Por puro acaso, estava em Nova Iorque no momento dos atentados e passei por Boston dois dias depois dos atentados. Mesmo que não tivesse estado ou passado, o acesso à Internet e aos canais estrangeiros do "cabo" permitir-me-iam dar uma boa notícia: a idiotia, a má-fé e o medo não são um exclusivo português.
É verdade que em Portugal um jornal diário produziu um título sobre os dois assassinos da maratona que rezava assim: "Os irmãos Tsarnaev: um pugilista sem amigos americanos e um jovem com um "coração de ouro"". E é verdade que, numa luta titânica contra as evidências, uma conhecida "jornalista" da nossa televisão negou cabalmente qualquer proximidade do pugilista e do Coraçãozinho Dourado ao islamismo. E é ainda verdade que as ponderadas "redes sociais" dos meus compatriotas ou se encheram de desculpas para o crime ou de garantias de que os criminosos eram, cito um exemplo de inquebrantável devoção à palermice humana, "cristãos ortodoxos".
Mas também é verdade que a atitude de diversos media ou anónimos americanos não andou longe desse frenesim desesperado por desprezar o óbvio: quem matou quatro inocentes e feriu com gravidade variável outros 200 foram dois crentes em Alá. Se se percebe que certos muçulmanos menos dados a massacres tentem evitar a conotação, custa um bocadinho perceber que tantos ocidentais procedam de igual modo. E as desvantagens das generalizações não servem de atenuante.
O Ocidente, ou a parte irremediavelmente obtusa dele, não teria nenhum problema em generalizar caso os psicopatas em causa militassem, como inúmeras criaturas chegaram a desejar intensamente, em bandos de extrema-direita. Ou integrassem uma facção fundamentalista do cristianismo. Ou defendessem o direito de Israel a existir. Com ou sem generalizações, o Ocidente nem se importaria que os psicopatas fossem hindus, budistas, xintoístas, animistas ou sportinguistas. O que não convinha era que fossem seguidores do Profeta.
A maçada é que os factos não se interessam pelas conveniências. Se a memória não me falha, é raro que nos tempos actuais cristãos, judeus, hindus, budistas e tal andem pela América e pela Europa a explodir infiéis em nome da supremacia religiosa. Por peculiar regra, essa é uma prerrogativa de muçulmanos, ditos "extremistas" e, de acordo com a opinião dominante, nada, nada, nada representativos de uma fé dedicada à harmonia universal. E até o "extremismo" beneficia de legitimação e explicações.
Repare-se nalgumas: Tamerlan, o mais velho dos amorosos irmãos Tsarnaev, não conseguia fazer amigos; Tamerlan fora pugilista e, por isso, talvez sofresse de encefalopatia traumática crónica; Tamerlan, coitadito, sentia-se descontente com o estereótipo que relaciona o islamismo com a violência. De modo a desmontar um estereótipo tão absurdo, Tamerlan rebentou com duas centenas de transeuntes. Ou procedeu da forma que procede qualquer lutador de boxe e rebentou com duas centenas de transeuntes. Ou procurou estabelecer amizades rebentando com duas centenas de transeuntes. E o mano Dzhokhar, uma jóia de moço, naturalmente seguiu-o.
É um sintoma quase comovente do ecumenismo da nossa civilização que se desça aos abismos da estupidez a fim de obscurecer o papel do fanatismo islâmico nos actos e nas vítimas de Boston. Só é pena que a vocação ecuménica não encontre reflexos suficientes no lado "deles", que demonstra uma vontade de destruir proporcional à vontade de muitos de nós em abdicar. Não digo que a destruição possa ser sempre prevenida: digo que é desaconselhável ser incentivada. Perder no masoquismo é pior do que perder a maratona.
Esquerda com 21,50%. O PS em pasokização caindo 8%… Tiago Mota Saraiva
O congresso do Partido Socialista é um gigantesco exercício de cinismo político e de branqueamento da governação socialista. A tudo o que lá for prometido terá de se perguntar: por que não fizeram isso quando estiveram no Governo? Lisboa Tel-Aviv Se a ideia é ter um chefe de estado politicamente neutro, inibido de ter opiniões políticas, e que seja um puro símbolo de unidade nacional, porque constitucionalmente impedido de agir politicamente e de tomar decisões, então, a solução é evidente: um rei constitucional. Não há outro. Rui A. No blogue extremo-esquerdista que dá pelo nome patético de Arrastão há um bastardito chamado Sérgio Lavos que acha que o 25 de Abril está em perigo. O Serginho, ignorante, diz que em 1974 foi derrubado o poder fascista. Diz ainda que Cavaco Silva era "colaboracionista do Estado Novo", colaboracionista do fascismo, portanto. O Serginho, coitado, acha ainda que a direitinha actual que anda por aí é herdeira daquela da altura, da fascista, portanto, a que tinha ódio á mobilidade social e queria a manutenção do status e que só os ricos estudassem. O Serginho é assim. Quando escreve, fá-lo desassombradamente, sem temores. Não se sabe é se por fruto de um copinho a mais ou se é mesmo ignorância, coitado. João Vaz Sempre que o Presidente da República diz alguma coisa, a esquerda insurge-secontra eleem uníssono. Não é de hoje, já há algum tempo que PS, PCP e BE promovem o caldo de cultura para o surgimento de um candidato único da esquerda às eleições presidenciais de 2016. As críticas que permanentemente fazem a Cavaco Silva, mais não são do que a pré-campanha para essas eleições. Vai ser a mais longa pré-campanha eleitoral da História. Lisboa-Tel Aviv
Este parágrafo de Sérgio Lavos é todo um retrato da esquerda – tão querida, tão cutchi-cutchi-cutchi que até aceita os monstros (é ler a descrição abaixo) da direita no regime:
Vamos por agora deixar de lado o facto de as pessoas como o Sérgio Lavos não conhecerem a direita mas apenas as teias de aranha que têm na cabeça e confundem com a direita e concentremo-nos na bondade de Sérgio Lavos and the likes em nos aceitarem, gente de direita, no regime. Porque não é um direito nosso, gente de direita, fazer parte desta democracia. Não, nós não temos direitos, somos uma casta de intocáveis políticos. A gente de esquerda, como é boa e magnânima, é que, e apesar de nós, gente de malandragem, não merecermos, nos faz o altíssimo obséquio de nos aceitar no regime que, em boa verdade, é deles.
