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A-24

(França) Hollande eleito Presidente: "Não somos um país qualquer, somos a França"

por A-24, em 06.05.12
No seu discurso de vitória, o socialista François Hollande, eleito Presidente da França com 51,9% dos votos segundo as últimas projecções, mencionou a Europa apenas em sétimo lugar entre as suas prioridades. Hollande reafirmou, porém, a intenção em renegociar o Tratado Europeu sobre os défices excessivos assinado em Março.


23h01François Hollande aterrou em Paris, no aeroporto de Le Bourget, e dirige-se agora para a Praça da Bastilha, onde os seus apoiantes o esperam há várias horas.

22h30: A edição online da revista alemã Der Spiegel diz que Hollande é um Presidente “predestinado a desiludir”, mas considera que o socialista poderá fazer um melhor par com Angela Merkel do que o seu antecessor Nicolas Sarkozy. “Hollande pode mesmo ser descrito como a Merkel francesa. É um pragmático mais do que um ideólogo. Quer alcançar consensos e considera os resultados mais importante do que a pose. Tem os pés na terra e é um tipo empático”, escreve a revista.

22h09: Angela Merkel telefonou a François Hollande para lhe dar os parabéns e convidar o novo Presidente francês a visitar Berlim, revelou o dirigente socialista Pierre Moscovici, citado pela AFP.

22h01: A primeira sondagem relativa às eleições legislativas de Junho, feita hoje mesmo, dá os socialistas como vencedores, com 44% das intenções de voto, juntando a votação da Europa Ecologia/Os Verdes, com quem o PS tem um acordo eleitoral. A sondagem do IFOP dá 32% à UMP (direita gaulista) e 18% à Frente Nacional de Marine Le Pen – o mesmo que ela teve nas presidenciais. Com estes resultados, o partido de extrema-direita, anti-imigração e anti-islão, deverá conseguir eleger deputados para a Assembleia Nacional. Em 2007, a esquerda tinha conseguido apenas 36%, face a 47% da UMP, e a Frente Nacional não teve representação parlamentar.

21h41: Pedro Passos Coelho enviou uma carta a François Hollande, manifestando a vontade de trabalhar conjuntamente numa “agenda ambiciosa para a promoção dos interesses comuns” dos dois países e dos cidadãos europeus. Depois de felicitar o novo Presidente francês, Passos Coelho refere os “laços sólidos de amizade e de estreita cooperação entre Portugal e a França” e dá conta da sua vontade de trabalhar em conjunto com Hollande, “tanto no plano bilateral como europeu”. “Temos, a estes dois níveis, que se reforçam mutuamente, uma agenda ambiciosa para a promoção de interesses comuns dos nossos países e dos nossos cidadãos europeus”, afirma o governante português, que expressa o desejo de se encontrar em breve com o novo Presidente francês.

21h37: O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, felicitou Hollande pela sua vitória. “Temos claramente um objectivo comum: relançar a economia europeia para gerar um crescimento durável”.

21h15: Discurso de Hollande terminou com acordeões tocando “La Vie en Rose” e um enorme ramo de rosas vermelhas para a sua companheira, Valérie Trierweiler, que se juntou a ele. Daqui a pouco François Hollande, o novo Presidente eleito, deverá apanhar um avião para Paris.

21h13: "Estou mobilizado desde já para conseguir a mudança. Essa é a minha missão e o meu dever. Servir a República, servir a França, servir as causas, os valores que devem ser ouvidos em França e no mundo. Viva a República e vida a França", lançou Hollande, a terminar o discurso em Tulle, na região da Corrèze, onde é presidente do Conselho Regional e a qual saudou várias vezes".

21h10: François Hollande chegou ao centro de Tulle, onde falou pela primeira vez como Presidente eleito da França, a bordo de um Renault Clio e disse que a sua vitória significa “um novo arranque para a Europa, uma nova esperança para o mundo”.

“A França não é um país qualquer”, disse o vencedor das eleições presidenciais francesas aos seus apoiantes. O Presidente sublinhou a dimensão europeia do seu triunfo, reafirmando a sua intenção em renegociar o Tratado Europeu assinado em Março.

“A Europa observa-nos; estou certo que com este resultado, em muitos países houve um alívio, uma esperança. A ideia de que enfim a austeridade não tinha de ser uma fatalalidade. É o que vou dizer aos nossos parceiros e em primeiro lugar à Alemanha”