O Sol da Revolução
por A-24, em 26.06.14
Via A Batalha
O Presidente do Equador, Rafael Correa, pretende alterar a constituição. As mudanças constitucionais pretendem estabelecer a comunicação como um serviço público e o fim das mais-valias sobre a propriedade da terra. Uma comissão do partido Alianza País (AP) está a estudar a proposta que pretende nas palavras de Rafael Correa, ”estabelecer a informação não como um mero negócio privado” mas como “um serviço público ao serviço da sociedade de forma adequada.” Este pequeno grande passo para a Humanidade, é entendido como um “continuar do aprofundamento da nossa revolução.” Até existirem novos desenvolvimentos, a proposta defende a existência de um sistema que combina os media públicos e privados. Estes últimos, obviamente submetidos a uma regulação feita à medida dos interesses da propaganda oficial. O Presidente do Equador considera que “nada há mais ilegítimo que as mais-valias”, daí considerar fulcral a reforma constitucional que as proibirá como algo de “verdadeiramente revolucionário.” Na forja está também a aprovação de uma norma constitucional que irá permiir a reeleição indefinida – sem limitação de mandatos – para todos os cargos políticos eleitos através do voto popular. Falta pouco para que o valor comercial da terra seja atribuído administrativamente e para a perpetuação no poder de Rafael Correa esteja constitucionalmente consagrada.
Rafael Correa ainda reservou uma parte da sua inesgotável capacidade de intervenção para denunciar o “atentado aos direitos humanos” que representa a “prisão na embaixada do Equador em Londres do fundador da WikiLeaks.” Julian Assange permanece na embaixada equatoriana desde 19 de Junho de 2012 e caso abandone as instalações diplomáticas, será preso pelas autoridades britânicas para ser entregue e julgado na Suécia por crimes sexuais. De acordo com o Presidente do Equador, “estão a atentar contra os direitos humanos de uma pessoa”, recordando que Julian Assange “vive numa casa pequena” e que recebe apenas meia hora de sol por dia, na varanda.”