Escrever que o derradeiro encontro da 100.ª edição do Open da Austrália foi a mais longa final masculina de um torneio do Grand Slam de que há registo, resume em poucas linhas o que se passou na Rod Laver Arena. Infelizmente, como o próprio campeão disse, não podiam ganhar os dois intervenientes. Ao fim de quase seis horas de um jogo emocionante e cheio de intensidade, Novak Djokovic foi o mais forte. E derrotou, pela terceira final consecutiva de um major, o rival Rafael Nadal.
“Rafa, tu és um dos melhores tenistas de sempre, um dos mais respeitados no circuito. Hoje, fizemos história. Infelizmente, não podia haver dois vencedores e desejo-te o melhor para o resto da época. Espero que tenhamos muitas mais finais”, disse Novak Djokovic com a Norman Brookes Challenge Cup na mão, no seguimento da vitória, por 5-7, 6-4, 6-2, 6-7 (5-7) e 7-5. Quando o líder do ranking fechou o terceiro set ao fim de duas horas e meia de jogo, poucos foram os que acreditaram nas hipóteses de Nadal, apoiados nas estatísticas que mostram que o último campeão na Austrália depois de recuperar de 1-2, triunfou em 1988. Mas Nadal encontrou forças para reagir e salvou três break-points quando perdia por 2-4. Essa reacção, apoiada pelos 15 mil espectadores que lotaram a Rod Laver Arena, levou-o mesmo a forçar o tie-break, que o sérvio liderou por 5/3. Mas ao beneficiar de um falhanço perto da rede do adversário, Nadal passou a comandar por 6/5 e concluiu após mais um erro do adversário, deixando-se cair de joelhos enquanto celebrava. Na partida decisiva, entre dois jogadores com bons registos em cinco sets — Nadal, com 15-3, e Djokovic, com 14-5 — o espanhol parecia menos cansado. Djokovic foi o primeiro a acusar o desgaste e o número dois do ranking aproveitou para fazer o break para 4-2 — o que não acontecia desde o segundo set. Mas um erro incrível de Nadal com o court aberto, a 4-2, 30-15, abriu caminho para o contra-break. Após o 4-4, Djokovic beijou o crucifixo e dispôs de um break-point no jogo seguinte, salvo com um grande serviço. Mas seria a 5-5, que o sérvio aproveitou uma quebra do espanhol para o quebrar e servir para fechar o encontro. Djokovic falhou a primeira oportunidade, colocando um smash na parte inferior da rede, entregando ao espanhol um break-point. Mas à segunda oportunidade, o sérvio serviu forte e, a meio do court, somou o 57.º winner, para fechar ao fim de cinco horas e 53 minutos, ultrapassando o anterior recorde da final do Open dos EUA de 1988, quando Mats Wilander bateu Ivan Lendl em quatro horas e 54 minutos, e do encontro mais longo no Open da Austrália (cinco horas e 14 minutos, entre Nadal e Fernando Verdasco, em 2009). Djokovic, que já tinha estado cinco horas no court 48 horas antes, para ultrapassar Andy Murray, nunca tinha ganho dois encontros seguidos em cinco sets. Pela primeira vez também, os dois finalistas tiveram que se sentar durante os longos discursos da cerimónia de encerramento para evitar as cãibras. Num encontro que terminou às 1h35 da manhã de segunda-feira em Melbourne, Djokovic somou 193 pontos, enquanto Nadal acumulou 176. E o sérvio juntou-se à restrita elite dos jogadores na Era Open que já conquistaram três torneios do Grand Slam consecutivos: Rod Laver, Pete Sampras, Roger Federer e Nadal. Por seu lado, Nadal tornou-se no primeiro tenista a perder três finais do Grand Slam consecutivas.
A tenista bielorrussa Victoria Azarenka venceu hoje a russa Maria Sharapova na final do Open da Austrália, conquistando o seu primeiro Grand Slam e a liderança do ranking Mundial feminino, em dois sets, por 6-3 e 6-0.
