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A-24

China baniu as chamadas para orações islâmicas

por A-24, em 09.12.14
Via  Times of India


Enquanto que os países não-muçulmanos estão experimentando a verdadeira agenda dos islamistas: estabelecer um Estado islâmico no qual os incrédulos são subjugados ao domínio islâmico e terão de pagar jizyahpara ser cidadãos.
No entanto, um país reconheceu rapidamente a ameaça de islamização e tomou medidas para impedir o crescimento de tais demandas.
A região de Xinjiang, no oeste da China proibiu oficialmente reuniões de oração muçulmanas e outras práticas religiosas em prédios do governo, escolas e escritórios de negócios, noticiou o Times Of India.
Multas exorbitantes foram impostas sobre o uso de telefones celulares e internet por conteúdos que possam "prejudicar a unidade nacional", que significa propaganda islâmica será punido.
Funcionários afirmam que tal propaganda pode ameaçar a estabilidade social ou incitar o ódio étnico, ao contrário que é a ideia da US do Islã.
Toda a atividade religiosa, incluindo orar, será restrito a mesquitas designadas.
Outra regra é que os muçulmanos não podem usar roupas ou logotipos associados ao extremismo. 
A nova lei afetará imediatamente empregados muçulmanos, muitos dos quais requerem cinco pausas para oração a cada dia, em seus locais de trabalho. Seus telefones pessoais também não podem ser usados para estudar o Alcorão ou praticar hinos religiosos.



Retratos de uma sociedade decadente

por A-24, em 19.11.14
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A guerra contra o Estado islâmico

por A-24, em 11.10.14
Luís Menezes Leitão

Uma das análises mais correctas sobre o que se estava a passar no mundo resulta de um livro de Samuel P. Huntington, de 1996, intitulado The Clash of Civilizations and the Remaking of World Order. Nesse livro demonstra claramente como se estava a formar uma nova ordem mundial para o séc. XXI e que nessa nova ordem um dos factores mais decisivos era o Ressurgimento Islâmico. A seu ver a civilização islâmica estava a tornar-se cada vez mais influente a nível mundial, não apenas pela sua maior capacidade de conversão de novos crentes, mas ainda pelo maior crescimento demográfico das suas populações.


Para Huntington a influência mundial da civilização islâmica só não era maior porque o islamismo radical não tinha um Estado religioso forte que pudesse servir de sustentáculo às suas pretensões. A esmagadora maioria dos Estados árabes não apoiava uma versão radical do islamismo, preferindo estar de bem com o Ocidente, e a única excepção, o Irão, baseava-se na corrente xiita do Islão, minoritária em face dos sunitas, o que levava a que não fosse seguido pelos militantes islâmicos radicais.

Por isso o Ocidente ficou descansado com o aumento da influência islâmica no mundo, uma vez que as guerras eram travadas entre os próprios Estadoa arábes, ainda que o ataque ao Kuwait tenha pela primeira vez obrigado a uma intervenção, dado que pôs em causa os interesses ocidentais. Mas Bush pai teve a inteligência de deixar Saddam Hussein no poder, uma vez que bem sabia que o seu derrube só serviria para aumentar a influência do Irão e dos movimentos islâmicos radicais na região.


Bush filho, com uma inteligência rudimentar, e movido por uma questão pessoal, quis derrubar Saddam Hussein, seguindo a estratégia de iluminados como Wolfowitz que achava que o Iraque tinha que ser conquistado, uma vez que "nadava num mar de petróleo". Consta que terá respondido o seguinte a quem o interrogava como é que depois os americanos sairiam do Iraque: "É simples. Não saímos". Nessa estratégia teve o apoio ainda mais desastrado de Blair, Asnar e do nosso Durão Barroso, que juntos criaram um enorme sarilho.

Obama, que é inteligente e tinha a vantagem de se ter oposto desde o início a este disparate, não conseguiu, porém, ver que Wolfowitz tinha razão num ponto: é que depois de se ter entrado no Iraque já não era possível sair de lá. A saída dos EUA do Iraque, associada a um apoio às primaveras nos outros países arábes, foi um campo fértil para os militantes islâmicos radicais, que conseguiram nos territórios sírios e iraquianos aquilo que desde sempre ambicionavam: a reconstrução do califado. Ora, esse Estado islâmico vai ser seguido pelos militantes radicais de todo o mundo e pode ter um sucesso muito mais rápido que o califado original, cujos exércitos chegaram em 80 anos desde a península arábica em 632 até Poitiers em 711. E esse Estado todos os dias proclama o seu ódio aos ocidentais, como se vê pelas execuções que sistematicamente são exibidas.

