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A-24

Na Austrália não se brinca aos refugiados

por A-24, em 20.07.13
À atenção da Europa

A Austrália anunciou que vai deixar de acolher os cidadãos estrangeiros que chegam à ilha de barco, em fuga dos seus países de origem. A partir de agora, e pelo menos nos próximos 12 meses, todas as pessoas nessa situação vão ser enviadas para a Papuásia-Nova Guiné.

A decisão, anunciada ao país nesta sexta-feira pelo primeiro-ministro, Kevin Rudd, foi bem acolhida pelo líder da oposição, Tonny Abbot, do centro-direita, mas está a ser fortemente criticada pelos Verdes e pelo antigo chefe do Governo Malcolm Fraser, também do centro-direita.
"Sei que é uma decisão radical. Sei que os vários grupos australianos e em todo o mundo vão interpretar esta decisão de formas diferentes", justificou Kevin Rudd, que assumiu as funções de primeiro-ministro e líder do Partido Trabalhista em Junho, depois de ter ganhado um confronto interno com Julia Gillard.
"A partir de agora, nenhuma pessoa que chegue à Austrália de barco em busca de asilo terá oportunidade de ser recebido na Austrália como refugiado", declarou o primeiro-ministro.
De acordo com o plano, todas as pessoas que cheguem à Austrália de barco serão enviadas para a Papuásia-Nova Guiné (PNG), onde a sua situação será avaliada pelas autoridades locais. As que obtiverem o estatuto de refugiadas, serão colocadas no centro de detenção da ilha Manus; as restantes serão consideradas ilegais e repatriadas para os seus países de origem. Em troca, o Governo da PNG irá receber apoios financeiros para um hospital e para o sector universitário, segundo os media australianos. O valor deste apoio financeiro não foi revelado.
Público