Em Melbourne, na estreia em finais no Grand Slam, Azarenka, de 22 anos, apesar do nervosismo inicial, venceu o encontro em pouco mais de uma hora (01h22) e garantiu a subida ao primeiro lugar do ranking WTA, na segunda-feira, sucedendo à dinamarquesa Caroline Wozniacki. A bielorrussa, terceira cabeça de série do torneio, permitiu que Sharapova, quarta favorita, se adiantasse no primeiro set (2-0) e chegou a sofrer um 0-30 no terceiro jogo, mas conseguiu encetar a reviravolta em 46 minutos. A viragem no encontro ficou ainda mais acentuada no segundo set, que começou com Azarenka a quebrar o serviço de Sharapova, que não conseguia contrariar o domínio, e terminou com um demolidor 6-0, após 36 minutos. Sharapova, de 24 anos, que já venceu em Melbourne, em 2008, Wimbledon, em 2004, e o Open dos Estados Unidos, em 2006, ainda persegue o seu quarto triunfo num Grand Slam, desde que foi afectada por uma lesão no ombro direito. Já Azarenka segue invencível em 2012 - antes tinha ganho o torneio de Sydney frente à chinesa Na Li - tendo afastado a belga Kim Clijsters, que defendia o título de 2011, nas meias-finais do Grand Slam australiano.
(CNN) -- The disaster that wrecked a luxury cruise liner and killed at least six passengers has left officials and experts on maritime navigation searching for answers -- fast.
But two days after the massive ship hit rocks and rolled spectacularly on its side, answers were in short supply.
Why was the ship -- with 3,200 passengers and 1,000 crew members -- so close in to shore in an area where local sailors say the sea bed is pockmarked with rocks? What happened in the minutes after the ship ran aground? Why was no "mayday" distress signal sent?
Costa Cruises issued a statement saying "preliminary indications are that there may have been significant human error on the part of the ship's Master, Captain Francesco Schettino."
"The route of the vessel appears to have been too close to the shore, and the captain's judgment in handling the emergency appears to have not followed standard Costa procedures," the statement added
Seeking answers to cruise ship grounding
Captain blames charts for crash
Photos: Cruise ship runs aground off Italy
Map shows location of disaster
Italian prosecutors announced plans to seize the ship's data recorders, which some refer to as "black boxes." Authorities hope to complete an analysis revealing what happened within a few days.
The ship hit rocks off the coast of Tuscany on Friday, leaving 20 people injured in addition to those killed, authorities said.
According to the Italian Coast Guard, the Costa Concordia was simply too close inland. But what authorities, and the cruise line, can't answer is why.
Capt. Cosimo Nicastro, spokesman for the Italian Coast Guard, said authorities "know what the cause" was: "The water went on board."
"Why he (the captain) went so close is why we are investigating," Nicastro said.
Schettino, who is under arrest, denies the assertion that he had steered the ship too far inland.
"We were about 300 meters (1,000 feet) from the shore, more or less," Schettino said after the accident.
There was a "lateral rock projection," he said. "Even though we were sailing along the coast with the tourist navigation system, I firmly believe that the rocks were not detected, as the ship was not heading forward but sideways, as if underwater there was this rock projection," he said.
But Nicastro insists "every danger in this area is on the nautical chart. This is a place where a lot of people come for diving and sailing. ... all the dangers are known."
Schettino is facing charges of manslaughter, causing a shipwreck and abandoning ship, while passengers were still on board, according to Italy's ANSA news agency.
But, according to ANSA, Schettino says he and his crew were "the last to abandon ship."
Costa Cruises is owned by Carnival Corporation. Carnival issued a statement Saturday saying it was "deeply saddened" by the "terrible tragedy."
"We are working to fully understand the cause of what occurred," the statement said.
Carnival officials did not immediately return a call Sunday from CNN requesting further comment regarding the wreck or the safety of its other cruise lines, such as Carnival Cruise Lines, Holland America and Princess Cruises.
Local authorities and residents told CNN they believe that after sustaining damage from what it struck, the ship sailed at least half a mile north, and the captain turned it around toward land, where it toppled.
'Chaos' as cruise ship hits rock
American survivors of ship wreck speak
Survivors from Italian cruise ship speak
Cruise passenger felt 'totally abandoned'
Experts on cruise-ship safety say there is no way to know immediately what went wrong.
"Human error or navigational error is a real possibility," said Peter Wild, a cruise industry consultant and former navigating officer. "Those are the two most likely causes" in general, he said, noting that a combination of the two could be to blame.
But there are examples of cruise ships hitting uncharted rocks, he said.
Chris McKesson, professor of naval architecture at the University of New Orleans, told CNN that Giglio, where the Costa Concordia wreck took place, "is probably pretty well-charted. The Mediterranean has been traveled for some thousand years."
