De acordo com aSAPO Notícias, a extrema-direita ganha terreno na Europa (...)
França:a candidata Marine Le Pen obteve na primeira volta das eleições presidenciais em França 17,9% dos votos.
Grécia: o partido neonazi Aurora Dourada tem 5% das intenções de votos e poderá conseguir um assento no Parlamento depois das eleições do dia 6 de Maio.
Holanda: o Partido pela Liberdade (PVV), a formação eurocéptica e anti-islâmica do deputado Geert Wilders, foi considerado o grande vencedor das eleições legislativas antecipadas de Junho de 2010, passando de 9 para 24 deputados no Parlamento, que conta com 150. O partido apoiava o Partido Liberal do primeiro-ministro demissionário Mark Rutte. A coligação desfez-se após o fracasso das negociações sobre a redução do défice público. As eleições antecipadas foram marcadas para 12 de Setembro.
Noruega:representado por 41 dos 169 deputados do Parlamento, o Partido do Progresso teve entre os seus membros Anders Behring Breivik, que está a ser julgado pela morte de 77 pessoas no dia 22 de Julho do ano passado. Este partido populista hostil à imigração foi o grande derrotado das eleições locais realizadas após o massacre.
Áustria:no Parlamento austríaco, o Partido Liberal da Áustria (FPÖ) ocupa 34 dos 183 assentos, com 17,5%. A Aliança pelo Futuro da Áustria (BZÖ), uma dissidência da formação anterior que defende as mesmas teses populistas, eurocépticas e anti-islâmicas, possui 21 cadeiras com 10,7%.
Suíça: no Parlamento suíço, a União Democrática de Centro (UDC), liderada por Toni Brunner, possui desde as eleições de Dezembro de 2011 a maior bancada parlamentar, com 54 dos 200 assentos. Este partido populista e xenófobo causou polémica com campanhas publicitárias nas quais mostrava um rebanho de cordeiros brancos a expulsar um cordeiro negro.
Finlândia: o Partido dos Finlandeses Autênticos teve um grande êxito nas eleições de Abril de 2011. A formação eurocéptica e populista ocupa 39 dos 200 assentos do Parlamento.
Hungria:o partido de ultradireitista Jobbik entrou no Parlamento após as legislativas de Abril de 2010, e possui 46 dos 386 assentos do parlamento húngaro. O Jobbik defende a preservação da identidade nacional e o resgate dos valores cristãos, da família e da autoridade, utilizando, em algumas ocasiões, símbolos de uma formação nazi dos anos 1930.
Dinamarca: o Partido Popular Dinamarquês possui, desde 2011, 22 das 179 cadeiras do Parlamento. Assim como os demais partidos de extrema-direita escandinavos, defende uma política anti-imigração e hostil ao islão.
Bélgica:oVlaams Belangocupa desde as eleições legislativas e federais de Junho de 2010 12 dos 150 assentos do Parlamento, menos do que nas legislaturas anteriores. Este partido defende posições nacionalistas, separatistas e anti-imigração.
Suécia:a extrema-direita está, pela primeira vez, presente no Parlamento, graças ao partido Democratas da Suécia (SD). Nas eleições legislativas de Setembro de 2010, este partido obteve 20 dos 348 assentos parlamentares.
"Já não sei o que hei de fazer para arranjar emprego.
Cria uma empresa!
… abre um gabinete de desemprego!"
