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A-24

SOBRE UMA LIBERAL DE ESQUERDA SUL-AFRICANA QUE LUTOU CONTRA O APARTHEID E AGORA NÃO QUER PASSAR ONDE HÁ MUITOS NEGROS...

por A-24, em 03.09.14
Tem alguma piada este artigo da autoria de um sul-africano branco que comenta o receio que a sua filha esquerdista tem de passar de carro numa zona de negros na África do Sul...

Segundo conta o dito pai, a senhora andou anos a lutar contra o apartheid sul-africano, chegando a apoiar o ANC, organização marxista. O pai era aquilo a que se chamava um moderado, aberto à mudança, mas a filha fez de facto campanha a favor do primeiro presidente negro. Dizia que osa negros do ANC eram «o seu povo». Agora, depois do fim do apartheid, vive nos EUA, isto é, abandonou o país depois da queda do regime «racista», tal como muitos outros liberais de Esquerda. E, mais recentemente, quando o pai a foi buscar ao aeroporto e no caminho para casa a filha, a conduzir, circulou por uma zona habitacional cheia de negros em Joanesburgo, disse que não se sentia nada confortável a passar por ali. O pai até julgou que tinha percebido mal... ao fim ao cabo nem sequer estavam no Soweto ou em Alexandria Township, mas simplesmente numa área mista, onde os negros constituíam a maioria. e perguntou-lhe e de facto constatou que a filha não estava mesmo a gostar do que a rodeava...
É mais uma entre muitos do seu género. E alguns continuam a escudar-se da realidade alegando que «o problema é sócio-económico», até porque de facto desprezam, odeiam até, todo o critério de lealdade ao sangue, atendo-se apenas às diferenças de classe e de sucesso económico, daí que mantenham um «secreto» desprezo pelo «povinho». Subsequentemente, põem facilmente negros e brancos pobres no mesmo saco, aliás, nos mesmos bairros, e se há problemas entre estes, isso é «lá deles, coisas do povinho, eles que se entendam», e se algum branco pobre manifesta sentimentos racistas ainda leva com o rótulo de «ignorante» ou «mal formado», tendo pois de comer e calar, aguentar em silêncio e não arranjar problemas, ou por outra, deixar que os problemas o arranjem e moldar-se ao que for preciso - ao que for preciso para que liberais e capitalistas continuem a poder ter mão de obra barata e a satisfazer a sua «consciência» humanista e anti-racista.

Um homem pode mudar o curso da História? Pode

por A-24, em 13.12.13
Teresa de Sousa

«Talvez também porque a Europa ainda arrasta consigo “o fardo do homem branco”, nenhum líder europeu teve direito a discursar. Hoje a Europa, com todo o seu poder económico, vê a sua influência posta em causa pela China e pelo Brasil. Virada para dentro, vergada por uma crise que ninguém, fora das suas fronteiras, consegue compreender, não consegue ver a oportunidade de comprometer-se com esse mundo novo que encontrou o seu herói num homem que nasceu em África e que aprendeu o valor da dignidade, da liberdade e da democracia numa cela onde passou 27 anos.»

Um sucessor de Mandela tomava duche para limpar a sida

por A-24, em 10.12.13
Henrique Raposo
A beatificação de Mandela tem ainda outro problema : esconde a estupidez provinciana de alguns dos sucessores do grande Madiba, uma estupidez particularmente cristalina na questão da sida. Na barra do tribunal (2006), perante a mulher que o acusava de violação, Jacob Zuma afirmou que tomou duche a seguir ao acto sexual porque queria limpar o vírus HIV com aguinha e sabão azul e branco. Um visionário. Mas o caso torna-se ainda mais trágico ou cómico quando adicionamos o seguinte ponto: Zuma sabia de antemão que aquela mulher estava infectada com HIV, mas, mesmo assim, avançou para o acto sem qualquer tipo de protecção. Como se sabe, Zulu que é Zulu não usa camisinha.

