A extrema-direita acantonada no Partido Republicano dos EUA, conhecida pelo Tea Party, teve uma vitória tão inesperada quanto emblemática, depois de David Brat, membro daquela facção, ter derrotado Eric Cantor, candidato do aparelho partidário às primárias para as Intercalares de Novembro
A preguiça em investigar as fontes e a aceitação acritica de clichés dá nisto. Como já se viu nas eleições para o PE, tudo o que foge ao “consenso” (que pelos vistos não é assim tão consensual) e às nossas convições é “arrumado” nos extremos.
O Tea Party é um “chapéu de chuva” que agrupa muitas posições anti-establishent e cujo apoio é disputado por muitos – alguns verdadeiramente de extrema direita. Mas os maiores grupos ligados a esta corrente não apoiaram explicita nem financeiramente o Professor David Brat pese embora a identificação do programa eleitoral deste com que é defendido pelos “Tea parties”. A desproporção de meios era enorme. O seu opositor, o Congressista Eric Cantor, contou com um orçamento para a campanha 25 vezes superior. Por outro lado, quer as suas posições políticas quer o seu trabalho académiconão autorizam o seu posicionamento na extrema-direita. Mas isso não interessa para nada e o mito está criado e irá ser repetido ad nauseam.
A Sudanesa cristã, presa por ser cristã e renunciar ao islão, deu à luz no chão da cela com as pernas algemadas. A tirania de Omar Bashir promete enforcá-la logo que possa pois assim manda o livrinho.
Em Lahore, Paquistão, uma mulher foi lapidada à frente de um Tribunal pois assim manda o livrinho.
O Boko Haram contínua a matar às dezenas e as raparigas por aparecer e outras a elas se vão juntado. Está tudo no livrinho.
Um clérigo muçulmano aconselha os maridos a fugir e deixar as mulheres à mercê dos violadores. As mulheres não valem nada! É o livrinho que diz.
Outro clérigo já descobriu o que a polícia belga não quer descobrir: o tiroteio que deixou duas pessoas mortas no Museu Judaico em Bruxellas foi obra de judeus. O livrinho diz quem foi.
Com o aumento do fluxo turístico e o campeonato mundial de futebol que se realiza no Qatar em 2022, o Centro Cultural Islâmico do país decidiu preparar uma campanha, a ser lançada nas redes sociais, para ensinar aos turistas como se devem vestir durante a estadia.
Através da campanha “Mostra o teu respeito”, que será promovida através doTwitter e do Instagram, o país espera que os turistas sigam os costumes locais e que deixem as roupas mais atrevidas em casa. Fatos-de-banho e roupa de praia são permitidos nas piscinas dos hóteis mas em locais públicos os turistas têm de tapar os ombros e os joelhos. Calções e tops são proibidos, e as leggings não substituem as calças. Segundo as leis nacionais, cantar em público, dizer asneiras ou fazer gestos obscenos pode resultar em seis meses de prisão.
Uma porta-voz da campanha disse que a mesma surgiu devido ao crescente número de estrangeiros que violam os costume e leis do Qatar, ao andar em locais públicos com roupa inapropriada. Durante a campanha, que será lançada a 20 de junho, antes do início do Ramadão, grupos de mulheres e crianças distribuirão panfletos nos aeroportos com as indicações em inglês e árabe.
Há cinco anos que o Boko Haram mata, mutila, rapta, escraviza, milhares de cristãos e cristãs. Ninguém se tem mostrado muito preocupado com as chacinas, as igrejas queimadas, as escolas destruídas. Agora, perante o rapto das duzentas raparigas, as almas sensíveis descobriram finalmente que existe um país chamado Nigéria onde ocorre esta situação. Como conveniente, a sra. Obama e a sra. Jolie expressaram a sua aflição e os fãs solidarizaram-se. Até em Lisboa já houve uma marchinha pela causa. Bem bonito. Pena que tenha sido precisa esta situação para, alguns milhares de mortos depois, os defensores dos direitos humanos tenham descoberto a Nigéria. São como um empenhado militante das causas nobres que conheci quando era estudante: Tanto defendia os animais como os afro-americanos explorados pelos brancos. Mas quando se lhe perguntava pelas músicas racistas e sexistas dos Body Count encolhia os ombros, e quando um dia lhe falei nos civis que estavam a ser massacrados pelos islamitas na Argélia, à data a braços com a guerra civil, respondeu que não sabia de nada. Também está bem.