Segundo os dados publicados pelo Eurostat em 2 de maio, em março de 2012, havia 17,2 milhões de pessoas sem emprego, na zona euro. Ou seja: 10,9% da população ativa, "um recorde desde a criação da moeda única", escreve o jornal Le Monde. Para os países do Sul – Espanha (24,1%), Grécia (21,7%) e Portugal (15,3%) – os números são "catastróficos". Mas também "se tornaram preocupantes em França (10%)" e "nem mesmo a Alemanha foi poupada". presseurope.eu
Victoria Azarenka, recente vencedora do Open da Austrália, é agora um dos poucos bielorrussos conhecidos fora do seu país. Uma oportunidade de Relações Públicas para o ditador de Minsk. Jakub Ciastoń "Victoria, o orgulho da Bielorrússia": assim começa a carta de parabéns do Presidente Alexander Lukachenko. Mas o dirigente esqueceu-se de mencionar que a tenista bielorrussa Victoria Azarenka ganhou 1,7 milhões de euros em apenas duas semanas… e que nunca teria alcançado esses resultados se não tivesse começado por sair da Bielorrússia. Na noite de sábado (28 de janeiro), Azarenka venceu o Open da Austrália, este ano o primeiro dos quatro torneios do Grand Slam, o mais importante evento do ténis internacional, batendo Maria Sharapova da Rússia por 6-3 e 6-0.
Azarenka, de 22 anos, lidera agora o ranking mundial de ténis feminino, tendo entrado para a galeria dos famosos, ombreando com celebridades do ténis, como Steffi Graf ou Martina Navratilova. "A Pátria está grata pelo seu grande feito, que ficará para sempre inscrito na história do desporto da Bielorrússia", escreveu o Presidente Lukachenko. E também ele galardoou Azarenka – com a Medalha da Pátria, uma das mais altas distinções do país, até agora reservada a heróis de guerra, não a atletas. Lukachenko elogia e congratula-se, embora Azarenka seja um símbolo de sucesso alcançado longe do seu país de origem. Nasceu em Minsk e começou a jogar ténis com sete anos. A mãe, Alla, era instrutora da modalidade no maior clube da capital. Mudou-se com a família para Monte Carlo O ténis era uma disciplina menos popular nas repúblicas da antiga União Soviética do que as artes marciais, o hóquei no gelo ou o futebol; mas era apreciada, em especial, pela nomenclatura, que podia pagar o equipamento e as lições.
Na Bielorrússia, o ténis devia a sua popularidade a episódicos sucessos internacionais: Natasha Zvereva, finalista em Wimbledon, em 1988; o semifinalista Vladimir Volchkov; e Max Mirnyi, um dos melhores jogadores do mundo de pares. Todos vêm da Bielorrússia. Para alcançar sucesso internacional, os jogadores de ténis têm que poder viajar pelo mundo, razão pela qual, mesmo na era soviética eram autorizados a sair para o estrangeiro e, em alguns casos, treinar lá. Mirnyi foi para a Flórida e Azarenka, como melhor jogadora do país em juniores, foi aos 14 anos para Scottsdale, Arizona (EUA). Aí, teve a ajuda do jogador profissional da NHL [liga norte-americana de hóquei no gelo] Nikolai Khabibulin, nascido na Rússia e então a viver em Phoenix, que a mãe de Azarenka conhecia dos tempos soviéticos. Estrela da NHL e milionário, Khabibulin ofereceu à talentosa jogadora júnior uma bolsa de estudos e proteção. Sem a sua ajuda, a carreira de Azarenka ter-se-ia provavelmente afundado, porque só depois de várias temporadas de treino com instrutores norte-americanos é que desenvolveu o estilo ofensivo que a faz hoje ganhar. Nos EUA, tudo correu rapidamente para Azarenka. Chegou ao topo do ranking de juniores do mundo aos 17 anos e pouco depois ganhou o seu primeiro torneio profissional, em Brisbane, Memphis e Miami. Quando ganhou o seu primeiro milhão de dólares, mudou-se com a família para Monte Carlo. As autoridades da Bielorrússia não tentaram impedi-la, porque Azarenka já estava classificada entre as dez melhores tenistas mundiais e dava ao regime de Lukachenko uma publicidade que lhe era favorável. Nunca comenta questões políticas
No Mónaco, Vica, como é conhecida, mora perto do nº1 do ténis mundial, Novak Djokovic, e, como ele, não paga impostos. Isso é importante porque já ganhou 2,3 milhões dólares a jogar ténis. É treinada por um francês, é representada por uma agência norte-americana e é patrocinada pela Nike, Rolex e diversas outras marcas que, no seu país natal, estão ao alcance de muito poucos. Nunca caiu em desgraça junto do regime e, ao contrário de Martina Navratilova ou Ivan Lendl, que rapidamente trocaram os seus passaportes do bloco soviético pelos dos Estados Unidos, continua a jogar sob a bandeira da Bielorrússia, assiste regularmente aos jogos da equipa nacional, visita Minsk (embora principalmente para fins sociais) e, há algum tempo, jogou lá uma partida com fins de beneficência, contra Caroline Wozniacki. Quando os jornalistas estrangeiros lhe colocam questões sobre a Bielorrússia, fala sempre de coisas boas – da avó, de uma educadora de infância que era tão empenhada no trabalho que teve de ser forçada a ir para a reforma, ou que o país "é limpo e as pessoas honestas e trabalhadoras". Nunca faz comentários sobre questões políticas. Lukachenko retribui-lhe a amabilidade. Convida-a a ir à Bielorrússia sempre que consegue uma grande vitória e gaba-a. Mas mantém-se afastado dos seus parentes… e dos seus dólares.