Mais tarde, já como Presidente, Zuma deu vários passos atrás na estupidez, reconheceu o problema, tomou medidas pessoais (circuncisão, testes, casou com mais uma mulher, a terceira) e implementou políticas (promoveu a circuncisão, lançou programas anti-sida). Problema resolvido? Não. Zuma não é a excepção mas a norma junto da elite do ANC. Thabo Mbeki, o primeiro sucessor de Mandela, chegou a dizer que nunca tinha conhecido ninguém com sida. Repare-se que a infecção do HIV é o maior flagelo da África do Sul, o país mais infectado do mundo (5,6 milhões de infectados numa população de 51 milhões). Ou seja, Mbeki permitiu a morte de centenas de milhares de compatriotas, porque foi incapaz de implementar um programa de saúde anti-HIV, porque foi incapaz de reconhecer a existência do problema. Porquê? Mbeki meteu na cabeça que a sida é uma invenção ocidental - uma tese com muitos adeptos na cultura do ANC e de outros movimentos africanos. 
Enquanto os vizinhos Botswana e Namíbia lançavam programas com modernos anti-retrovirais, o ministro da saúde de Mbeki, Manto Tshabalala-Msimang recomendava uma mezinha com alho, sumo de limão e beterraba como solução para a epidemia. E Tshabalala-Msimang e Mbeki não associavam as mortes da epidemia de sida ao vírus HIV, diziam que essas mortes resultavam apenas da má-nutrição e da pobreza. Dentro desta onda lunática, Mbeki chegou a acusar um imunologista local, Malegapuru Makgoba, de ser um mero "defensor da ciência ocidental" e de "ter visões racistas sobre os africanos". Pior: Mbeki afirmou que Malegapuru Makgoba estava apenas ao serviço de uma conspiração da indústria farmacêutica do Ocidente, essa entidade mefistofélica que só quer vender placebos aos idiotas dos africanos. Se a memória não me falha, uma ministra de Mbeki deu o passo seguinte na teoria da conspiração, a saber: o vírus HIV só pode ser uma invenção de laboratórios ocidentais, não é verdade? 

É este o perigo da era pós-Mandela. Liderada pelo fanatismo anti-branco de muitos sectores do ANC, a África do Sul pode entrar na rota do ódio, a rota interrompida por Mandela. Este caminho à Mugabe bloqueia qualquer tipo de racionalidade, aliás, vê a racionalidade como algo intrinsecamente branco, logo mau.

O outro lado de Mandela

por A-24, em 10.12.13

Bernard Lugan 
via Dissidente.info

"Nascido a 18 de Julho de 1918 no antigo Transkei e falecido a 5 de Dezembro de 2013, Nelson Mandela não corresponde à imagem piedosa transmitida mundialmente nestes dias pelo politicamente correcto. Para lá das emoções ternas e das homenagens hipócritas, é importante não perder de vista o seguinte:

1) Aristocrata xhosa da linha real dos Thembu, Nelson Mandela não era um «pobre negro oprimido». Com uma educação europeia proporcionada por missionários metodistas, começou os seus estudos superiores em Fort Hare, universidade destinada aos filhos das elites negras, completando-os em Witwatersrand, no Transvaal, o coração do que era na altura o «país boer». Instalou-se de seguida como advogado em Joanesburgo. 

2) Não era bem o gentil reformista que a imprensa lamechas gosta de tratar como «arcanjo da paz», lutando pelos direitos do homem como um novo Gandhi ou um novo Martin Luther King. Com efeito, Nelson Mandela foi acima de tudo um revolucionário, um combatente, um militante que pôs «a sua pele antes das suas ideias», não hesitando em derramar o sangue de outros e a arriscar a sua própria pele.
Foi um dos fundadores do Umkonto We Sizwe, «a ponta de lança da nação», braço armado do ANC, que co-dirigiu em conjunto com o comunista Joe Slovo, planeando e coordenando mais de 200 atentados e sabotagens pelos quais foi condenado a prisão perpétua. 

3) Não foi o homem que permitiu uma transição pacífica de poder entre a «minoria branca» e a «maioria negra», evitando um banho de sangue na África do Sul. A verdade é que foi levado ao poder pelo presidente De Klerk, que aplicou à letra o plano de resolução da questão da África austral definido por Washington. Pelo caminho Mandela traiu todas as promessas feitas ao seu povo, tais como: 
- Desintegrar o exército sul-africano, com o qual o ANC não era capaz de lidar; 
- Impedir as criação de um Estado multi-racial descentralizado, alternativa federal ao jacobinismo marxista e dogmático do ANC; 
- Travar as negociações secretas mantidas entre Thabo Mbeki e os generais sul-africanos, negociações que envolviam o reconhecimento, pelo ANC, de um Volkstaat em troca do abandono da opção militar pelo general Viljoen. 

