Afinal somos todos Scarlett Johansson, ou Lucy
por A-24, em 21.08.14
O filme de Luc Besson parte do "mito urbano" que diz que o ser humano não usa 100% do cérebro. Mas ainda assim vale a pena ver este thriller de ação, protagonizado por Scarlett Johansson.
Scarlett Johansson, ou Lucy, só tinha de entregar uma mala misteriosa, mas acaba coagida para ser “mula” de uma droga revolucionária. Quando a droga sintética rebenta no seu estômago, estranhas reações fazem com que Lucy passe a usar 100% do cérebro, o que se traduz em poderes sobre-humanos. É esta a premissa do novo filme de Luc Besson, que estreia em Portugal esta quinta-feira. Mas Lucy somos já todos nós.
“Estima-se que a maioria dos seres humanos use apenas 10% da capacidade cerebral. Imagine se conseguissemos ter acesso a 100%. Aconteceriam coisas interessantes.” Uma deixa do professor Norman, interpretado por Morgan Freeman, no filme “Lucy”, mas que poderia ter sido proferida por qualquer pessoa na vida real. O mito persiste, mas é errado. A verdade é que o ser humano usa a quase totalidade do cérebro. Sem recurso a qualquer droga.
Tentando esquecer que a questão principal do filme é um “mito urbano”, o que temos em “Lucy” é um thriller de ficção científica e efeitos especiais, produzido por Virginie Besson-Silla da EuropaCorp. Luc Besson dirige Scarlett Johansson para que a sua metamorfose de estudante americana em Taiwan para implacável guerreira sobre-humana se torne no centro do filme. OBSERVADOR