A cada 25 de Abril se confirma: quem mais fala do 25 de Abril é quem menos percebe de democracia.
A Maria João Marques chamou aqui a atenção para esta brilhantíssima posta do Sérgio Lavos. Reparem só no título aterrorizador, quase dantesco, do texto: "25 de Abril ameaçado". Aqui d'El Rei que a direita quer acabar com as liberdades. Cuidado, povo português. Nós, a vanguarda intelectualeira das esquerdas bem-pensantes, temos a solução para o problema da Direita, esse monstro das bolachas que quer comer o zé povinho e rapar o tacho. Mas o melhor vem agora. Leiam e admirem o vigor democrático desta frase: "E durante trinta e nove anos, a direita que derrubámos foi aceite no seio do regime". É fantástico, não é? Ou seja, a esquerda dos arrastões, dos Vítor Dias, e, também, dos Jugulares galambianos crê que a direita só cá está porque foi aceite benevolamente pela esquerda. Conceitos como liberdade, tolerância, pluralismo de opiniões não interessam rigorosamente nada. O que importa é que o regime é da esquerda. É curioso, não é? Para quem defende um conceito de propriedade bastante lato, não deixa de ser interessante verificar que a esquerda entende o regime como uma coutada privada. A vida tem destas ironias. O Sérgio Lavos tem, de facto, muita piada. Demasiada até. Tem tanta que eu, ingénua e parvamente, estou a dar tempo de antena a estes disparates. Sem embargo, e como nem tudo é mau, tenho de fazer um pequeno elogio ao Sérgio: ao menos o arrastão foi capaz de admitir que o objectivo da esquerda de que faz parte é afastar a direita do poder, e porque não, da cena política. Quem diz coisas como esta, "esta direita é um cancro da democracia, um perigo que precisa de ser rapidamente afastado", demonstra cabalmente o que pretende e o que deseja. O que vale à esquerda reaccionária, virulenta e antidemocrática deste regime, é que os nossos talassas são muito moderados e serenos. E, acima de tudo, tolerantes. É esta a grande diferença.
Partidos responsabilizados pelo desastre económico e social do país voltam ao poder em Reiquejavique.
Os sociais-democratas, da chefe do Governo cessante, Johanna Sigurdardottir (que não concorreu e vai deixar a política), tinham apenas 13,5%, segundo uma projecção anterior à divulgação dos resultados finais.
Os dois partidos de centro-direita, que fizeram uma campanha apoiada nas promessas de reduzir a dívida e cortar nos impostos, são eurocépticos e o seu triunfo pode levar a que o processo de candidatura da Islândia à adesão à União Europeia não avance.
(…)
As duas forças do Governo cessante sofreram uma pesada derrota: os sociais-democratas perdem cerca de metade dos deputados e devem ficar com apenas dez eleitos, e o movimento Esquerda-Verdes não deve ir além dos nove.
Johanna Sigurdardottir, que aplicou durante boa parte do seu mandato receitas inspiradas pelo Fundo Monetário Internacional, que emprestou 1,6 mil milhões de euros à Islândia entre 2008 e 2011, declarou-se “muito triste” com o resultado das eleições.
É a primeira vez que o tema da mutilação genital feminina que, em Portugal, afecta sobretudo as mulheres de algumas etnias originárias da Guiné-Bissau, é tratado numa ficção nacional.
Inês Oliveira disse à Lusa que decidiu filmar ‘Bobô’ depois de conhecer uma mulher guineense. "A história nasceu de uma forma um pouco espontânea", explica, reconhecendo que, quando ouviu falar da prática, julgava que "era uma coisa que acontecia muito longe, algures entre tambores", em África.
‘Bobô’, que hoje é exibido na Culturgest, às 21h30, no âmbito do festival de cinema IndieLisboa, conta a história da relação entre duas mulheres, Sofia, portuguesa, e Mariama, guineense, com diferentes "maneiras de estar no mundo".