4) Nelson Mandela permitiu o esgotamento das fontes sul-africanas de leite e mel e o fracasso económico do país é hoje total. Segundo o Relatório Económico Africano para o ano 2013, redigido pela Comissão Económica da ONU para África e pela União Africana para o período 2008-2012, a África do Sul é classificada como um dos cinco países «com pior desempenho» do continente, em função do crescimento médio anual, apenas à frente das Comores, Madagáscar, Sudão e Suazilândia.
Segundo dados oficiais, o desemprego atingiu 25,6% da população activa no segundo trimestre de 2013, embora na realidade ultrapasse os 40%. Os rendimentos do segmento mais pobre da população negra, que representa mais de 40% da população sul-africana, é actualmente 50% inferior ao valor verificado no regime branco anterior a 1994. Em 2013, quase 17 milhões de negros numa população de 51 milhões de habitantes só garantiram a sua subsistência graças a ajudas sociais, denominadas Social Grant. 
5) Nelson Mandela falhou também politicamente e o ANC acumula hoje graves tensões entre etnias Xhosa e Zulu, entre doutrinários pós-marxistas e tecnocratas capitalistas, entre africanistas e apoiantes de uma linha «multi-racial». Da mesma forma, um conflito de gerações opõe a velha guarda composta por «Black Englishmen» e os jovens lobos que defendem uma «libertação racial» e o confisco dos agricultores brancos, tal como foi levado a cabo no Zimbabwe. 

6) Nelson Mandela não pacificou a África do Sul, país que actualmente se encontra entregue à lei da selva, com uma média de 43 homicídios diários. 

7) Nelson Mandela não facilitou as relações inter-raciais. Entre 1970 e 1994, ou seja 24 anos, enquanto o ANC estava «em guerra» contra o «governo branco», foram assassinados cerca de 60 agricultores brancos. Desde Abril de 1994, data da chegada ao poder de Nelson Mandela, mais de 2000 agricultores brancos foram massacrados perante a total indiferença da imprensa europeia. 

8) Por fim, o mito da «nação arco-íris» estilhaçou-se perante as realidades regionais e étnico-raciais e o país está hoje mais dividido e fragmentado do que nunca, fenómeno que é visível em cada eleição, quando o voto é claramente «racial»: negros votam no ANC, brancos e mestiços votam na Aliança Democrática. 
Em menos de 20 anos, Nelson Mandela, presidente da República entre 10 de Maio de 1994 e 14 de Junho de 1999, e os seus sucessores, Thabo Mbeki (1999-2008) e Jacob Zumba (desde 2009), transformaram um país que foi em tempos uma excrescência europeia na extremidade austral do continente africano num Estado de «terceiro mundo» à deriva num oceano de carências, corrupção, miséria social e violência, realidade em parte ocultada por alguns sectores de grande desempenho, mas cada vez mais reduzidos, na maior parte dirigidos por brancos. 
Poderia ser de outra forma quando a ideologia oficial é baseada na rejeição da realidade, no mito da «nação arco-íris»? Esse «chamariz» destinado à imbecilidade ocidental impede ver que a África do Sul não constitui uma nação, mas antes um mosaico de povos reunidos pelo colonizador britânico, povos cujas referências culturais são estrangeiras, e em alguns casos irreconciliáveis, para uns e outros. 
O culto planetário e quase religioso que hoje foi prestado a Nelson Mandela, o hino ultrajante cantado por políticos oportunistas e jornalistas incultos ou formatados não vai mudar esta realidade."

