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A-24

A eleição de extremistas na Europa e o angustiante ocaso da sociedade aberta

por A-24, em 03.06.14
Via Inst. Ludvig Von Mises

O cerne do discurso das agremiações antiliberais que ascenderam com força em quase toda a Europa é idêntico: a total aversão à sociedade aberta e aos seus valores de tolerância, diversidade e voluntariedade. Desde a Frente Nacional da França incitando o ódio aos imigrantes à Syriza da Grécia estimulando o ódio aos capitais estrangeiros, passando por todos os distintos grupos de extrema-esquerda que surgiram na Espanha e pelos neonazistas que ressurgiram na Alemanha e que são proeminentes na Grécia, todos têm o objetivo de asfixiar e reprimir radicalmente os poucos resquícios de liberdade que não foram destruídos pelo consenso social-democrata que governa a Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial. 


A maioria dos europeus não pensa hoje de maneira substantivamente distinta de como pensava há dez anos; o cerne de suas ideias segue sendo o mesmo. O que mudou é que, há dez anos, todos estavam bem assistidos por um estado provedor que dizia não haver limites para suas benesses; hoje as benesses se exauriram e a inevitável realidade econômica se impôs. O fato de que os recursos são escassos e não podem ser criados por meras palavras de políticos e burocratas é algo que está sendo sentido na pele pelos europeus. E essa realidade bastou para que eles optassem por diminuir seu apoio à tecnocracia dominante e abraçar partidos ideologicamente mais radicais.