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A-24

Miss França vítima de racismo por ser branca

por A-24, em 18.12.12
Via Marxismo-Cultural
Fonte

A mais recente Miss França viu-se envolvida em acusações de racismo e guerra verbal com outras mulheres - antigas vencedoras do concurso - passados que estavam alguns dias depois da sua vitória. O "Representative Council of Black Associations" (CRAN) denunciou a estudante de medicina de 19 anos Marine Lorphelin, por ser "branca como a neve", e criticou a falta de participantes negras e árabes.
A organização caracterizou o concurso de "desactualizado" e um insulto à diversidade étnica do país, o que gerou uma resposta agressiva por parte dos apoiantes de Marine Lorphelin.
Numa declaração feita em conjunto com o criador da "Miss Black France", Fred Royer, o presidente da CRAN, Louis-Georges Tin, afirmou:
O facto dum evento como este falhar em representar a população francesa contemporânea é obviamente sério. Isto é quase como negar a existência de franceses com origens africanas.
Mas Didier Maisto, editor da Lyon Capitale, website localizado na mesma região onde vive (ou vivia) Marine Lorphelin, afirmou ao The Times que "Este tipo de comentários, que são violentamente anti-Republicanos, buscam formas de colocar os franceses uns contra os outros." [ed: É esse o objectivo.]
Poucos dias depois da vitória de Marine Lorphelin, uma concorrente mestiça, Auline Grac - de 21 anos - venceu a competição dissidente Miss Prestige. 
Era suposto a menina Lorphelin aparecer no talk-show "Faut Pas Rater Ca" no canal público France 4, onde ela seria entrevistada por Elodie Gossuin - que venceu o concurso Miss França no ano passado e dá o seu apoio ao concurso Miss Prestige.
Mas a directora-executiva da "Miss France Company", Sylvie Tellier, que venceu o concurso em 2002, recusou-se a permitir que Marine Lorphelin fosse entrevistada pela sua amarga rival.
Os executivos televisivos cederam aos pedidos e enviaram Elodie Gossuin de volta para casa, apesar de surgirem acusações de que estes haviam falhado ao não defenderem a independência editorial.
Mais tarde, Marine Lorpehlin foi entrevistada pela apresentadora Isabelle Morini-Bosc, que lhe perguntou sobre a pequena cicatriz no nariz. Marine respondeu: 
Você reparou! Foi uma cirurgia plástica. Quando eu era adolescente tinha uma pequena crosta no nariz, e não era nada bonito.
Marine Lorphelin tomou parte na competição que teve 32 outras finalistas - 8 provenientes de minorias étnicas e 6 de territórios ou ex-territórios franceses do Pacífico e das Caraíbas - e venceu-a no último fim de semana.

A declaração da CRAN diz ainda:

No antiquado mundo do concurso "Miss França", os negros só podem vir de departamentos ultramarinos. As mulheres francesas com origens norte-africanas fizeram-se representar com apenas uma candidata e foi rapidamente eliminada (será que era demasiado muçulmana?). A nova Miss França é tão branca como a neve do final do ano que se faz notar nos campanários da eterna França.
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Se o propósito da CRAN é que o concurso represente a "diversidade étnica do país", e como os brancos fazem parte dessa "diversidade étnica", qual é o problema em ter uma Miss França branca? Mais grave ainda é que existe um concurso com o nome "Miss Black France", onde as mulheres brancas (e supostamente as mulheres árabes) não podem tomar parte.
Como diz Didier Maisto, editor da Lyon Capitale, este tipo de declarações não têm como propósito defender as mulheres negras e árabes, mas sim colocar negros e árabes contra os brancos. Isto é a clássica "guerra de classes" marxista aplicada às etnias - que tem como propósito defender os "oprimidos" (os não-brancos) e atacar os "opressores" (os brancos). Isto é racismo politicamente motivado.
As mulheres negras e árabes que dão o seu apoio a instituições como a CRAN não irão de maneira nenhuma ver a sua condição melhorada; elas apenas são idiotas úteis usadas como forma de atacar o sistema social, politico vigente. Mal a sua função desestabilizadora esteja terminada, organizações como a CRAN desaparecerão da sociedade.

Para além disso, não sei se é boa ideia as mulheres árabes tomarem parte em concursos de beleza, outrabalharem em áreas que envolvem a beleza feminina.