Mandela não é um deus, nem um diabo, mas apenas um grande ser humano

por A-24, em 10.12.13
José Milhazes

Muito se escreveu sobre Nelson Mandela após a sua morte. Para uns morreu um quase deus, um homem sem mácula, nem pecado. Para outros, morreu um revolucionário terrorista, autor de atentados que fizeram vítimas mortais. Mas, para mim, Mandela foi um grande ser humano, cuja vida e obra deve ser cuidadosamente analisada, à luz do seu tempo e da situação política e social então existente.
É verdade que Nelson Mandela apelou, como outros revolucionários sul-africanos, à violência para derrubar o apartheid e participou em actos de terror para pôr fim a esse regime, considerando que as formas pacíficas para alcançar esse objectivo não eram suficientes.
Isso aconteceu numa época em que o colonialismo reinava ainda numa parte significativa do Sul do Continente Africano e a luta contra ele se travava dentro de uma guerra fria entre super-potências. Por isso, sendo eu contra a violência, compreendo que, nessa altura, não havia outras possibilidades de derrubar o regime segregacionista e racista existente na África do Sul. Não duvido que, noutras condições, a luta de Mandela e do Congresso Nacional Africano tomaria formas menos violentas. 
Prova disso é que, quando foi libertado e, depois, chegou ao poder, Mandela tudo fez para que não se repetisse o que tivera acontecido em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Zimbabué, ou seja, tentou e conseguiu impedir uma guerra civil e outros desvarios sociais e políticos. É de salientar que, nas três ex-colónias portuguesas, os movimentos e partidos que saíram da guerra colonial se envolveram em sangrentas guerras civis, que mataram muitos milhares de pessoas.
O papel de Mandela é tanto mais importante se tivermos em conta que ele evitou a perseguição e fuga da população branca, como aconteceu nas ex-colónias portuguesas. 
E há um aspeto de suma importância: Nelson Mandela chegou ao poder e abandonou-o democraticamente, não se agarrou a ele como a lapa ao rochedo, fenómeno muito frequente em África, nomeadamente nas já citadas ex- colónias lusas, onde os dirigentes só abandonam o poder em posição horizontal, esquecendo-se da verticalidade que é respeitar os direitos dos cidadãos dos seus países. 
O dirigente sul-africano soube evoluir à medida que a situação no seu país mudava, para ele não havia cartilhas, embora não escondesse a sua simpatia pelo marxismo-lenismo. Foi coerente com os seus princípios, mas não foi dogmático, nem teimoso. 
É isto que o distingue não só de muitos dirigentes africanos, mas também de muitos líderes e seguidores de regimes ditatoriais de direita e de esquerda no mundo. Nós conhecemos alguns em Portugal, que, hoje, são considerados políticos coerentes apenas porque se confunde coerência com teimosia e cegueira política. 

Obrigado Nelson Mandela por não teres sido nem um deus, nem um diabo, mas um homem com letra maiúscula, um homem bom.


“Mandela, Mandela”, gritou Mário Viegas na recepção oficial aos Botha na Madeira

por A-24, em 09.12.13
Jardim diz ter recebido os responsáveis pelo regime do apartheid a pedido de Cavaco Silva, na condição de “manter o assunto em segredo”. Mas o então primeiro-ministro, acusado na Assembleia da República de “cumplicidade ou capitulação”, desmente a versão do líder madeirense.


A libertação de Nelson Mandela foi reclamada por actor Mário Viegas, quando protestou contra a polémica presença do Presidente da África do Sul, Pieter Botha, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Bik Botha, na Madeira, a 13 de Novembro de 1986.
ANC! Mandela! Mandela”, gritou Viegas quando os responsáveis pelo regime racista entravam nas adegas da Madeira Wine Company, no centro do Funchal, perto do Teatro Municipal, onde estava a ser representadaCatástrofe, de Samuel Beckett, com encenação e cenografia do actor. "Estava na avenida [Arriaga], quando vi muitos carros pretos a parar. De um deles, saiu Pieter Botha, o Presidente da África do Sul, que visitava a Madeira. Não me contive e comecei a gritar, de punho direito erguido, 'ANC! Mandela!', 'You are a racist' – uma vergonha, reconheço”, relatou numa entrevista à RTP1 o actor, que faleceu em 1996.

