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A-24

As enormidades do Papa Francisco

por A-24, em 04.12.14
Lura do Grilo

O Papa Francisco brindou-nos com uma séries de pérolas, blasfémias e indiferença ao seu rebanho aquando da visita à Turquia. Eis algumas:


*Negar a natureza violenta do Islão e que a origem dessa violência está no corão o qual é um manual de incentivo ao terrorismo. Todos os registos de violência "religiosa" que fizeram dezenas de milhares de mortos é directamente justificada pelos executantes invocando o corão.
Papa em Istanbul - Novembro 2014

*Dizer que o terrorismo se deve à fome e pobreza é de uma grande insanidade. Grande parte dos terroristas são pessoas educadas e com bons salários ou, não tendo bons salários, vivem de generosos benefícios sociais (dinheiro e alojamento) que excedem em muitos casos o salário médio de quem trabalha para os sutentar.

*Rezar virado para Meca é uma afronta ao cristianismo: um sinal de submissão a um culto hediondo e sanguinário de um "profeta" brutal.

*Visitar o Mufti, que vem na linha de um similar que colaborou directamente com o nazismo, é uma falta de respeito às raízes do cristianismo. É ainda um desprezo por mais de um milhão de mortos de cristãos arménios chacinados com requintes de horror pelos turcos.


*Falar em aproximação e em paz com o Islão, sem aludir uma única vez à mortandade dos cristãos na Síria e no Iraque e à perseguição global do cristianismo desde África ao Irão, é de um simples pastor inútil e incapaz.

O Papa Francisco não percebe que balas e facas não se param com as mãos.

Palestina: Um erro que nada faz pela paz

por A-24, em 04.12.14
João Marques de Almeida

A ideia de que os palestinianos querem “dois Estados a viver lado a lado” constitui a maior ilusão de muitos europeus – e aparentemente de muitos dos deputados portugueses.
Parece que o governo vai reconhecer a Palestina como “Estado” para, diz um deputado do PSD aqui nas páginas do Observador, “fazer alguma coisa pela paz”. O governo segue aliás o exemplo de outros países europeus, como a Suécia, a França e o Reino Unido. É um erro que nada faz pela paz. Este voluntarismo diplomático é de resto extraordinário. Os países europeus não conseguem manter a paz na Ucrânia, não conseguem manter a paz na Líbia, não conseguem manter a paz na Síria, não conseguem manter a paz no Iraque, nunca conseguiram manter a paz entre Israel e os seus vizinhos, e agora acham que o reconhecimento da Palestina como “Estado” vai ajudar a “paz” na região. Esta gente vive em que mundo?
A recusa dos palestinianos, e de quase todos os outros países árabes – com a excepcão do Egipto, da Jordânia e de Marrocos – em reconhecerem o Estado de Israel constitui a principal causa do conflito na região. Mais: a recusa em reconhecer Israel explica por que razão a maioria dos líderes palestinianos não querem criar um Estado palestiniano ao lado do Estado judaico. Os palestinianos só querem criar o seu Estado quando acabarem com Israel.
Prestem atenção à educação “oficial” nas escolas palestinianas, onde as crianças são ensinadas a odiar os judeus e a recusar a existência de Israel. Ouçam os sermões nas mesquitas, leiam a imprensa palestiniana e vejam a televisão palestiniana. O ódio aos judeus – e não só aos israelitas – é o tema dominante. E estudem a história do Médio Oriente desde 1945. Os árabes e os palestinianos tiveram várias oportunidades para criar o Estado da Palestina. Nunca o fizeram porque isso significaria reconhecer Israel.
A ideia de que os palestinianos querem “dois Estados a viver lado a lado” constitui a maior ilusão de muitos europeus – e aparentemente de muitos dos deputados portugueses. Não querem e nunca reconhecerão o Estado de Israel. E por essa razão, também não querem um Estado palestiniano enquanto não destruírem Israel. Se os europeus quisessem mesmo fazer “alguma coisa pela paz” fariam tudo o que pudessem para forçar os palestinianos a reconhecer Israel. E com todo o dinheiro que enviam para a Palestina têm algum poder para o fazer. 
Não é a paz que leva os europeus a reconhecerem a Palestina como “Estado”. São questões de política interna. Um dia ouvi um líder socialista europeu – não é português – dizer o seguinte: “como a participação na zona Euro não nos permite ter políticas socialistas, temos que defender causas sociais e externas (foi aqui que deu a Palestina como um exemplo) para acalmar as nossas esquerdas”. E muitos governos de direita, como aparentemente o nosso, desgastados com as acusações de “neoliberalismo” precisam de uns votos parlamentares que mostrem que são, apesar de tudo, “moderados”. Quando a direita quer agradar à esquerda, normalmente faz asneiras.
A decisão de reconhecer a Palestina como um “Estado” não só é completamente inútil, como constitui um atentado aos valores fundamentais de uma sociedade democrática. Os europeus combatem os radicais islâmicos no Síria e no Iraque, reforçam a segurança nos seus países para evitar ataques terroristas a civis indefesos e inocentes, e reconhecem um “governo” que comete esses ataques. Além de praticar o terrorismo, o Hamas tem outra particularidade: assassina cruelmente homossexuais e mulheres que têm o “azar” de se apaixonar pelo homem errado – este tem a “sorte” de ser perdoado. O reconhecimento da Palestina como “Estado” constitui ainda um sinal de fraqueza por parte dos europeus, que será recebido com prazer e desprezo por todos os grupos radicais islâmicos, da Argélia à Indonésia.
O nosso Parlamento vai votar o reconhecimento de um “Estado”, parcialmente governado por um grupo terrorista, que não reconhece valores essenciais como os direitos dos homossexuais ou a igualdade entre homens e mulheres. Uma iniciativa que nada fará pela paz e que será visto pelos grupos terroristas como um voto contra uma democracia, Israel. Mas os nossos deputados ficarão bem com a sua consciência e felizes com o seu exemplo de “unidade moderada” em nome da “paz”.

