Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

A-24

Mundial 2014: Dia 8 Croácia esmaga Camarões, Holanda remonta ante Austrália

por A-24, em 19.06.14
Camarões 0-4 Croácia (Olic 11', Perisic 48' e Manduzkic 61' e 73') 


Vitória fácil dos croatas, que entram assim na luta pelo apuramento para os oitavos (vão ter uma autêntica final contra o México). A selecção orientada por Kovac já estava a ser superior, mas a expulsão de Song, ainda na primeira parte (Pedro Proença foi o árbitro do encontro), facilitou a tarefa dos europeus, que partiram para a goleada. Mandzukic, que regressou de suspensão, esteve em destaque, marcando dois dos golos que afastaram os camaroneses da prova. A Croácia esteve sempre por cima e marcou cedo, com Olic a desviar um cruzamento de Perisic. Ainda na primeira parte, Song foi expulso por dar uma cotovelada nas costas do adversário, deixando a sua equipa em condições muito adversas. Na segunda parte, tudo fácil para a selecção dos balcãs. Perisic arrancou pela esquerda e fez o 2-0, com Mandzukic a consumar a goleada (um golo na sequência de um canto e outro a encostar de baliza aberta).
Croácia - Exibição muito positiva dos croatas. Não houve problemas defensivos, o que deu alguma liberdade aos laterais para atacarem. Pranjic esteve bastante activo, formando uma ala esquerda muito forte com Perisic, que desequilibrou bastante e foi um dos melhores em campo. Modric e Rakitic controlaram as operações a meio campo (desta vez com menos responsabilidades defensivas) e Sammir acrescentou alguma criatividade. Olic deu sequência à boa exibição que fez contra o Brasil, enquanto Mandzukic regressou da melhor forma: foi a referência ofensiva de que a equipa precisava e marcou dois golos.
Camarões - Uma das selecções que pior futebol praticou neste Mundial. Os Leões Indomáveis representam o pior lado do futebol africano: quiseram fazer frete por causa dos prémios de jogo, jogaram a competição a "pedir férias" e mostraram uma desorganização incrível. A gota de água foi o desentendimento de hoje entre Assou-Ekotto e Moukandjo (apesar de não ter feito uma grande exibição, foi um dos poucos a tentar remar contra a maré) em pleno relvado. A equipa de Volker Finke, seleccionador que demonstrou pouco conhecimento dos seus jogadores, teve muitas dificuldades defensivas e apresentou zero ideias ofensivas. Destaque para o facto de Eto'o nem ter saído do banco.


Austrália 2-3 Holanda (Cahill 21´e Jedinak 54´g.p.; Robben 20´, Van Persie 58´e Depay 68)

Mais uma excelente partida do Mundial 2014, onde o menos credenciado vingou cara a derrota, enquanto o favorito sofreu para conquistar os 3 pontos. A Holanda cimentou a liderança do grupo B (está praticamente apurada), depois de derrotar a Austrália por 3-2, num jogo bem complicado para a "Laranja Mecânica" e com duas reviravoltas no marcador. Robben, Van Persie e Tim Cahill voltaram a fazer o gosto ao pé, contudo, estes dois últimos, vão falhar a 3ª jornada da fase de grupos por castigo (2 amarelos). Bruno Martins Indi saiu lesionado perto do intervalo e poderá ser outra baixa para a Holanda. 
Quanto ao encontro, assistiu-se a uma primeira parte muito bem conseguida por parte dos australianos, com mais posse de bola e iniciativas ofensivas. A Holanda teve apenas um lance de destaque, que deu em golo. Robben ganhou a bola no meio campo e seguiu, que nem uma seta, na direcção da baliza de Ryan, para finalizar com o seu pé esquerdo. Os holandeses ainda estavam a festejar, quando McGowan (qual Daley Blind no Holanda-Espanha) tira um longo cruzamento, para um remate de primeira de Tim Cahill (com o pé esquerdo). Estava feita a igualdade, com um dos golos do Mundial 2014. Até ao intervalo, mais oportunidades para a Austrália, primeiro com Bresciano a atirar por cima, em excelente posição, enquanto Spiranovic acertou mal na bola, num lance em que a defesa holandesa ficou a ver jogar. O segundo tempo abriu praticamente com o 2-1 para os australianos, numa grande penalidade convertida por Jedinak. Contudo, a resistência dos "Socceroos" durou poucos minutos. Depay assistiu Van Persie (colocado em jogo por Davidson), que não perdoou perante Ryan. O jogo seguia emocionante e aos 67 minutos, Leckie, desperdiçou o 3-2 de forma clamorosa. A resposta holandesa foi mais eficaz. Na sequência do lance anterior, Depay, de fora da área, rematou com força para o 2-3 (Ryan ficou mal na fotografia). Os australianos não desistiram de chegar ao empate, contudo, até final, a Holanda esteve sempre mais perto do 2-4.
Austrália - Dificilmente vão chegar aos oitavos-de-final, mas tendo em conta o grupo em questão e as duas partidas realizadas até ao momento, não se pode dizer que os "Socceroos" tenham desapontado os seus fãs. Hoje voltaram a dificultar a vida a um dos favoritos e, não fosse alguma ingenuidade, tinham conquistado um ou três pontos. Tim Cahill voltou a facturar, desta vez, num remate candidato ao Prémio Puskas, enquantoLeckie rubricou uma exibição de encher o olho. O jovem do Ingolstadt, considerando apenas os "desconhecidos", está a ser o jogador revelação da prova. Mile Jedinak (muito eficiente) e McGowan também estiveram em bom nível, Bozanic entrou bem na partida, enquanto Davidson (culpas no 2º golo) e Ryan (podia ter feito melhor no 3º), bem como a dupla de centrais estiveram alguns furos abaixo. 
Holanda - Depois da subida ao céu com a goleada à Espanha, a "Laranja Mecânica" desceu à terra perante os aguerridos australianos. A exibição esteve longe de encantar, contudo, quem tem jogadores como Robben, Sneijder, Van Persie ou Depay (saltou do banco para resolver) arrisca-se a chegar longe. Apesar do retrocesso a nível exibicional, a verdade é que os holandeses mostraram capacidade de sofrimento e facilidade em dar a volta a um resultado negativo (não caíram psicologicamente após os golos). Memphis Depay acabou por ser o elemento em maior evidência, ele que entrou em cima do intervalo, após lesão de Bruno Martins Indi. O jogador do PSV assistiu Van Persie para o 2-2 e marcou o 2-3 final, na sua estreia a facturar pela Holanda. Robben e Van Persievoltaram a dizer presente, quando se trata de marcar golos (3 cada um), enquanto Blind e de Jong também realizaram exibições positivas. Pela negativa, Sneijder e de Guzmanvoltaram a passar despercebidos, enquanto os centrais (Vlaar, Indi e Vrij) passaram por grandes dificuldades perante os avançados australianos.