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A-24

Muito bem

por A-24, em 18.03.14
in Blasfémias

Esta sugestão da Juventude Popular de reforma da lei do aborto no sentido de introduzir taxas moderadoras para a sua prática no SNS, devendo as mesmas ser progressivas nos casos de aborto recorrente. Menos do que isto, ou seja, o regime em vigor, próprio do paternalismo habitual do estado social, é introduzir um tratamento diferenciado entre pessoas doentes que têm de pagar para se poderem tratar no SNS (e a gravidez, pelo menos por enquanto, não parece que seja uma doença), e quem vai lá abortar sem qualquer encargo. Por outro lado, se todos – até mesmo os defensores da liberalização absoluta – concordamos em que o aborto é um último recurso, sempre deplorável e a evitar, consagrá-lo como um direito universal gratuito é um incentivo à falta de responsabilidade dos indivíduos. É certo que não será com mais taxa, menos taxa que os números do aborto no SNS cairão significativamente. Mas a mensagem que o estado passa com a legislação actual é a de que ninguém precisa de pensar nas consequências dos seus actos, porque ele lá estará para as assumir. E de graça, para que a desresponsabilização seja total.

Co-adopção guei chumbada

por A-24, em 16.03.14
João Vaz

"Um grande retrocesso civilizacional", dirá o esquerdalho. Ainda por cima no dia em que passa mais um ano sobre a morte de Karl Marx. Uma "medida progressista" que em muito prejudicará Portugal. Decerto a aprovação de tal lei traria benefícios inumeráveis ao país. Não há problema. Em breve o lóbi gueizista estará de volta com nova investida, talvez ainda mais radical. No meio disto só não percebo muito bem o que significa a expressão "retrocesso civilizacional", tão do agrado do esquerdalho. Será que já existiram, antes de nós, sociedades mais avançadas onde a co-adopção era permitida? talvez na Atlântida, quem sabe...

Vitória de 93% à secessão da Crimeia

por A-24, em 16.03.14
Cerca de 93% dos eleitores da península ucraniana da Crimeia votaram a favor de uma união com a Rússia, segundo sondagens à boca das urnas citadas pela agência russa RIA, meia hora depois de terem fechado as urnas. Outra agência russa, a Interfax, falava de uma taxa de participação de 80% no referendo, considerado ilegal pela Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia.
Antecipando um resultado favorável à secessão da Ucrânia, a União Europeia preparava-se já para aprovar, segunda-feira, sanções dirigidas a pessoas concretas.
Os eleitores, milhão e meio, foram convidados a escolher entre a integração na Federação da Rússia e uma autonomia mais alargada no seio da Ucrânia. Apoiada pelo Governo de Moscovo, a consulta eleitoral foi organizada pelas autoridades pró-russas locais num tempo recorde de duas semanas. A votação decorre sem a presença de observadores independentes ou jornalistas locais.
Mais de seis horas após a abertura das urnas, fontes oficiais disseram à BBC que a participação tinha já ultrapassado 50% dos inscritos.
Ninguém acredita que o referendo, que o Governo de Kiev e os países ocidentais consideram violar a Constituição ucraniana, seja desfavorável à separação da Ucrânia, devido ao peso maioritário dos russófonos na população - 58,5%, segundo os censos de 2001. A votação é boicotada pela população tártara.
“Vim votar neste dia de festa para benefício da Crimeia e dos seus habitantes e agora vou celebrar”, disse à Reuters Vladimir, um eleitor dos seus 40 anos, depois de votar num escola na região de Simferopol, a capital.
As perguntas feitas aos eleitores prevêem duas hipóteses – a primeira é a secessão e reunificação com a Rússia, a segunda o regresso à Constituição de 1992, que permite maior autonomia e dá poder aos órgãos regionais para escolherem o seu rumo. Também esta daria a hipótese aos novos líderes de optarem por uma integração com a Rússia. Apenas a hipótese de manter a Crimeia com o seu estatuto actual (com autonomia mas na Ucrânia) não era prevista nesta consulta, sublinharam analistas.
As urnas abriram às 8h00 locais (6h00 em Portugal Continental) e encerraram 12 horas mais tarde. 
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que “respeitará a escolha dos habitantes da Crimeia”. A declaração consta de um comunicado do Kremlin, que dá conta de uma conversa telefónica de Vladimir Putin com Angela Merkel, a pedido da chanceler alemã.
Bem diferente é a forma como a União Europeia olha para o referendo. Já este domingo, insistiu em classificá-lo como “ilegal e ilegítimo” e confirmou que o resultado “não será reconhecido”. Numa declaração conjunta, os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, Durão Barroso, condenaram a consulta eleitoral e anunciaram que, na segunda-feira, os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros discutirão em Bruxelas a possibilidade de sanções, nos termos de uma declaração de chefes de Estado e de governo tomada a 6 de Março.
Nesse dia, os dirigentes europeus chegaram a acordo sobre a aplicação de sanções dirigidas a pessoas específicas, sob a forma de congelamento de bens e restrição de vistos, se a Rússia não promovesse com rapidez uma “desescalada” de tensão.Os embaixadores da UIE devem reunir-se ainda este domingo para definir uma lista de responsáveis russos e ucranianos pró-russos visados pelas sanções, noticiou a AFP.