É manifesto, por isso, que o Ocidente está a ser constantemente desafiado para a guerra, só que já não tem coragem de mandar tropas para o terreno e os ataques aéreos podem fazer mossa, mas não alterarão a situação. Quanto a Portugal, é o ridículo de sempre. Mal li aqui que o Ministro da Defesa afirmava que Portugal vai participar na coligação contra o Estado islâmico, julguei que se estava a planear uma cruzada, ao velho estilo do "Por El-Rey e São Jorge aos Mouros!". Mas afinal o Ministro explicou que "a seu momento se verá" de que forma Portugal participará, tendo em conta que a colaboração pode acontecer de várias formas, designadamente através "de treino, de inteligência, de formação" ou humanitária. Quanto a tropas no terreno, cruzes canhoto. Está visto assim que o Ocidente não vai ter a mínima hipótese de ganhar esta guerra.

Patriarca sobre os jovens jihadistas. "A juventude é idade propícia a não aderir a nada ou a aderir totalmente a algo"

por A-24, em 23.09.14
Expresso

O cardeal patriarca de Lisboa lembrou esta quarta-feira, no Funchal, os perigos que rondam os jovens ocidentais, alguns dos quais abraçaram o jihadismo e combatem na Síria e no Iraque. Numa sociedade onde existe uma "real falta de causas" e onde se oferece apenas "coisas de consumo imediato", este "tipo de oferta tão primária como faz o jihadismo pode seduzir alguns", diz ao Expresso Manuel Clemente, à margem do congresso internacional que assinala os 500 anos da Diocese do Funchal. 

"A adolescência e a juventude são idades muito propícias a não aderir a nada ou a aderir totalmente a alguma coisa. São idades de definição, de sentido de vida. Se na nossa sociedade, agora falando na Europa, não damos aos adolescentes e aos jovens mais do que coisas de consumo imediato, é natural que alguns deles procurem de outra maneira escoamento para essa disponibilidade para o todo, para o grande rasgo."

Sem causas capazes de motivar os jovens e a sua disponibilidade para a entrega, é natural, diz Manuel Clemente, que alguns se deixem seduzir "por este tipo de oferta tão primária como faz o jihadismo". Em sociedades como as europeias, "a real falta de causas para cativar os jovens pode ser perigosa".
Manuel Clemente
Há muitos jovens ocidentais, incluindo portugueses, que integram as fileiras do Estado Islâmico - são convertidos ao Islão, radicalizados e depois combatem pelos jihadistas. Estado Islâmico esse que o patriarca de Lisboa define como algo "além das barreiras do admissível" e que urge ser parado.
"É algo que passa as barreiras do admissível e, por isso, como diz o Papa Francisco, tem que ser detido. É absolutamente intolerável - põe em causa os princípios básicos da nossa civilização e o que está expresso na declaração dos direitos do Homem de 1948."
Apesar de defender uma medidas urgentes por parte da comunidade internacional, Manuel Clemente, que é também professor de História das Civilizações na Universidade Católica, não acredita que se esteja perante um choque de civilizações, embora admita que existem diferenças entre as sociedades ocidentais e os países islâmicos.
"As sociedades ocidentais fizeram um caminho lento, mas que não pode ter recuo, no sentido da cidadania, da responsabilidade individual, da liberdade de cada um. Isso fez com que, mesmo sem se desligar de sentimentos comuns - religiosos ou outros -, se preservasse e, bem, a liberdade e a responsabilidade individual. Nem todas as sociedades fizeram este caminho - há sociedades onde não há muito espaço para o respeito pela liberdade própria e alheia."
Apesar de ser uma questão a ter em conta, o cardeal lembra que, no Islão, nem todos são radicais, até porque as primeiras vítimas do Estado Islâmico são muçulmanos. "Isto sempre aconteceu. Estamos a falar do Islão, mas podíamos falar de outras religiões. No caso do Islão, e desde o século VII e VIII, houve populações muçulmanas que viveram intensamente a sua crença religiosa e que tiveram contactos pacíficos com outras comunidades, cristãs inclusivamente, mas também sofreram com movimentos radicais de que este agora é um péssimo exemplo."