"Looking at the pictures of the damage, it almost looks as if they saw it at the last minute, and they tried to swing the ship to the right to miss... But just like when you're driving an RV or something, when you swing the nose to the right, the tail swings little to the left. If you look at the photos of the ship, you can see that the rock embedded in the side of the ship's left port side...as if exactly that happened. She swung her tail over and kissed that rock."
Cruise ships that travel on international voyages, include the Costa Concordia, are subject to the regulations of the International Maritime Organization, a U.N. agency.
"Passenger ships in operation today are subject to a vast array of regulations and standards covering every aspect of ship construction and operation," the IMO website says. "A number of incidents over the years have led to improvements in safety requirements," the site adds.
Costa Cruises, in its statement Sunday, said it "complies very strictly with all safety regulations and our personnel are committed, first and foremost, to guest safety and security.." All crew members are trained in basic safety and emergency management, and their skills are tested periodically by Coast Guard authorities, the statement said.
Survivors of the wreck, however, described crew members who appeared overwhelmed. "There wasn't anybody to help you," said passenger Vivian Safer. "I mean, the passengers were loading the lifeboats by themselves."
The industry association representing cruise lines emphasized Sunday that disasters are rare.
"Any given day in excess of 300,000 people are on board our ships, being safely carried to various locations throughout the world," said Michael Crye, executive vice president of the Cruise Line International Association.
In general, if something goes wrong and a ship starts to take on water, "You either take the ship back to a safe port, if it's possible to do that," Crye said, or "if the ship is in imminent danger there are procedures and protocols for abandoning ship."
The captain has to make a series of decisions, Crye said. He could leave the ship, if he delegates certain responsibilities, but the captain is in charge of the safety of the vessel and remains in charge until everyone on board is safe, Crye said.
As for a mayday signal, Crye said the captain is required to report to authorities any "marine casualty," a term that includes damage to the ship that can compromise its safety and ability to safely return to port. The captain "is a professional. He must at that point weigh the risks of taking one course of action vs. another," Crye said.
Taking place 100 years after the sinking of the Titanic, this disaster is "remarkably similar," McKesson said. "Titanic similarly grazed an object on her side. In her case, it was an iceberg, and in her case as the water came in, she tore multiple compartments open..
"The result of that accident in the engineering side was that we rewrote the ways that we design ships, and those bulkheads that separate the compartments run all the way up to the main deck of the ship. So, you can't get that cascading effect. And we design ships to withstand a certain number of those compartments being breached simultaneously."
Crye agreed that the damage to the Costa Concordia "appears similar to the damage of the Titanic." But "this was a grounding, not an iceberg," and "in a well-traveled area close to shore -- not in the middle of the ocean."
It's too soon to know whether any new regulations are needed to avoid a disaster like this, said Crye. But, he said, "If corrected measures are necessary, I can assure you that we, alongside the Italian authorities, will be suggesting those changes be made."
An old woman in a plain gray dress and a shopping bag full of oblong orange squashes called out to me from down the street. I had no idea what she was saying – and that couldn’t have made me happier. After all, I had come to her rural village – Malhadas, in the northeast corner of Portugal – with the specific hope of not understanding anyone.
Seth KugelA local woman in Malhadas, who thought the author was in town to read the electric meters.
“Ah, you don’t speak Mirandese,” she said, switching to Portuguese, a language I speak fluently after living for several years in Brazil. “I thought you were the guy who comes to read the electric meters.”
It was a reasonable guess: strangers in isolated Malhadas are not common. But in fact I was there to take a reading of sorts. I wanted to hear as much as I could of Mirandese, Portugal’s second official language — whether from the customers at the nearby Café Córdoba, old men chatting on a bench, or a woman on her way home from shopping. People build trips around all kinds of things: scenery, wildlife, food, folklore, music. Why not language?
I didn’t plan to learn Mirandese, mind you. Three days wouldn’t get me very far, and the language, spoken by just 10,000 or 15,000 people on what is known as the Planalto Mirandês (or Mirandese Plateau), who all also speak Portuguese, is hardly a useful tongue. But I had often run across references to isolated linguistic pockets in Europe, and this time I wanted to explore one first hand. And I could think of few defining travel concepts more frugal than a language: some say talk is cheap, but in fact, it’s free.
In 1999, Mirandese became Portugal’s second official language, thanks to regional lobbying and a lawmaker sympathetic to the cause. That doesn’t mean much in practice, but symbolically it was a matter of great pride to just about everyone I met; the distinction all but stopped dismissive talk of Mirandese as a dialect of Portuguese. A Romance language in the Astur-Leonese family, it is now taught as an elective in the region’s public schools, and bookstores sell a handful of books written in or translated into Mirandese, including a translation of the epic Portuguese poem “The Lusaids” and that oft-translated children’s classic, “L Princepico” — “The Little Prince.”