Dos comentários valiosos II - Sobre Portugal e a RDA

por A-24, em 28.11.14
Fernando Vieira, comentando esta notícia no Observador

Em finais da década de 80, antes da queda do muro, tive o privilégio de conviver, por motivo de trabalho, com um cidadão da então RDA (República Democrática da Alemanha), de seu nome Hans e de cujo sobrenome já não me lembro. A empresa para a qual eu trabalhava tinha adquirido algumas máquinas da RDA, e o Hans foi o técnico que veio para nos ajudar a instalar e colocar as referidas máquinas em funcionamento. É verdade, não se admirem, porque nessa época a RDA exportava máquinas para os países ocidentais, não só para a empresa que eu trabalhava, que era uma das maiores multinacionais do ramo no mundo e de origem francesa, mas também para muitas outras empresas.
Como eu era o responsável pela manutenção, e o único técnico da empresa em Portugal que falava inglês, era comigo que o Hans falava sobre quase todos os assuntos, não só de trabalho, mas também pessoais. Ele já tinha estado em outros países de quatro continentes. As despesas de alojamento e de alimentação do Hans eram por conta da empresa dele, e o transporte de ida e volta à nossa fábrica era por conta da nossa empresa. O Hans estava instalado numa pousada da região, que era a mais barata e nem sequer tinha restaurante. De manhã, alguém da nossa empresa passava na pousada para o trazer, e ao final da tarde levava-o de volta, não para a pousada, mas sim para o centro da cidade, porque ele queria passear e ver as montras das mais diversas lojas. Depois, ele seguia a pé para a pousada que ficava a 8 Km de distância do centro, para o merecido descanso.
A nossa empresa não tinha cantina, apenas um refeitório para quem levasse comida de casa, e o Hans ia almoçar lá, leite e pão sem mais nada, que ele mesmo levava. Um dia, ele ficou indisposto, quase desmaiou, e eu mesmo levei-o ao hospital local. Lá, fiquei a saber que ele estava com a pressão arterial demasiado baixa, e que, além de almoçar só pão e leite, raramente jantava. Porquê? Porque os dólares que a empresa dele lhe passara para o seu alojamento e alimentação, cujo valor não posso precisar agora, eram o valor máximo que alguma lei (estúpida) da RDA permitia, em função do número de dias que estaria fora do país dele. Esse valor mal dava para pagar a pousada barata. Falei com a direção da empresa e passei a levá-lo a almoçar comigo e a pagar-lhe também o jantar.
Entretanto, ele ia-me contando como vivia na RDA, com um salário muito melhor que o nosso (quase o triplo), com uma casa com aquecimento central muito mais barata do que seria possível em Portugal, com um carro mais barato do que os que se podiam comprar em Portugal, com vestuário e alimentação mais baratos do que em Portugal, etc. Mas, o carro por exemplo, ele teve que esperar 8 anos para o poder comprar, não por falta e dinheiro, e sim por causa da escassez de oferta. Os produtos alimentares eram em abundância, mas escassos em quantidade de géneros, por exemplo, não tinham bananas e outros frutos meridionais, etc. Com os produtos de vestuário passava-se o mesmo, eram quase todos iguais, não havia calças jeans por exemplo, quem as quisesse teria que as ir comprar na Hungria, que era o país do então Bloco de Leste que mais produtos ocidentais tinha, apesar de também haver restrições para comprar quantidades maiores.
Por isso o Hans gostava tanto de ver as montras cá, apesar de não poder comprar quase nada.
Quando lhe perguntei se ele gostaria de viver fora da RDA, ele respondeu-me que não, que lá era a terra dele, mas que gostaria muito que lá se pudesse viver como na Alemanha Federal ou na França. E gostaria de viver em Portugal? Perguntei. Portugal é muito bonito mas o vosso nível de vida é muito baixo, respondeu ele.
Estávamos em 1987. O sonho do Hans concretizou-se pouco depois. O meu não.