Ler mais: 

Ainda sobre Rotherham

por A-24, em 21.09.14
por Lura do Grilo

Ainda o que se discute é como foi possível acontecerem tantos abusos, sobre tantas crianças, num mesmo local, durante tanto tempo com os mesmos modos de operar sem a a mínima reacção das autoridades e dos pais. Já percebemos que as autoridades fecharam os olhos e muitos casos e intimidaram, ou castigaram mesmo, os denunciantes. Tal foi o caso de uma senhora condenada a frequentar um curso de diversidade cultural, um procurador ameaçado (por sinal de origem não britânica) ou o simples desprezo de provas apresentadas por alguns pais.

Sobre os violadores naturalmente nada a dizer. Quer estejam na Suécia, na Dinamarca, nos Estados Unidos, na Bélgica, na França, em Espanha; ou sejam malaios, paquistaneses, yemenitas, turcos ou venham de certas regiões da Índia, da China, das filipinas, da Nigéria têm todos como denominador comum o islão. O islão é a encarnação pura e dura do diabo: uma vontade inaudita de esmagar tudo ao redor (supremacismo). A Europa acoita-os e protege-os em detrimento de todos os Europeus num suicídio colectivo. Espero que estes dirigentes venham a ser julgados e condenados por esta substituição forçada dos povos europeus por estranhos que são na sua maioria delinquentes paranóicos.
Mas esta depredação sobre as raparigas (e alguns rapazes) vem sendo preparada há longo tempo. Os passos foram dados devagar mas com eficácia tremenda e às mãos cheias de dinheiro da esquerda sistémica e por organismo financiados por George Soros.
Foi o femi-nazismo, o feminismo, o aborto livre, o amor livre, a pornografia, a pedofilia, o abaixamento da idade do consentimento ... tudo isto no aspecto de "liberdades pessoais" confundindo sexualidade com uma mera necessidade fisiológica.
Noutra vertente foi a destruição da família, da responsabilidade familiar na geração e educação dos filhos, na destruição do matrimónio, na promoção do homossexualismo, na extensão do casamento a emparelhamentos, no nivelamento dos sexos na função de educar os filhos (tornar pais e mães iguais em todos aspectos), destruir a figura de mãe (mãe biológica, mãe de afecto, mãe adoptiva só para mencionar algumas), a adopção por homossexuais, intercambiar mãe e pai por duas mães ou dois pais e até tentativas de eliminar mãe e pai do vocabulário comum.
Outra vertente foi a escola tornando o jovem a partir dos 10 anos apenas um animal com impulsos sexuais incontroláveis cuja prática não deve ser contrariada mas antes orientada para não ter consequências, o incentivo e a naturalidade com que se encara o início da vida sexual aos 12 e 13 anos, foi a redefinição da palavra amor por sexo, foi a retirada de objectivos a longo tempo pela substituição por outros imediatos imediatos e foi ainda um conjunto de mecanismos que visam retirar aos pais qualquer autoridade na educação dos filhos. Um açoite ou um castigo é mais vituperado que um aborto ou um acto de violência de um jovem contra um professor ou um superior.
Foi uma catadupa de doutrinação televisiva por novelas, filmes, telejornais, partidos políticos, ONGs, rádios para conseguir todos os objectivos anteriores e ao mesmo tempo intimidarem quem eles não concorda.
Quem se atreve agora a ser abertamente contra o aborto, a ser pela abstinência sexual até ao casamento, a lutar pelo casamento contra os problemas destes, a ostentar a fidelidade antes e após o casamento?
Neste contexto raparigas jovens, sem pai ou sem mãe, sem autoridade paternal que possa ser aplicada, sem auto-estima, com tanto bombardeamento de propaganda para desagravar relações fortuitas, com contextos familiares não sólidos são facilmente aliciadas por estes criminosos bem doutrinados nas mesquitas. Há quem se aproveite e sabe-o fazer bem: a panóplia de mecanismos de intimidação que foram criados funciona tão bem, mas tão bem que admitem de forma clamorosa e alegre tudo o que nos disseram que ela servia para evitar.
A desgraça não é só ter islâmicos ao nosso redor: é termos aceite sucessivamente gerações de políticos traidores e termos permitido com imensa passividade que este descalabro moral nos vá caindo em cima dia após dia.