Aproveitando a onda cavada pelo hollywoodesco 12 anos escravo, e porque é preciso manter vivo o sentimento de culpa do homem branco, acabam de ser lançados alguns volumes acerca do fenómeno da escravatura. A esquerdista Tinta-da-China editou uma História da Escravatura. Pela Antígona saiu um libelo acerca do assunto e, há algum tempo, já pela Texto e Grafia tinha saído outra obra geral acerca do tema. Não li nenhum dos trabalhos em questão, nem tenho qualquer intenção de o fazer. Folheei dois deles e bastou-me. Pelo que vi e pelo que não vi, calculo que o essencial seja o habitual: a vitimização dos não-europeus, a culpabilização dos europeus e dos brancos em geral. Omissão q.b. acerca da escravatura nas sociedades africanas de antes dos descobrimentos e na alimentação das redes de tráfico posteriormente, omissão q.b. acerca da escravatura levada a cabo em larga escala pelo mundo muçulmano e que teve como alvos principais não só os africanos, mas também os europeus, omissão q.b. acerca do carácter residual da escravatura na Idade Média e da oposição do catolicismo à prática. Meia dúzia de páginas acerca do fenómeno no mundo islâmico não é, propriamente, algo de muito equilibrado no corpo total de uma obra. Mas já sabemos em que consistem os objectivos deste tipo de trabalhos: a prossecução da ofensiva cultural contra a identidade europeia e contra os seus valores civilizacionais.
Setenta e cinco sírios vão para a Turquia. Daí seguem para Marrocos, de onde saem para a Guiné-Bissau (onde está a famosa solidariedade árabe?). Agora estão em Portugal e vão pedir o estatuto de refugiados. Foram enfiados á força num avião da TAP, sob ameaça das autoridades guineenses. É assim, este país. Já nem os guineenses nos respeitam. Num estado a sério, a esta hora já se tinham pegado em 75 guineenses ilegais (já para não falar em 750) e recambiado para África. Mas como isto é uma anedota, o máximo que se fez foi suspender o próximo vôo da TAP para Bissau, até estarem reunidas condições de segurança. Certo. Deportassem para lá umas boas dezenas de ilegais africanos e podia ser que nos começassem a respeitar. Assim, obviamente, Portugal continua a ser alvo de chacota internacional a quem até um estado-falhado consegue impor situações de facto.
É um facto: não há nada que a malta de esquerda mais odeie do que uma mulher de direita. Não sei se por se sentirem traídos (achando que os assuntos femininos são uma coutada da esquerda) ou ameaçados (more of which later). Não conseguem fazer um ataque político que, mais cedo ou mais tarde, não vá para as características pessoais da mulher de direita. E não umas quaisquer características pessoais, que chega-se inevitavelmente a terrenos muito básicos. Tem sempre de haver comentários aos atributos físicos (ou falta deles) da senhora em questão e à vida sexual (ou falta dela) que se lhe atribua. Segundo consta, para dar um exemplo, era nestes termos que o moderno e progressista sócrates, esse semi-deus que libertou as mulheres portuguesas de gravidezes indesejadas a expensas do contribuinte, se referia a Manuela Ferreira Leite. E que dizer da divulgação da fotografia de Merkel (ou não) nua que há pouco tempo correu mundo nas redes sociais? Como diz a Carla, temem-na tanto que têm de a ver nua. (Não, esta discussão de atributos físicos não é equivalente à muito menos maliciosa que se faz aos homens políticos (as bochechas de Mário Soares, por exemplo).
Margaret Thatcher desperta os piores comentários nestes machistas de esquerda – que, refira-se, são dos dois sexos e já me ocuparam o teclado anteriormente, por exemplo aqui. Thatcher era, dizem, totalmente desprovida de feminilidade. Praticamente um homem de saias. Não conta, portanto, para a história da política no feminino. (E é aqui indiferente se os relatos do que a conheceram bem desmentem a versão ou não). A determinação, a clareza de ideias, a ambição, a capacidade de realização, o espírito guerreiro são, portanto, para a esquerda, qualidades masculinas qua caem mal quando se encontram no mulherio. Eu, que tenho mau feitio (qualidade também só aceite no masculino), desconfio que a característica que mais amedronta estes machistas de esquerda em mulheres como Thatcher é mesmo a insubmissão. Qualquer mulher que tenha a mania exótica de que a sua opinião conta e deve ser defendida com afinco percebeu já muitas vezes num seu interlocutor masculino a surpresa e a indignação por ser posto em causa por uma mera mulher – algo que eu acho particularmente divertido de assistir e, sobretudo, provocar.
E vendo certo padrão de casamentos de pessoas de esquerda mais esta minha desconfiança ganha espessura. A mulher traída que permanece junto do seu traidor marido parece um clássico actual dos casamentos políticos à esquerda: os Clinton, os Miterrand, Royal e Hollande,… Não que eu tenha alguma coisa a dizer sobre estes casamentos; se são ou foram felizes assim, óptimo para mim; se são ou foram infelizes mas preferiram continuar infelizes, óptimo para mim também; se o casamento é ou foi uma mera formalidade com objectivos políticos ou de qualquer outro tipo, novamente óptimo para mim; não tenho de julgar os casamentos dos outros. Mas não posso deixar de ficar perplexa com o padrão existente pelo que revela do que se espera de uma mulher. Não se trata sequer dos casamentos da upper class britânica em que os esposos se traem mutuamente e alegremente, que são mais igualitários e contêm alguma sabedoria. A minha perplexidade provém disto: as senhoras destes casamentos de esquerda, e, no caso de Royal e Clinton, políticas elas próprias, são reminiscentes de uma Maria Teresa de Áustria lívida com Louise de La Valliére e Athénais de Montespan. Em nada semelhantes às mulheres independentes que supostamente agradam à esquerda. Reconheça-se: a anos-luz de uma mulher com a têmpera de Thatcher.
«Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África. (...) E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
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1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-lhe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-lhe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". (...)
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
(...) Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
Considero que o princípio geral enunciado pela Maria João neste post está correcto: a Europa, de facto, não tem sabido lidar com imigrantes de culturas diferentes, demonstrando por vezes uma condescendência que a descaracteriza culturalmente e afecta a qualidade de vida de uma grande parte da sua população. Não considero, no entanto, que o exemplo dado seja válido.
Começo pelo fim, pelo exemplo dado, distinguindo entre dois tipos de comportamentos: os positivos (aqueles que por hábito cultural os indivíduos praticam) e os negativos. Um indivíduo fora do seu ambiente cultural deve abster-se dos comportamentos positivos que são mal vistos na cultura que o recebe, mas não considero ser ofensivo o não inverter os comportamentos negativos. Posso dar o meu exemplo pessoal. Eu fui educado, como todos os portugueses, a dar dois beijos na face ao cumprimentar uma mulher, mas a não o fazer quando cumprimento um homem. No meu país de acolhimento há 5 anos, islâmico por coincidência, é tradicional dois homems cumprimentarem-se com um beijo (e um toque de narizes), mas um homem não tocar na mulher na mesma situação. Como todos os Ocidentais, abdiquei do meu tradicional comportamento positivo (não beijo mulheres muçulmanas quando sou apresentado), mas também não inverti o comportamento negativo: não beijo (nem toco narizes) com homens locais na mesma situação. Nunca fui acusado de desrespeitar a cultura local por não o fazer, embora o fosse se alguma vez tentasse beijar uma mulher muçulmana. O exemplo é especialmente mau devido ao evento em que se inseriu: um evento que é, por natureza, multi-cultural e que hoje é realizado em Londres mas que amanhã pode ser na Arábia Saudita. Obrigar os atletas a aculturarem-se à pressa à cultura de cada país organizador dos JO seria uma forma rápida de acabar com eles.
Mas tem razão, no essencial, a Maria João: a Europa, e em especial países com forte imigração de países Islâmicos, tem falhado na sua política de imigração e nacionalidade. Acolhimento não pode, nem deve, ser subserviência nem perda de identidade cultural. Aqui, mais uma vez, o exemplo pode vir de alguns países Islâmicos com grandes % de imigrantes. No Qatar, EAU e Bahrain, os nacionais representam menos de 20% da população residente, mas nenhum estrangeiro pode obter nacionalidade (salvo raríssimas excepçoes), mesmo que se mantenha no país durante muitos anos. Da mesma forma não lhes és permitido ficar no país se não tiverem emprego (ou não forem patrocinados por um familiar directo que tenha). A criação de áreas culturalmente homogéneas (que na Europa tem a denominação falaciosa de gueto) onde imigrantes de culturas diferentes possam livremente exercer comportamentos da sua cultura de origem também ajuda à integração, não desfiguranda a cultura local (ver o caso da Dubai Marina na imagem: um dos “guetos” de Ocidentais no Dubai). Uma lição de como é possível beneficiar do contributo de imigrantes (e estes beneficiarem do salário), mantendo a paz social e a cultura dominante, não ofendendo os habitantes originais. Afinal, uma das belezas do mundo é mesmo o pluriculturalismo, algo que o multiculturalimo ameaça.
in O Insurgente
Parecer: Nos países islâmicos que têm um grande número de imigrantes não se dá nacionalidade à toa, tendo em conta as diferenças sobretudo culturais, já na Europa a conversa "deve" ser outra. É aquilo que sabemos. Vivemos num mundo desigual, com dois pesos e duas medidas, sob pena de podermos ser apelidados de "xenófobos".
É um dos princípios oficiais do “olimpismo”: toda a forma de descriminação relativamente a um país ou a uma pessoa com base na raça, religião, política, sexo ou outra é incompatível com a pertença ao Movimento Olímpico.
O engraçado é que não parece. Nos Jogos em curso, os judocas libaneses recusaram treinar no mesmo espaço que os seus adversários israelitas, manifestação discriminatória que em teoria enxotaria os atletas em causa da competição. Na prática, porém, a organização londrina optou por respeitar o ligeiro anti-semitismo e, apressada e discretamente, colocar uma espécie de muro que separasse as delegações. Ambas as partes aceitaram o compromisso e o episódio terminou aí, sem um castigo, um protesto, uma vigília, o esboço de um boicote concertado ao Líbano.
Se calhar é impressão minha, mas suspeito que o desfecho teria sido outro caso os belgas recusassem a proximidade de africanos, os americanos confessassem repugnância face a asiáticos ou, digo eu, os israelitas simulassem náuseas junto de árabes em geral. O “olimpismo” não tolera intolerâncias. Excepto a do costume.