The entire region spoke Leonese, a language that predates Mirandese, when the area was part of the kingdom of León in the Middle Ages, explained Carlos Ferreira, a Mirandese speaker who runs a regional tourism organization. After Portuguese independence in the 12th century, the Mirandese region became distant and isolated enough from the rest of the country that efforts to preserve the language began.
The language is least in evidence in Miranda do Douro, at about 2,000 inhabitants the region’s largest town. But I did visit the beautifully preserved old city, where the Andrade book store sells Mirandese books and a museum, Museu da Terra de Miranda, celebrates the region’s agricultural and cultural traditions with exhibits of ancient handmade furniture, farm and artisan tools, and a collection of capas de honra – traditional and oddly religious-looking robes that until early last century were daily dress for men.
Instead of staying in Miranda do Douro, as the mostly Portuguese and Spanish tourists who come every summer do, I searched for a room in one of the surrounding smaller towns. I chose the cheapest option: the Restaurante Residencial Gabriela in Sendim, about a half-hour from Miranda. For 25 euros (about $30) a night, breakfast included, I spent two days in one of a dozen or so immaculate, modern rooms that would easily fetch two or three times as much in other parts of Europe.
As I found out that night at the inn’s restaurant, I was not just the only guest at the hotel, but also the only diner. It took just a few minutes for Lurdinhas Fernandes, who runs the place with her sister, to invite me to eat with the family in the kitchen. They were gathered next to the fireplace that simultaneously warms people, grills meat and smokes the homemade alheira sausage that hung overhead.
The centerpiece of dinner was posta Mirandesa, the region’s signature dish. It’s a veal steak cut from the hind quarters of Mirandese cattle, served with a vinaigrette sauce that Lurdinhas claimed was invented by her grandmother for whom the restaurant is named. It came with quartered and fried potatoes, salad, a pitcher of red wine, and for dessert, a mild cheese of mixed cow’s and sheep’s milk served with exquisite homemade jams in seven (!) flavors: pear, squash, fig, plum, cherry, sour cherry and quince.
They would end up charging me 21 euros, but it was more than worth it, especially when you include the value of the hours-long Mirandese lesson I got at the table from Lurdinhas’s husband, Altino Martins.
Altino, who had grown up speaking Mirandese in the village of Paradela on the Douro River bordering Spain, helped me through a children’s illustrated vocabulary book I had bought in Miranda do Douro hours earlier: “Las Mies Purmeiras Palabras an Mirandés” (“My First Words in Mirandese”). We worked on pronunciation and he pointed out words that were quite different from their Spanish or Portuguese equivalents: sheep is canhona, knee is zinolho, snowflake is farrapa. Most memorable was how Mirandese distinguishes grandmother and grandfather, both of which are spelled abó. When necessary, grandfather becomes l abó de las calças (grandparent of the pants) and grandmother is l’abó de la saia (grandparent of the skirt). Insensitivity to male cross-dressers and female jeans-wearers notwithstanding, can we all agree that that is adorable? (Another favorite: the phrase for rainbow is cinta de la raposa, fox’s belt.)
Altino explained how isolated the region had been even in the 1950s, when he was a small child. He did not see his first motor vehicle until he was 5 or 6; later, Spanish engineers building a hydroelectric dam on the river “zoomed” through town in cars going 20 or 25 miles per hour, delighting and terrifying the children. He also said that when local donkeys were no longer able to work, villagers would lead them to the cliff by the river and push them over, their bones to be picked clean eaten by vultures.
As I wandered the villages over the next two days, I found fluency in Mirandese to be more common among older villagers, but one of many exceptions is Duarte Martins (not related to Altino), a young man from Malhadas who is a Mirandese teacher. “I speak Mirandese to defend my way of being, my way of interpreting the world,” he said over beers in the Rochedo Bar in Miranda do Douro. Indeed, he added, there are locals with whom he only speaks Mirandese.
I was welcome to attend his class, he said, but school was out for Christmas break. Instead, he gave me several editions of La Gameta, the annual journal of student works in Mirandese he has professionally published. (“La Gameta” means “The Lentil.”)