Fernando Ruas no país dos snobs

por A-24, em 15.03.14
Henrique Raposo

A presença do bigodudo Fernando Ruas nas listas da AD provocou várias erupções cutâneas em muita gente fofa que se julga dona do bom gosto. Algumas bocas de espanto ainda estão abertas porque a malta cool não consegue parar de olhar para o bigode e, acima de tudo, para o farandol que mãos visivelmemente experientes espalham na cabeleira farta do viseense. No fundo, o espanto resume-se a isto: como é que escolheram um provinciano para nos representar na Europa? Não me pretendo superior, nem imune ao vírus. Também fui tocado pela snobeira urbanóide; nos primeiros segundos, também reagi como uma cadelinha de Pavlov que anda com saquinhos de papel todos trendy na boca e que fica escandalizada quando aparece alguém com um saco de plástico do Pingo Doce. 

A preocupação da snobeira é simples: quando colocarem os olhos neste Quim Barreiros da política, o que vão pensar os outros europeus? Vão ficar boquiabertos, não é verdade? Não, não é verdade. Esta preocupação só podia ser portuguesa, só um português poderia pensar que o seu país tem o monopólio da saloiice. Quem anda com esta aflição devia dar uma volta pela Europa para ver o aspecto do alemão médio, do polaco médio ou até do inglês médio. Não, nós não temos o exclusivo do pitoresco. Aliás, ao pé daqueles deputados alemães com cabelinho à Futre, Fernando Ruas é quase a Sara Sampaio em versão milf. Quando comparados com os fatos matarruanos de Merkel, os trajes de Ruas parecem saídos da tesoura de Tom Ford.Importa, portanto, falar da outra indignação, a indignação correcta, que é política e não social. A presença de Fernando Ruas ofende a vista não por causa do farandol mas devido à sua impreparação em questões europeias. Gerir o baronato local do PSD a partir de Viseu não qualifica ninguém para o Parlamento Europeu. O problema não é o bigode, mas sim a transformação da política europeia numa prateleira dourada para dinossauros autárquicos que já não cabem nas prateleiras internas. Já sabíamos que o PSD é um saco de gatos autárquicos e anárquicos. Só não sabíamos que Passos Coelho estava na disposição de exportar a gataria. É mau, é pelaria a mais no ar, e não estou a falar da pelaria do bigode resplandecente de Fernando Ruas. 

Bitcoin: a moeda na era digital

por A-24, em 12.03.14
Instituto Ludwig Von Mises

Há pouco menos de um ano decidi estudar a fundo o fenômeno Bitcoin e suas implicações na sociedade. O ceticismo e a desconfiança inicial logo deram lugar ao fascínio e à admiração. À época, em uma série de artigos sobre o Bitcoin, concluí que "o projeto Bitcoin era revolucionário, sem precedentes e tinha o potencial de mudar o mundo de uma forma jamais vista". Passados todos esses meses, posso afirmar sem dúvida alguma que essa conclusão foi reforçada ainda mais.

Esse período de estudo e investigação sobre o Bitcoin -- que me forçou a entender melhor não somente a nascente moeda digital, ou criptomoeda, mas também a própria noção de dinheiro -- acabou culminando em uma obra completa, o primeiro livro em língua portuguesa sobre o fenômeno e o mais novo lançamento do Instituto Mises Brasil. 

