Atentado ao Pudor Isto chateia-me: estou de acordo com o Tiago Moreira Ramalho. Eu, se fosse namorado de uma jovem com os atributos especiais que dizem ser os da que dizem ser a namorada de Edward Snowden e ganhasse os 300,000 dólares por ano e tivesse uma casa no Havai — espiava com dignidade. Mas eu sou um covarde que preza o seu emprego e já sabia que os americanos espiavam os europeus, que espiavam os latino-americanos, que não espiavam ninguém, que eram espiados pelos norte-americanos, que eram espiados pelos chineses, que não eram espiados pelos sauditas, que eram espiados pelo russos, que espiavam Hong Kong, que não espiavam o Laos nem o Cambodja. As histórias de espionagem são quase sempre de segunda ordem. E sim, Snowden não disse, afinal, nada que não soubéssemos: que os americanos espiam mal e são destituídos de qualquer tipo de cautelas e não sabem instruir agentes duplos porque acham que a guerra fria já terminou. Ora, a guerra fria não só não terminou como é agora uma autêntica orgia. Edward Snowden disse que os norte-americanos vigiam o Facebook, o Twitter, o Google, o velho Outlook, o iTunes e o Bar da Tina em Cascais. Parece-me altamente provável, tirando o Outlook, que até eu era capaz de vigiar de um servidor em Castelo Branco. Portanto, Snowden, meu caro, escreve um livro com o material e vive durante uns anos dos rendimentos numa das ilhas Curilas, aí no Pacífico profundo. Depois, vende o material de novo ao Equador.
Não me ouviram. Fizeram mal. Agora, é a prevista agonia. Espero a todo o momento (que o País nos proteja!) um governo de esquerda viabilizado por Arménio Carlos e com o apoio declarado de Manuel Alegre e Mário Soares, preparado para uma avalancha de crescimento e de progresso humano e económico. Não é ironia; é a sensação de não termos nem governo, nem empresários com opinião e independência, nem oposição com sentido da decência, nem talentos respeitados, nem horror à bizarria. Só num país bizarro, com gente bizarra e desprovida de senso comum estas coisas acontecem. Espero que arrumem as gavetas, que guilhotinem os papéis inúteis e que aprendam. Estamos todos a tempo. A Bélgica esteve sem governo durante mais de um ano e continuou a viver demoules e frites, sem falar da cerveja de primeira ordem.
Isto chateia-me: estou de acordo com o Tiago Moreira Ramalho. Eu, se fosse namorado de uma jovem com os atributos especiais que dizem ser os da que dizem ser a namorada de Edward Snowden e ganhasse os 300,000 dólares por ano e tivesse uma casa no Havai — espiava com dignidade. Mas eu sou um covarde que preza o seu emprego e já sabia que os americanos espiavam os europeus, que espiavam os latino-americanos, que não espiavam ninguém, que eram espiados pelos norte-americanos, que eram espiados pelos chineses, que não eram espiados pelos sauditas, que eram espiados pelo russos, que espiavam Hong Kong, que não espiavam o Laos nem o Cambodja. As histórias de espionagem são quase sempre de segunda ordem. E sim, Snowden não disse, afinal, nada que não soubéssemos: que os americanos espiam mal e são destituídos de qualquer tipo de cautelas e não sabem instruir agentes duplos porque acham que a guerra fria já terminou. Ora, a guerra fria não só não terminou como é agora uma autêntica orgia. Edward Snowden disse que os norte-americanos vigiam o Facebook, o Twitter, o Google, o velho Outlook, o iTunes e o Bar da Tina em Cascais. Parece-me altamente provável, tirando o Outlook, que até eu era capaz de vigiar de um servidor em Castelo Branco. Portanto, Snowden, meu caro, escreve um livro com o material e vive durante uns anos dos rendimentos numa das ilhas Curilas, aí no Pacífico profundo. Depois, vende o material de novo ao Equador.
«Estive a ver no YouTube o que se disse na Benfica TV sobre, por exemplo, o lance do Benfica-Estoril em que há um claro penálti de Artur sobre Luís Leal. Para quem não sabe, o que faz a Benfica TV durante os jogos do seu clube é filmar dois comentadores/relatadores, vendo-se ao lado um pequeno monitor de televisão que está a passar o jogo. Neste caso, a primeira exclamação é: “O árbitro tem que mostrar cartão amarelo a Luís Leal”; a segunda é: “O árbitro Paulo Baptista aproxima-se e fica-se pela reprimenda”; a terceira é, vendo-se o lance através do monitor e o pé do guarda-redes em cima do pé do avançado: “Não há absolutamente nada, nem sequer há protestos”.
O mesmo foi defendido por Rui Gomes da Silva, no programa da SIC ‘O dia seguinte’. Mas, neste caso eu desculpo, porque Rui Gomes da Silva não é jornalista, nem tem que responder perante um código deontológico que pede verdade. Está lá como comentador do Benfica, para defender o Benfica. Que o faça de forma a que se torne ridículo, porque desonesto, só diz respeito a ele e, eventualmente, a quem o lá pôs.
Mas na Benfica TV é diferente. É um órgão de comunicação social e quem está a relatar, creio, tem carteira de jornalista. E, nesse caso, não pode fazer isto de forma sistemática. O Sindicato, a comissão da carteira, não têm nada a dizer sobre esta deontologia?