Os interesses "domésticos" da Turquia e a hipocrisia islâmica

por A-24, em 26.11.14

Na Hungria foi assim

por A-24, em 14.11.14
Carlos Guimarães Pinto


É inevitável: se uma indústria mexe, o estado sente a necessidade de taxar. As tecnologias da informação mexem e atentação de taxar é mais forte. Na Hungria, o auto-denominado governo iliberal de Viktor Órban propôs uma taxa sobre o consumo de dados. Ao contrário de outras medidas do passado que criaram mais controvérsia fora da Hungria do que dentro dela, esta foi mal recebida. Milhares sairam à rua, levantando os seus telemóveis em protesto, gerando imagens fantásticas e criando uma onda de descontentamento no país.


Venceram. Viktor Orban recuou na taxa dizendo algo surpreendentemente sensível: “Se as pessoas não só não gostam, como consideram que não é razoável, então não faz sentido lançar a medida”.

Portugal tem imensas taxas estúpidas, mas nenhuma será tão estúpida como a taxa da cópia privada. Em tudo semelhante à taxa proposta por Orban, mas recaindo sobre a armazenagem em vez do consumo de dados. Pior ainda, porque se destina directamente a alimentar uma máquina burocrática e a subsidiar pessoas com meios para se sustentarem confortavelmente. No entanto, a taxa prepara-se para passar, com um acordo político alargado. Um governo tantas vezes acusado, e com alguma razão, de ser autoritário, recuou na aplicação da taxa. No muito socialista e democrático Portugal, ela avança. Não vale a pena fingirmo-nos surpreendidos

Verdades inconvenientes

por A-24, em 09.11.14
Lura do Grilo

O Qatar, um grande patrocinador do terrorismo islâmico mundial, que vive de abundantes receitas do petróleo e do trabalho em quase regime de escravatura de milhões de imigrantes, integra o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A Venezuela -com as prisões cheias de prisioneiros políticos, dá abrigo aos terroristas da ETA, patrocina o narcotráfico e reprime manifestações com o tiro na nuca- faz parte do conselho de segurança da ONU.
Como se pode implodir aquele covil anti-semita, pro-abortista, pro-terrorista e pro-islamita? O Mundo respirava mais fresco

Ninguém deu por isto, e porquê?

por A-24, em 04.11.14
Lura do grilo

Ontem, deram 48 horas aos fachas de Gaza para retirarem e, em seguida, mesmo sem qualquer provocação directa, demoliram um valente conjunto de habitações para construir um muro de protecção. A notícia não apareceu na televisão!!
E não apareceu porquê? Jornalistas distraídos? Mais compreensão com o facto de Israel ter que defender a sua população de ataques indiscriminados visando civis e especialmente a crianças? Um arrependimento pelas mentiras e facciosismo que exibem?
Não apareceu pois foi o governo egípcio que, perdendo a paciência pelas inúmeras mortes e emboscadas causadas pelas víboras do Hamas, decidiu colocar um fim às consequências de ter por vizinhos esta mole de bestas humanas.

Os Europeus são intolerantes

por A-24, em 16.09.14
Via Totalitarismo Universalista

Não sei se alguém na blogosfera nacionalista já publicou as estatísticas que podem ser vistos na figura em baixo, mas vale a pena olhara para eles:

Pode ver-se que, de uma forma geral, a tolerância para com as minorias (imigrantes, homossexuais, pessoas de outras raças e/ou confissões religiosas, etc.) aumentou entre 2007 e 2010, embora também haja países onde essa tolerância diminuiu.


