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A-24

Ryanair vai abrir nova base aérea nos Açores em Abril

por A-24, em 05.12.14
Público


A Ryanair anunciou nesta sexta-feira que vai abrir uma nova base aérea nos Açores, a quarta em Portugal, já em Abril. A companhia low cost vai instalar um avião no aeroporto de Ponta Delgada, prevendo transportar 350 mil passageiros por ano.
De acordo com um comunicado da transportadora aérea irlandesa, a abertura da base acompanhará o lançamento de três novas rotas entre Ponta Delgada e Londres (um voo semanal), Lisboa (dois voos diários) e Porto (um voo diário).
De acordo com cálculos da empresa, o investimento será de 100 milhões de euros, criando 350 postos de trabalho. Este último número baseia-se no rácio da Airports Council International, que estima que são criados 100 empregos por cada milhão de passageiros transportados.
A Ryanair adianta que “também está em negociações com o Governo dos Açores sobre possíveis voos para a Ilha Terceira e voos internacionais adicionais para as ilhas”. Nos últimos meses, a low cost, que já tem bases aéreas no Porto, Faro e Lisboa, tinha deixado transparecer a vontade de lançar voos de e para o arquipélago.
O comunicado inclui declarações do Governo Regional dos Açores, com o secretário para o Turismo e Transportes, Vítor Fraga, a afirmar que espera que a companhia “alcance um grande sucesso com o início das suas operações” para “desenvolver o turismo nas nossas ilhas”.
Já David O’Brien, director comercial da Ryanair, refere que a empresa “congratula-se pela decisão do Governo em abrir o mercado açoriano à competição, o que irá beneficiar os residentes, turistas e consumidores”.

Ainda na quinta-feira, a Easyjet anunciou que começará a voar para o arquipélago em Março, com a abertura da rota, com quatro ligações semanais, entre Lisboa e Ponta Delgada. Além desta transportadora aérea e da Ryanair, também a francesa Transavia e a Biter Canárias já manifestaram intenção de voar para os Açores.

E no dia anterior:


A EasyJet começa a voar para os Açores no final de Março de 2015, com quatro voos semanais entre Lisboa e Ponta Delgada, anunciou nesta quinta-feira o director comercial da companhia aérea em Portugal.
"Finalmente temos todas as garantias de que necessitávamos para podermos anunciar a abertura da rota Lisboa/Ponta Delgada, que vai ser facto real a partir de final de Março do próximo ano", afirmou José Lopes aos jornalistas em Ponta Delgada, após uma reunião com o secretário regional do Turismo e Transportes, Vitor Fraga, que não prestou declarações.
A operação decorre no âmbito do novo modelo de ligações aéreas para os Açores, que estará em vigor em 2015 e que garante que os residentes no arquipélago pagarão, no máximo, 134 euros pelas viagens ao continente e, se a companhia aérea lhes cobrar mais do que isso, serão posteriormente reembolsados da diferença pela administração central.
José Lopes adiantou que a EasyJet vai começar a operação com quatro voos semanais, utilizando um Airbus 320, com capacidade para 180 lugares, e remeteu para a próxima semana a divulgação dos preços do bilhete que a companhia pretende praticar.
"Temos um evento programado para a próxima terça-feira, em que o nosso director geral ibérico estará aqui junto com o secretário de Estado dos Transportes e o presidente do Governo Regional", disse José Lopes, acrescentando que na ocasião "serão anunciados detalhes, nomeadamente os preços que vamos pôr em venda".
Após vários anos de contactos com o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e os governos nacional e regional, o director comercial da EasyJet referiu que a companhia fazia questão de ser das primeiras a anunciar que ia começar a voar para os Açores, estando já a trabalhar para poder cumprir o objectivo de ter um voo diário para o arquipélago a partir do inverno de 2015.
Além da EasyJet, a Ryanair, a Transavia e a Biter Canárias manifestaram intenção de voar para os Açores.
A 31 de Outubro, o Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) informou todas as operadoras aéreas de que o Governo pretendia liberalizar, com efeitos operacionais no verão IATA 2015, o transporte aéreo entre a ilha Terceira e o território continental, bem como entre Ponta Delgada (Aeroporto João Paulo II) e o território continental, ou seja, as rotas Lisboa/Ponta Delgada/Lisboa, Lisboa/Terceira/Lisboa, Porto/Ponta Delgada/Porto e Porto/Terceira/Porto.
Na mesma comunicação, o regulador adiantava que o Governo da República e o Governo Regional dos Açores pretendem aplicar um mecanismo de auxílio social à mobilidade, a definir em diploma próprio, sendo tal auxílio passível de ser atribuído aos residentes na Região Autónoma dos Açores e aos estudantes, em benefício do superior interesse dos cidadãos insulares, mecanismo que assenta nos princípios de coesão social e territorial.
José Lopes explicou que será o resultado da rota Lisboa/Ponta Delgada a ditar a abertura ou não de novas rotas da EasyJet para os Açores, mas admitiu que a companhia aérea já está a estudar abrir a rota do Porto, Terceira e destinos europeus.
Só as ligações entre o continente e as ilhas de São Miguel e Terceira serão liberalizadas em 2015, ao abrigo do acordo assinado entre o Governo Regional e o do República.
O director comercial da EasyJet assegurou que a transportadora aérea de baixo custo "não tem qualquer contrapartida" por voar para os Açores, alegando que "é a concorrência que gera preços baixos" e que a companhia britânica defende mercados abertos.
A EasyJet está presente em Portugal desde 1999, tendo transportado quatro milhões de passageiros de e para Portugal este ano, o que representa mais 3% do que em 2013. 

