A revolução industrial e as minorias oprimidas
por A-24, em 30.08.12
Quando as mulheres tiveram a oportunidade de abandonar a vida rural em busca dos salários das fábricas e de trabalho doméstico, elas invadiram as cidades em quantias sem precedentes. Para a nossa vida moderna, as condições de vida e de trabalho eram obviamente terríveis, com várias mulheres recorrendo à prostituição como ocupação secundária, tudo para manter um teto sob suas cabeças. No entanto, por mais terríveis que as condições possam ter sido, um fato fundamental não pode ser ignorado: as próprias mulheres acreditavam que ir para as cidades era algo vantajoso - caso contrário, elas jamais teriam feito a jornada ou simplesmente retornariam à vida rural desencantadas. Dizer que o trabalho industrial "prejudicou" as mulheres dos séculos XVIII e XIX é ignorar a preferência que elas próprias demonstraram e expressaram; é ignorar a voz de suas escolhas. Claramente, as mulheres da época acreditavam que tal situação era um aprimoramento de suas atuais condições.
Uma fatia substancial do historicismo feminista nada mais é do que uma tentativa de ignorar as vozes de mulheres que de fato fizeram suas escolhas à época. Um método comum de se fazer isso é reinterpretar a realidade que cercava as escolhas e, então, impor esta reinterpretação de modo a fazer com que as "escolhas" não mais aparentem ter sido voluntárias, mas sim coagidas