França, primeiro país do mundo a proibir protestos pró-Palestina
por A-24, em 20.07.14
CNN retira repórter de Gaza por tweet a criticar israelitas.
Têm sido dezenas as manifestações em todo o mundo de apoio à população de Gaza desde o início da ofensiva militar Barreira de Protecção, que já vitimou mais de 270 palestinianos, 80% deles civis, classificados por Israel como "danos colaterais" mas que as ONG dizem estar a ser alvos do exército em clara violação da lei internacional.

Perante a violência gerada na capital francesa, ontem o governo de François Hollande tornou França o primeiro país do mundo a proibir manifestações de apoio à Palestina, cancelando a autorização para um protesto convocado para este fim-de- -semana. Existe uma "ameaça à ordem pública", declarou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve. Quem participar em "protestos proibidos" no país enfrenta até um ano de prisão e até 15 mil euros de multa; para quem esconder a cara a pena pode ir até três anos e a multa até 45 mil euros.
A par desta notícia, os media avançaram ontem que o canal televisivo norte-americano CNN removeu a sua correspondente em Gaza, após Diana Magnay ter publicado no Twitter uma mensagem a classificar de "escumalha" os cidadãos israelitas que aplaudem os bombardeamentos a Gaza de um monte em Sderot, na fronteira com o enclave, e que, segundo a jornalista, ameaçaram destruir-lhe o carro se ela "dissesse coisas erradas" na cobertura da crise. iOnline