Por vezes alguns dos aspectos mais secundários de um quadro são os que o tornam mais significativo. Acontece isso no célebre O Grito, de Edvard Munch (1893), peça essencial da iconografia do nosso tempo. Vi pela primeira vez esta tela densa e misteriosa ainda criança, reproduzida num selo norueguês que me fascinou. Norge, lia-se nesse selo branco e azul, como atestado de proveniência. Mirei-o e remirei-o incessantemente, sem nada saber da arte de Munch nem da sua existência atribulada. Fascinou-me ao primeiro olhar: jamais vira – jamais vi – os abismos da mente humana captados de forma tão verosímil pelos caprichos de um pincel lançado numa espécie de liturgia do expressonismo. Há vida neste quadro. Vida transtornada, transfigurada, trepassada por uma dilacerante angústia existencial, indescritível por palavras. Só vendo se percebe.
De há cem anos para cá, multiplicaram-se as teorias sobre a origem deste ‘grito’ tão singular. Houve quem mencionasse a hipótese de um ataque de pânico que o artista transportaria para a sua tela, falou-se em ansiedade e neurose. Houve até quem arriscasse que tudo se terá devido às frequentes libações alcoólicas de Munch. Não faltaram as teses psicanalíticas, aludindo à sucessão de dramas na infância do pintor, que ficou órfão de mãe muito cedo e viu a irmã mais velha desaparecer de forma trágica.
Filho de médico, o artista noruguês (1863-1944) habituou-se a acompanhar o pai, em criança, a diversas visitas domiciliárias que lhe causariam um permanente assombro perante os abismos da doença e o rasto inevitável da morte.
É o próprio Munch que nos ajuda a desvendar o que terá ocorrido naquele fim de tarde de 1892 numa rua de Cristiânia [a actual Oslo]:“Caminhava com dois amigos. O sol, vermelho-sangue, descia no horizonte – e senti-me invadido por um sopro de tristeza. Parei, num cansaço de morte. Sobre o fiorde negro-azulado e a cidade caíam línguas de fogo. Os meus amigos prosseguiram – eu fiquei, tremendo de medo. Senti um grito infinito através da natureza. Senti como se conseguisse de facto escutar esse grito.”
Não tardou a fazer um esboço daquele que viria a tornar-se um dos quadros mais célebres de todos os tempos, cheio de linhas irregulares e convulsivas: terra, água e céu parecem atingidas pela mesma vaga demencial de sangue e fogo. A paleta de Munch é única. E a sua visão sombria da existência também. No rosto da figura principal – de algum modo um símbolo do mundo contemporâneo – estampa-se a “imagem primária do medo”, como acentuou o britânico Iain Zaczek, autor da obra The Collins Big Book of Art and Masterworks.
Regresso ao princípio para acentuar um daqueles pormenores que fazem toda a diferença nos melhores quadros: as duas figuras de cartola que caminham impávidas na direcção oposta à da personagem principal. Elas – e só elas – nos elucidam de que tudo quanto ali vemos se passa apenas na mente perturbada do autor, estabelecendo um evidente contraste entre o que este imagina por sugestão de um pôr-de-sol e a realidade objectiva daquele plácido fim de tarde na capital norueguesa.