Em Bitcoin -- a moeda na era digital, procurei introduzir e explicar o funcionamento da nova moeda, além de contar um pouco da história dessa inovação e o contexto de seu nascimento.

O Bitcoin é a maior inovação tecnológica desde a internet, é revolucionário, é sem precedentes e, reitero, realmente tem o potencial de mudar o mundo de uma forma jamais vista. À moeda, ele é o futuro. Ao avanço da liberdade individual, é uma esperança e uma grata novidade.

A tragédia do socialismo do século XXI

por A-24, em 10.03.14
Alexandre Homem Cristo

O regime nascido da revolução bolivariana faliu. Algum dia tinha de acontecer. Até porque, como se costuma dizer, a história é repetição. Na Venezuela, repetiu-se mesmo. E, assim, o ano de 2014 marca o fim das ilusões. As dos venezuelanos, que durante mais de uma década se deixaram governar pelo populismo de Chávez. E as dos socialistas europeus, que viram no regime venezuelano um oásis de resistência contra a economia de mercado. Com fome nas ruas, com escassez de bens de primeira necessidade nas mercearias, com falta de medicamentos e com falhas sucessivas na rede eléctrica, o povo saiu à rua. E disse basta.


Associar a falência do regime venezuelano à substituição de Hugo Chávez por Nicolás Maduro, nomeadamente pela falta de carisma do segundo, é um erro grave. Subestima a degradação social e política dos últimos anos. É que, embora tenha morrido sob o estatuto de herói popular, foi Chávez quem trilhou o caminho para a ruína. Atropelou as regras institucionais do regime, tornando-o dependente na sua pessoa. Estrangulou a iniciativa privada. E apostou cegamente num modelo de investimento público insustentável, suspenso numa produção petrolífera em declínio. Quando chegou a sua vez, Maduro deu continuidade ao delírio. E fê-lo com uma obstinação invejável. Mal assumiu a presidência, em substituição de Chávez, Maduro ordenou ao Banco Central a impressão de mais dinheiro, para com ele financiar novos programas de investimento público. Entre outros, o da atribuição de um tablet para cada aluno venezuelano. A inflação atingiu os 56%.

Entretanto, acabou com a liberdade política, impondo uma forma de ditadura (suspensão da Constituição): o Parlamento concedeu-lhe poderes executivos especiais para alterar leis sem fiscalização política. Acabou com a (pouca) liberdade económica: promulgou uma lei que define os preços dos produtos e limita o lucro das empresas, prendendo os comerciantes que resistissem. E acabou com a liberdade individual, através de uma crescente repressão policial e militar, que provocou dezenas de mortes, para assim travar aqueles que “querem destruir a nação”.

É claro que, perante este descalabro político e social na Venezuela, podemos fechar os olhos. Ou acreditar que a resistência nas ruas não é de origem popular, mas sim de “grupos de cariz neofascista”. Ou achar que essas manifestações são operações “apoiadas pelo imperialismo norte-americano”. Ou ainda alegar que o Governo venezuelano está a ser alvo de uma “guerra económica que visa destabilizar o país”. No fundo, podemos subscrever o incrível comunicado do PCP (14.02.2014) e, através dele, negar a realidade. Mas a realidade é o que é. E a história, que se repete, já mostrou que negá-la não a altera.

A distante Venezuela está a ferro e fogo. E isso interessa a nós, portugueses? Sim, interessa. Num momento em que tanto se discutem alternativas políticas, em Portugal e na Europa, o fracasso da “revolução bolivariana” na Venezuela é uma boa forma de recordar que o socialismo utópico do século XXI é tão nefasto para as populações quanto o do século XX. Confiar que é nessa doutrina ideológica, partilhada em Portugal por PCP e BE, que está o futuro não é, portanto, mais do que condenar-nos ao passado.

Conflito alastra-se a todo o sul e leste da Ucrânia

por A-24, em 08.03.14

José Milhazes

Vladimir Putin, Presidente da Rússia, não prima pela originalidade, nem tira conclusões da história. Se tirou alguma conclusão foi que pode fazer o que quiser no antigo espaço soviético sem qualquer tipo de consequências para o seu regime. O dito ocidente come e cala.