Cinco companhias aéreas que deve evitar

por A-24, em 03.11.14
O site Lifehacker pediu aos leitores que escolhessem as piores companhias aéreas do mundo e elaborou uma lista de cinco — aquelas companhias que são tão más que “deviam ser proibidas de voar”. Como os leitores são sobretudo dos EUA, a lista penaliza as americanas. Mas o 1º prémio vai para o Turquemenistão. Já lá vamos.

A maioria dos ‘críticos’ referiu as elevadas taxas e o mau serviço ao consumidor como os problemas centrais das transportadoras aéreas. “Taxas tão altas, um serviço ao consumidor tão terrível, aviões tão desconfortáveis e rotas tão más que vai preferir pagar mais para as evitar por completo”, refere o site. Aos consumidores, o Lifehacker deixou um conselho de última linha: “Evite voar com elas a todo o custo e opte por companhias melhores e mais simpáticas”.

Spirit Airlines
A companhia aérea norte-americana Spirit Airlines é apontada como uma das piores companhias do mundo, mas acompanha-a a fama de bater recordes de reclamações nos Estados Unidos da América, de acordo com a Skytrax, uma consultora britânica que analisa as condições de aeroportos e transportadoras aéreas no mundo inteiro.
De acordo com os leitores do Lifehacker, o grande problema da Spirit Airlines é o das altas taxas aplicadas às bagagens. Mas a má reputação parece não desmoralizar a companhia, que continua a designar-se como “a mais amiga do consumidor”.

Frontier Airlines
A entrada da Frontier Airlines para esta lista das piores do mundo aconteceu em 2008. Até então, a companhia de baixo-custo era considerada confortável, eficiente e com bons preços. Mas, de acordo com o site Lifehacker, tudo mudou quando mudou de mãos.
De acordo com os leitores do site, alguns dos problemas da Frontier parecem estar nas taxas aplicadas “a todas as coisas” e o mau apoio ao cliente. À semelhança da Spirit Airlines, a Frontier também é uma das companhias com maior número de reclamações nos Estados Unidos.

Ryanair
À semelhança de outras companhias de baixo-custo, o grande problema da companhia irlandesa Ryanair é as taxas exorbitantes aplicadas sobretudo às bagagens e que acabam por tornar o voo muito mais caro. Outro problema parece ser o apoio ao cliente que, segundo o site, é “quase inexistente”.

Delta
A Delta Airlines é uma das maiores transportadoras aéreas norte-americanas, mas mesmo assim foi alvo de várias críticas por parte dos utilizadores. À semelhança de outras companhias mais pequenas, a Delta foi acusada de causar sistematicamente problemas aos passageiros e de ter um mau serviço de apoio ao consumidor. Alguns dos problemas incluem bagagens perdidas, voos desviados e atrasos nas partidas e chegadas.

