Jesús Huerta de Soto explica o socialismo de maneira completa e definitiva
por A-24, em 17.07.13
A mente humana está sempre trabalhando de maneira empreendedorial para fazer com que novas ideias se transmutem em ações cujo resultado final será a melhoria do bem-estar humano. A divisão do conhecimento prático empreendedorial se aprofunda "verticalmente" e se expande "horizontalmente", processo esse que permite (e ao mesmo tempo requer) um aumento da população, que estimula a prosperidade e o bem-estar geral, e que ocasiona o progresso da civilização.
Ao mesmo tempo, há uma elite socialista que está constantemente tentando destruir este processo evolutivo, cortando todos os seus elos com o intuito de fazer com que este arranjo produza aquilo que ela quer e faça aquilo que melhor sirva aos interesses pessoais e imorais desta elite, ignorando completamente os desejos independentes e temporais do restante dos indivíduos deste sistema. No entanto, não obstante esta constante e indesejada interferência -- e não importando em que ponto do sistema a violência estatal irá se manifestar ou como suas regulações irão afetar as cadeias de informações geradas por empreendedores e consumidores --, o mercado sempre tenta sobreviver, como um ninho de formigas perturbado por uma enxada.
O socialismo, portanto, sobrevive por causa do livre mercado, o qual constantemente tenta reparar os estragos que o socialismo provoca por meio de suas tributações, regulamentações e inflações. O livre mercado tem a capacidade de se auto-corrigir, de se auto-conectar e de se auto-reorganizar, tudo espontaneamente, como um rio que flui não obstante todos os entulhos que despejam nele. Desta forma, o triunfo final do socialismo ocorreria quando houvesse a completa obstrução da fluência do rio, o que representaria a obliteração da humanidade; já o triunfo final do livre mercado será quando este maléfico entulho for finalmente retirado, destruído e erradicado, e o rio puder novamente voltar a fluir sem obstruções.