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A-24

FC Porto vence 20ª SuperTaça

por A-24, em 11.08.13
Quinta Supertaça em Aveiro, quinta vitória consecutiva do FC Porto na competição, primeiro troféu conquistado por Paulo Fonseca. Na estreia oficial do novo treinador, os “dragões” vestiram o traje de gala, realizaram uma exibição convincente e despacharam um débil V. Guimarães em apenas 45 minutos. Licá, Jackson e Lucho ficam para a história como os autores dos golos do vigésimo triunfo do FC Porto na Supertaça.



POSITIVO/NEGATIVO

Paulo Fonseca

Um treinador estrear-se no FC Porto com uma vitória na Supertaça não é notícia, mas Paulo Fonseca conseguiu mais do que isso. Os portistas mostraram bom futebol e deixaram os adeptos ainda mais optimistas para a nova época.
Lucho

Os anos passam, mas a classe mantém-se inalterável. Com a chegada de Paulo Fonseca, o argentino subiu no terreno e a (ligeira) mudança parece bem-sucedida.

Defesa do V. Guimarães
A primeira parte da defesa vimaranense foi um desastre. David Addy não travou as investidas do flanco direito portista, os centrais falharam nas marcações e até Douglas esteve mal no golo de Lucho.
Os esboços na pré-época deixaram os adeptos portistas agradados e, no primeiro jogo “a doer” de 2013-14, o novo FC Porto de Paulo Fonseca deixou água na boca ao mais exigente “dragão”. Ao contrário do que aconteceu nas duas finais anteriores da prova, em que os “azuis e brancos” ganharam sem entusiasmar, desta vez os campeões nacionais foram autoritários e confirmaram que as ideias do novo treinador estão a ser bem recebidas. Apesar das fragilidades evidenciadas pelos vimaranenses, o FC Porto 2013-14 promete.
Após meia dúzia de jogos de preparação, em que o “onze” portista esteve sempre em mutação, Paulo Fonseca jogou pelo seguro. Apesar de as ideias do novo técnico não encontrarem muitos pontos comuns com as do seu antecessor, Licá, autor do primeiro golo, foi o único jogador na equipa inicial que se estreou oficialmente com a camisola dos “dragões. No meio-campo, onde a orfandade de Moutinho ainda não se fez sentir, os nomes foram exactamente os mesmos que iniciaram o jogo da Supertaça da época passada, embora Lucho surgisse agora com mais liberdade ofensiva.


Do outro lado da barricada, os problemas são muitos e reflectiram-se na débil resistência oferecida. Setenta e sete dias depois de os vimaranenses alcançarem o maior feito da sua história, Rui Vitória viu-se obrigado a recomeçar praticamente do zero. Da equipa inicial que derrotou o Benfica na final da Taça de Portugal, apenas Douglas, Paulo Oliveira, Addy, André André e Leonel Olímpio (começou no banco) se mantêm no plantel e, em relação ao ataque, a razia foi total: Baldé, Ricardo e Soudani já não moram em Guimarães. Tomané, eleito por Vitória para alinhar no meio dos centrais portistas, mostrou que ainda está verde e enquanto esteve em campo foi presa fácil para Otamendi e Mangala.

O início da partida foi um dejà vú para os adeptos das duas equipas. Há duas épocas, quando os dois clubes se defrontaram no mesmo palco para discutir o mesmo troféu, Rolando precisou de 184 segundos para colocar os portistas a ganhar. Desta vez, o golo do FC Porto demorou pouco mais: Lucho cruzou rasteiro da direita e Licá encostou para o fundo da baliza. O relógio marcava 285 segundos.
O golo afectou a jovem equipa vitoriana, que até tinha entrado com uma atitude positiva, e a partida transformou-se num passeio para os “dragões”. Com o domínio absoluto do meio-campo, os portistas não demoraram muito a fazer o 2-0. Aos 17’, em mais um lance em que a defesa do V. Guimarães mostrou fragilidades, Varela centrou e Jackson, livre de marcação, fez de cabeça o segundo golo. Ficava claro que apenas uma hecatombe afastaria o novo troféu da Supertaça do Museu do FC Porto e antes da meia hora Douglas impediu que Otamendi e Licá voltassem a marcar. No entanto, o terceiro portista acabou mesmo por surgir em cima do intervalo, apontado por Lucho. Um prémio justo para o argentino.
Para a segunda parte, Rui Vitória ainda tentou mexer na equipa, trocando Tomané e Crivellaro por Maazou e Olímpio, mas as melhorias foram residuais. O avançado do Níger mostrou que pode ser um bom reforço para o V. Guimarães, criou alguns incómodos à defesa “azul e branca”, mas os vimaranenses acabaram o jogo sem construírem uma oportunidade digna desse nome.
Com a vitória no bolso, os últimos 45 minutos foram para o FC Porto pouco mais do que um treino de pré-época e a qualidade do jogo ressentiu-se disso mesmo.
Paulo Fonseca aproveitou para lançar dois dos novos reforços (Josué, Quintero), mas apesar das tentativas de Defour, Alex Sandro, Varela, Lucho, Jackson e Josué o (merecido) quarto golo não chegou.