“Só podia ter sido pintado por um louco”, escreveu Munch, a lápis, numa das cópias deste quadro que lhe deu projecção universal. Um seu contemporâneo português, Fernando Pessoa, bem poderia responder-lhe nestes versos antológicos, adaptáveis a todas as estações da vida: “Sem a loucura o que é o homem / Mais que a besta sadia, / Cadáver adiado que procria?”
Outro quadro: Auto-Retrato com Cigarro, de Munch (1895). Tal como O Grito, pertence à colecção do Museu Munch, em Oslo. Pedro Correia in Delito de Opinião
As causas de um bebé nascer prematuro são tão díspares como o mundo em que vivemos. Podem ser tratamentos de fertilidade, gravidezes tardias ou na adolescência, infecções ou doenças. O resultado é que 11,1% de todos os recém-nascidos são prematuros, o que equivaleu a 15 milhões de crianças nascidas em 2010, refere o primeiro relatório do género produzido por mais de 40 instituições, entre as quais a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Nascer-se demasiado cedo é uma causa de morte que não é reconhecida”, disse Joy Lawn, médica, co-editora do relatório e directora do programa Salvar a Vida dos Recém-nascidos da organização Save the Children, que foi uma das instituições responsáveis pelo documento. “Os nascimentos prematuros são responsáveis por quase metade dos recém-nascidos que morrem em todo o mundo e são a segunda causa principal da mortalidade infantil abaixo dos cinco anos, depois da pneumonia”, disse em comunicado esta organização que ajuda crianças e as suas famílias nos Estados Unidos e no mundo.
Ao todo, morrem 1,1 milhões de crianças prematuras. O relatório, “Born to Soon: The Global Action Report on Preterm Birth”, defende que três quartos destas mortes podem ser evitadas com medidas simples como injecções esteróides que atrasam o nascimento dos bebés e deixam os pulmões desenvolverem-se. Ou, quando os bebés prematuros já nasceram, truques simples podem evitar mortes, como tê-los sempre colados ao corpo da mãe – uma medida que, além de os manter quentes, permite que sejam amamentados facilmente e que qualquer problema seja logo detectado.
Considera-se que um bebé é prematuro quando nasce com menos de 37 semanas de gravidez, em vez das normais 39 semanas. Dos 15 milhões de prematuros, 12,5 milhões nasceram entre as 32 e 37 semanas, os restantes 2,5 milhões nasceram com menos semanas. Os bebés que sobrevivem podem ficar com sequelas para o resto da vida, desde paralisia cerebral a problemas de desenvolvimento respiratório, de visão, audição ou aprendizagem.
Um estudo da March of Dimes, uma organização sem fins lucrativos que promove a saúde na infância e também fez o relatório, mostra que mesmo os bebés com 37 e as 39 semanas têm duas vezes mais hipóteses de morrer. “É importante assegurar que os bebés atinjam pelo menos as 39 semanas de gestação, quando é medicamente possível”, disse Christopher Howson, outro co-autor do estudo. “Vale a pena esperar para ter um bebé saudável.”
Números de um problema mundial
Os dez países com mais nascimentos antes do tempo são responsáveis ao todo por 58,6% do total dos bebés prematuros. Não é de estranhar que os países mais populosos, como a Índia e a China, venham em primeiro lugar com, respectivamente, 3.519.100 e 1.172.300 crianças nascidas antes do tempo.
Mas a lista é heterogénea e conta ainda, entre outros, com os Estados Unidos, a Indonésia, a Nigéria, o Paquistão ou o Brasil, que está em 10º lugar, com 279.300 prematuros.