Até nem sequer mudou de linguagem. As tropas que estão a ser enviadas para a Crimeia são chamadas de “contingente militar limitado” para proteger os cidadãos russos. Recordo que, em 1979, a União Soviética enviou um “contingente militar limitado” para o Afeganistão a fim de apoiar a revolução e o resultado foi o fim da União Soviética.
Putin pediu autorização ao Parlamento russo para enviar tropas russas para o estrangeiro e certamente receberá o seu apoio unânime, pois esse órgão não passa de uma correia de transmissão da política do Kremlin. Depois da vitória nos Jogos Olímpicos, uma vitória rápida na Crimeia vem mesmo a calhar para reforçar a popularidade do dirigente russo, num momento em que a crise económica bate à porta do país. Se agora for preciso apertar o cinto, já há justificação.
Dominada a Crimeia, Moscovo vai avançar para o Leste da Ucrânia, aliás, já está a fazê-lo através dos russos e russófonos que lá vivem: já se registaram confrontos em Kharkov e em Donetsk bandeiras russas foram içadas em edifícios públicos.
Já não me admiraria nada se as tropas russas chegassem a Kiev. Afinal, o apetite surge à medida que se come.
Porém, continuo a considerar que Putin deu um enorme passo para a destruição do seu próprio país e para a demolição da sua imagem no espaço post-soviético. Os ucranianos não irão perdoar à direcção russa esta invasão e não irão ficar de braços cruzados. 
A partir de agora, qualquer povo da Rússia tem direito a reivindicar o direito à autodeterminação. 
Além disso, os dirigentes dos países vizinhos que fizeram parte da URSS receberam mais um exemplo claro de que a Rússia pode pôr fim à sua independência a qualquer momento, não faltam russos e russófonos nesses países para “ajudar”, e que não podem confiar em Moscovo.
Não sei se os dirigentes russos ponderam bem o que estão a fazer, mas, no momento actual, a Rússia não poderá suportar o fardo de uma guerra longa, pois a sua economia está em crise. Quando começarem a chegar as urnas chumbadas com cadáveres de soldados russos à sua terra natal, quando a crise bater forte, os cidadãos, hoje eufóricos pelo "poderio" do seu país, podem tomar consciência do beco a que Vladimir Putin os conduziu.
A UE e os EUA que tirem as devidas conclusões e que também pensem antes de actuar. O que está a acontecer na Crimeia e na Ucrânia também se deve aos graves erros do chamado ocidente, tudo isto era previsível. Por isso, o mínimo que poderiam fazer políticos como Durão Barroso, Catherine Aston e outros seria demitir-se e irem para casa. A União Europeia precisa de novos líderes que saibam responder aos graves desafios. Não se trata de declarar guerra à Rússia, mas de ter uma posição única e firme nos momentos necessários. Com este fracasso, a UE deu mais um passo para a desintegração, a não ser que se tirem conclusões rápidas. 
Quanto ao Direito Internacional, rezem mais uma missinha pela sua alma.

Como ocorreu o milagre econômico de Hong Kong - da pobreza à prosperidade

por A-24, em 06.03.14

Instituto Ludwig Von Mises


Cowperthwaite foi nomeado secretário das finanças de Hong Kong para o período de 1961 a 1971. Escocês e discípulo fiel de Adam Smith, ele era assumidamente um economista na tradição da Escola de Manchester, ardorosa defensora do livre comércio. O nome de Sir John James Cowperthwaite deveria ocupar para sempre o topo do panteão dos grandes libertários. Enquanto vários de nós apenas escrevemos sobre ideias libertárias, este cidadão de fato as transformou em política pública para milhões de cidadãos.
Cowperthwaite transformou Hong Kong na economia mais livre do mundo. Durante o seu mandato, o livre comércio foi instituído plenamente, pois Cowperthwaite se recusava a obrigar os cidadãos a comprar bens caros produzidos localmente se eles podiam simplesmente importar produtos mais baratos de outros países. A total escassez de recursos naturais em Hong Kong -- havia apenas a enseada onde está o porto -- e o fato de que a ilha tinha de importar até mesmo toda a sua comida tornam o sucesso de Hong Kong ainda mais fascinante. 
Ele não aceitava protecionismo nem para as chamadas "indústrias infantes": "Uma indústria infante, quando protegida e mimada, tende a permanecer infante, e jamais irá crescer e se tornar eficiente". 
Perguntado qual era a coisa mais premente que os países pobres deveriam fazer, Cowperthwaite respondeu: "Eles deveriam abolir seus institutos de estatísticas econômicas". Quando Milton Friedman lhe questionou, em 1963, a respeito da "escassez de estatísticas", Cowperthwaite respondeu: "Se eu deixá-los coletar estatísticas, irão querer utilizá-las para planejar a economia".
Ele era contrário a dar subsídios e a conceder benefícios especiais para empresas. Quando um grupo de empresários pediu a ele que providenciasse fundos para a construção de um túnel através da enseada de Hong Kong, ele respondeu dizendo que, se o túnel fosse economicamente sensato, o setor privado iria construí-lo. O túnel foiconstruído privadamente.