Because written Mirandese resembles Spanish and Portuguese, I could at least catch the drift of the stories and essays in the journal – some of which were clearly personal and others which seemed to be recounting folk tales told by family or neighbors – stories of hens and monsters and shepherds and religion. History lent a poignant note to the texts: Mirandese had been forbidden under the Portuguse dictator António de Oliveira Salazar (who ruled from 1932 to 1968); many of the students’ parents had not learned to speak Mirandese, let alone write it. Now their children could see their own Mirandese works in print.
The day after I met Duarte, I set off to visit more villages. In tiny Paradela, Altino’s birthplace, I stopped in a little cafe called O Paradela. They weren’t serving lunch, but a friendly young woman named Teresa seated me by the fireplace and said she could make me a plate of housemade chouriço (the local sausage), ham and cheese (4 euros). I thumbed through an edition of La Gameta as I waited.
As she brought me the food, she saw what I was reading. “Hey, I wrote something in there,” she told me. “That’s from 2004, right?” It was. She leafed through until she found a short story called “L pastor i l spagnolo,” (“The Pastor and the Spaniard”). At the bottom, it read “Teresa Preto, 9th Grade.”
I couldn’t make it all out, but the gist was clear: a Mirandese shepherd was tending his flock near the border and was approached by a Spaniard. “Who eats more, the white sheep or the black sheep?” the Spaniard joked. The shepherd, preferring not to be bothered, responded with a racy nonanswer involving kissing the sheep’s posterior, and the Spaniard learned never to pester local shepherds again.
It may not have been great literature, but its setting could not have been more local: the Spanish border was just a few hundred yards away. I drove up after lunch, stopping at the edge of a striking cliff overlooking the Douro River and, beyond it, Spain. No shepherds or Spaniards in sight. I wondered, though, if this was the spot where old donkeys met their sad fate. My gaze wandered to the still-functioning hydroelectric dam, which brought the first cars (ls purmeiros carros, if my Mirandese is correct) to the village little more than half a century ago.
O governo autónomo da Escócia quer que o referendo à independência em relação ao Reino Unido se realize no Outono de 2014, ou seja, muito depois da data pretendida por Londres.
A revelação foi feita no mesmo dia em que o Governo britânico definiu as condições em que o executivo nacionalista de Alex Salmond será autorizado a realizar o referendo, insistindo que uma consulta sem o aval de Westminster será inconstitucional.
Segundo a proposta apresentada pelo ministro para a Escócia, Michael Moore, o boletim de voto deverá apenas incluir as opções “sim” ou “não” à independência, ficando afastada a hipótese de questionar os eleitores sobre a possibilidade de uma autonomia ainda mais alargada para a região. Esta opção tem o apoio da vasta maioria da população escocesa e Londres teme que seja usada para, posteriormente ao referendo, ser usada por Salmond para exigir mais poderes.
Londres quer ainda que seja a comissão eleitoral britânica, e não um organismo local, a supervisionar o referendo e que este se realize “mais cedo do que tarde”.
Reagindo a esta iniciativa, o primeiro-ministro escocês reafirmou que o “referendo será feito na Escócia” e aprovado pelo Parlamento de Edimburgo, pelo que “não vale a pena [o Governo britânico] tentar puxar os cordelinhos por trás da cortina”.
“O Outono de 2014 é a data que oferece melhores condições para a Escócia ter um referendo pensado”, disse Salmond, em entrevista à Sky News, acrescentando que realizar a consulta no prazo de dois anos e meio "permitirá aos eleitores ouvir todos os argumentos”.
O primeiro-ministro escocês foi reeleito com maioria absoluta em 2010, prometendo avançar com a velha causa da independência da nação, actualmente parte do Reino Unido. A data de 2014 permite a Edimburgo beneficiar do efeito das celebrações dos 700 anos da batalha de Bannockburn, em que os escoceses bateram o Exército inglês.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que como todos os restantes líderes partidários do Reino Unido se opõe à cisão, disse estar disponível para autorizar Salmond a realizar a consulta, mas nos termos definidos por Londres e no mais breve prazo possível, alegando que a actual incerteza está a prejudicar a economia da região (em cujo mar se concentram os recursos petrolíferos do país).
Segundo as últimas sondagens, os escoceses favoráveis a uma separação do Reino Unido são minoritários – 38% segundo as últimas sondagens apoiam a ideia –, mas uma esmagadora maioria apoia uma maior autonomia, incluindo em termos fiscais para a região.
A previsão foi sustentada na tese de mestrado 'Sobre o Conceito de Centralidade Económica: Uma Aplicação a Nível Internacional', defendida em Dezembro, onde desenvolveu um índice que determina o posicionamento internacional de um país, dado o nível de actividade económica e a distância geográfica entre os países.