"Sabia muito pouco sobre o assunto e tinha aversão, e ainda hoje tenho, mas não conseguia contextualizar", conta Inês Oliveira, que optou por tratar o tema "do ponto de vista do simbólico e não analisá-lo tanto do ponto de vista físico".
A mutilação genital feminina "é muitas vezes" tida "como uma barbárie, quando, na verdade, é um ato civilizacional, ou seja, é fruto de uma necessidade, de uma vontade de capitalizar as jovens raparigas", destaca. "É acompanhada de um ritual que é tomado como educação. Há uma escolinha onde elas [as meninas] aprendem uma série de lições de vida", explica.
O objectivo é controlar a sexualidade feminina", mas esse fim é comum a "todas as civilizações, porque a mulher pode mentir em relação ao pai da criança", diz.
Quando a conheceu, há dois anos, a actriz guineense Aissato Indjai, que interpreta Mariama, "mal falava português". Era "muito orgulhosa da sua cultura", mas também "crítica", e deu "um valor de autenticidade" ao filme.
A realizadora nunca abordou o assunto da mutilação com Aissato Indjai. "Acho que é um assunto da intimidade das pessoas. Muitas pessoas que foram submetidas à prática não querem ser vistas como vítimas e eu percebo isso perfeitamente. Eu própria, se fosse excisada, não o diria", frisa.
A comunidade imigrante guineense que foi "conhecendo" ao longo das filmagens é "muito típica, em todas as suas qualidades e defeitos", resume.
Recordando a comunidade portuguesa em França, realça que "há sempre uma cristalização da essência nacional nas comunidades imigrantes".
"Como os portugueses em França também comem o seu bacalhau sempre que podem e ouvem a música portuguesa e há ali uma exacerbação do ser português, também os guineenses assim o fazem, porque há uma luta de sobrevivência da sua identidade, étnica e nacional", compara.
Na comunidade guineense, encontrou pessoas com "opiniões muito distintas" sobre a prática da mutilação genital feminina. "Não consigo generalizar e dizer que maioria das pessoas são contra ou a maioria das pessoas são a favor", diz.
No filme, Mariama decide fugir com a irmã, Bobô, para evitar que ela seja submetida à mutilação. "Era importante ser ela própria, a Mariama, a insurgir-se, e não ser a Sofia a fazê-lo", assume.
‘Bobô’, que está em competição no IndieLisboa e volta a ser exibido na sexta-feira, às 19h ainda não tem data de estreia nas salas nacionais.
Alain Soral.- ¿Qué es el mundialismo? ¿Qué es lo políticamente correcto? Empecemos por el mundialismo.
El mundialismo no es la mundialización. La mundialización es un proceso ineludible de intercambios materiales debido al progreso técnico. No podemos oponernos a eso y tampoco es deseable hacerlo. El rechazo del la mundialización no es el deseo de una vuelta atrás civilizacional, el rechazo al progreso. Lo que está en tela de juicio es el mundialismo.
El mundialismo es un proyecto ideológico, una suerte de religión laica que trabaja para imponer un gobierno mundial y para la disolución de todas las naciones del planeta en una única humanidad. Todo ello bajo el pretexto de la paz universal, ya que la diversidad de naciones y pueblos es considerada como la causa de las guerras que ensangrientan el planeta desde el alba de la humanidad.
Este proceso ha estado lógicamente muy presente después de la 1ª Guerra Mundial, a través de la Sociedad de Naciones. Conoció un retroceso con la subida de los peligros que llevaron a la 2ª Guerra Mundial. Volvió con fuerza sobre los escombros de la Sociedad de Naciones después de 1945, con la ONU y la Declaración Universal de los Derechos Humanos (Declaración que no hay que confundir con la Declaración de los Derechos del Hombre y del Ciudadano, que concebía esos derechos en el marco concreto de una nación enraizada en un historia y una cultura: la nación francesa, en nombre de un modelo de civilizacional: el universalismo francés. Una civilización con un destino planetario, alternativo a la vez al islam de la umma y al liberalismo anglosajón.
Tenemos, pues, en oposición a las naciones y los pueblos considerados intrínsecamente belicosos, dos sistemas ideológicos surgidos de la 2ª Guerra Mundial: el socialismo ruso, hoy fenecido, y el capitalismo norteamericano, el gran vencedor, hasta ahora, de la Guerra Fría.
El mundialismo actual es hoy doble. Es a la vez un proyecto ideológico desviado de las Luces: un proyecto en que la paz universal, la humanidad reconciliada por la razón de Kant, que supuestamente iba a superar el oscurantismo de la escolástica que había desembocado en las guerras de religión en Europa, finalmente ha producido el obscurantismo de los Derechos Humanos.
Oscurantismo de los Derechos Humanos: o sea la prohibición, bajo acusación de blasfemia y de herejía, de utilizar a partir de ahora la Razón para criticar las fechorías concretas de este proceso totalitario sobre la humanidad concreta. Un mundialismo que es también, al mismo tiempo, la pendiente ineludible de la sociedad mercantil: ésta ha pasado de la libre empresa del empresario libre al capitalismo financiero orwelliano, en donde cada hombre es reducido al papel de asalariado y consumidor esclavo por lo que se denomina en el marxismo la “ley de concentración del capital impuesto por la baja tendencial de la tasa de provecho”.