United Airlines
Tem uma das maiores frotas do mundo e é conhecida por tentar pôr o maior número possível de passageiros num só avião. Nesta votação (sempre subjetiva) obteve um número de votações suficiente para ser colocada na lista, em parte por ter sido criticada por várias celebridades, incluindo Joan Rivers —que a ridicularizou numa entrevista a David Letterman, em 2011.
Atrasos devido a problemas técnicos, bagagens perdidas, reservas inexistentes, são alguns dos problemas apontados pelos utilizadores do site Lifehacker. A companhia chegou mesmo a perder o animal de estimação de um dos passageiros, ao envia-lo para um destino diferente. A United Airlines foi uma da poucas companhias a ser multada pelo Departamento dos Transportes, por adiar constantemente os reembolsos aos passageiros.

De acordo uma outra lista, elaborada pela Business Insider e baseada em informações disponibilizadas pela Skytrax, a pior companhia aérea do mundo é, porém, a do Turquemenistão. Sediada em Ashgabat, a capital do país, a transportadora recebeu uma pontuação de 30.8 em 100. Os utilizadores da companhia queixaram-se do desconforto dos bancos e da falta de eficiência da tripulação.

A TAP é uma vergonha

por A-24, em 06.09.14

Por causa da TAP, já cheguei atrasado a reuniões (e falhei algumas). Já falhei compromissos sociais e, o que mais me custa, deixo pessoas de quem muito gosto à minha espera.
Este artigo regista uma grande irritação com a TAP. Estou no aeroporto em Londres e o voo está uma hora e meia atrasado. Deveria sair às 18.30 e parte às 20.00. Vivo e trabalho há oito anos no estrangeiro (Bruxelas e Londres) e infelizmente os atrasos da TAP tornaram-se um hábito. Não são recentes, como dizem os seus responsáveis. Têm pelo menos oito anos, embora seja verdade que a situação, em vez de melhorar, tem piorado. O que é extraordinário.
Quando perguntamos as razões do atraso, recebemos as respostas mais espantosas. Umas vezes é “o tempo” (ou não fosse uma companhia portuguesa). Mas o “tempo” não explica os atrasos durante o Verão. Outras vezes são as greves, ou “dos controladores aéreos” (habitualmente, os franceses), ou do “pessoal de terra”. Esta resposta também não convence: há muito mais atrasos do que greves (mesmo incluindo as francesas). A terceira explicação é a mais hilariante de todas: “o avião chegou atrasado da viagem anterior.” Ou seja, perguntamos por que razão estão atrasados, e respondem ‘estamos atrasados porque andamos sempre atrasados.’
Faço sempre os possíveis para viajar na TAP. Para quem vive no estrangeiro, sabe entrar num avião português e com portugueses; mas a TAP não merece, lamento dizê-lo. Por causa da TAP, já cheguei atrasado a reuniões (e falhei algumas). Já falhei compromissos sociais e, o que mais me custa, deixo pessoas de quem muito gosto à minha espera. É muito triste ser obrigado a voar noutras companhias para evitar atrasos. Se servisse os meus clientes, como a TAP me serve a mim, estaria desempregado e a minha empresa já não existiria. Gozo do privilégio de escrever no “Observador” e posso exprimir a minha irritação. Mas tenho a certeza que há milhares de portugueses que partilham o que sinto neste momento. Viajo com eles e vejo o que sentem. A TAP não merece a fidelidade desses portugueses.
Mas há ainda mais duas consequências negativas. O nosso governo aposta, e muito bem, no turismo. E Portugal é um país fantástico para passar férias (na minha opinião, é o melhor da Europa). Não há um único estrangeiro com que fale que não tenha adorado as suas férias em Portugal. Para muitos dos turistas, a TAP é o primeiro contacto que têm com o nosso país. Quantos terão desistido de voltar por causa dos atrasos da TAP? Não faz sentido um governo apostar na promoção do turismo e depois permitir que a companhia nacional esteja sempre atrasada.
Em segundo lugar, numa altura em que o governo procura privatizar a TAP, os atrasos são inexplicáveis. Julgaria que quando se quer vender alguma coisa, teria que se ser exemplarmente competente. A TAP é o contrário. Está à procura de comprador e piora o seu serviço. Ainda não ouvi alguém assumir responsabilidades. Não há responsáveis? São só o “tempo”, as “greves”, o “pessoal de terra” e as “avarias”?

