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A-24

Líderes do PNR em greve de fome contra "censura"

por A-24, em 31.03.13
N. P. Iniciativa ignorada por praticamente todo o jornalismo nacional  e pelos blogueiros famosos da nossa praça que só vêem o Sóctares, a Troika e Passos Coelho à frente.  
Agora se em vez de Carlos Pinto Coelho, fosse algum dos seus queridinhos de estimação, do BE ou do PCP o mediatismo seria certamente outro. É a comunicação social que temos, reflexo de um país decadente que só dá relevo a quem menos o merece.

"O presidente e o secretário-geral do Partido Nacional Renovador (PNR), José Pinto Coelho e João Pais do Amaral, vão começar hoje uma greve de fome, no Arco da Rua Augusta, em Lisboa, a partir das 18:00, contra a "censura".

"A Comunicação Social de âmbito nacional faz um ostensivo boicote à atividade do PNR. Muito casualmente passa alguma, pequena, coisa", justificou à Lusa Pinto Coelho, acusando rádios, televisões e imprensa de "censura e discriminação", à exceção dos órgãos de cariz regional, "que são isentos".

O líder dos nacionalistas defendeu que "o direito dos portugueses de estarem informados sobre todas as formações políticas e as propostas ao seu dispor", já que o PNR tem "uma mensagem singular em Portugal".

"Face a esta situação injusta e extrema, temos de adotar uma medida extrema, a greve de fome, até para fazer a ponte com o estado em que está o país e o sofrimento de muitíssimos portugueses que são discriminados, que não têm acesso em igualdade de circunstâncias à dignidade de vida", continuou.
Pinto Coelho considerou que "há culpados que continuam a ser levados ao colo pela Comunicação Social e apresentados como os detentores da solução" para resolver os problemas do país.
"Diariamente, dezenas de pessoas que perdem as casas, empregos, são obrigadas a sair do país. Decidimos dar o corpo ao manifesto com o nosso exemplo e sacrifício pessoais para demonstrar que estamos profundamente revoltados contra esta situação de discriminação", disse."
DN

LC 1993/1994: Werder Bremen x FC Porto: Super dragão!

por A-24, em 31.03.13
Na noite de 30 de março de 1994, o FC Porto escreveu umas das mais belas páginas da sua história europeia. No Wesserstadion em Brema, na Alemanha, milhares presenciaram in loco a uma exibição segura, memorável e demolidora da esquadra portista, que vulgarizou o campeão alemão com um nunca visto 0x5. As equipas portuguesas nunca tinham vencido na Alemanha, não é de admirar que o país (e a Europa) ficassem boquiabertos com o score...

Pré-jogo

Disputava-se naquele dia a quinta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, relativa à época de 1993/94. Antes do jogo dessa noite em Brema, os azuis-e-brancos contavam duas vitórias e dois empates, nos quatro jogos já disputados, sabendo de antemão que precisavam de pontuar para continuar a sonhar com a presença nas meias-finais.
Os alemães tinham uma vitória, um empate e duas derrotas - uma delas por 3x2 nas Antas - e estavam obrigados a vencer na receção aos portugueses.
A missão não era fácil para os dragões, pela frente estava o campeão alemão, um Werder Bremen que ameaçava a hegemonia do Bayern do Munique, comandado por Otto Rehhagel, um dos grandes senhores do futebol alemão, com uma equipa onde brilhavam o austríaco Andreas Herzog e o neozelandês Wynton Rufer, além de diversos internacionais germânicos, de onde se destacavam Mario Basler e Marco Bode.

Um azar que veio por bem
O jogo começou mal, com a lesão madrugadora de Paulinho Santos, não pressagiando nada de bom para o FC Porto. Para o seu lugar entrou Rui Filipe, que três minutos depois de entrar, desferiu um remate à entrada de área, que sofreu um desvio em Andree Wiedener, passando por cima do desamparado Oliver Reck.
Os alemães reagiram e colocaram Vítor Baía por diversas vezes à prova, mas o número um portista, manteve-se seguro, inspirando de confiança os colegas.
A sorte do jogo começou a mudar quando aos 35' o sérvio Drulovic fez um passe magistral que isolou Kostadinov, o búlgaro não teve dificuldades em bater Reck. Golo! 0x2! O FC Porto ia mais descansado para o intervalo.

Equipa prevenida... 
Robson sabia que os alemães nunca desistiam, ao intervalo lembrava os seus atletas do perigo de sofrer um golo no reatamento. Na primeira volta, nas Antas, o FC Porto vencia facilmente por 3x0 a menos de dez minutos do fim, mas um certo relaxamento deixara os alemães reduzir para 3x2, e os dragões acabaram com o «credo na boca».
Mas mais que o jogo da primeira volta, na memória de todos estava fabulosa a recuperação que o Werder Bremen operara contra o Anderlecht, na última partida que disputara em casa na Liga dos Campeões. Nessa fria noite de Dezembro, o Werder Bremen regressara às cabinas, perdendo por 0x3. Contudo, na segunda parte, entre os 66 e os 89 - somente 23 minutos! - apontou cinco golos que viraram por completo o jogo.

Segunda parte de sonho
Os de verde sonhavam com uma segunda parte de sonho, mas o que lhes sucedeu foi o pior pesadelo da sua história europeia... Aguerridos e solidários, os portistas aguentaram os ataques alemães e começaram a jogar com o relógio. O tempo corria do seu lado e os minutos foram passando...
Cinco, dez, quinze, vinte minutos da segunda parte e o Werder Bremen começava a dar sinais de não conseguir dar a volta ao jogo. Foi então, que Carlos Secretário pegou na bola, pela direita, tirou um defesa da frente e colocou a bola com muita classe no fundo das redes de Reck. 0x3! E eis que contra todos os prognósticos, Robson que percebera as debilidades alemãs, manda a equipa continuar a atacar, enviando Domingos para dentro de campo, substituindo o exausto Kostadinov. 
Dois minutos depois de entrar, a classe de Domingos veio ao de cima, recebeu a bola na esquerda, bailou em frente dos adversários na quina da área adversária e chutou de longe, com força e efeito, sem defesa para um desolado Reck.
Rehhagel percebia que o jogo estava perdido e que arriscava vir a ser severamente punido com uma goleada humilhante. Resolve então jogar pelo seguro... retira o desinspirado Rufer e coloca Bockenfeld, um defesa para ajudar a equilibrar a equipa.
O jogo acalma, mas o placard não estava fechado e aos 89 minutos, após uma grande penalidade, Ion Timofte batia Reck pela quinta vez e estabelecia o resultado final. O FC Porto passeara classe na Alemanha e garantia a passagem às meias finais. 
Zerozero