Tenemos aquí la convergencia de dos procesos unificadores: uno ideológico, pensado: los Derechos Humanos universales, y el otro, económico, impuesto: la mercantilización integral bajo la religión del provecho. Dos procesos que se fundamentan hoy en un mismo proyecto, el del gobierno mundial bajo la égida del capitalismo anglosajón, en nombre de los abstractos Derechos Humanos.
Resumiendo: los derechos Humanos son hoy el catecismo de la disolución de los pueblos y las naciones con raíces, al servicio de la abstracción generalizada del capitalismo financiero mundializado, con vista a su dominación mundial e integral. O sea: dominación sobre nuestras carteras y nuestras almas.
Lo políticamente incorrecto
¿Qué es lo políticamente correcto? Lo políticamente correcto, es todo lo que acepta someterse, consciente o inconscientemente, al catecismo de los Derechos Humanos. Lo políticamente correcto es todo lo que resiste y se opone al catecismo de los Derechos Humanos. El “derecho-humanismo” no tiene nada que ver con los derechos reales de los hombres reales, ligados a su cultura local, a su nación, a su historia. El “derecho-humanismo” es el brazo armado ideológico del mundialismo, la palabrería que acompaña todo control, toda represión, todo aplastamiento de cualquier movimiento de resistencia al mundialismo económico e ideológico, ya sea militar, político o cultural. Es en nombre de los Derechos Humanos, que lleva aparejado, claro está, el derecho de “ingerencia humanitaria”, que se ha bombardeado a la pequeña nación serbia, por haber resistido en nombre de su cultura y de su historia, al rodillo compresor mundialista bajo mando norteamericano. Es en nombre de la ideología totaliatria y belicosa de los Derechos Humanos que se pisotea los derechos reales de los hombres reales. Ya se trate de serbios o de libios, iraquíes o sirios…
Pero también es en nombre de los Derechos Humanos que se destruyen, en el interior de las naciones y los pueblos, las solidaridades sociales tradicionales contra el capitalismo mundialista, al sustituir los logros sociales, en primer lugar los de los trabajadores y de las clases medias, por los derechos comunitarios de las minorías supuestamente oprimidas (en realidad minorías actuantes): derechos de los homosexuales, derechos de las mujeres, derechos de los jóvenes, derechos de los negros…, que son otros tantos segmentos de mercado al servicio del mundialismo ideológico y mercantil.
Toda resistencia a esta sumisión es considerada un crimen contra la Humanidad. Los serbios son los enemigos de la Humanidad, cuando en realidad tratan de preservar su modo de vida y su independencia. Si nos negamos a considerar a los homosexuales como una categoría social (los homosexuales no se limitan a un lobby gay autoproclamado y la sodomía no es más que una actividad de ocio privado), somos unos criminales. Y así sucesivamente… En resumen: todo rechazo a someterse a la estafa de estos supuestos Derechos Humanos, que consisten en realidad en someter a los hombres a la dominación mundialista mercantil, ¡es considerada por ese mismo poder otros tantos crímenes contra la Humanidad!
Estas sentencias de “crimen contra la Humanidad” permite en la práctica expulsar a quien es acusado de ello de la propia humanidad, rebajado al nivel de infrahombre sin derecho a gozar de esos famosos Derechos Humanos: pueblos alemán y japonés después de la 2ª Guerra Mundial, serbios, sirios, mañana tal vez iraníes, militantes y simpatizantes de partidos identitarios en Europa hoy… A los que se resisten a someterse, a los que quieren seguir su propio camino, se los expulsa de la humanidad, se los envilece y se los machaca…Todo ello en nombre de los más altos valores que en el mundo son: la Democracia, los Derechos Humanos, la Paz, la Concordia…
Aceptar la corrección política equivale aceptar la impotencia política y someterse a la dictadura de los Derechos Humanos y al chantaje del crimen contra la Humanidad y encontrarse en definitiva desnudo y desarmado frente a la ideología mundialista. El eslogan que resume mejor todo esto y que nos repiten sin cesar es el famoso “¡Nunca más eso!”, que no significa otra cosa que: “¡El mundialismo o Auschwitz!”, y para los recalcitrantes la no menos famosa reductio ad Hitlerum.
Para resumir: lo políticamente incorrecto no es para nada un inútil juego de provocaciones. Es en realidad, aunque no siempre se comprenda, la doctrina de resistencia al mundialismo. Es una doctrina de insumisión sin la cual la crítica limitada al mundialismo es insuficiente y hasta incoherente, como es incoherente lo políticamente incorrecto que no hace la critica de a la doctrina liberal.
Luego, no solamente el pensamiento políticamente incorrecto no debe ser abandonado, sino reforzado. La izquierda, que dominaba antaño la escena con el marxismo, ha abandonado todo pensamiento, y se ha entregado al oscurantismo de los Derechos Humanos. En este tiempo presente en que ya nadie piensa ni en la izquierda ni en la derecha (ya que la derecha se conforma con hacer negocios), los nacionales, los identitarios, los patriotas, somos los únicos verdaderos y eficientes críticos del Sistema, y debemos ocupar el sitio desertado de las ideas y convertirnos en este desierto en los amos del pensamiento del mañana y encarnar el genio de las patrias europeas que no han de morir.
