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A-24

O fascismo de Álvaro Cunhal continua vivo

por A-24, em 30.01.14
Henrique Raposo

É sempre cómica a forma como o jornalismo português transforma um fascista vermelho num grande democrata. Ontem, uma jornalista até disse que "Cunhal sempre lutou por um partido livre e transparente". Um sujeito ouve isto e fica a pensar "mas ainda há células do PCP nas redações?". Meus amigos, Cunhal lutou toda a vida contra a democracia. Cunhal tinha uma concepção totalitária da política: só compreendia a linguagem da força, só aceitava um regime de partido único (o dele) e toda a sociedade, dos romances aos tampos das sanitas, tinha de obedecer a um plano central (o de Moscovo). Por outras palavras, Cunhal era fascista.

Antes de 1974, Cunhal fez a vida negra às oposições democráticas, porque o PCP não queria uma transição para a democracia. É ler Norton de Matos, Eduardo Lourenço, Sophia, Sousa Tavares, Alçada Baptista, Bénard, Cunha Leal. Todas estas figuras contestaram, ao mesmo tempo, Salazar e Cunhal. Nos anos 50, Cunha Leal e Norton de Matos afirmaram que Cunhal era pior do que Salazar. No final dos anos 60, Eduardo Lourenço declarou que a oposição democrática não podia dançar o tango com a oposição autoritária (o PCP), porque Cunhal era uma fotocópia de Salazar. Moral da história? Durante o Estado Novo, o grande alvo do PCP não foi Salazar, mas a restante oposição. Daí nasceu esta guerra civil entre as esquerdas (tornada explícita em 1975) e a ditadura intelectual do PCP junto dos meios jornalísticos e intelectuais. Algo que ainda perdura em reportagens que cantam loas a Cunhal em 2012.

Depois do 25 de Abril, Cunhal continuou a lutar contra a democracia. Em actos e palavras, foi sempre claro: Portugal não podia caminhar no sentido democrático. É por isso que o líder do PCP sempre desprezou os actos eleitorais. Aliás, passava a vida a dizer que a sua "maioria política" era mais importante do que as "maiorias aritméticas" das urnas. Ou seja, a violência da rua e dos militares do PCP eram mais importantes do que o respeito pelos processos democráticos. Em 2012, os jornais e TV estão cheias de pessoas a dizer que "ora, ora, com tanta manif na rua, o governo perdeu a legitimidade e deve cair". O fascismo de Cunhal continua vivinho da silva.

Stanislas Wawrinka vence Open da austrália

por A-24, em 26.01.14

Venceu o espanhol Rafael Nadal em quatro sets, 6–3, 6–2, 3–6, 6–3 conquistando o seu primeiro Gran Slam.

Li Na vence Open da Austrália

por A-24, em 25.01.14

A tenista chinesa bateu a checa Dominika Cibulková por dois sets, 7–6(7–3), 6–0

Invasores e Nativos

por A-24, em 22.01.14
Quem são os líderes israelitas e palestiniaos nascidos na Palestina?


Líderes israelitas:
- Binyamin Netanyahu, nascido 21 de outubro de 1949, em Tel Aviv.
- Ehud Barak, nasceu no dia 12 de fevereiro, 1942 Mishmar HaSharon, Mandato Britânico na Palestina.
- Ariel Sharon, nascido 26 de fevereiro, 1928 em Kfar Malal, Mandato Britânico na Palestina.
- Ehud Olmert, nasceu em 30 de setembro de 1945 Binyamina, Givat Ada, Mandato Britânico na Palestina.
- Yitzhak Rabin, nasceu 1 de março de 1922, em Jerusalém, Mandato Britânico na Palestina.
- Yitzhak Navon, Presidente do Estado de Israel, em 1977-1982. Nascido em 09 de abril de 1921, em Jerusalém, Mandato Britânico na Palestina.
- Ezer Weizman, o presidente de Israel, em 1993-2000. Nascido 15 de junho de 1924 em Tel Aviv, Mandato Britânico na Palestina.

Líderes palestinianos árabes:
- Yasser Arafat nasceu 24 de agosto de 1929 no Cairo, Egito.
- Saeb Erakat, nasceu em 28 de abril de 1955, na Jordânia. Ele tem cidadania jordaniana.
- Faisal Abdel Qader al-Husseini, nasceu em 1948 em Bagdá, Iraque.
- Sari Nusseibeh, nasceu em 1949, em Damasco, Síria.
- Mahmoud al-Zahar, nasceu em 1945, no Cairo, Egito.

