Ensino favorece as alunas (e compromete os alunos)?
por A-24, em 13.07.12
Por Nuno Lobo in Cachimbo de Magritte.
Há mais meninos que meninas a frequentar o ensino básico: 52% contra 48%. No secundário, o caso muda de figura, ou se preferirmos, de sexo: em cada 100 alunos, 55 são raparigas, ou seja, uma fatia generosa de rapazes perdeu-se para o abandono e insucesso escolares. No ensino secundário, a razia masculina adensa-se e apenas 43 em cada 100 transições/conclusões são de rapazes, contra 57 de raparigas. O último acto da saga de insucesso masculino ocorre no ensino superior: no conjunto dos últimos 15 anos, apenas 36 em cada 100 diplomados, pouco mais que um terço, eram do sexo masculino. Será que os homens deste país estão a embrutecer? David Chadwell, especialista em educação diferenciada por sexo, acha que não. Segundo este professor, em Portugal a convite dos Colégios Fomento, rapazes e raparigas aprendem de forma diferente e, em geral, os sistemas de ensino modernos favorecem o modo de aprendizagem feminino. Num sistema de ensino onde abundam os paladinos da igualdade, será que o tema não merece um pouco de atenção?