Fixemos este nome. Trata-se de uma jovem realizadora com problemas mentais sérios. Esta fulana realizou o filme Bobô (não confundir com Aniki-Bobó ou anda aqui e faz-me um bobó), um filme que versa assuntos do interesse da comunidade guineense em Portugal. Entre eles a mutilação genital feminina que, como se sabe, é ilegalmente praticada em Portugal por elementos dessa comunidade, embora a Inês, na sua ingenuidade, pensasse que tal prática "acontecia muito longe, entre tambores em África" e - acrescento eu - com pretinhos descalços e ranhosos a comer arroz com as mãos, único alimento disponível que lhes fora enviado pelo Bob Geldof. A Inês, coitada, é uma pessoa ignorante e muito limitada. Provavelmente nem sabia onde ficava a Guiné-Bissau. Mas tem opiniões muito próprias e defende-as com firmeza. Para ela, a mutilação genital feminina é vista por muitos como uma barbárie, mas não. Parece que é um acto civilizacional. E, como tal, perfeitamente legítimo, calcula-se. Foi também por isso que ela decidiu abordar o problema de forma simbólica, seja lá isso o que for. Aliás, o próprio acto da mutilação nem devia ser chamado como tal, manifestação cultural que é. Para a Inês, aliás, é uma coisa tipo comer bacalhau: "Como os portugueses em França também comem o seu bacalhau sempre que podem e ouvem a música portuguesa e há ali uma exacerbação do ser português, também os guineenses assim o fazem, porque há uma luta de sobrevivência da sua identidade, étnica e nacional", compara. É isso. Sendo que a mutilação faz parte integrante dessa sobrevivência. Mais ou menos como a escravatura fazia parte da identidade nacional portuguesa antes da abolição da mesma. Ou como o velho e tradicional hábito de dar porrada nas mulheres quando o Glorioso não ganhava. Porque é assim que se constroem as civilizações e a cultura. E, porque não dizê-lo, com gente como a Inês, corajosa, cosmopolita, capaz de enfrentar os problemas e de criar pontes e quebrar estereótipos. Que às vezes lhe pare a cassete é apenas um pormenor em alguém que sabe que a mutilação genital feminina é apenas uma questão cultural. Mais ou menos como apedrejar mulheres por adultério ou cortar mãos por roubo ou assim. E, afinal, quem somos nós para criticar?
Historiador Ricardo Serrado defende que o futebol não foi um dos “efes” do Estado Novo. E também assegura que não houve um clube do regime.
O futebol esteve longe de ser um veículo de propaganda do Estado Novo, que até atrasou o desenvolvimento da modalidade. Eusébio só não saiu de Portugal mais cedo porque tinha de ir à tropa. E não houve um clube do regime, embora o Sporting tenha sido o emblema que teve mais figuras ligadas ao poder. Estas são algumas das ideias defendidas pelo historiador Ricardo Serrado, no livro O Estado Novo e o Futebol, recentemente publicado.
PÚBLICO: No seu livro contesta a ideia de que o Estado Novo se ancorou nos três efes: fado, futebol e Fátima. Porque diz isso?
Quando parti para a minha tese, que serve de base a este livro, ia com a ideia comum de que o futebol tinha sido intensamente politizado e instrumentalizado neste período. Desde que me lembro, ouço dizer que Portugal era futebol, fado e Fátima. Para grande surpresa minha, apercebi-me que as coisas não eram de todo assim. O futebol não foi instrumentalizado, da forma como se diz. Nem há provas, documentos ou indícios de que o futebol tenha sido politizado durante o Estado Novo. E apresento neste livro vários argumentos que suportam esta ideia, como o facto de o futebol não ter sido profissionalizado mais cedo. E podia tê-lo sido, porque logo desde a década de 1920 ganhou uma importância social muito grande, mas o Estado Novo, ainda nos princípios da década de 1940, proíbe o seu profissionalismo.
Porquê?
Porque a ideia que o Estado Novo tinha do futebol, e do desporto em geral, era que deveria ser amador, ao serviço da nação, da educação física, para o cultivo do corpo. O desporto de espectáculo, de massas, era amplamente condenável para o Estado novo. E apresento vários documentos dessa intervenção, no sentido de impedir que o desporto fosse um espectáculo, um entretenimento ou uma profissão.
O Estado Novo nunca apostou no futebol, antes pelo contrário
Apesar desse travão do Estado Novo, o futebol continuou a ser a grande modalidade. Podemos dizer que o Estado Novo não foi nesse capítulo muito bem sucedido?
O ciclismo foi a modalidade rainha no final do século XIX e início do século XX, mas a partir de 1910, sobretudo em Lisboa e depois no Porto, o futebol ganha grande pujança. A partir da década de 1920, o futebol tem já um modus operandi e características que hoje em dia identificamos como fenómenos de massas: a agressividade dos adeptos, a contestação à arbitragem e os campos cheios de gente. Antes do Estado Novo surgir, já o futebol era o desporto-rei.
