (devia ter feito melhor em alguns lances).

Costa Rica - Na nossa opinião é a maior sensação na história dos Mundiais. E a explicação vai do 80 ao 8, ou seja, foi incrível ter ficado em 1º num grupo com Uruguai, Inglaterra e Itália, mas a realidade é que este conjunto é claramente limitado (o que até acaba por valorizar ainda mais esta prestação). Ao contrário do que aconteceu com selecções como a Nigéria e Senegal, que depois de se terem destacado em Mundiais viram vários jogadores a ingressarem nas principais equipas europeias, muito dificilmente algum costa-riquenho, à excepção de Navas (e ignorando o caso Campbell), vai motivar o interesse daquelas 10/15 melhores equipas da Europa. Sendo certo que elementos como Borges, Gamboa e Gonzalez podem aspirar a algo mais do que possuem actualmente, e esse algo mais são clubes médios/top, os restantes, apesar desta prestação, devem continuar na mesma situação. Quanto ao jogo, Navas, que rubricou mais uma exibição incrível, com várias defesas de enorme qualidade, foi adiando o inevitável, e foi adiando de tal maneira que até podia ter sido o herói nos penaltis (como aconteceu com a Grécia). Elementos como Bolanos, Gonzalez e Umana também estiveram em destaque, mas, à excepção da vontade e da postura defensiva (defender também é uma arte), esta Costa Rica nada fez para justificar a passagem (só testou uma vez Cillsessen em 120 minutos).

Mundial: Brasil nas meias-finais. Colômbia deu luta até ao fim

por A-24, em 05.07.14

Ninguém esperava o “joga bonito” deste Brasil de Scolari, mais luta e menos arte, dez guerreiros e um artista (Neymar). E ainda não foi nesta sexta-feira que esse Brasil apareceu, mas, mais do que em qualquer outro momento do Mundial, a selecção da casa mostrou toda a sua vontade de querer ganhar o “hexa”, arrancando a sua melhor exibição do torneio para se qualificar para as meias-finais à custa da Colômbia, com um triunfo por 2-1, no Estádio Castelão, em Fortaleza. Foram dois defesas centrais, Thiago Silva e David Luiz, a marcar os golos do triunfo dos brasileiros, que agora terão pela frente, na próxima terça-feira, a Alemanha.
Mais do que qualquer outra selecção no Mundial, era a Colômbia a mostrar-se como a equipa de maior espírito ofensivo e com uma “estrela” de primeira grandeza, James Rodríguez. Mas a verdade é que pouca justiça fez a estes créditos. Foram os brasileiros a assumir o comando, com uma capacidade de pressão que ainda não se tinha visto, e os colombianos simplesmente não estavam preparados para isto.

POSITIVO/NEGATIVO

David Luiz
Marcou o seu segundo golo no Mundial com um tremendo pontapé num livre de fora da área e foi, justamente, eleito o homem do jogo. O futuro jogador do PSG foi, por isso, decisivo no ataque mas também fez a diferença na defesa, insuperável no chão, no ar e com rapidez e ousadia para sair com a bola controlada.

Primeira parte da Colômbia
Provavelmente, os colombianos estariam à espera de um Brasil mais expectante e menos pressionante, mas foram surpreendidos e não conseguiram dar resposta imediata. Só depois do 2-0 é que os cafeteros tiveram uma reacção à altura da imagem que tinham deixado nos jogos anteriores.

O golo apareceu cedo e foi merecido. Aos 7’, canto marcado pela direita por Neymar, falha na marcação na pequena área, e Thiago Silva, o capitão que não queria marcar penáltis, só teve de encostar para a baliza. Pareceu resultar o trabalho da psicóloga que Scolari contratou para acalmar os nervos brasileiros. A sua equipa, mesmo com um défice de “joga bonito”, era um paradigma de união e crença, tão ao estilo do antigo seleccionador de Portugal. A Colômbia raramente se mostrou e só o guarda-redes Ospina impediu que Hulk, por duas vezes (20’ e 28’), desse outra expressão ao marcador.

Este era um jogo em que Pékerman precisaria de uma pausa para rectificar, mas teve de esperar pelo intervalo e, depois, a Colômbia apareceu melhor. Mais James e mais Cuadrado foi igual a mais apuros para a selecção brasileira. O árbitro Velasco Carballo foi deixando passar muito na luta do meio-campo, mas não deixou passar o cartão amarelo a Thiago Silva (que o deixa de fora das meias-finais), nem o golo irregular a Mário Yepes aos 67’ — o veterano central colombiano estava fora de jogo.

Adivinhava-se o empate, aconteceu o contrário. Praticamente no lance seguinte, num livre bem longe da baliza de Ospina, David Luiz arranca um remate que só parou nas redes colombianas, naquele que foi o seu segundo golo no torneio. Este era o golo que seria da tranquilidade para o Brasil, aquele momento em que uma nação iria respirar fundo, mas não, foi a partir daqui que teve de suster a respiração.

Aos 77’, um passe de James desmarcou o recém-entrado Carlos Bacca na área brasileira. O avançado do Sevilha foi derrubado por Júlio César. Penálti bem assinalado que James converteu sem dificuldade para o seu sexto golo no Mundial — ainda é o melhor marcador e sai do torneio com golos em todos os jogos. A Colômbia continuou a carregar, o Brasil a resistir e nada se alterou. Os brasileiros não saíram do Castelão incólumes. Contra a Alemanha não terá Thiago Silva, castigado, e talvez não tenha Neymar, que saiu lesionado já perto do final do jogo e foi encaminhado para o hospital. Dois problemas para Scolari resolver nos próximos dias. A certeza é que, na próxima terça-feira, haverá um Brasil-Alemanha, 12 anos depois da final de Yokohama em 2002, a única vez que as duas selecções se encontraram em campeonatos do mundo. Na altura, a história acabou bem para Scolari e para o Brasil. PÚBLICO

Mundial: Alemanha de serviços mínimos garante quarta meia-final consecutiva num Mundial

por A-24, em 04.07.14

Um golo solitário de Hummels, logo aos 13’, derrubou os franceses, que não tiveram argumentos para contornar a sólida defesa germânica.

