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A-24

A feminização da sociedade nas camadas mais baixas do mercado de trabalho

por A-24, em 14.03.13
No século XIX, a educação não apenas deixou de ser um sistema dominado por homens e voltado para os meninos, como passou a ser dominado por mulheres.  Esse arranjo prepondera até os dias de hoje no ensino básico e no ensino fundamental.  Como isso ocorreu?  Uma resposta: salários baixos.
Mulheres jovens e solteiras -- e, em alguns casos, casadas -- se mostraram dispostas a lecionar nas escolas locais em troca de baixos salários.  De meados do século XIX até os dias atuais, as mulheres se tornaram dominantes no sistema de ensino escolar, desde a educação básica até a oitava série.  Consequentemente, os padrões do que se entende por 'bom ensino' e 'bom aprendizado' foram feminizados.  O sistema educacional básico passou a ser mais voltado para meninas.  Essa pedagogia se tornou o padrão dominante em todo o Ocidente.  Houve uma feminização do ensino no Ocidente.  Meninos se contorcem; meninas ficam quietas.  Aí jaz a diferença básica na educação formal.  As mulheres determinam as regras.
Na realidade, essa mudança de padrões começou a ocorrer ainda antes de ser adotada nas escolas.  Ela ocorreu primeiro na família.  Só depois ela se difundiu para o sistema escolar.  Todo o processo tem a ver com a oferta competitiva de mão-de-obra.  As fábricas costumavam utilizar a mão-de-obra de homens ou de mulheres solteiras.  Em alguns casos, costumava-se incluir crianças.  Mas não se utilizava mulheres com filhos pequenos.  Estas tinham de ficar fora do sistema fabril, o que significava que elas agora estariam no comando da educação dos filhos homens.  Os pais desapareciam do lar durante pelo menos 12 horas por dia.  Isso representou uma fratura radical na história da humanidade
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