A NOIVA PORTUGUESA DA JIHAD

por A-24, em 10.09.14
Em Menbij, no nordeste da Síria, junto à fronteira com a Turquia, ninguém a conhece por Ângela. Ali chama-se Umm. O marido também não é Fábio. É Abdu. Ele cresceu na linha de Sintra, nos arredores de Lisboa. Ela na Holanda, para onde os pais alentejanos emigraram. Ele já está na Síria há mais de um ano. É jihadista, combatente nas fileiras do exército radical do Estado Islâmico (EI). Ela chegou lá este mês. Nunca se tinham visto, mas já estavam noivos há vários meses no Facebook. Através da rede social partilharam radicalismos e ambições de vida: são ambos muçulmanos convertidos, extremistas, defensores do califado islâmico, adversários do Ocidente e dos países "infiéis". E são ambos portugueses.

Em três anos, a guerra síria atraiu cerca de 2800 combatentes estrangeiros. Nos últimos meses começaram a chegar as noivas da guerra santa. Em Al-Bab, a norte de Alepo, os rebeldes abriram em julho um posto onde se registam as mulheres solteiras e viúvas que querem casar com os mujahedin. A notícia foi avançada pela agência Reuters, mas Ângela, 19 anos, não precisou dessa informação. Como qualquer adolescente combinou tudo pela internet. Fugiu a 9 de agosto, casou a 10.
"Sim, sim, são os olhos dela. Não há dúvida de que é ela". O pai - que pediu para não ser identificado - vê pela primeira vez o perfil que a filha mais velha criou no Facebook com o nome árabe que adotou, onde junta à dela a identidade do marido. Nas fotos, Umm surge de niqab, um véu preto que lhe cobre o rosto, só deixando de fora os olhos escuros. No estado civil lê-se: casada. O pai não sabe bem o que pensar, o que dizer. Quando o Expresso falou com ele tinham passado poucas horas desde que a ex-mulher lhe contara da fuga, da Síria, do casamento. A internet estava agora a confirmar o que lhe parece "inacreditável, irreal".


Os pais de Ângela estão separados. O pai vive no Alentejo, onde nasceu. Ela morava com a mãe e a irmã mais nova nos arredores de Utrecht, na Holanda, para onde o casal tinha emigrado há largos anos. "No fim de semana em que fugiu a mãe tinha ido à Bélgica. Ela ficou em casa sozinha, o que era absolutamente normal. Ninguém suspeitou de nada. Porventura já estava tudo combinado há muito tempo. Já lá falou com a mãe pela internet a contar o que tinha feito. Que nojo. Nem sei com quem casou, não sei nada".
O Facebook volta a dar uma ajuda ao pai de Ângela. Como a maioria dos mujahedin, Abdu também tem uma página pessoal onde promove a guerra santa. Aparece de cara descoberta, sorridente, com várias armas, a bandeira preta e branca do Exército Islâmico a surgir em quase todas as fotografias. "A Guerra Santa é a única solução para a Humanidade", escreve.
O que falta no seu perfil online consta seguramente dos registos dos serviços secretos portugueses e internacionais: Fábio é um dos dez radicais islâmicos portugueses monitorizados por suspeita de atividade terrorista, e um dos mais ativos, na rede e na guerra. A família tem raízes em Benguela (Angola), mas ele nasceu e cresceu nos subúrbios de Lisboa, onde a mãe ainda vive. Apaixonado por futebol, emigrou para os arredores de Londres, converteu-se ao islamismo e desde outubro de 2013 que combate na Síria contra o regime de Bashar al-Assad.
A história de Ângela é contada pelo pai (a mãe não quis falar). "Tornou-se muçulmana radical há cerca de um ano, foi tudo extremamente rápido. Por isso é que fiquei surpreendido, não consigo entender". Nasceu na Holanda, numa família de tradição católica mas não praticante. Só por azar não foi batizada: uma tia, destinada para madrinha, morreu no ano em que estava agendada a cerimónia. Foi adiada para nunca mais. "Era uma miúda liberal em todos os sentidos: fumava, gostava de se divertir, de beber uma cerveja ou duas ou três. Era sociável, não tinha nada a ver com burqas, com os fatos dessas loucas. De um momento para o outro começou com estas ideias".