Mau tempo provoca queda de avião em Taiwan: 48 mortos confirmados

por A-24, em 24.07.14
Aparelho abortou uma primeira tentativa para aterrar e despenhou-se de seguida.
Um avião da TransAsia Airways que tentava aterrar de emergência em Taiwan despenhou-se esta quarta-feira. O ministro dos Transportes de Taiwan, Yeh Kuang-Shih, informou que há a registar nesta tragédia 48 mortos e 10 feridos, segundo a agência de notícias taiwanesa CNA.
Os jornais de Taiwan avançaram que se trata de um voo doméstico e a Xinhua disse que o desastre ocorreu perto do aeroporto de Magong, na ilha de Penghu. A TransAsia é uma companhia que fez essencialmente voos internos e algumas ligações regionais.
O aparelho levava 54 passageiros a bordo e quatro tripulantes. Segundo as autoridades da aviação civil de Taiwan, o voo GE222 abortou uma primeira tentativa para aterrar devido ao mau tempo, tendo-se despenhado de seguida. "A torre de controlo perdeu o contacto com o aparelho pouco depois de ele ter feito umgo around [segunda tentativa para aterrar o aparelho", disse a directora da aviação civil, Jean Shen.
A presença do tufão Matmo na região levou ao atraso da partida do avião do aeroporto de Kaohsiung, de onde partiu para Penghu com quase duas horas de atraso. Também muitos voos foram cancleados mas o alerta máximo foi levantado por volta das 17h30 (hora local), sensivelmente ao mesmo tempo que o avião da TransAsia foi autorizado a descolar, refere a BBC.
Na terça-feira, a passagem do tufão pela ilha obrigou ao encerramento das escolas e até da bolsa, devido aos ventos muito fortes e à chuva intensa. No momento da queda do GE222 chovia torrencialmente em Magong e as condições eram de trovoada. O Matmo já tinha passado à categoria de tempestade tropical.

As sete vezes em que um avião comercial foi abatido por forças militares

por A-24, em 18.07.14
O avião da Malaysia Airlines, que transportava 298 passageiros, foi o maior abate aéreo de civis reportado até à data, embora não tenha sido o único. O site de notícias Vox, fez uma listagem de outros sete aviões comerciais que já foram abatidos por forças militares.

1) Siberia Airlines (2001)
Foi a 4 de Outubro de 2001 que um avião da Siberia Airlines, viajando de Novosibirski (capital da Sibéria) para Telavive, que transportava 64 passageiros e 12 membros da tripulação foi abatido sobre o mar Negro por um míssil ucraniano. Transportava 64 passageiros e 12 membros da tripulação. Naquele dia, o exército ucraniano fazia um exercício que envolvia o lançamento de 23 mísseis e drones. A Ucrânia demorou um pouco a assumir o sucedido, tendo apenas admitido depois de uma investigação russa.

2) Iran Air (1988)
A 3 de julho de 1988, durante a guerra entre Irão e Iraque, barcos americanos e iranianos debatiam-se no Golfo Pérsico. Nos meandros deste cenário, um Airbus 300 que era usado pelos iranianos para fins civis e militares foi abatido pela marinha americana, que terá confundido o avião comercial com o militar F-14. Todos os passageiros a bordo morreram.

3) Korean Air Lines (1983)
O avião KAL007, mais conhecido como “o avião em que viajava um congressista que a União Soviética abateu”, foi derrubado a 1 de setembro de 1983, vitimando 269 pessoas entre passageiros e tripulação. Incluindo Larry McDonald, o tal congressista americano. A guerra fria ainda não tinha descongelado e o caso levou a um enorme problema diplomático.

4) Itavia Airlines (1980)
Neste incidente ainda não é conhecida a verdadeira história. O que se sabe é que no dia 27 de junho de 1980, um avião da Itavia Airlines, que viajava de Bolonha para Palermo com 81 passageiros, caiu no mar Tirreno, junto da Sicília.
Segundo reportou o New York Times a versão mais credível dos factos corrobora que o avião foi atingindo por um míssil oriundo do espaço, embora não se conheça o país ou a razão para o incidente.

5) Libyan Arab Airlines (1973)
No dia 21 de fevereiro de 1973, um Boeing 727 pertencente à companhia Libyan Arab Airlines — que viajava de Tripoli para o Cairo — perdeu-se e sobrevoou a península de Sinai, que estava sobre controlo israelita desde 1967. Depois de alguns avisos, os israelitas abateram o avião vitimando 108 pessoas das 113 que iam a bordo. Sobreviveram quatro passageiros e o co-piloto.