Destes, só o Paquistão e a Indonésia fazem parte dos dez países com a maior percentagem de prematuros por 100 nascimentos, um indicador de desenvolvimento. O Malawi está no topo, com 18,1%. Isto significa que em 2010 nasceram neste país africano 662.700 crianças, das quais 119.700 eram prematuras. Nos primeiros 11 lugares estão países com mais de 15% de prematuros. À excepção do Paquistão e da indonésia, são todas nações africanas como o Congo, o Zimbabué, ou Moçambique em que o rácio atinge os 16,4%.
“Em países com baixos rendimentos, mais de 90% dos bebés extremamente prematuros [menos de 28 semanas de gravidez] morrem com poucos dias de vida, enquanto nos países de altos rendimentos este valor baixa para menos de 10%”, refere Howson, acrescentando que o problema pode ser resolvido. Em alguns países africanos, as mortes de recém-nascidos foram reduzidas para metade com medidas de cuidados especiais nos casos de infecções e dificuldades respiratórias.
“A prevenção vai ser a chave”, defende por seu lado Elizabeth Manson, directora da Maternal, Newborn, Child and Adolescent Health, outra organização que contribuiu para o relatório. “Estamos agora a olhar de perto para o que pode ser feito antes de uma mulher ficar grávida, de modo a ajudá-la a ter uma gravidez melhor. Sabemos que a pobreza, a educação da mulher, a malária e o VIH têm todos impacte na gravidez e na saúde do bebé.”
Portugal na média europeiaEm média, nos países mais pobres 12% dos bebés nascem demasiado cedo, enquanto nos países ricos essa média é de 9%. Mas há nações que saem fora desta dualidade. Os Estados Unidos têm 12% de nascimentos prematuros, que equivalem a 517.400 bebés e que o põe em 54º no ranking. O país está abaixo de Timor-Leste, em 53º com 12,1%, e acima da Tailândia, em 55º lugar.
Este valor também revela diferenças sociais e de idades. Em 2009, os norte-americanos negros tinham 17,5% de prematuros, enquanto os brancos tinham 10,9%. E as mães com menos de 17 anos ou mais de 40 tinham 15% de prematuros, enquanto as grávidas entre os 20 e os 35 anos tinham entre 11 e 12%.
Portugal está dentro dos valores médios europeus. Em 2010 houve 7600 nascimentos prematuros entre 98.600 recém-nascidos, o que equivale a 7,7% que coloca o país em 138º lugar no ranking. Abaixo do Luxemburgo, Holanda ou Reino Unido, mas pior que Espanha (com 7,4%) e da Grécia, Itália e da Irlanda (com 6,4%) e dos países do Norte da Europa. No final da lista está a Bielorrússia, com 4,1% de prematuros.
O socialismo do Sec XXI continua tão rançoso, criminoso e miserável como o que o antecedeu no século passado. No farol do dito, a Venezuela, de exportador liquido de cafe passou a importador, a inflação (aumento de preços, va) que eh antes de mais um imposto sobre os mais pobres, ronda os 30%, o crime, que essencialmente atinge os mais desfavorecidos, torna Caracas (de acordo com a imprensa internacional) a segunda cidade mais insegura do Mundo, a produção de petróleo afunda desde a nacionalização das explorações das multinacionais, os escândalos de corrupção a envolver responsáveis governamentais sucedem-se e no passa nada. Porque no te callas? Mas por aqui neste cantinho neo-socialista e no CES, devem andar contentinhos enquanto os venezuelanos se afundam na miséria. Deve ser aquilo dos amanhãs cantantes.
Na Argentina seguem-lhes os passos, na Bolivia a mesma coisa. O Socialismo do Sec XXI, essa mistura de Teologia da Libertação e de Perfeitos Idiotas Latino-Americanos, cumpre a vocação de todos os socialismos. Miseria generalizada.
(Curioso ou nem por isso como foi necessário o PP ganhar as eleições em Espanha para recomeçarem as expropriações de interesses espanhóis na America Latrina).
Os líderes da China, da Coreia do Norte, do Zimbabwe e de Cuba foram incluídos pelos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) numa lista dos "Predadores da Liberdade de Imprensa" referente a 2010, por censurarem, prenderem ou torturarem jornalistas.