Os israelitas que nasceram na Palestina são chamados de "colonizadores ou invasores", enquanto que os líderes árabes palestinianos que nasceram no Egito, Síria ou Iraque são chamados de "palestinianos nativos".

Acordo ortográfico: acabar já com este erro antes que fique muito caro

por A-24, em 21.01.14
José Pacheco Pereira in Público

Passado um período de transição, pode voltar-se rapidamente à norma ortográfica vigente e colocar o acordo na gaveta das asneiras de Estado, junto com as PPP e os contratos swaps e muita da “má despesa”.
O acordo ortográfico é uma decisão política e como tal deve ser tratado. Não é uma decisão técnica sobre a melhor forma de escrever português, não é uma adaptação da língua escrita à língua falada, não é uma melhoria que alguém exigisse do português escrito, não é um instrumento de cultura e criação.
 
É um acto político falhado na área da política externa, cujas consequências serão gravosas principalmente para Portugal e para a sua identidade como casa-mãe da língua portuguesa. Porque, o que mostra a história das vicissitudes de um acordo que ninguém deseja, fora os governantes portugueses, é que vamos ficar sozinhos a arcar com as consequências dele.
 
O acordo vai a par do crescimento facilitista da ignorância, da destruição da memória e da história, de que a ortografia é um elemento fundamental, a que assistimos todos os dias. E como os nossos governantes, salvo raras excepções, pensam em inglês “economês”, detestam as humanidades, e gostam de modas simples e modernices, estão bem como estão e deixam as coisas andar, sem saber nem convicção.
 
O mais espantoso é que muitos do que atacaram o “eduquês” imponham este português pidgin, infantil e rudimentar, mais próximo da linguagem dos sms, e que nem sequer serve para aquilo que as línguas de contacto servem, comunicar. Ninguém que saiba escrever em português o quer usar, e é por isso que quase todos os escritores de relevo da língua portuguesa, sejam nacionais, brasileiros, angolanos ou moçambicanos, e muitas das principais personalidades que têm intervenção pública por via da escrita, se recusam a usá-lo. As notas de pé de página de jornais explicando que, “por vontade do autor”, não se aplicam ao seu texto as regras da nova ortografia são um bom atestado de como a escrita “viva” se recusa a usar o acordo. E escritores, pensadores, cronistas, jornalistas e outros recusam-no com uma veemência na negação que devia obrigar a pensar e reconsiderar.
 
Se voltarmos ao lugar-comum em que se transformou a frase pessoana de que a “minha pátria é a língua portuguesa”, o acordo é um acto antipatriótico, de consequências nulas no melhor dos casos para as boas intenções dos seus proponentes, e de consequências negativas para a nossa cultura antiga, um dos poucos esteios a que nos podemos agarrar no meio desta rasoira do saber, do pensar, do falar e do escrever, que é o nosso quotidiano.
 
Aos políticos que decidiram implementá-lo à força e “obrigar” tudo e todos ao acordo, de Santana Lopes a Cavaco Silva, de Sócrates a Passos Coelho, e aos linguistas e professores que os assessoraram, comportando-se como tecnocratas – algo que também se pode ter do lado das humanidades, normalmente com uma militância mais agressiva até porque menos "técnicas" são as decisões –, há que lembrar a frase de Weber que sempre defendi como devendo ser inscrita a fogo nas cabeças de todos os políticos: a maioria das suas acções tem o resultado exactamente oposto às intenções. O acordo ortográfico é um excelente exemplo, morto pelo  “ruído” do mundo. O acordo ortográfico nas suas intenções proclamadas de servir para criar uma norma do português escrito, de Brasília a Díli, passando por Lisboa pelo caminho, acabou por se tornar irritante nas relações com a lusofonia, suscitando uma reacção ao paternalismo de querer obrigar a escrita desses países a uma norma definida por alguns linguistas e professores de Lisboa e Coimbra.
 