Como seria de esperar, os países onde a referida tolerância é maior são, regra geral, os países com índice de desenvolvimento humano (IDH) mais elevado. Algumas alminhas menos esclarecidas sentir-se-ão tentadas a concluir que isso significa que, quanto mais desenvolvido foi um país, maior será a sua abertura aos imigrantes. Esta conclusão seria no entanto um perfeito disparate, porque ignoraria grosseiramente outras variáveis-chave para a aversão às minorias: o conflito social interno e o historial político. Repara-se, por exemplo, como o respeito pelas minorias se degrada à medida que o bem-estar social e económico dos países diminui: a Noruega é há já vários anos líder do ranking do IDH, mas só é o 15º país mais tolerante da lista. O mesmo pode ser dito para a Suíça (3º no IDH, mas apenas 20º na lista). Por outro lado, repare-se também como países fortemente socialistas, como o Brasil, a Noruega, a Suécia e a França andam todos na casa dos 70-73. E veja-se como os países do Leste da Europa, que sofreram na pele os excessos comunistas (Polónia, República Checa, Hungria, Eslováquia), são fortemente intolerantes (<45).
Quanto ao nosso Portugal, a tolerância em relação às minorias tem crescido acima da média da OCDE. Mesmo em tempos de crise, a lavagem cerebral funciona...


Quem defende os cristãos?

por A-24, em 13.09.14
Ronald Lauder

O povo judeu compreende muito bem o que pode acontecer quando o mundo se mantém em silêncio. Esta campanha de morte tem de ser travada.

Porque é que o mundo se mantém em silêncio enquanto cristãos são vítimas de massacres no Médio Oriente e em África? Na Europa e nos Estados Unidos, assistimos a manifestações contra as mortes trágicas de palestinianos, utilizados como escudos humanos pelo Hamas, a organização terrorista que controla Gaza. As Nações Unidas conduziram inquéritos e focam a sua raiva em Israel por se defender contra essa mesma organização terrorista. No entanto, o massacre bárbaro de milhares e milhares de cristãos é visto com relativa indiferença.

O Médio Oriente e partes de África central estão a perder comunidades inteiras de cristãos que viveram em paz durante séculos. O grupo terrorista Boko Haram raptou e assassinou centenas de cristãos este ano – devastando a vila de Gwoza, maioritariamente cristã, em Agosto, no estado de Borno no nordeste da Nigéria. Meio milhão de cristãos árabes foram expulsos da Síria durante os mais de três anos de guerra civil. Os cristãos têm sido perseguidos e mortos em países desde o Líbano até ao Sudão.

