Orgulho gay proibido em Moscovo nos próximos 100 anos
por A-24, em 19.08.12
O Tribunal Supremo de Moscovo não volta atrás. A celebração do orgulho gay na capital russa está proibida nos próximos 100 anos, repetiu o tribunal municipal nesta sexta-feira, após o recurso interposto pelo defensor dos direitos dos homossexuais, Nikolai Alexeyev.
Apesar de “ilegal e injusta”, a decisão “não é uma surpresa, os tribunais russos raramente falam dos direito dos gays e lésbicas”, reagiu Alexeyev numa entrevista ao El País, garantindo que vai recorrer da decisão.
O activista tinha solicitado autorização para a realização de 102 manifestações para celebrar o orgulho gay, até 2112. O tribunal respondeu proibindo-as pelos mesmos 100 anos.
Entre 2006 e 2008, as petições do jornalista e advogado já tinham chegado à justiça europeia, depois de a Câmara de Moscovo ter proibido as manifestações, alegando perigo de desordem pública. Em Estrasburgo, Nikolai Alexeyev falou de uma violação ao direito da liberdade de reunião, consagrado no artigo 11 da Convenção Europeia dos Direitos do Homem.
A história terminou com as autoridades russas a indemnizar o activista com 12 mil euros (mais 17.510 de despesas). Mas agora o objectivo é outro, garante Nikolai Alexeyev: “Queremos que se garanta que podemos celebrar o orgulho gay no futuro.”
Comentário: "Correndo o risco de todo o mundo politicamente correcto me renegar, confesso que as marchas do orgulho gay sempre me pareceram uma paneleirice. Os homossexuais meus amigos nunca precisaram de se exibir a sua sexualidade de maneira festiva. São gays e ponto final. Faz tanto sentido uma marcha do orgulho gay, como as dos hetero ou bissexuais. Cada um vive como lhe apetece e ninguém tem nada a ver com isso. O contexto histórico em que a homossexualidade era perseguida e estigmatizada desapareceu, hoje os Harvey Milk dos anos sessenta deixaram de fazer sentido. Permanecem no entanto alguma democracias musculadas como a russa que insistem em fazer desta condição alvo de discriminação (...)
Comentário: "Correndo o risco de todo o mundo politicamente correcto me renegar, confesso que as marchas do orgulho gay sempre me pareceram uma paneleirice. Os homossexuais meus amigos nunca precisaram de se exibir a sua sexualidade de maneira festiva. São gays e ponto final. Faz tanto sentido uma marcha do orgulho gay, como as dos hetero ou bissexuais. Cada um vive como lhe apetece e ninguém tem nada a ver com isso. O contexto histórico em que a homossexualidade era perseguida e estigmatizada desapareceu, hoje os Harvey Milk dos anos sessenta deixaram de fazer sentido. Permanecem no entanto alguma democracias musculadas como a russa que insistem em fazer desta condição alvo de discriminação (...)