O problema é que sobra para nós, os aplicantes solitários da ortografia do acordo. O acordo, cuja validade na ordem jurídica nacional é contestável, que nenhum outro país aprovou e vários explicitamente rejeitaram, só à força vai poder ser aplicado. A notícia recente de que, nas provas – que acabaram por não se realizar – para os professores contratados, um dos elementos de avaliação era não cometerem erros de ortografia segundo a norma do acordo mostra como ele só pode ser imposto por Diktat, como suprema forma de uma engenharia política que só o facto de não se querer dar o braço a torcer explica não ser mudado.
 
Porém, começa a haver um outro problema: os custos de insistirem no acordo. A inércia é cara e no caso do acordo todos os dias fica mais cara. A ideia dos seus defensores é criar um facto consumado o mais depressa possível. É esta a única força que joga a favor do acordo, a inércia que mantém as coisas como estão e que implica custos para o nosso défice educativo e cultural.
 
É o caso dos nossos editores de livros escolares que começaram a produzir manuais conforme o acordo e que naturalmente querem ser ressarcidos dos seus gastos. Mas ainda não é um problema insuperável e, acima de tudo, não é um argumento. Passado um período de transição, pode voltar-se rapidamente à norma ortográfica vigente e colocar o acordo na gaveta das asneiras de Estado, junto com as PPP e os contratos swaps, e muita da “má despesa”. Porque será isso que o acordo será, se não se atalhar de imediato os seus estragos no domínio cultural.
 
O erro, insisto, foi no domínio da nossa política externa com os países de língua portuguesa, e esse erro é hoje mais do que evidente: os brasileiros, em nome de cuja norma ortográfica foram introduzidas muitas das alterações no português escrito em Portugal, nunca mostraram qualquer entusiasmo com o acordo e hoje encontram todos os pretextos para adiar a sua aplicação. No Brasil já houve vozes suficientes e autorizadas para negar qualquer validade a tal acordo e qualquer utilidade na sua aplicação. Os brasileiros que têm um português dinâmico, capaz de absorver estrangeirismos e gerar neologismos com pernas para andar muito depressa, sabem que o seu “português” será o mais falado, mas têm a sensatez de não o considerar a norma.
 
Nós aqui seguimos a luta perdida dos franceses para a sua língua falada e escrita, também uma antiga língua imperial hoje em decadência. Querem, usando o poder político e o Estado, manter uma norma rígida para a sua língua para lhe dar uma dimensão mundial que já teve e hoje não tem. Num combate insensato contra o facto de o inglês se ter tornado a língua franca universal, legislam tudo e mais alguma coisa, no limite do autoritarismo cultural, não só para protegerem as suas “indústrias” culturais, como para “defender” o francês do Canadá ao Taiti. Mas como duvido que alguém que queira obter resultados procure no Google por “logiciel”, em vez de “software”, ou “ordinateur”, em vez de “computer”, este é um combate perdido.
 
Está na hora de acabar com o acordo ortográfico de vez e voltarmos a nossa atenção e escassos recursos para outros lados onde melhor se defende o português, como por exemplo não deixar fechar cursos sobre cursos de Português nalgumas das mais prestigiadas universidades do mundo, ter disponível um corpo da literatura portuguesa em livro, incentivar a criatividade em português ou de portugueses e promover a língua pela qualidade dos seus falantes e das suas obras. Tenho dificuldade em conceber que quem escreve aspeto – o quê? – em vez de aspecto, em português de Portugal, o possa fazer.

"Indigno e nojento", diz a tontinha

por A-24, em 21.01.14
João Vaz

Catarina Martins, a co-líder do agrupamento que dá pelo nome de Bloco de esquerda, veio ontem guinchar a propósito do referendo sobre a co-adopção por parte dos guei. Calma, tontinha, o mais certo é nem sequer existir referendo, travado por sua excelência o presidente da república ou pelos esquerdistas do TC. Mas fica o registo: sempre que o povo pode ser chamado a decidir e há possibilidade de o fazer em sentido contrário aos iluminados esquerdalhistas, a coisa é "indigna" e "nojenta". É assim esta gente. Pedir a opinião popular? não. Eles é que sabem o caminho e detêm a verdade. O povo, esse, é um aborrecimento que pode travar o caminho às medidas progressistas.

Dos comentários valiosos - Acerca da opinião de Henrique Raposo no Expresso

por A-24, em 20.01.14

HR escreve direito por linhas tortuosas... o que um homem faz para não levar (tanta) “porrada”. 