Os historiadores podem olhar para este período e perguntar se as pessoas perderam o seu rumo. Até há pouco tempo poucos jornalistas tinham viajado até ao Iraque para testemunhar a onda de terror, semelhante ao nazismo, que se está a espalhar no país. As Nações Unidas quase não se pronunciam sobre o assunto. Os líderes mundiais parecem estar consumidos por outros assuntos neste estranho verão de 2014. Não há flotilhas em direção à Síria ou ao Iraque. E porque é que o massacre de cristãos não faz levantar as antenas das belas celebridades e das estrelas rock envelhecidas?
O Presidente Obama deve ser louvado por ter ordenado ataques aéreos para salvar dezenas de milhares de yazidis, seguidores de uma religião antiga e presos numa montanha no norte do Iraque, cercados por militantes muçulmanos sunni. No entanto, infelizmente, os ataques aéreos, por si só, não são suficientes para travar esta vaga grotesca de terrorismo.
O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS, ou ISIL) não é uma coligação solta de grupos jihadistas, mas sim um força militar real, que conseguiu assumir o controlo de maior parte do Iraque com um modelo de negócio bem-sucedido que rivaliza com o seu arauto da morte. Esta coligação utiliza dinheiro de bancos e de lojas de ouro que foram capturados, assim como recursos de petróleo e a velha extorsão, para financiar a sua máquina de morte, sendo assim, talvez, o grupo terrorista islâmico mais rico do mundo. No entanto, é na carnificina que o ISIS se destaca, rivalizando com as orgias de morte da Idade Média. De modo brutal, têm atacado xiitas, curdos e cristãos.
“Eles decapitaram crianças e puseram as suas cabeças em paus” disse à CNN Mark Arabo, um homem de negócios caldeu norte-americano, descrevendo uma situação num parque em Mosul. “Há mais crianças a serem decapitadas, mães a serem violadas e mortas e pais enforcados.”
200.000 arameus fugiram da sua cidade-natal, perto de Nineveh, e já saíram de Mosul.
A indiferença geral em relação ao ISIS, com as suas execuções em massa de cristãos e com a sua preocupação mortífera com Israel não é apenas errada – é obscena.
Em Budapeste, num discurso proferido perante milhares de cristãos, em junho, fiz uma promessa solene de que não vou manter-me em silêncio face à crescente ameaça de antissemitismo na Europa e no Médio Oriente – e que também não vou ser indiferente ao sofrimento cristão. A História conta-nos o oposto: os judeus têm sido sempre a minoria perseguida. No entanto, Israel tem estado entre os primeiros países a prestar auxílio a cristãos no Sudão do Sul. Os cristãos podem exercer a prática da sua religião abertamente em Israel, o que não se verifica em grande parte do Médio Oriente.
Esta ligação entre judeus e cristãos faz todo o sentido. Partilhamos muito mais do que a maioria das religiões. Lemos a mesma Bíblia e partilhamos um núcleo moral e ético. Nos dias de hoje, infelizmente, também partilhamos um tipo de sofrimento: cristãos estão a morrer pelas suas crenças, porque estão indefesos e porque o mundo está indiferente ao seu sofrimento.
É necessário que o lado bom das pessoas se traduza em união para travar esta vaga revoltante de violência. Nós não somos impotentes. Escrevo isto como um cidadão da maior potência militar do planeta. Escrevo isto como um líder judeu que se preocupa com os seus irmãos e irmãs cristãos.
O povo judeu compreende muito bem o que pode acontecer quando o mundo se mantém em silêncio. Esta campanha de morte tem de ser travada.
Ronald S. Lauder é o presidente do World Jewish Congress. Texto publicado originalmente no New York Times

Tradução de Francisco Ferreira

Sobre as últimas declarações do Dalai Lama

por A-24, em 26.07.14
Gladius via El Manifesto

O Dalai Lama, máxima autoridade espiritual do Tibete, esteve seis dias de Junho em Itália, onde levou a cabo diversos encontros espirituais e discursos vários. Num destes encontros foi questionado, por alguém na assistência, a respeito do grave problema da imigração em Itália.
O tibetano respondeu assim:

«Os imigrantes aqui são demasiados. Vocês devem ter a coragem de dizer basta. 
Costuma dizer-se que os refugiados estão a fugir de algo mas o bom coração não é suficiente para dar-lhes refúgio e temos de ter a coragem de dizer quando são demasiados, bem como de intervir nos seus países para construir aí uma sociedade melhor. Não se pode pensar que o acolhimento dos imigrantes é solução para resolver o problema. Os Italianos, principalmente os Sicilianos, estão a demonstrar um grande coração, mas para resolver o problema dos refugiados é necessário intervir nesses países e envidar esforços para superar as guerras, frequentemente de fundo religioso, e ajudar a superar a enorme brecha entre ricos e pobres para construir uma sociedade melhor. Isto necessita de um pensamento a longo prazo para conseguir algo realmente eficaz.»

Ora o Dalai Lama é personagem mais que grata a nível mediático em geral. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1989 e mais de cento e cinquenta reconhecimentos (prémios, doutoramentos honoris causa, etc.). Claro que um alógeno não tem de ser tido nem achado no que toca à política europeia, por mais prémios que receba, bem entendido, mas a questão não é essa. O que realmente tem graça aqui é que o Dalai Lama é actualmente um dos gurus da politicagem correcta dominante no Ocidente, pouco abaixo de Mandela ou de Gandi... Não há nenhum ocidental dado como «bem-pensante» e amante da humanidade e auto-proclamadíssimo cidadão do mundo que não teça loas à figura do dito tibetano assim que em tal indivíduo se fala. O silêncio me(r)diático tuga a respeito destas declarações, o silêncio dos mé(r)dia dominantes cá no burgo, torna-se por isso particularmente divertido. Quem diria que o amadíssimo Dalai Lama havia de dizer sobre a imigração o mesmo que dizem os nazis e xenófobos e fascistas e até mesmo porcos fassistas, quem diria...

Em Itália as declarações tiveram repercussões. Mario Borghezio, da Liga do Norte, congratulou a claridade do pensamento do líder tibetano, em contraposição à do papa Francisco, que abriu as portas das igrejas e conventos da Sicília aos imigrantes, independentemente de serem legais ou ilegais.