Pai proibiu burqa no Alentejo

Pai e mãe conversaram então sobre o assunto. Concluíram que "era só para chamar a atenção. Andar de cara e corpo cobertos num meio pequeno como aquele onde ela vivia punha toda a gente a falar". Ângela vinha todos os anos a Portugal passar férias. Em 2013 fez a viagem pela última vez: "Já havia essa questão do islamismo, já não comia carne de porco, queria respeitar o Ramadão", conta o pai. "Este ano veio a mãe e a irmã e ela ficou na Holanda. Proibi-a de usar burqa aqui. 'Vens a Portugal mas a burqa não metes', disse-lhe. Ela não viajou".
Ângela estava desempregada. "Não quis estudar. A mãe tentou tudo, escolas especiais mas nunca chegou a bom porto. Ela só queria computador, computador, computador". No computador era Umm, fundadora e administradora do grupo Islão no Coração (assim mesmo em português - entretanto desativado), defensora acérrima da guerra santa na Síria e no Iraque e frequentadora de vários grupos radicais islâmicos holandeses e ingleses. Por tudo isto começou então a ser monitorizada pela secreta portuguesa. Identificava-se como alentejana, e foi assim que, em maio, o Expresso a descobriu na rede e falou com ela.
"Os jihadistas estão na Síria e no Iraque para que o regime não mate todo um povo. A Jihad é uma coisa boa, não é má como dizem na televisão", justificou por telefone. Revelou que gostaria também ela de ir para Síria - "tenho lá uns dez, quinze amigos, e também amigas holandesas. Os meus pais estão assustados com essa possibilidade. É normal, sou a única muçulmana da família, mas já lhes expliquei que não vou, não posso ir, só se tivesse marido. A minha jihad é na internet. Tenho de cuidar da minha mãe, que esteve muito doente, e da minha irmã mais nova. Se partisse agora iria contra as regras do Islão", explicou Umm.
O impedimento terminou três meses depois. A decisão foi comunicada já em solo sírio, num cibercafé. "Alhamdoulilah, cheguei em segurança ao Sham [grande Síria]. Irmãs, não hesitem. Sinto-me tão bem, como se tivesse sempre vivido aqui, sinto-me em casa. Insha'Allah, Alá irá reunir-nos a todos em breve!".
O pai leu todos os posts das páginas de Ângela e de Fábio à procura de informações e explicações. Em nenhum lado se lê como a filha chegou ali, mas a pausa declarada por Abdu no início do mês - "há 30 dias sob disfarce, a frente de guerra espera por mim" - poderá indicar que o jihadista português foi buscar a noiva algures no caminho que a levou da Holanda à Turquia e depois à Síria.
"Sinto-me acabado, infeliz, atraiçoado, sinto-me perdido. Se pudesse ir buscá-la ia já, mas é impossível, ela já tem 19 anos, fez este mês. Vou fazer tudo para conseguir trazê-la de volta à Holanda ou a Portugal. Mas conhecendo-a como conheço não vai querer regressar". As mensagens com que Umm alimenta o novo perfil no Facebook indiciam isso mesmo - "Antes chamava alegria a momentos temporários de felicidade. Só agora que vim para um estado islâmico percebi que todos os ingredientes da felicidade estão aqui, pois estou no paraíso".
Ângela e Fábio moram numa zona residencial, juntamente com vários casais ocidentais, da Holanda, Inglaterra e Alemanha. "Todos aqui vivem sob o estado islâmico, sob as regras do Alcorão e da Sunnah", escreve Umm. As mulheres têm de usar o niqab e só saem de casa com a permissão do marido. "É para nossa segurança. Os homens sabem a que horas os aviões vêm e quando podem cair bombas. Nesses dias é melhor ficar em casa", explica a uma amiga que vive na Holanda e que lhe pergunta sobre as restrições impostas às mulheres.
De dia, a portuguesa vai às compras no centro da cidade "com as irmãs", ao mercado buscar "coisas saborosas", há crianças a brincar, as ruas estão cheias de pessoas e carros, relata. As fotografias que publica mostram edifícios pintados a preto e branco (as cores do EI) e os produtos que lhes enchem a despensa: muita comida empacotada, batatas fritas, molho satay, frango e arroz, a Pepsi e a Nutella que ela não dispensa ao pequeno-almoço.
"Os media criam a ideia de que se vive no meio de uma guerra, mas não é tão inseguro como dizem. É verdade que às vezes cai uma bomba, mas não se sente medo. E se a bomba tiver escrito o nosso nome, tornamo-nos mártires, Insha'Allah". Numa das últimas fotos que colocou no Facebook mostra o interior da sua mala de mão: "Sempre me perguntei o que uma mulher tem dentro da bolsa: bem, tenho uma [pistola de] 9 mm", graceja.
O pai de Ângela recorda as últimas conversas com a filha, diálogos meio crispados, opostos. "Às vezes ficava mesmo revoltado. Sabendo o que se está a passar na Síria, o genocídio praticado por esses radicais que querem acabar com os cristãos, os vídeos que vi no YouTube a matarem pessoas, a queimá-las vivas, e ela a defender tudo, a justificar".
O radicalismo de Umm mantém-se. No dia 22, publicou nas redes sociais a fotografia tirada antes da decapitação do repórter James Foley, e escreveu: "Para aqueles que dizem que era um jornalista, supostamente inofensivo, ele não era mais do que um soldado americano que mata o nosso povo. Quantas pessoas foram mortas por este tipo de palavras? São mortes inúteis? Uma morte americana fica muitos milhares atrás de quanto eles nos têm matado". Noutro post comenta os placards publicitários, que ali enaltecem a luta do Estado Islâmico: "Quem vai ganhar? Os nossos outdoors ou aquelas mulheres seminuas a vender desodorizantes?"

