Historial de operações da Mossad israelita
por A-24, em 23.11.12
Dezenas de anos e dezenas de operações. Algumas foram sucessos, outras foram enormes fracassos. Algumas tiveram consequências para os envolvidos, incluindo a demissão de altos responsáveis.
1954 O Cairo desmantela uma célula de judeus egípcios a trabalhar para os serviços de informações militares de Israel. São acusados de atacar sítios frequentados por ocidentais para criar embaraço ao Governo e impedir a nacionalização do Canal do Suez. Dois dos suspeitos são condenados à morte, um suicida-se e outros seis são condenados a penas de prisão. O ministro da Defesa israelita de então, Pinhas Lavon, demite-se.
1963 Um israelita e um austríaco são presos na Suíça por ameaçarem a filha de um cientista alemão, no âmbito de uma campanha de intimidação da Mossad contra alemães suspeitos de colaborarem com o programa de mísseis balísticos do Egipto.
1967 Dois alegados agentes da Mossad são detidos na Alemanha quando tentam entrar em casa de um antigo oficial da Gestapo, a polícia política nazi. São libertados meses depois.
1973 Após o massacre de 11 atletas israelitas nas Olimpíadas de Munique, o Governo israelita ordena a eliminação dos responsáveis pela operação, reivindicada pelo grupo palestiniano Setembro Negro. Numa dessas acções, em Julho de 1973, um comando mata um marroquino emigrado na Noruega, crendo que ele era Hassan Salameh, um dos organizadores do ataque. Vários agentes conseguem fugir, mas cinco são presos e condenados, sendo libertados meses depois. Israel compensou anos depois os familiares da vítima e Salameh foi morto, em 1979, na explosão de um carro armadilhado, em Beirute.
1987 Londres protesta contra o uso de passaportes britânicos falsos em operações secretas, recebendo de Israel a garantia de que o erro não se repetirá.
1991 Quatro israelitas são presos em Abril durante uma alegada tentativa para colocar sob escuta a embaixada iraniana em Chipre. Discussões entre os dois governos levam à libertação dos supostos operacionais.
1997 - Dois israelitas com passaportes canadianos falsos são presos na Jordânia, em Setembro, após tentarem matar Khaled Meshaal, dirigente do Hamas no exílio, injectando-lhe uma substância venenosa. A vida de Meshaal é salva graças ao rei Hussein, que ameaça cortar relações com Israel caso a Jordânia não receba o antídoto. Para conseguir a libertação dos agentes, Israel liberta também o xeque Ahmed Yassim, fundador e guia espiritual do Hamas.
1998 Em Fevereiro, um grupo de agentes da Mossad é surpreendido a instalar escutas de um alegado militante do Hezbollah exilado na Suíça. Apenas um é julgado e condenado a pena suspensa. Em Novembro, dois israelitas são presos e acusados de espionagem de instalações militares em Chipre, mas acabariam por ser libertados sem julgamento meses depois.
2004 Dois israelitas são acusados de terem tentado obter de forma fraudulenta passaportes da Nova Zelândia. Wellington, que suspeita tratarem-se de agentes da Mossad, suspende relações com Israel, só retomadas quando o país pede desculpas, um ano depois.