O Estado Novo tentou mais controlar o fenómeno do futebol do que aproveitar-se dele para a sua propaganda?
O Estado Novo definiu uma política desportiva concreta, que era consonante com o resto da sua política. Sendo um regime autoritário à imagem do seu líder (reservado, que não ia em convulsões), e não tanto regime de massas como o fascismo italiano e o nazismo, o Estado Novo adapta o modelo fascista à realidade portuguesa e às ideias do seu líder. E no desporto segue essa linha. O desporto devia servir para educar, civilizar, desenvolver os valores defendidos pelo Estado Novo, que era completamente contra as massas e a profissionalização de qualquer modalidade.
O nazismo usou os Jogos Olímpicos de Berlim 1936 e o fascismo italiano o Mundial de futebol de 1934. Não detectou nenhuma pulsão do Estado Novo para aproveitar por exemplo das conquistas europeias do Benfica na década de 1960 e dos bons resultados da selecção no Mundial 1966?
Existe algum aproveitamento, mais como consequência. As coisas aconteciam. O Estado Novo não as potenciava, mas colava-se a elas.
Um pouco como acontece actualmente…
Sim. Quando o Benfica foi campeão europeu e a selecção ficou em terceiro lugar em 1966, a ideia era que não era o Benfica ou a selecção, mas sim o país. Aí o Estado Novo faz algum aproveitamento, mas é algo natural e espontâneo num governo que quer chamar a si alguns desses feitos. Não considero que seja um aproveitamento planeado. Foi algo que aconteceu e espontaneamente aproveitou para promover o país.
O clube que teve mais personalidades ligadas ao regime foi o Sporting. Mas não estou a dizer que o Sporting era o clube do regime ou que foi o mais favorecido
Quer dizer que isso não é muito diferente do que acontece actualmente quando um clube português conquista um troféu internacional?
Exactamente. Quando o FC Porto é campeão nacional, vai à Câmara do Porto [desde que Rui Rio tomou posse, essa tradição mudou]. E o Benfica à Câmara de Lisboa. Até tenho ideia de que o futebol é hoje mais instrumentalizado, também de uma forma espontânea, do que no período do Estado Novo. Basta ver o Euro 2004 e a aposta do Estado no futebol, para o potenciar e para retirar dividendos com a sua promoção. O Estado Novo nunca apostou no futebol, antes pelo contrário. Na década de 1920, o futebol estava em desenvolvimento. Esteve nos Jogos Olímpicos de 1928 e tinha alguns jogadores de relevância internacional, como o Jorge Silva, Pepe, Augusto Silva e Vítor Silva. Já na década de 1930 e 1940 o futebol entra em período muito negativo, sofre goleadas e nota-se que a selecção poderia ter algum talento individual, mas a conjuntura não potenciava.
Porquê?
Em 1942, o Estado Novo criou a Direcção-Geral de Educação Física, Desportos e Saúde Escolar (DGEFDSE), que é o organismo que vai tutelar todo o desporto nacional e o futebol ficou ali condensado e preso. E em 1943, lança as leis bases do desporto e diz que o profissionalismo é proibido. Foi preciso esperar até 1960 para alguma equipa portuguesa fazer algo relevante no panorama internacional. Penso que isso se deve em grande medida ao travão imposto pelo Estado Novo, ao aprisionamento do futebol, que já movia largas somas de dinheiro. O Estado Novo nunca quis potenciar o futebol.
Uma das ideias do seu livro é que Salazar não gostava de futebol. Mas não houve outras figuras do regime a tentar instrumentalizar o futebol?
O facto de Salazar não gostar de futebol não impedia que outros gostassem, como era o caso de Américo Tomás, Craveiro Lopes, Henrique Tenreiro, Cancella Abreu. Claro que havia agentes do Estado Novo que gostavam de futebol, mas sobre Salazar não há indícios de que tivesse clube. Aliás, poucas vezes se manifesta sobre desporto. Fá-lo para anunciar o Estádio Nacional, quando o Benfica foi campeão europeu em 1961 e no Mundial de 1966, mas é um homem à parte do fenómeno desportivo. Aliás, quando ele recebe o Benfica em 1961, vê-se que é um homem que não está muito à vontade com a gíria do futebol e nem sequer seguiu a carreira da equipa. Disse qualquer coisa como: ‘então foi muito difícil resolver o vosso problema de futebol?’.
Mas terá ficado impressionado com o impacto social das vitórias do Benfica de 1961 e 1962?
Sim, porque esse impacto social é algo sem precedentes no país. Foi uma manifestação da portugalidade e penso que o Estado Novo deixou as pessoas expandirem-se, embora não tenha valorizado em demasia essas conquistas. Aliás, em 1966, quando o Eusébio tem o seu grande Mundial e a consagração internacional, o Diário da Manhã, que era o órgão oficial do Estado Novo, escreveu nas páginas centrais que o melhor jogador do mundo não era o Eusébio mas sim o Pelé.
