Droga livremente à venda no centro de Lisboa
por A-24, em 25.04.13
Ainda não encontrei nenhum russo que tenha visitado Lisboa e tenha vindo desiludido. Não se cansam de dizer bem da própria cidade em cima, da hospitalidade dos lisboetas, da cozinha, vinhos, etc.
Aqueles que já visitaram várias vezes a capital portuguesa constatam que a Câmara Municipal de Lisboa, dirigida por António Costa, está a realizar um excelente trabalho de recuperação de edifícios degradados, na limpeza das ruas da Baixa e na transformação do Terreiro do Paço nu excelente local de lazer.
Mas todos os visitantes russos ficam intrigados com um fenómeno comum em Lisboa. Frequentemente, são abordados por pessoas que lhes tentam vender um “pó branco”. A forma descarada com que o fazem leva os turistas a perguntar-me se aquilo é droga ou não. Não acreditam que se possa vender droga de forma tão aberta e sem receio da polícia.
Eu respondo-lhes que não sei qual a constituição do “pó branco”, porque nunca recorri aos serviços dessas personagens, mas que os traficantes o tentam vender como droga. Se é pura e de boa qualidade, nada sei, nem nada posso garantir.
Mas o que me faz confusão é como criminosos atuam descaradamente, dia e noite, no centro da capital portuguesa, que ainda tem fama de ser uma das mais seguras cidade segura. Será que as autoridades policiais não podem pôr fim a esta nódoa? Não se trata de tráfico nalgum dos bairros problemáticos de Lisboa, mas no centro da capital!
Lanço aqui um apelo às autoridades competentes. O turismo é uma importante fonte de receitas para o país e, por isso, devem ser criadas condições para que as pessoas que nos visitam se sintam bem.
A não ser que o tráfico de droga traga mais dividendos ao erário público do que o turismo. Se assim é, isso não está expresso no Orçamento de Estado.
José Milhazes in Da Rússia