6) El Al (1955)
Um avião da Companhia El Al que viajava de Viena para Telavive a 27 de julho de 1955, foi abatido por dois MiG fighters (aviões militares) no espaço aéreo Búlgaro. Todos os 58 passageiros morreram e depois de negar várias vezes, a Bulgária admitiu o ocorrido. Em consequência, a Bulgária pagou cerca de 1 milhão e meio de dólares (pouco mais de 1 milhão de euros) a Israel.

7) Cathay Pacific Airways (1954)
No dia 23 de julho de 1954, membros do movimento de libertação chinesa abateram um C-54 Sky master da companhia Cathay Pacific Airways que viajava de Banguecoque para Hong Kong. 10 dos 19 passageiros não sobreviveram. Dias mais tarde, o Governo chinês elaborou um pedido de desculpa no qual afirmava que houve um erro e o avião comercial foi confundido com um avião militar da República da China (Taiwan).

O abate do voo da Malaysia Airlines na quinta-feira não foi inédito na história, no entanto, foi o que vitimou mais pessoas. OBSERVADOR

Sobre a queda do MH17 da Malaysian Airlines

por A-24, em 18.07.14
A queda de um Boeing 777 da Malaysia Airlines no Leste da Ucrânia, que terá causado a morte de todas as 298 pessoas que seguiam bordo, esta quinta-feira, deu imediatamente origem a trocas de acusações entre as autoridades de Kiev e os separatistas pró-russos, que se responsabilizam mutuamente pelo derrube do aparelho.

O número de vítimas foi inicialmente quantificado em 295, mas horas depois foi corrigido por Huib Gorter, director da transportadora aérea para a Europa, para 298: 283 passageiros e 15 tripulantes — o que faz deste o acidente aéreo com mais vítimas mortais na última década.

O aparelho MH17 que descolara de Amesterdão com destino a Kuala Lumpur caiu na região de Luhansk, próximo de Donetsk.Os rebeldes anunciaram, ao princípio da noite, terem encontrado a caixa negra do avião e admitiram uma trégua de dois ou três dias para que seja possível o acesso ao local. Nas horas que se seguiram à queda do aparelho sucederam-se apelos nesse sentido.

O esclarecimento do que aconteceu com o avião pode ter efeitos importantes na evolução da crise político-militar ucraniana. O Conselho de Segurança reúne esta sexta-feira, a pedido do Reino Unido.

O Boeing 777, que tinha levantado de Amesterdão e se dirigia a Kuala Lumpur não chegou a entrar no espaço aéreo russo, como previsto na rota, e despenhou-se a escassas dezenas de quilómetros da fronteira com a Rússia, numa zona controlada por separatistas, onde têm ocorrido confrontos. O espaço aéreo no Leste da Ucrânia foi encerrado.



Segundo os dados da companhia aérea, seguiam a bordo 154 holandeses, 27 australianos, 38 malaios (entre os quais 15 membros da tripulação), 11 indonésios, nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadiano.
O ministro do Interior da Ucrânia indicou quer também seguiam a bordo 23 cidadãos norte-americanos.
Não deverá haver portugueses entre as vítimas, segundo indicou o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, com base nos nomes que surgem na lista de passageiros.




O voo MH17, que tinha partido da cidade holandesa às 13h15 (hora de Portugal Continental), perdeu contacto com o controlo aéreo ucraniano às 15h15, pouco antes da altura prevista para a entrada em espaço russo, segundo informação da companhia aérea malaia. Na altura em que desapareceu dos radares voava a dez mil metros de altitude.
A maior parte dos passageirs eram, segundo a Malaysia Airlines, holandeses - pelo menos 154. Está também confirmada a morte de 27 australianos e 23 malaios, 11 indonésios, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadiano. Informação anteriormente divulgada pelo ministério do Interior ucraniano indicava que seguiam a bordo pelo menos 23 norte-americanos e nove britânicos. O Governo francês confirmou que quatro dos passageiros eram franceses.
Ao início da noite ainda não tinha sido divulgada da nacionalidade de mais de quatro dezenas de passageiros. Todos os 15 tripulantes eram malaios.
Repórteres da Reuter e da AFP que se deslocaram ao local em que caiu, junto à aldeia de Grabovo, perto da cidade de Chakhtarsk, na região de Donetsk, viram destroços fumegantes e corpos espalhados pelo solo. Pedaços do avião espalharam-se por um raio de 15 quilómetros.