Não foi o Eusébio-jogador que foi impedido de sair, mas sim o Eusébio-militar ou cidadão
Outras das ideias comuns é que Salazar impediu Eusébio de sair o país. Algo que também contesta no seu livro…
Sim. Com todo o respeito pelo Eusébio, que foi um dos melhores jogadores de sempre, nunca encontrei nenhum indício que leve a pensar que Eusébio tenha sido “nacionalizado” ou impedido de sair do Benfica por ser um símbolo ou herói nacional. O que aconteceu, e o próprio Eusébio o diz numa entrevista em 1995, foi que em 1962-63, ele teve um pré-acordo com a Juventus e acabou por não sair por intervenção do Estado Novo, mas porque tinha de ir para tropa. À luz do Estado Novo, era impensável dispensar fosse quem fosse de ir à tropa. O que costumo dizer é que não foi o Eusébio-jogador que foi impedido de sair, mas sim o Eusébio-militar ou cidadão. Ainda para mais, em 1966, o Inter de Milão quis contratar Eusébio, que chegou mesmo a escolher casa, e só não foi porque a federação italiana fechou as portas a estrangeiros, por causa de ter feito um mau Mundial e de querer potenciar os jogadores nacionais. Ainda para mais, o professor Manuel Sérgio confidenciou-me que o director da DGEFDSE era seu amigo pessoal e que se houvesse uma “nacionalização” de Eusébio ele teria sabido. Trata-se de um mito. Eusébio foi impedido de sair, mas apenas por razões militares.
Também defende que o Estado Novo não interveio de forma pensada nos clubes.
Não há nenhum clube do regime, primeiro porque o mentor do regime não tem clube, ao contrário de Franco [em Espanha], que se diz que era do Real Madrid. Salazar não esteve nas inaugurações dos estádios dos principais clubes. Depois, o clube que mais ganhou durante a segunda metade do Estado Novo foi o Benfica, que era o clube que tinha mais oposicionistas ao regime e que, na sua direcção, teve menos pessoas ligadas ao mesmo. O clube que teve mais personalidades ligadas ao regime foi o Sporting, onde contabilizei cerca de 12 ou 13 dirigentes com ligações ao poder.
Terá a ver com a génese mais elitista do Sporting?
Penso que sim. Talvez pela posição social mais elevada esses dirigentes estivessem mais próximos do poder. Mas não estou a dizer que o Sporting era o clube do regime ou que foi o mais favorecido. Durante a primeira metade do Estado Novo, o Sporting é o mais ganhador, mas na segunda metade é o Benfica.
O Belenenses também tinha algumas figuras ligadas ao regime e foi campeão em 1946. Houve algum traço de clube do regime?
Não. O Belenenses entrou em decadência nos anos 1960, talvez por causa de ter construído um estádio com um esforço financeiro muito grande. O estádio do Restelo custou mais do que o da Luz. Em 1975, o estádio foi mesmo hipotecado e Américo Tomás até teve de intervir, mas nunca encontrei traço de clube de regime.
O Benfica foi o clube que teve mais oposicionistas declarados
Pelo contrário, na confrontação com o governo foi o Benfica quem mais se aproximou desse papel, nomeadamente por causa do hino censurado a Félix Bermudes (Avante Benfica)…
Sim. O Benfica foi o clube que teve mais oposicionistas declarados.
E teve mesmo um presidente comunista…
Sim, o que é inédito. Manuel da Conceição Afonso é o único caso conhecido de um comunista a presidir a um clube durante o Estado Novo. Naquela altura, todos os dirigentes de instituições tinham de assinar uma declaração a dizer que não eram comunistas. No caso do desporto, era uma declaração que vinha da DGEFDSE. E até li num livro que Manuel Afonso se terá recusado a assinar essa declaração. O próprio Félix Bermudes, que fez o hino Avante Benfica [que o Estado Novo censurou, dando origem ao actual Ser Benfiquista], fez parte das listas da oposição nas eleições de 1949. Norton de Matos acaba depois por desistir e Félix Bermudes ficou chateado. Estamos a falar de oposicionistas activos.
Essas simpatias ou antipatias pelo regime traduziam-se apenas em actos simbólicos?
A inauguração do Estádio de Alvalade foi a 10 de Junho, data escolhida pelo presidente Góis Mota, que foi um homem forte do Estado Novo, tal como outro presidente do Sporting Cazal Ribeiro. A escolha do 10 de Junho teve algum simbolismo, por ser uma data importante para o regime.
Tal como o facto de a inauguração do Estádio das Antas ter sido feita a 28 de Maio de 1952 [aniversário da revolução que instaurou o regime do Estado Novo]…
Também. Na altura, o presidente do FC Porto [Urgel Horta] era deputado à Assembleia Nacional. E o ministro das Obras Públicas tinha dado alguma ajuda e a direcção do FC Porto achou por bem inaugurar numa data importante para o regime.
Mas essas conotações limitavam-se aos dirigentes?
Sim, embora os dirigentes fossem o espelho da respectiva massa associativa.
Das poucas vezes em que Salazar aparece com trajes desportivos, surge dentro de um veleiro e diz que se houvesse um desporto nacional deveria ser a vela, por estar ligada ao mar
Vislumbrou alguma tentativa de essas figuras próximas do regime tentarem chamar os adeptos para o seu lado político?