Está tudo certo, menos a imagem estereotipada do pensamento esquerda-direita. Se entende a esquerda como coisa de seguidores de Marx, pois foram incansáveis perseguidores de homossexuais. Até em Portugal - segundo escreveu a insuspeita São José Lopes e conforme testemunhos de insuspeitas criaturas de esquerda - enquanto Salazar fechava os olhos à bichice que o cercava, no PCP a coisa era bota abaixo. 
Pegando nos argumentos, pode-se depreender que homossexualidade é coisa de esquerda e homofobia de direita. 
Sim, sei que não pensa assim - tomo-o como pessoa inteligente - mas escusava tantas cautelas. Claro que 400 padres são uma percentagem ínfima; mas bastaria que fosse 1, para indignação similar. 
A Revolução Francesa matou mais em 3 meses que a Santa Inquisição em vários séculos. No entanto, não vislumbro movimentos de maldizer da dita revolução. 
Penso que ser padre já deu o que tinha a dar. Pedófilo esperto deve passar-se para o islamismo. Aí, a criança sodomizada nada mais é que um mártir agradecido por tal dádiva. Aí também, o actual cidadão indignado com a igreja, cala fundo. Caso contrário, arrisca que o sodomizado seja ele

Via Expresso 

Haja ciência para além do estado

por A-24, em 20.01.14
Carlos Guimarães Pinto


A redução do número de bolsas de doutoramento do FCT têm causado alguma indignação nos meios académicos e entre aquela esquerda para a qual qualquer corte de despesa pública, mesmo na situação actual, é motivo para rasgar as vestes. Para estes, a redução do financiamento estatal corresponde ao fim da ciência em Portugal, porque esta só pode sobreviver pelo e através do estado. Só pode haver conhecimento e desenvolvimento ciêntífico se for o estado a fazê-lo ou, pelo menos, a financiá-lo.

Um dos principais argumentos é o de que o financiamento estatal à investigação é indispensável porque o tecido económico português é pouco sofisticado e sem capacidade financeira para financiar estudos académicos avançados. Este argumento faz pouco sentido. Faz pouco sentido, em primeiro lugar, porque contraria a posição de que o investimento em investigação favorece a economia do país: afinal, se continuamos a ter um tecido produtivo pouco avançado, de que serviram décadas de dinheiro dos contribuintes injectado em bolsas de investigação? Em segundo lugar, faz pouco sentido porque muitas empresas já investem em formação académica avançada. Mas grande parte desse financiamento vai para um único tipo de curso: o MBA. Para aqueles que estiveram em Marte nos últimos 20 anos e desconhecem o significado destas três siglas, um MBA é uma espécie de campo de férias para adultos onde profissionais de várias áreas aprendem rudimentos de gestão no intervalo de festas (perdão, actividades de networking), treinam o inglês e participam em conferências dadas por gestores de sucesso que nunca fizeram eles próprios um MBA. Tudo isto, por um custo superior, às vezes bastante superior, ao de programas de doutoramento. Se as empresas não tivessem dinheiro para investir em formação avançada não o fariam num produto de tão baixa qualidade como são os MBAs. Apesar de estarem num patamar ciêntífico bastante mais elevados, os programas de doutoramento continuam a ser preteridos pelas empresas. Porque é que as empresas preferem enviar os seus engenheiros para MBAs do que para programas de doutoramento? Por um motivo simples: os primeiros são desenhados para agradar às empresas, os segundos para agradar ao júri da FCT. Se mesmo cursos tão overrated e overpriced como são os MBAs conseguem financiamentos do tecido empresarial, não será complicado que programas de doutoramento de alto valor acrescentado também o sejam. Claro que para tal seria necessários que esses programas fossem mais atractivos para as empresas. Tornar os programas de doutoramento mais atractivos para as empresas exige esforço, mudança de mentalidades numa área do ensino, o ensino superior, que de tão estatizado se tornou infléxivel e avesso à mudança.

