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A-24

A PROSTITUIÇÃO POLÍTICA na RAM

por A-24, em 20.08.12
«A prostituição política que estamos presenciando na Madeira há mais de 30 anos acoplada a uma sedução eleitoral, cooptou hordas de eleitores de todos os escalões sociais os quais ainda hoje continuam vítimas do seu analfabetismo político, falta de pensamento próprio, visão curta e subjugação ao poder vigente, resultando numa participação política polarizada e fundamentada em bases empíricas e ganhos materialistas a curto termo.
BRECHT define muito bem o perfil do optante pela ingenuidade social, a quem chama de O ANALFABETO POLÍTICO. Este Ser que se pretende apolítico está sempre a oferecer o pescoço à infinda sede dos vampiros da ocasião é o principal responsável pelas precárias condições de vida da maior parte da Humanidade, seja na sua cidade, no seu país ou em qualquer outro. Temos também o eleitor profissional auto-ilusionista, que avalia o seu voto em termos de bens materiais tais como electrodomésticos, tratamento odontológico de graça, assim como outros bens materiais e obviamente promessas de empregos nas já abarrotadas repartições públicas e outras instituições governamentais da Região onde há sempre lugar para mais um não obstante a crise. Comportam-se como vacas que, nas noites quentes, não percebem que o seu sangue esta sendo sugado pelos morcegos que as refrescam batendo as asas para disfarçar.
Outro importante tipo de eleitor profissional é o prostituto político. Considero prostituto político todo aquele, eleitor ou não, que oferece a sua cidade, o seu país e, o que é mais grave, o seu povo ao inimigo declarado, como algumas TRIBOS AFRICANAS que assim procediam no período da escravidão negra ou como os ÍNDIOS que auxiliaram os invasores europeus no processo de conquista do continente actualmente conhecido como América. Obviamente, o prostituto político tem suas razões: normalmente financeiras ou a boa convivência com aqueles poucos que exercem o poder, através dos quais poderá quase sempre usufruir de benesses bem conhecidas.
Na região autónoma da Madeira existem exemplos bem claros do que acabo de mencionar e hoje devido a escassez de dinheiro, cada vez mais as pessoas tentam acomodar-se aos diferentes cenários que não param de mudar. Entretanto o dinheiro roubado directa ou indirectamente dos cofres públicos foi parar a paraísos fiscais. A impunidade prevalece, o povo passa miséria e fome, criminalidade e prostituição abundam tudo isto debaixo do olhar complacente e conivente de uma Igreja Católica de cerne institucional podre e de um governo que em qualquer outro lugar do mundo já estaria atrás das grades.
Enquanto isso a legislação e as instituições da justiça protegem as elites locais e os bandidos já que estes são muitas vezes imprescindíveis para instaurar medo, arruaça e executar intimidação e eliminação de oponentes políticos.»

In Pravda Ilhéu