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A-24

Imigrantes em Paris: problemas que os franceses preferem calar

por A-24, em 09.11.12
Os filmes do jornalista russo Alexander Rogatkin sobre a imigração provocaram uma reacção impetuosa na Rússia e no estrangeiro. O jornal francês Le Monde, em particular, sujeitou a críticas o filme Alheios – 2, que mostra os subúrbios de Paris controlados por imigrantes. A edição afirmou que os problemas exibidos no documentário são inventados.

Contudo, na opinião de peritos, os franceses não gostaram que alguém tenha focado o problema que eles próprios não conseguem resolver e preferem calar.
Hoje, cada visitante de Paris deve conhecer os bairros que têm que ser contornados. Todos os subúrbios da cidade com prédios pouco atraentes são uma zona perigosa. Uma equipa russa de filmagem trabalhou nomeadamente naqueles bairros. Fala Alexander Rogatkin: “Foi-nos dito que não conseguiriamos filmar nada nos bairros árabes, porque seríamos espancados logo que a câmara começasse a funcionar. Não acreditámos nisso. Mas, o nosso operador levou uma pancada na cara mal saímos do veículo”.
Agentes da polícia não têm poder real naqueles bairros e, frequentemente, receiam aparecer aí. O gueto é controlado por comunidades étnicas e traficantes de droga. Há muito que ali reinam regras orientais, disse a Alexander Rogatkin, Dmitri de Cochko, habitante de Saint-Ouen, um subúrbio de Paris, a norte da cidade: “A carne de porco frequentemente não é servida em refeitórios escolares. Às vezes, até se faz pressão sobre as crianças, que nem sempre são muçulmanas, obrigando-as a não comer carne suína”.
Segundo avaliações demográficas, hoje no país vivem cerca de seis milhões de imigrantes. Em resultado da crise, uma parte deles perdeu emprego e começou a praticar banditismo. Os franceses, naturalmente, não estão satisfeitos com esta situação. É pouco provável que o actual Governo socialista consiga resolver o problema da imigração, considera o dirigente do Centro de Pesquisas Históricas Francesas do Instituto de História Universal da Academia de Ciências da Rússia, Piotr Tcherkassov: “François Hollande chegou ao poder graças também aos votos dos novos franceses. Nos próximos anos, será muito difícil resolver estes problemas, porque o Partido Socialista no poder e o presidente terão de renunciar neste caso a muitos compromissos eleitorais neste sentido”.
Quase todos os países europeus enfrentam problemas análogos. No ano passado, teve lugar um colapso de imigração na ilha italiana de Lampedusa. A situação pode repetir-se em breve – 17 mil sírios encaminharam pedidos a departamentos diplomáticos dos países da UE, solicitando asilo. Os Parlamentos e políticos começam com urgência a elaborar leis pan-europeias que protejam a região contra imigrantes.

in De Olho na Jihad