No Cabo das Tormentas

por A-24, em 20.06.13
Nuno Castelo-Branco
Os brancos sul-africanos, nomeadamente os boers, durante décadas tiveram um comportamento absolutamente miserável para com a população "coloured" do país. Lembro-me que a pouco mais de um mês do 25 de Abril, regressando com os meus pais e irmãos de uma viagem a Joanesburgo, parámos em Nelspruit para reabastecer a viatura. Um enorme zulu de serviço à bomba, comentou, apontando para matrícula: "in Mozambique we are free". Foi este o tema para mais uma lição do nosso pai, fazendo-nos notar ser a África do Sul um país independente, enquanto Moçambique era um território sob a soberania de uma potência europeia. Os paradoxos não se ficavam por aí, estendendo-se os exemplos ao absurdo do Apartheid e aos seus mais visíveis e escandalosos aspectos: bancos, cinemas, restaurantes, casas de banho, transportes públicos, escolas e hospitais, enfim, um mundo que para nós era totalmente desconhecido, abjecto.
Sabemos no que tudo aquilo deu. Os sul-africanos foram recompensados com um príncipe em todos os sentidos que o termo encerra. Mandela sempre foi e ainda é, uma figura que paira sobre um mundo onde a reles vulgaridade impera despudoradamente. Foi ele, o doce castigo ministrado aos mais radicais boers: o perdão, a reconciliação, o estender do ramo de oliveira.
Pelo contrário e apesar de todos os discursos do Portugal multirracial e pluricontinental, dos textos escolares acerca dos casamentos mistos que fizeram a lenda de Albuquerque e da infalível construção de outros Brasís - apesar de já não termos um D. João VI que nos valesse -, o que nos sucedeu? Por obra e graça da Capitulação de Lusaca, em vez de um tenuemente esboçado Mandela, tivemos um Moisés de águas turvas, de seu nome Samora. O resultado está à vista, aquém e além mar. O desastre económico, a brutal ditadura de todas as "reeducações", uma liminar limpeza étnica e um milhão de mortos em menos de vinte anos. 
Dito isto, o que se torna evidente nesta hora de ocaso de uma vida ímpar, é tudo aquilo que se tem passado desde que Mandela chegou, com todo o mérito - e esplendorosa sorte de milhões de sul-africanos - à presidência do país. A sua ex-mulher Winnie e a filharada, logo começaram a esvoaçar em círculos sobre a mesa do banquete, não dando meças à cupidez e a casos de polícia. Escândalos atrás de escândalos, crimes de sangue, o amealhar de milhões provenientes da chantagem, roubo e expropriação, o ataque aos donativos para "causas" e toda uma panóplia de atitudes difíceis de qualificar, tornaram-se no apanágio do novo poder instituído. O sr. Julius Malema, pequeno ditador da juventude do ANC - uma criatura brutal, bronca, execravelmente racista e de um devorismo sem limites -, apenas tem sido um dos frutos podres do imenso pomar de todo o tipo de ilegalidades, abusos, assassinatos em série e mentiras instituídas às custas do legado do Madiba. O pândego sr. Zuma, o actual Chefe do Estado, é um daqueles típicos exemplos a que aquela parte do mundo nos habituou, em nada fugindo ao padrão que em Mobutu encontra um fácil e oportuno nome que o caracteriza, não esquecendo as variantes conhecidas por Idi Amin, Bokassa, Touré, Mugabe, Nguessu, etc. A lista é longa, imensa.


Mandela merecia melhor. Gente que apenas lhe é qualquer coisa devido a um comprovativo ditado pelo ADN, ameaça destruir muito de uma imagem que o mundo aprendeu a olhar como exemplo máximo da decência. 

Quem causa mais desemprego em Portugal, Passos Coelho ou Arménio Carlos?

por A-24, em 10.03.13
A verdade é que a CGTP em Portugal, ao empurrar os salários sistematicamente para tectos mais altos, restringe a oferta de emprego a trabalhadores não sindicalizados. Não sou neoliberal e cito Hayek pelo seu valor como economista e não como ideólogo. Não digo que não deveria haver sindicatos mas penso que há em Portugal muito boa gente que não se apercebe de que os obstáculos ao reajustamento da economia e ao retorno ao crescimento, assim como a burocracia e direito laboral inflexível que dificultam o Investimento Directo Estrangeiro, são em larga medida da responsabilidade de organizações como a CGTP.
Basta aliás olhar para a experiência dos trabalhadores Moçambicanos na África do Sul aonde a principal confederação de sindicatos COSATU, tem ostracizado, discriminado e até feito ataques racistas aos trabalhadores estrangeiros. Porquê? Porque estão dispostos a trabalhar por menos que os trabalhadores Sul Africanos e são atacados portanto como fura-greves. A África do Sul é também consequentemente um dos países com maior taxa de desemprego crónico.
A África do Sul é finalmente um excelente exemplo de como os sindicatos privilegiam os direitos laborais de alguns e não de todos, e sobretudo como os sindicatos discriminam contra os jovens - não que a JCP ou os Berloquistas alguma vez o admitam - como se viu quando a COSATU atacou uma marcha que defendia uma medida governamental de subsídio ao emprego jovem.

