Da semana
por A-24, em 04.08.13
Agora é tarde
Quem vem e atravessa o Rio…
Comentário mesquinho e desnecessário de Rui Rio, que escusava de nos dizer o óbvio, isto é, que jamais votaria no seu velho ódio de estimação, Luis Filipe Menezes, para o substituir numa cadeira que ocupou, com brilho muito discutível, durante doze anos. O comentário vem, de resto, numa altura em que Rio parece ter desistido, de vez, de se candidatar ao lugar de Monti português, agora que Passos e Portas parecem ter voltado a entender-se, pelo menos para levarem o governo até ao final da legislatura. A partir de Setembro deste ano, Rio ficará sem nada para fazer na política, a não ser assistir ao desfile de personagens de que não gosta em lugares que foram ou poderiam ter sido seus. Contudo, só pode queixar-se de si próprio, por não ter tido a coragem suficiente de avançar quando teve essa oportunidade. Agora é tarde.
Rui A.
Rui A.
Quem vem e atravessa o Rio…
Rui Rio fez – com o timing esperado – o que lhe competia: alertar para os perigos que a cidade enfrenta com a possível eleição de Menezes. Ao contrário deste, o Presidente da CMP aguardou o (quase) final do seu mandato para se pronunciar, contrastando com quem, tendo um município para gerir, está em campanha na cidade vizinha há quase um ano. Pela blogosfera e pelo facebook cresce o ruído da indignação menezista. Ao candidato que quer o Palácio de Cristal como o Tivoli de Copenhaga, a Praça da Corujeira como o Central Park de NY e o Porto como a Barcelona do Oeste, só lhe faltou sugerir o Salgueiros como o Real Madrid lusitano, tal é a megalomania das suas propostas e a demagogia nelas inserida. Rui Rio não fez mais que apontar o óvio: que a soma do que LFM tem proposto terá como consequência principal um endividamento da cidade do Porto à imagem de Gaia, ou pior. E que, feitas as contas, o que LFM fez do outro lado da ponte difere em pouco do que o PS fez ao país.
Ricardo Lima
Que se lixe!
Este excelente artigo de João Miguel Tavares demonstra o estado miserável em que se encontra o actual Partido Socialista, a fazer de tontos dez milhões de portugueses que padecem pelo estado em que o país se encontra, no qual este partido tem especiais e graves responsabilidades. E não é somente pela péssima “liderança” de António José Seguro, que produz inanidades diárias sobre o sofrimento das pessoas, mas também e sobretudo, pelo facto de não haver por lá ninguém que ponha cobro a esta situação e que fale aos portugueses com a seriedade que eles merecem, numa altura de grave crise nacional. Infelizmente, andam todos a fazer contas à vida, a medir influências pessoais e tribais, e à espera dos resultados das autárquicas, para verem se Seguro passa ou não no eleitorado. Quanto ao país, que se lixe!
Rui A.
Trabalhar alcoolizado
As leis laborais não versam sobre os estados de alma do trabalhador, observam: “Não há nenhuma exigência especial que faça com que o trabalho não possa ser realizado com o trabalhador a pensar no que quiser, com ar mais satisfeito ou carrancudo, mais lúcido ou, pelo contrário, um pouco tonto”.
“Vamos convir que o trabalho não é agradável”, observam ainda os desembargadores Eduardo Petersen Silva, Frias Rodrigues e Paula Ferreira Roberto. “Note-se que, com álcool, o trabalhador pode esquecer as agruras da vida e empenhar-se muito mais a lançar frigoríficos sobre camiões, e por isso, na alegria da imensa diversidade da vida, o público servido até pode achar que aquele trabalhador alegre é muito produtivo e um excelente e rápido removedor de electrodomésticos”.
Raquel Varela