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A-24

Norte de Africa a ferro e fogo

por A-24, em 18.01.13
Em defesa da FrançaHá três razões para a França intervir no Mali: seis mil franceses vivem no sul do país, a Al-Qaeda no Magrebe e parceiros locais estavam a aproximar-se de Mopti e o governo interino pediu desesperadamente ajuda a Paris. A França, com bases na região e conhecedora profunda das patifarias que lá se fazem, percebeu onde está o caldeirão de ameaças à sua segurança: não no Afeganistão mas no Norte de África. Percebeu também que, ou atuava já, ou o Mali podia facilmente tornar-se num "africanistão": juntando jihadistas de todo o mundo numa geografia de rotas de narcotráfico, fronteiras abertas, desertos incontrolados e fluxo de armamento de conflitos recentes (Líbia). Há um evidente risco de resposta terrorista em França e é por isso que Hollande teve coragem. Mas não só: foi pragmático perante a inoperância de terceiros, da União Africana, à CEDEAO, acabando na NATO e UE. Todos eles vão ser necessários a breve prazo, mas ninguém quis sujar as mãos, o que é sintomático do estado da palavra "aliança" e da mitologia dos "problemas africanos, soluções africanas". Muitos dos aliados de França, que andaram a vociferar por uma intervenção na Síria por saberem que ela não aconteceria tão cedo, estão hoje calados ou em serviços mínimos. Tiro o chapéu a Hollande. Aos outros não.
Bernardo Pires de Lima in DN

Dezenas de mortos na operação militar no complexo de gás na Argélia
Terminou a operação militar no complexo de gás de Tigentourine, no sul da Argélia. O primeiro-ministro britânico David Cameron prepara britânicos para "más notícias", enquanto o número exato de mortos e a nacionalidade dos reféns continuam por esclarecer. EUA aceitam ajudar França no transporte aéreo para a operação no Mali e Hillary Clinton pede revisão do plano de segurança para os americanos no Magrebe e Norte de África.