Quando é do interesse de ideólogos, a Alemanha vira keynesiana
por A-24, em 28.04.14
Em 2010, após Angela Merkel ter aprovado um programa de moderação nos gastos, Krugman concedeu uma entrevista à revista Der Spiegel afirmando que "as políticas de ajuste alemãs não apenas afetam negativamente sua própria economia, como também reduzem o crescimento de todos os outros países".
O problema é que, desde então, a evolução vivenciada pela Alemanha foi exatamente contrária às previsões de Krugman: o PIB de 2013 está no nível mais elevado de sua história (e 3,4% maior em relação ao pico atingido antes da crise), e sua taxa de desemprego é a mais baixa (de 5,5%).
Para comprovar a veracidade desta afirmação, basta efetuarmos uma comparação entre Espanha e Alemanha.
Instituto Ludwig Von Mises
O problema é que, desde então, a evolução vivenciada pela Alemanha foi exatamente contrária às previsões de Krugman: o PIB de 2013 está no nível mais elevado de sua história (e 3,4% maior em relação ao pico atingido antes da crise), e sua taxa de desemprego é a mais baixa (de 5,5%).
Krugman, por conseguinte, já criou uma estratégia alternativa para blindar o dogma keynesiano deste contra-exemplo alemão: agora ele afirma que, na realidade, a Alemanha não tem sido um exemplo de austeridade.
Sim, sei que tal postura soa incrivelmente vigarista, mas é o que acaba de defender o economista americano. No final de tudo, segundo Krugman nos relata, a Alemanha foi o segundo país da zona do euro que menos ajustou seu orçamento entre 2009 e 2013; foram os países do sul da Europa os que mais arcaram com o fardo dos ajustes e da austeridade, e não a Alemanha. Para comprovar a veracidade desta afirmação, basta efetuarmos uma comparação entre Espanha e Alemanha.
Instituto Ludwig Von Mises