A propaganda hipócrita dos Estados Unidos acerca da Ucrânia e da Rússia

por A-24, em 06.03.14
Via Perspectivas

Os Estados Unidos utilizam uma “política dos direitos humanos” para justificar intervenções militares em outros países — por exemplo e recentemente, na Líbia, a mando de Obama — provocando muito mais mortes de pessoas inocentes do que se os americanos estivessem quietos. Ou seja, os “direitos humanos” estão a ser utilizados pelos Estados Unidos para negar o fundamento dos próprios direitos humanos que é o de, em primeiro lugar, poupar e salvar vidas humanas. 
Quando os Estados Unidos intervieram militarmente no Panamá em 1989, não havia mandato da ONU que justificasse essa intervenção militar americana. E já nem falo na intervenção militar dos Estados Unidos no Iraque! Aborrece-me que os Estados Unidos possam pensar que podem intervir em qualquer país do mundo sem qualquer mandato da ONU, e simultaneamente pretendam ter uma autoridade moral para censurar qualquer outro país que o faça. 
A chamada Primavera Árabe, promovida e apoiada pelos Estados Unidos, já matou mais gente inocente e civil em apenas três anos do que todas as vítimas civis das guerras israelo-árabes juntas desde 1948.
Os Estados Unidos não têm autoridade moral para policiar o mundo. É preciso que os povos da Europa em geral ganhem massa crítica e deixem de confiar na propaganda dos Estados Unidos que controla os me®dia através da pseudo-informação e da sub-informação.

Leftists become incandescent when reminded of the socialist roots of Nazism

por A-24, em 03.03.14
Daniel Hannan

On 16 June 1941, as Hitler readied his forces for Operation Barbarossa, Josef Goebbels looked forward to the new order that the Nazis would impose on a conquered Russia. There would be no come-back, he wrote, for capitalists nor priests nor Tsars. Rather, in the place of debased, Jewish Bolshevism, the Wehrmacht would deliver “der echte Sozialismus”: real socialism.

Goebbels never doubted that he was a socialist. He understood Nazism to be a better and more plausible form of socialism than that propagated by Lenin. Instead of spreading itself across different nations, it would operate within the unit of the Volk.
So total is the cultural victory of the modern Left that the merely to recount this fact is jarring. But few at the time would have found it especially contentious. As George Watson put it in The Lost Literature of Socialism:
It is now clear beyond all reasonable doubt that Hitler and his associates believed they were socialists, and that others, including democratic socialists, thought so too.
The clue is in the name. Subsequent generations of Leftists have tried to explain away the awkward nomenclature of the National Socialist German Workers’ Party as either a cynical PR stunt or an embarrassing coincidence. In fact, the name meant what it said.

Hitler told Hermann Rauschning, a Prussian who briefly worked for the Nazis before rejecting them and fleeing the country, that he had admired much of the thinking of the revolutionaries he had known as a young man; but he felt that they had been talkers, not doers. “I have put into practice what these peddlers and pen pushers have timidly begun,” he boasted, adding that “the whole of National Socialism” was “based on Marx”.
Marx’s error, Hitler believed, had been to foster class war instead of national unity – to set workers against industrialists instead of conscripting both groups into a corporatist order. His aim, he told his economic adviser, Otto Wagener, was to “convert the German Volk to socialism without simply killing off the old individualists” – by which he meant the bankers and factory owners who could, he thought, serve socialism better by generating revenue for the state. “What Marxism, Leninism and Stalinism failed to accomplish,” he told Wagener, “we shall be in a position to achieve.”