Quatro portugueses no EI

Ângela comenta a Jihad nas redes sociais, Fábio vai para a frente de combate. Fonte ligada aos serviços de informação portugueses coloca-o na brigada Kataub al Muhajireen do EI, constituída apenas por combatentes de países ocidentais, como a Grã-Bretanha, Alemanha, França ou Dinamarca. Ao seu lado há pelo menos mais três portugueses: dois irmãos, de 26 e 30 anos, que como Fábio, cresceram na linha de Sintra; e um jovem de Quarteira, de 28 anos. São amigos no Facebook e irmãos de armas na frente de guerra. Os quatro converteram-se ao islamismo quando estavam emigrados nos arredores de Londres e daí partiram para a Síria. O algarvio terá sido ferido com gravidade nas pernas há alguns meses e ainda não regressou ao combate. Os restantes mantêm-se ativos.
O Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) confirmou em abril ao Expresso que se encontram "referenciados alguns cidadãos nacionais que integram esses grupos de combatentes", sendo que alguns "detinham um estatuto de residência temporária em outros países europeus, embora apresentem conexões sociais e familiares ao território nacional". O recrutamento é feito "através da Internet" e de "estruturas logísticas formais e informais que atuam à escala regional e global", adiantou a secreta.
Na semana passada, os Estados Unidos consideraram que o Estado Islâmico representa uma ameaça terrorista "para lá" de qualquer outra conhecida até hoje, "junta ideologia, uma estratégia sofisticada, habilidade militar e tática e está tremendamente bem financiado. É preciso estar preparados para tudo". No Facebook, Ângela usa outras palavras para descrever a luta jihadista na Síria, mas o sentido é o mesmo: "Quando olhamos para o cano de uma arma vemos o paraíso, quando um avião sobrevoa as nossas casas estamos prontos para receber a bomba, quando um pai cai mártir o filho está pronto para substituí-lo. Faremos tudo para manter e expandir o nosso estado islâmico. Como se pode ganhar a um povo que não teme a morte?"


Como reagiria a califagem?

por A-24, em 29.08.14


Os califeiros fartam-se de publicar mapas com ameaças de conquista, englobando todas as terras que de Bassorá a Lisboa, um dia obedeceram aos sátrapas muçulmanos. 


O mundo ocidental é perito no encaixe e devida resposta a provocações gratuitas, às bravatas que já custaram a liquidação de alguns impérios e potências expansionistas. Nos anos trinta, os agentes doAhnenerbe andavam à cata de suásticas e runas, palmilhando toda a Europa do Minho à Finlândia e chegando a enviar expedições às alturas dos Himalaias. Lembram-se do filme Sete Anos no Tibete? Tratava esse tema. Onde cavocassem uma suástica virada fosse para que lado fosse, aí estava um marco susceptível de validar uma reivindicação ariana.