É evidente que existe uma boa parte da investigação que não entra, nem entrará, na lógica empresarial de impacto no curto/médio-prazo. Para esses casos, existirão fundações, organizações filantrópicas e, se quisermos, o Estado para financiar. O que não pode continuar a existir é o actual monopólio do Estado no financiamento do conhecimento, que desvirtua os incentivos de investigadores, doutorandos e universidades. Há males que vêm por bem e o actual corte ao financiamento de bolsas de doutoramento pode ser a oportunidade necessária para que universidades, professores e doutorandos, em estado de necessidade e sob pressão, adaptem as suas práticas actuais. A investigação académica nunca sobreviverá dependendo apenas do seu impacto na “economia real”, mas também não se deve eternizar no conforto da dependência estatal.

Gays e padres: a mesma desonestidade

por A-24, em 20.01.14
Henrique Monteiro

Sou amigo de padres, discuto teologia e história com uns, jogo à bola com outros. É por isso que conheço de perto o seu desgosto pelos pecados pedófilos de alguns membros do clero. E, já agora, também sinto o seu espanto em relação à popularidade do seguinte raciocínio: a pedofilia nasce do celibato, ui, ui, então não é óbvio? Como não têm cama, vingam-se nos putos; então não se vê logo o que é? Como não têm sexo, aquilo é o escape deles. Até o meu querido Arnaldo Jabor entrou nesta idiotice, usando para o efeito o arquétipo do mal-amado (desculpem o eufemismo): sufocado pelo prazer reprimido, martirizado pela presença decotada das mães dos alunos, o padre desforra-se nos lábios e demais carnes dos benjamins. Está na cara, não está? Não, não está. Por que razão um homem habituado à cama da mulher e da amante abusa da filha ou da sobrinha ou do sobrinho? Por que razão um padrasto, casado e devorador de ancas milficadas, abusa da enteada ou enteado? Por que razão o tio, primo ou amigo dos pais abusa das crianças num solitário domingo à tarde? Não, o celibato não é a causa da pedofilia. A pedofilia é uma perversão que não depende da ausência ou presença do cinto de castidade.


Se o padre é desumanizado desta forma pelas esquerdas, o gay sofre o mesmo tratamento à direita. As pessoas que se queixam da forma caricatural como os média retratam padres e cristãos são as mesmas pessoas que promovem uma visão caricatural e agressiva do gay. Se o padre é retratado como um Amaro perpétuo, o gay é desenhado como uma bichona irresponsável e, por isso, incapaz de ter uma família. Além de ser irresponsável, esta bichona é vista como uma entidade perversa, sexualmente perversa. A homossexualidade surge assim como uma perversão semelhante à pedofilia. Aliás, gay e pedófilo são sinónimos nesta visão das coisas. Ora, é esta equivalência moral que explica a recusa militante da coadopção ou adopção de crianças por homossexuais: em muitas cabeças, um gay a entrar num lar de crianças para adopção só pode ser uma imagem sexual, a raposa a entrar no galinheiro. Estas cabeças estão erradas. Tal como o celibato dos padres, a homossexualidade não é uma perversão sexual e não provoca pedofilia.

Esquerdas e direitas precisam de fazer uma coisa: parar de falar de uma Tolerância abstracta e exercer tolerância concreta (e cristã) em relação àquilo que desconhecem. Deixem o gay abstracto, o panisgas, a bichona ou até a irritante activista LGBT, e falem com pessoas que por acaso são homossexuais. Quando fizerem isso, talvez percebam o seguinte: tenho amigos gays que seriam melhores pais do que eu. Deixem o ideal-tipo queirosiano que têm nessa cabeça preguiçosa, falem com padres concretos e percebam que o celibato não é a causa da perversão de alguns padres. E, no final dessas conversas, talvez tenham a felicidade de descobrir outra coisa: um padre é um dos melhores amigos que um gajo pode ter.

Erik von Kuehnelt-Leddihn sobre o Calvinismo

por A-24, em 19.01.14
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We see these followers of Calvin contributing very little to the arts & letters.
They lacked painters, musicians, architects of originality.

In North America, the Calvinists brought the Indians, with the help of bullets, whisky, and infected blankets, almost to a vanishing point.

In England, the Calvinists led the first great attack against the institution of monarchy in Christian history.

In Ireland, the Calvinists displayed their homicidal talents in the most brutal type of warfare.

In South Africa, the Calvinists established republics in which the institution of slavery survived till the threshold of the 20th century.

In Hungary, the Calvinists allied themselves with the pagan Turks and in Japan with the Shintoists against the Catholics.

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