O Presidente Hu Jintao, secretário-geral do Partido Comunista Chinês, garante a implementação do seu programa de uma "sociedade harmoniosa" fazendo com que a polícia e o departamento de propaganda impeçam o surgimento de qualquer imprensa livre, disse aquele grupo defensor da liberdade dos jornalistas.
Quanto ao "paranóico Querido Líder" norte-coreano, Kim Jong-il, proibiu os meios de comunicação social de debaterem a fome que matou milhões de norte-coreanos durante a década de 1990. E em cada dia que passa as suas actividades iniciam os telejornais e ocupam as primeiras páginas dos jornais, bastando escrever ou pronunciar mal o seu nome para se ir parar a um campo de reeducação.
Do Presidente zimbabweano Robert Mugabe afirma-se que "arrasta os pés, sabotando o Governo de Unidade Nacional e garantindo que a imprensa independente não se expresse livremente", enquanto os seus adjuntos mantêm um rígido controlo da comunicação social estatizada.
No que se refere ao Presidente do Conselho de Estado de Cuba, Raúl Castro, "tem-se comportado pouco melhor do que o irmão (Fidel) no que diz respeito aos direitos humanos, apesar de alguns sinais cautelosos de uma possível abertura". E o chamado período de transição testemunhou a contínua perseguição de jornalistas independentes, com brutalidade policial e rusgas pela Segurança do Estado.
Outro dos "predadores" denunciados pelos RSF é o Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, agora muito interessado em ser membro pleno da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na qual o seu país já tem o estatuto de observador. Dele se diz que mantém o controlo absoluto do seu pequeno estado produtor de petróleo, limitando-se a imprensa privada a alguns pequenos jornais. No país não há sindicato de jornalistas nem qualquer organização que defenda a liberdade de imprensa.
No rol das "poderosas pessoas que estão por trás das violações da liberdade de imprensa" surgem de igual modo o chefe da junta militar birmanesa, general Than Shwe, o chefe dos taliban, mullah Mohammad Omar, o Presidente da Bielorússia, Alexandre Lukashenko, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, o rei Abdullah da Arábia Saudita e o Líder Supremo da República Islâmica do Irão, Ali Khamenei, tal como o Presidente desse mesmo país, Mahmoud Ahmadinejad.
Para além do coronel líbio Muammar Kadhafi e do Presidente sírio, Bashar al-Assad, a enorme lista dos "predadores da liberdade de imprensa" refere ainda os cartéis mexicanos de narcotraficantes, o grupo separatista basco ETA e as redes italianas do crime organizado, como a Cosa Nostra, a Camorra, a 'Ndrangheta e a Sacra Corona Unida.
No que diz respeito às terras do Médio Oriente, os retratos elaborados pelos RSF incluem tanto as Forças de Defesa de Israel como a Força Executiva do Hamas e as forças de segurança da Autoridade Palestiniana.
“Não sendo vidente, tão-pouco profeta do devir, nunca confiei na Germânia, pese embora louve e agradeça o poderoso contributo alemão para o progresso das ciências, desde logo devido as grandes figuras da Física, Química, Matemática e Pensamento europeu. Todavia o “Pathos da estratégia política alemã vai muito além do monstro Hitler… A tragédia teve início em 1871 aquando da fundação da actual Federação de Estados da Germânia, por Bismark. Afinal, o grande sonho da Germânia desde os tempos do grande império romano perdura: a dominação total do espaço europeu continental. Está-lhes no sangue… O tempo ditará os próximos capítulos… Mas não se iludam!”
A Transnístria, região separatista da Moldávia, vai eleger o seu presidente em 11 de dezembro, num escrutínio que faz parte de um estranho acordo entre o seu protetor russo e a Alemanha, e que visa resolver um conflito que se arrasta há 20 anos.
Até agora, as eleições na Transnístria, um estado não reconhecido por qualquer país do mundo, não tinham nenhum interesse: há 20 anos que Igor Smirnov as ganhava invariavelmente. Mas agora tem concorrência [o Gabinete Central Eleitoral registou seis candidatos] e as pessoas estão todas excitadas.