Leftist readers may by now be seething. Whenever I touch on this subject, it elicits an almost berserk reaction from people who think of themselves as progressives and see anti-fascism as part of their ideology. Well, chaps, maybe now you know how we conservatives feel when you loosely associate Nazism with “the Right”.

To be absolutely clear, I don’t believe that modern Leftists have subliminal Nazi leanings, or that their loathing of Hitler is in any way feigned. That’s not my argument. What I want to do, by holding up the mirror, is to take on the equally false idea that there is an ideological continuum between free-marketers and fascists.

The idea that Nazism is a more extreme form of conservatism has insinuated its way into popular culture. You hear it, not only when spotty students yell “fascist” at Tories, but when pundits talk of revolutionary anti-capitalist parties, such as the BNP and Golden Dawn, as “far Right”.

What is it based on, this connection? Little beyond a jejune sense that Left-wing means compassionate and Right-wing means nasty and fascists are nasty. When written down like that, the notion sounds idiotic, but think of the groups around the world that the BBC, for example, calls “Right-wing”: the Taliban, who want communal ownership of goods; the Iranian revolutionaries, who abolished the monarchy, seized industries and destroyed the middle class; Vladimir Zhirinovsky, who pined for Stalinism. The “Nazis-were-far-Right” shtick is a symptom of the wider notion that “Right-wing” is a synonym for “baddie”.

One of my constituents once complained to the Beeb about a report on the repression of Mexico's indigenous peoples, in which the government was labelled Right-wing. The governing party, he pointed out, was a member of the Socialist International and, again, the give-away was in its name: Institutional Revolutionary Party. The BBC’s response was priceless. Yes, it accepted that the party was socialist, “but what our correspondent was trying to get across was that it is authoritarian”.

In fact, authoritarianism was the common feature of socialists of both National and Leninist varieties, who rushed to stick each other in prison camps or before firing squads. Each faction loathed the other as heretical, but both scorned free-market individualists as beyond redemption. Their battle was all the fiercer, as Hayek pointed out in 1944, because it was a battle between brothers.

Authoritarianism – or, to give it a less loaded name, the belief that state compulsion is justified in pursuit of a higher goal, such as scientific progress or greater equality – was traditionally a characteristic of the social democrats as much as of the revolutionaries.


Jonah Goldberg has chronicled the phenomenon at length in his magnum opus, Liberal Fascism. Lots of people take offence at his title, evidently without reading the book since, in the first few pages, Jonah reveals that the phrase is not his own. He is quoting that impeccable progressive H.G. Wells who, in 1932, told the Young Liberals that they must become “liberal fascists” and “enlightened Nazis”.

In those days, most prominent Leftists intellectuals, including Wells, Jack London, Havelock Ellis and the Webbs, tended to favour eugenics, convinced that only religious hang-ups were holding back the development of a healthier species. The unapologetic way in which they spelt out the consequences have, like Hitler’s actual words, been largely edited from our discourse. Here, for example, is George Bernard Shaw in 1933:

Extermination must be put on a scientific basis if it is ever to be carried out humanely and apologetically as well as thoroughly… If we desire a certain type of civilisation and culture we must exterminate the sort of people who do not fit into it.

Eugenics, of course, topples easily into racism. Engels himself wrote of the “racial trash” – the groups who would necessarily be supplanted as scientific socialism came into its own. Season this outlook with a sprinkling of anti-capitalism and you often got Leftist anti-Semitism – something else we have edited from our memory, but which once went without saying. “How, as a socialist, can you not be an anti-Semite?” Hitler had asked his party members in 1920.


Are contemporary Leftist critics of Israel secretly anti-Semitic? No, not in the vast majority of cases. Are modern socialists inwardly yearning to put global warming sceptics in prison camps? Nope. Do Keynesians want the whole apparatus of corporatism, expressed by Mussolini as “everything in the state, nothing outside the state”? Again, no. There are idiots who discredit every cause, of course, but most people on the Left are sincere in their stated commitment to human rights, personal dignity and pluralism.

My beef with many (not all) Leftists is a simpler one. By refusing to return the compliment, by assuming a moral superiority, they make political dialogue almost impossible. Using the soubriquet “Right-wing” to mean “something undesirable” is a small but important example.

Next time you hear Leftists use the word fascist as a general insult, gently point out the difference between what they like to imagine the NSDAP stood for and what it actually proclaimed.