Respondo com um sim, embora não um sim muito claro. O autor da letra [Paulino Gomes Júnior] “Ser Benfiquista” era um salazarista e chegou a ser director do jornal do Benfica. Os textos dele mostravam alguma propaganda salazarista, não algo que viesse de instâncias superiores, mas sim como tradução do que era a visão dele. Mas onde isso é mais clarividente é no jornal do Sporting. Não é por acaso que na inauguração do Estádio de Alvalade, a 10 de Junho [de 1956], expressões como império, raça ou génio lusitano são usadas. São palavras gratas ao regime e que denotam uma clara colagem ao Estado Novo, que é espontânea, porque essas pessoas eram salazaristas e não o procuravam esconder.
A interracialidade no futebol português foi usada pelo regime para passar uma mensagem positiva para o exterior, de um Portugal colonial harmonioso?
Quando Portugal foi à fase final do Mundial de 1966 essa mensagem passou. Foi uma oportunidade muito boa para transmitir uma harmonia entre a metrópole e as colónias, numa altura em que os impérios coloniais europeus se desmoronavam.
Olhando para o futebol em Portugal hoje, acredita que este desporto tem um papel mais central na sociedade do que aquele que teve durante o Estado Novo?
O futebol alcançou um patamar social importante logo nos anos de 1920 e não era muito diferente daquilo que é hoje. Já movimentava muita gente e até tinha patrocinadores que procuravam aproveitar a popularidade deste desporto. Havia pequenos empresários a investir dinheiro no futebol, que já tinha uma organização relativamente complexa. Com o final do Estado Novo o futebol, e o desporto em geral, foram muito mais potenciados. Durante o salazarismo o futebol foi amputado da sua vertente mais profissional, de espectáculo e de entretenimento e hoje em dia isso não acontece.
É verdade que Salazar defendia que o desporto nacional deveria ser a vela?
Sim, das poucas vezes em que ele aparece com trajes desportivos, surge dentro de um veleiro e diz que se houvesse um desporto nacional deveria ser a vela, por estar ligada ao mar. Na Mocidade Portuguesa, por exemplo, o desporto mais proeminente era o campismo.
Taxa de desemprego atingiu novo máximo histórico: 27,16% da população activa.
A Espanha ultrapassou, pela primeira vez, os seis milhões de desempregados, o que corresponde a uma novo máximo histórico: 27,16%, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo instituto de estatística.
No final de Março, a quarta economia da zona euro, sob forte recessão, tinha 6.202.700 de desempregados registados, mais 237.400 do que no trimestre anterior.
Entre os países da União Europeia, só a Grécia, com 27,2% em Janeiro, tem uma taxa mais elevada. No final de Dezembro, o desemprego afectava 26,02% da população activa do país.
O desemprego aumentou em quase todas as comunidades autónomas, segundo o jornal El País. As maiores subidas face ao trimestre anterior registaram-se na Andaluzia (mais 31.100 desempregados), Comunidade Valenciana (27.400) e Baleares (24.900).
Na Catalunha, onde o desemprego chegou a mais 17.100 pessoas, e ronda o milhão, a taxa é agora de 24,53%.
Desde o início da crise, apesar de algumas oscilações, a Espanha aumentou em quatro milhões o número de desempregados. A taxa subiu cerca de 20 pontos percentuais nos últimos cinco anos.
O novo agravamento do desemprego soma-se à recessão esperada para o primeiro trimestre. O Banco de Espanha prevê um recuo de 0,5% naquele período.
Os atropelamentos de Barça e do Real pelo Bayern e o Dortmund confirmam a deslocação do centro de gravidade do futebol europeu
Enquanto o resto do planeta estava entretido a comparar o Real Madrid de Mourinho e Ronaldo ao Barcelona de Guardiola - sim, Tito Vilanova vai ter paciência, mas ainda é do Barça de Guardiola que se trata - e Messi para tentar perceber quem era melhor, os alemães, como acontece sempre que nos apanham distraídos, estavam ocupados a preparar mais uma invasão da Europa. O arraial de facho que o Barcelona e o Real levaram na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões às mãos de Bayern de Munique e Borússia de Dortmund não significa apenas o fim de ciclo para os dois gigantes espanhóis, mas uma deslocação do centro de gravidade do futebol europeu. Depois de quatro anos em que as equipas espanholas, os jogadores que as servem e os treinadores que as orientam estiveram no centro do mundo, vai ser preciso reescrever o mapa futebolístico. Ainda que Ronaldo e Messi continuem a ser de outro planeta, vamos todos ter de aprender a pronunciar nomes como Muller, Schweinsteiger, Lewandowski e Goetze quando quisermos fazer apostas sobre quem vai ganhar a próxima Bola de Ouro. E, nos melhores treinadores, mesmo que Mourinho mantenha o estatuto de candidato crónico, terá de haver espaço para Jurgen Klopp e Jupp Heynckes, até porque este ano não há Europeu nem Mundial que obrigue Vicente del Bosque a interromper a sesta. Lamentável é apenas que o Bayern esteja tão preocupado em demolir o Dortmund, que a final da Champions acabe a ser disputada por, pelo menos, dois jogadores com um pé numa equipa e o outro na outra. Mas também isso é normal: sempre que podem, os alemães fazem maldades terríveis aos vizinhos.