Smirnov aparece em segundo lugar nas sondagens, atrás de Anatol Kaminsky, presidente do Soviete Supremo [Parlamento Local], apoiado por Moscovo.
Ali, o apoio de Moscovo é mais do que cartazes de Vladimir Putin ou estátuas de Lenine. A Rússia paga os salários dos funcionários públicos e complementos de reforma.
O dinheiro circula em malas, um sistema primitivo, quase medieval, de comprar almas. Recentemente, as pensões complementares passaram a ser diretamente distribuídas pelo Soviete Supremo.
Não é muito – mas para uma pensão de cerca de 38 euros por mês, um extra de 11 euros é significativo. E isso reflete-se nas sondagens.
Berlim exigiu provas de boa vontade
Moscovo tentou impedir Igor Smirnov de concorrer, na esperança de que a remoção do velho serviçal mudasse a imagem do país: a de um bastião soviético.
Os russos encetaram negociações com os alemães para uma nova configuração da segurança na Europa [com um estatuto especial para a Transnístria e a resolução do conflito latente contra a liberalização de vistos para os russos na UE].
Mas Berlim exigiu provas de boa vontade: se a Rússia quer ser um parceiro credível, tem, pelo menos, de demonstrar a sua vontade em resolver o conflito na Transnístria.
Isso não vai acontecer, mas pode enganar os alemães, levando-os a pensar que está a tentar. O sacrifício de Smirnov pareceu-lhe um método eficaz.
Só que este fingiu não perceber, e teve de levar a cabo uma investigação na Rússia contra o seu protegido, que terá desviado cinco milhões de dólares [3,7 milhões de euros] do dinheiro enviado pelo Kremlin para o território.
O poder russo apoia Kaminski. Mas se Smirnov permanecer no lugar, pode argumentar para os europeus (leia-se: os alemães): veem, tentámos substituí-lo, mas o povo da Transnístria apoia-o, não controlamos a situação.
Se Kaminski ganhar, o Kremlin vai dizer: pronto, colocámos um tipo mais jovem e mais reformista em Tiraspol, falem com ele. A questão é que Smirnov e Kaminski têm posições semelhantes: independência em relação à Moldávia e nem pensar em reintegrar a Rússia.
Moscovo ganha de qualquer maneira
A pressão alemã, forte desde o início de 2011, deu frutos, pelo menos formalmente. Pela primeira vez desde 2006 [quando foram suspensas, por imposição de Tiraspol, as conversações no formato 2+5: Moldávia e Transnístria, e ainda UE, Rússia, Estados Unidos, Ucrânia e OSCE], as negociações formais entre Chisinau e Tiraspol foram retomadas em Vilnius, em 30 de novembro deste ano.
Mas essas sessões parecem uma espécie de encenação com comissários políticos soviéticos: finge-se discutir e pode ser que os europeus acreditem nisso.
Mas não é possível acreditar. Veja-se este número: um défice orçamental de 70%. A Transnístria vive totalmente dependente de Moscovo. Quando a Moldávia soviética rompeu com a URSS, em 1991, 40% da indústria ficou na Transnístria, com apenas 10% da população.
As fábricas funcionam com gás russo, cujos pagamentos em atraso se acumulam, chegando a dívida a cerca de dois mil milhões de euros. No caso de se dar uma reunificação da Moldávia, num modelo federativo, a Rússia iria exigir o pagamento da dívida. Moscovo ganha de qualquer maneira.
A economia da Transnístria é artificial: energia russa gratuita e exportações para a Europa, graças aos esforços e às negociações lideradas por Chisinau com a UE (750 empresas da Transnístria estão registadas em Chisinau e exportam para a UE sem pagar impostos ao Estado moldavo).
Se a Rússia quisesse realmente alterar a situação, bastava-lhe cortar o gás gratuito – e a pseudo-economia da região sucumbia em poucos meses. Mas porque havia de fazê-lo? Para já, ganha com qualquer dos eleitos em Tiraspol, enganando facilmente os alemães.