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A-24

Desarmamento e genocídios

por A-24, em 11.01.13

Quando as tropas de Mao Tsé-Tung invadiam um vilarejo, elas capturavam os ricos.  Em seguida, elas ofereciam a devolução das vítimas em troca de dinheiro.  As vítimas eram libertadas quando o pagamento fosse efetuado.  Mais tarde, o governo voltou a sequestrar essas mesmas pessoas, só que desta vez exigindo armas como resgate.  Ato contínuo, assim que as armas eram entregues, as vítimas eram libertadas.  Essa mudança de postura -- exigir armas em vez de dinheiro -- fez com que a negociação parecesse razoável para as famílias das próximas vítimas.  Porém, tão logo o governo se apossou de todas as armas de uma comunidade, os aprisionamentos e as execuções em massa começaram.
Em sua obra Tragedy and Hope (1966), Carroll Quigley argumenta que a Revolução Americana foi bem sucedida porque os americanos possuíam armas de poder de fogo comparável àquelas em posse das tropas britânicas.  Foi exatamente por isso, disse ele, que houve toda uma série de revoltas contra governos despóticos em todo o século XVIII.  Tão logo as armas em posse do governo se tornaram superiores, os movimentos e manifestações em prol da redução do tamanho do estado deixaram de ter o mesmo êxito que haviam tido nos séculos anteriores.
Há uma razão por que os governos são tão empenhados em desarmar seus cidadãos: eles querem manter seu monopólio da violência a todo custo.  A ideia de haver cidadãos armados é apavorante para a maioria dos políticos.  Afinal, para que serve um monopólio se ele não pode ser exercido?  Cidadãos armados impõem um limite natural à tirania do estado.