Não acho que se possa proibir uma televisão de ter os direitos de jogos, mas acho que aquilo que é agressão ao espectador, aquilo que é lavagem ao cérebro, aquilo que é desonestidade pura deve ser denunciado e a Entidade Reguladora da Comunicação deve ser chamada a pronunciar-se.
A democracia também se faz da sanidade mental do nosso sistema audiovisual. A Benfica TV não contribui para isso. Pelo contrário. Já lá ouvi dizer: “Este árbitro devia ter um acidente quando sair daqui”.
Há coisas inadmissiveis!
Felizmente o Porto Canal tem outra génese. E outra prática! Espero que continue assim.»
Ricardo Araújo Pereira e Bruno Nogueira, entre outros artistas do mesmo calibre, cumprem afincadamente a função que lhes está destinada e o regime vigente, grato, vai demonstrando essa gratidão de forma generosa:Gente de quem ninguém ri. Por Helena Matos.
Ser progressista ou dizer coisas que agradam a esse sector sobretudo nas chamadas causas fracturantes é actualmente em Portugal sinónimo de ter muito boa imprensa e ficar a salvo do ridículo. Quem por falta de previdência está ou parece estar em desacordo com o pensamento correcto arrisca ser passado a cromo – ouçam-se por exemplo Ricardo Araújo Pereira sobre Martim ou Bruno Nogueira sobre tudo e todos de que discorda
Uma "jornalista" (na verdade uma apresentadora de um programa de humor) sérvia refez a famosa cena de Sharon Stone em Instinto Fatal, e a vítima foi o primeiro ministro Ivica Dacic.
Foi com grande satisfação que soube que a Universidade Lusófona conferiu uma licenciatura em Ciência Política ao Dr. Miguel Relvas em apenas 14 meses, reconhecendo dessa forma a sua elevada estatura intelectual. Sempre sonhei com o alargamento das Novas Oportunidades ao Ensino Superior e fiquei muito feliz por terem dado o devido valor à cadeira de Direito que o senhor ministro fez há 27 anos com nota 10. Depois, naturalmente, o processo foi "encurtado por equivalências reconhecidas" (palavras do Dr. Relvas), após análise do seu magnífico currículo profissional.
É dentro desse mesmo espírito que vinha agora solicitar igual tratamento para a minha pessoa. Embora seja licenciado pela Universidade Nova com uns simpáticos 17 valores, a verdade é que o curso levou-me 4 anos a concluir e o Jornalismo anda pela hora da morte. Nesse sentido, e após análise da oferta disponível no site da universidade, venho por este meio requerer a atribuição do grau de licenciado em:
Animação Digital (tenho visto muitos desenhos animados com os meus filhos),
Ciência das Religiões (às vezes vou à missa),
Ciências Aeronáuticas (já viajei muito de avião),
Ciências da Nutrição (como imensa fruta),
Direito (fui duas vezes processado),
Economia (sustento uma família numerosa),
Fotografia (tiro sempre nas férias) e
Turismo (visitei 15 países).
Já agora, se a Universidade Lusófona vier a ministrar Medicina, não se esqueça de mim. A minha mulher é médica, e tendo em conta que eu durmo com ela há mais de 10 anos, estou certo de que em 6 meses posso perfeitamente ser doutor.
Em Portugal não é preciso ter uma bola de cristal para saber o que irá sair no telejornal ao longo do ano.
Através deste simples esquema poderá saber antecipadamente todas as notícias, relativas a Portugal, que passarão nos telejornais ao longo de vários anos:
Janeiro a Fevereiro:crise, dívida, impostos, partidos criticam governo, IVA, desemprego, futebol.
Fevereiro:Carnaval (em especial na Madeira e Torres Vedras), entrevistas a criancinhas mascaradas.
Março a Abril:crise, dívida, impostos, partidos criticam governo, IVA, desemprego, futebol. Abril: Notícias sobre o 25 de Abril, reportagem/documentário sobre a revolução, discurso do Presidente da República, políticos comentam o discurso do Presidente da República.
Maio:Festa da Flora na Madeira e Procissão das Velas em Fátima. Crise, dívida, impostos, partidos criticam governo, IVA, desemprego, futebol.
Maio a Agosto:pseudo notícias sobre o calor, beber muita água, protectores solares e criancinhas na praia, idas de última hora ao ginásio, enchente de pessoas no Algarve, praias ribeirinhas e incêndios. Velhinhas a chorar por causa dos incêndios e bombeiros a dizer de duas em duas palavras a palavra "efectivamente". Desastres nas estradas. Pais sem ter dinheiro ou lugar onde deixar as crianças no Verão.
Finais de Agosto a Setembro:regresso às aulas e críticas ao Governo. Crise, dívida, impostos, partidos criticam governo, IVA, desemprego, futebol. Falta de dinheiro para material escolar e algumas manifestações contra as condições de certas escolas.
Setembro a Dezembro:crise, dívida, impostos, partidos criticam governo, IVA, desemprego, futebol. Pseudo reportagens de cariz natalício, em especial sobre o elevado preço do bacalhau e sobre as iluminações. Reportagem sobre o fim do ano na Madeira, a única que foca os gastos do Governo Regional no dito evento.