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A-24

Papa Bento XVI defende direito a não emigrar

por A-24, em 29.10.12

O papa defendeu hoje "o direito a não emigrar" como um direito fundamental e convidou os governantes a fazerem tudo para que as populações permaneçam nos respetivos países.
"Antes mesmo do direito de emigrar, é necessário reafirmar o direito a não emigrar, isto é, o de ficar na sua própria terra", sublinhou Bento XVI na mensagem para preparar a Jornada dos migrantes e refugiados, que será celebrada em janeiro.
O papa recordou que "o direito da pessoa a emigrar está inscrito nos direitos humanos fundamentais" mas sublinhou a importância de ter "sob controlo os fatores que empurram para a emigração". 
Em vez de uma "peregrinação animada pela confiança, pela fé e pela esperança", "numerosas migrações são consequência da precariedade económica, da falta de bens essenciais, de catástrofes naturais, de guerras e de desordens sociais".

Situações de marginalização e exploração


"Migrar torna-se então um calvário para sobreviver, onde homens e mulheres aparecem mais como vítimas do que como atores e responsáveis da sua aventura migratória", observa o papa.
O papa denuncia ainda as consequências de tais situações para alguns, afirmando que "muitos vivem condições de marginalização e, talvez, de exploração e de privação dos seus direitos humanos fundamentais, ou ainda adotam comportamentos prejudiciais para a sociedade no seio da qual vivem".
Das suas deslocações, do Líbano ao México e a África, o papa recorda a questão da emigração, considerando que destrói as famílias e enfraquece o tecido social.
Foi assim que Bento XVI lançou em meados de setembro no Líbano um apelo aos cristãos do Médio Oriente para permanecerem, apesar dos conflitos e das dificuldades económicas.
Expresso