Quem causa mais desemprego em Portugal, Passos Coelho ou Arménio Carlos?
Psicolaranja

Soweto - Africa do Sul

por A-24, em 08.03.13
Visitei-o em Maio de 2011 e, mais recentemente, em Outubro passado. O Soweto (de South Western Townships) foi em tempos um conjunto de bairros residenciais destinados exclusivamente a negros, hoje reconhecido como uma cidade, contígua a Joanesburgo e historicamente relevante para a população local. Não só porque foi palco de alguns dos mais importantes (e violentos) confrontos anti-apartheid, mas também por ter sido residência de dois nomes incontornáveis da História sul africana: Nelson Mandela e Desmond Tutu. Motivos não faltam para visitar o Soweto, até porque se queremos ver a realidade sul-africana, este é um bom ponto de partida. 

A Vilakazi é, sem dúvida, a artéria principal do Soweto. Actualmente bem pavimentada, iluminada e dotada de mobiliário urbano, orgulha-se de ser a única rua intimamente ligada aos Nobel Nelson Mandela e Desmond Tutu. A casa onde viveu o primeiro é hoje uma Casa-Museu e a do Reverendo Tutu mantém-se como residência.

Com acima referi, o Soweto foi palco de um incidente, a 16 de Junho de 1976, que marcou o país e ficou conhecido como Soweto Uprising. Quando as escolas públicas começaram a leccionar - a par do inglês - em afrikaans (dialecto de origem holandesa introduzido pelos colonos, falado apenas na África do Sul e - actualmente - na Namíbia), cerca de 20 mil estudantes resolveram ali manifestar-se, com um resultado trágico: centenas de mortos. Uma das vítimas, Hector Pieterson, tornou-se um símbolo da resistência e luta dos estudantes contra o regime do apartheid. Em sua memória, há ali um Museu dedicado à data trágica (que hoje é um feriado público - Youth Day). 

Agora, muito anos volvidos sobre esses tempos atribulados, o Soweto ergue-se como uma cidade que quer deixar para trás o rótulo de favela destinada à mão-de-obra da indústria mineira. Além de melhorias notórias nas vias rodoviárias e de largos passos em saneamento básico e instalação eléctrica que se fizeram sentir nas últimas décadas, há já um rol de infraestruturas (estádios, teatros, centros de formação, restaurantes e centros comerciais, etc) que indiciam o bom caminho. Claro que, apesar dos esforços, o Soweto ainda mantém algumas facetas menos simpáticas; mas durante a luz do dia é perfeitamente visitável e exemplo disso é o crescente fluxo turístico verificado. Se vierem até cá, não hesitem! 'Cause this is Africa...

Racismo sul-africano

por A-24, em 23.12.12
Alerta Digital 
 
El orfanato de Jakaranda Kinderhuis en Pretoria, Sudáfrica, no recibe apoyo económico de ninguna de las grandes empresas corporativas, porque el 70% de los 250 niños del hogar de acogida son blancos.
La respuesta que le han dado al orfanato es la siguiente: “Lo siento, no cumplen con el 100% de los requisitos que pide el Empoderamiento Económico Negro (BEE)”, señaló Elzane van der Merwe, del equipo de marketing del orfanato. 
La respuesta que le han dado al orfanato es la siguiente: “Lo siento, no cumplen con el 100% de los requisitos que pide el Empoderamiento Económico Negro (BEE)”, señaló Elzane van der Merwe, del equipo de marketing del orfanato.
Según dijo, el orfanato, que se encuentra en East Lynne y que está rodeada de africanos por las escuelas de primaria y secundaria, no ha sido elegida para recibir fondos por discriminación. “Porque un niño es un niño. Nosotros no discriminamos. Aquí hay 250 niños de entre 18 meses y 18 años que deben ser atendidos, independientemente de la raza y del género”.
Elzane dijo que el departamento de comercio e industria retiraron hace más de una semana los presupuestos de los códigos de BEE, y se están viendo afectadas las organizaciones benéficas de todo el país.
Bajo los códigos presupuestarios, las empresas podrían ganar puntos para sus programas de capacitación, como lo hace BEE. Las donaciones a obras de caridad, que son destinados solamente para ayudar a la gente negra, no han calificado para conseguir puntos. “Nuestros ingresos se han reducido drásticamente debido a los códigos de BEE”, añadió.