Os califeiros afinam pelo mesmo diapasão. Agora, neste 23 de Agosto em que passam 75 anos da celebração do Pacto Germano-Soviético, imaginem qual seria a reacção dessa turbamulta de bandidos armados - vejam o video, se conseguirem -, se num dente por dente, os cristãos desatassem a reivindicar todos os antigos territórios vizinhos do Mediterrâneo e outrora pertencentes à cristandade. Para já, existe uma clara vantagem sobre o Ahnenerbe e sucessora califagem: não é necessário cavar buracos poeirentos na terreola "santa", nem peneirar ossinhos ou esgravatar em busca da inexistente "Arca da Aliança" de todas as prestidigitações. Os vestígios saltam à vista. A propósito, quanto à Hagia Sofia...


* O ocidente não mostra. A net fervilha de imagens horrendas e só não acredita quem não quer inteirar-se do que está em causa. São estas, as bestas.

As prendas islâmicas

por A-24, em 07.08.14
A Batalha

No Iraque, o grupo terrorista sunita Estado Islâmico exige às famílias em Mosul que procedam à circuncisão das raparigas. Caso não o façam, sofrerão castigos severos. A decisão, do Califa Abu Bakr al-Baghdadi, de todas as mulheres serem excisadas, servirá para prevenir a imoralidade e promover comportamentos islâmicos entre os muçulmanos. A mutilação genital feminina é entendida pelo Estado Islâmico como “uma prenda ao povo de Mosul.” Apenas na cidade síria de Homs, nos últimos dias, contam-se mais de 700 mortos, em consequência dos combates entre as tropas leais ao governo sírio e os rebeldes que lutam entre si e contra o regime de Bashar al-Asad. Em Damasco, os combates não cessam e no distrito de Jobar a força aérea tem intensificado os bombardeamentos, desconhecendo-se o balanço de mortos e feridos. O enviado especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Iraque, Nickolay Mladenov, acusou o Estado Islâmico de “executar horríveis actos terroristas” e solicitou ao Conselho de Segurança que peça ao grupo sunita que acabe com as operações, pois “o seu crescimento converteu-se numa ameaça completa à paz e à segurança do Iraque e de toda a região.”
Nickolay Mladenov não descobriu como levar o grupo terrorista a ver a luz da razão, mas sustém que a solução para as ameaças “não pode ser encontrada na caixa de ferramentas das operações militares.” A verdade é que não irá descer dos céus uma solução pacífica que liberte parte da Síria e cerca de um terço do território do Iraque das vontades assassinas dos terroristas. No plano político, o impasse continua no Iraque. As autoridades revelam-se incapazes de formar um governo que seja aceite por todos os grupos religiosos e que conte com a cooperação do governo do Curdistão iraquiano. A organização juvenil do Movimento Jihadista Salafista da Jordânia acaba de jurar fidelidade ao Estado Islâmico e acusar de “ilegítima” a cúpula dirigente da al-Qaeda. A organização jordana que representa perto de seis mil membros criticou os clérigos extremistas Abu Mohamed al-Maqdisi (erudito salafista e mentor de Abu Musab al-Zarqawi) e Abu Qatada pelas críticas proferidas contra o Estado Islâmico e sublinhou que “o correcto e a obrigação de todos é apoiar o Estado islâmico.” Os clérigos têm afirmado por diversas ocasiões que a declaração do califado por parte do Estado Islâmico aprofundará os combates internos entre as facções jihadistas. A verdade é que o Reino da Jordânia, para além da ameaça externa, possui dentro da sua sociedade as sementes do terror em forma de juramentos de fidelidade a um grupo que tem como principal condão ter colocado a al-Qaeda como uma organização moderada. Com estes presentes todos, o que de mal poderá ainda acontecer?