Uma Alemanha de serviços mínimos foi suficiente para garantir a quarta presença consecutiva nas meias-finais de um Mundial e a sexta em grandes torneios, se somarmos os dois últimos europeus. O único golo da partida surgiu logo aos 13’ e foi fatídico para as ambições da França. Seria o momento de maior exaltação no Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, preenchido maioritariamente por adeptos brasileiros, mas também com muitos colombianos nas bancadas, todos em estágio para a outra partida do dia, em Fortaleza. Os germânicos souberam depois gerir a curta vantagem, com raros sobressaltos defensivos e até alguma displicência atacante.

O seleccionador Joachim Low admitira na véspera que a Alemanha ainda não tinha mostrado a sua melhor versão no Brasil e também não foi esta sexta-feira que o fez. Não é que o triunfo não tenha sido justo, premiando a equipa que mais trabalhou e melhor talento apresentou em campo para o alcançar. Mas a exibição ficou aquém daquilo que as individualidades germânicas prometem. Os franceses, diga-se, também não puxaram muito pelo adversário, nomeadamente em termos ofensivos. Quando o técnico Didier Deschamps quis mudar, já era tarde de mais. Mesmo assim, Benzema ainda testou os reflexos do guarda-redes Manuel Neuer ao cair do pano.

POSITIVO/NEGATIVO

Toni Kroos
Numa altura em que estará praticamente acertada a sua contratação pelo Real Madrid, por uma verba a rondar os 25 milhões de euros, o médio de 24 anos, tem sido uma das maiores estrelas da selecção alemã. É o recordista de passes neste Mundial e foi crucial a sua assistência para o golo que colocou a equipa nas meias-finais. Limitou ainda a acção de Pogba e simultaneamente do meio-campo francês.

Hummels
Um golo que valeu a eliminatória e uma acção defensiva recheada de intervenções providenciais.

França
Uma fraca exibição, com a equipa a acusar muito a desvantagem madrugadora. Mas, face ao passado recente, a campanha no Brasil foi meritória.

Özil
Tarda em aparecer no Brasil, pelo menos ao nível que se lhe reconhece.

Foi de bola parada que o golo solitário surgiu no início de uma tarde quente no Maracanã, mas só ao nível da temperatura atmosférica. Toni Kroos cobrou exemplarmente um livre, descaído na esquerda, com Hummels a subir mais alto do que o Varane e a bater Hugo Lloris. A bola ainda tocou na trave antes de entrar. Foi o segundo golo do defesa central neste Mundial, depois de ter também marcado na partida frente a Portugal (4-0). E o jogador esteve muito perto de voltar a fazer abanar as redes na recta final da partida (81’), mas desta vez na baliza errada.
Em desvantagem no marcador, pela primeira vez no torneio brasileiro, o conjunto francês não soube reagir. Face ao bloqueio germânico no meio-campo, procurou surpreender com um futebol mais directo, lançando a bola para as costas da defesa adversária. Valbuena esteve perto do êxito, aos 34’, mas a mão esquerda de Neuer manteve a sua baliza inviolada, tal como o faria, com a mão contrária, no tal lance de Benzema já no último suspiro dos descontos. A experiência como antigo guarda-redes de andebol continua a representar uma vantagem acrescida para o dono das redes alemãs.
Mas antes desta insípida reacção francesa, terá ficado por marcar uma grande penalidade a favorecer os germânicos, quando o lateral direito Debuchy puxou pela camisola de Miroslav Klose na área. A queda desproporcionada do avançado terá convencido o árbitro que se tratava de uma simulação.
A partida prosseguia sem grandes atractivos e, nas bancadas, para estimular um pouco o ambiente, iniciou-se um confronto de cânticos entre brasileiros e colombianos, com estes últimos a manifestarem-se corajosamente e sem cerimónias no mítico estádio carioca. No relvado, a primeira parte terminava com mais um lançamento longo, agora de Pogba (sempre muito vigiado por Kroos), que encontrou Benzema, mas o francês permitiu uma defesa fácil a Neuer.
Com obrigação de assumir o encontro, a França regressou para a segunda metade mais pressionante. Subiu as suas linhas, procurando criar alguma superioridade no meio-campo e libertar-se do bloqueio alemão, mas encontrava um muro defensivo quase sempre intransponível pela frente. A progressão parava nos derradeiros 30 metros. O conjunto de Deschamps abria, por outro lado, espaços na sua retaguarda e esteve sempre mais perto de sofrer o golpe de misericórdia do que de equilibrar o marcador.
Alguma descontracção excessiva dos germânicos no último remate acabou por manter o resultado como estava. Muller falhou ligeiramente o alvo, aos 69’, e ainda iria partilhar com o recém-entrado Andre Schuerrle (que rendeu Klose, aos 68’) a perdida mais escandalosa da tarde, aos 83’. A um cruzamento da esquerda de Ozil, Muller não acertou na bola, sobrando esta para o seu companheiro que, completamente isolado, atirou displicentemente possibilitando a defesa de Lloris com as pernas.
Com naturalidade e sem o sofrimento da partida com a Argélia, nos oitavos-de-final, a Alemanha volta a garantir presença numa meia-final. PÚBLICO