À catanada

por A-24, em 05.08.14
A Batalha

Treze pessoas foram mortas no mais recente ataque terrorista na província chinesa de Xinjiang. A acção teve lugar anteontem na cidade de Tarkant, localizada perto da fronteira com o Taquistão. As vitimas pertenciam à etnia han, maioritária na China, mas minoritária na região. O ataque, que destruiu mais de 30 carros, coincidiu com a festa que celebra o fim do Ramadão, uma celebração religiosa envolta em polémica após a decisão do regime comunista em não respeitar ostensivamente o período de jejum. Os terroristas acabaram por serem abatidos pelas forças policiais. Os ataques a migrantes chineses têm-se multiplicado e as responsabilidades recaem sobre extremistas uígures que lançaram uma campanha de terror contra o que entendem ser a opressão do governo chinês na província. Em Março, 33 pessoas morreram e 143 ficaram feridas num ataque à estação de comboios de Kunming. Em comum, os ataques terroristas iniciam-se quando grupos armados com catanas, facas e machados, após definirem o local, “varrem” as pessoas que encontram pela frente. Em Maio, o “modus operandi” foi diferente e um ataque terrorista com carros-bomba causou 39 mortos e mais de 100 feridos no mercado da capital regional, Urumqui. Neste ano centenas de pessoas foram assassinadas em ataques que as autoridades de Pequim atribuem a terroristas associados ao jihadismo e que procuram erguer o Turquistão Oriental, um país independente da China. Este país teria a uma área equivalente a três vezes o tamanho de França e faria fronteira com a Mongólia, Rússia, Casaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Afeganistão, Paquistão, Índia, Tibete e, claro, com a China. Para além da importância geoestratégica, a província que conta com quase 22 milhões de habitantes, é rica em recursos de grande importância para a China como o ouro, urânio, gás natural e petróleo. Os uígures, de cultura e língua turcomanas apontam para a componente demográfica como uma das origens dos problem
as, pois as autoridades chinesas estão a implementar um plano de construção de infra-estruturas que possam permitir a chegada massiva de chineses da etnia han. Outro ponto importante na discórdia entre as duas partes prende-se com o veto obstinado de Pequim à religião. À semelhança do que acontece com outros credos – o cristianismo está igualmente incluído – existem normas muito apertadas que pretendem controlar os fenómenos religiosos no país. No caso de Xinjiang, as mesquitas são controladas por elementos ligados à administração chinesa e há normas legais que limitam a cultura local. A China continua a perseguir os membros da seita Falun Gong e a atacar os bispos e sacerdotes católicos não registados na “igreja católica oficial” chinesa. Nestes últimos dias, mais de 100 igrejas ou parte delas foram demolidas a pedido das autoridades. O “último grito” passa por retirar os crucifixos dos edifícios. Os mais realistas dirão que todos estes acontecimentos resultam da engenharia social e da opressão, uma forma natural de ser, estar e agir do regime chinês.


No Canadá, defender raparigas de "crimes de honra", é considerado racismo

por A-24, em 02.08.14
In Canada today, helping Muslim girls is “racist.” Edmonton Transit last year caved in to Islamic supremacist demands and took down bus ads sponsored by my organization, the American Freedom Defense Initiative (AFDI), offering help to Muslim girls who were living in fear of honor killing. But we are fighting back. We’ve initiated a court action to defend free speech – which is supposed to be protected by the Canadian Charter of Rights and Freedoms.

Nowadays it seems increasingly in both the U.S. and Canada that free speech is only allowed to those whose positions are popular. But the whole purpose of free speech, the foundation of any free society, is to protect people who tell unpopular but necessary truths. If any group has the power to censor messages it doesn’t like, society is no longer free.


The Canadian media certainly hate our message of hope and freedom. The media in Canada called our ads “dishonorable,” “controversial,” and, above all, “racist.” It’s “dishonorable” and “controversial” and “racist” to save lives? Under the Sharia, yes, it is. And so in Edmonton, Sikh Councillor Amarjeet Sohi, who should know better than to carry water for the Islamic supremacists who oppressed his people for centuries, ordered officials to take down our ads immediately. They complied – even though vicious blood libels against Israel are just fine and have run on transit systems across Canada.
Apparently Muslims complained about our ads. Why? Is this how the Canadian Muslim community responds to the desperate circumstances of Muslim girls living in devout Muslim homes? They deny, obfuscate, and dissemble. The Muslim community protects the idea of honor in Islam, while smearing and libeling as “racists” the truth tellers coming to the aid of these girls.

Honor killing is a grim reality that is largely ignored, and girls are suffering as a result. In Canada in 2007, 16-year-old Aqsa Parvez was strangled to death by her father and brother for refusing to wear hijab. And two years later, Mohammad Shafia murdered his first wife and three daughters in an another honor killing. Our ad depicted “Muslim Girls Honor Killed By Their Families,” with photos of Aqsa and six other honor killing victims. It read: “Is your family threatening you? Is there a fatwa on your head? We can help: go to FightforFreedom.us.” (Source)