Através da aplicação do índice a 174 países, o economista, mestre em Economia Portuguesa e Integração Internacional pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), apurou que a Europa é a região com maior centralidade económica e que "Portugal, apesar de se encontrar numa posição relativamente periférica para a Europa, apresenta um bom nível de centralidade para outros mercados, como Brasil e América do Norte".
Com o alargamento do canal do Panamá, que deverá estar concluído em 2014, a centralidade da economia portuguesa aumenta: "O alargamento do canal do Panamá vai permitir reduzir significativamente as distâncias das exportações dos continentes asiático e americano e, ao encurtar essas distâncias, o nosso nível de centralidade vai
subir", afirmou Paulo Borges.
"Aí, sim, Portugal tornar-se-á a porta de entrada de mercadorias para a Europa", uma vez que "o primeiro porto que encontram é o de Sines".
Esta particularidade pode permitir o desenvolvimento de um grande 'hub' [plataforma de redistribuição] de mercadorias, a exportação directa para o centro da Europa por via-férrea e a redistribuição, por transporte marítimo através de barcos mais pequenos, para a costa africana e para o Mediterrâneo, detalha.
Para que a plataforma de Sines se afirme como central no comércio europeu, é fundamental o transporte de mercadorias de alta velocidade em bitola europeia. A Comissão Europeia autorizou que Portugal aplicasse os fundos que estavam destinados à alta velocidade ferroviária (TGV) na ligação em bitola europeia dos portos portugueses ao resto da Europa.
"Com o transporte ferroviário de mercadorias a funcionar, facilmente escoaremos as mercadorias para o centro da Europa ou Espanha, evitando os vários dias de transporte que os barcos demoram a chegar à Alemanha ou à Holanda", explicou Paulo Borges, realçando como grandes vantagens os "custos mais baixos e ecologicamente mais
eficientes de transportes".
O porto de Sines é o único porto de águas profundas em Portugal e integra cinco terminais especializados (granéis líquidos, petroquímicos, multiusos, gás natural liquefeito e contentores), dois portos interiores e uma plataforma de logística moderna.
Na área energética, é "a principal porta de entrada em termos de abastecimento", sendo uma "alternativa ao gasoduto terrestre, movimentando mais de 50%do gás natural consumido em Portugal".
O terminal de contentores é "o único no País que permite a entrada de mega navios porta contentores das rotas transcontinentais de última geração". No complexo portuário está ainda um porto de pesca, infra-estruturas de apoio à actividade piscatória local e um porto de recreio, o único na costa entre Setúbal e o Algarve.
Este post vai provavelmente doer a muita gente, mas como a palavra esotérico, significa algo oculto, vedado às massas, de acesso só às elites. Apesar de ser jovem estudei e investiguei a história na sombra por detrás da 1ª GG, da 2ª GG, da Guerra do Ultramar, do 25 de Abril e subsequente infame descolonização. Logo não posso compactuar com a mediocridade intelectual pós-abrilista que deturpou o que foi o Estado-Novo e a postura do Dr. Oliveira Salazar e mesmo do Dr. Marcelo Caetano, verdadeiros patriotas que se recusaram a vender parcelas de Portugal, como é o caso das colónias principalmente Angola e o protectorado político-militar Cabinda (ainda o continua a ser aos olhos do Direito internacional).
Como Português, Patriota e de ideologia Templária, obviamente sou Salazarista convicto apesar de ter nascido depois do 25 de Abril. Não me revejo porém nas ideologias Fascista (Italiana) e Nacional-Socialista Alemã (Nazismo) supostamente de direita, nem no Comunismo (em todas as suas sub-ideologias) supostamente de esquerda, mas se analisarmos na prática estas três ideologias eram muito semelhantes no que toca a regímens políticos, uma vez postos em prática eram todos regimes autoritários e sanguinários. Coisa que o Estado-Novo nunca foi em Portugal.
Entristece-me, porém ver que para além da escumalha intelectual toda pós 25 de Abril, também os nacionalistas de cariz nazi que são pró-fascistas e dizem-se pró-Salazar, não percebam que Salazar como afirmou um dos maiores anti-salazaristas o historiador António José Saraiva, nunca foi Fascista, mas sim Nacionalista Português, pois o único fascista Português foi Rolão Preto desterrado por Salazar
Choca-me também a imagem deturpada que se vende do General Humberto Delgado e do cônsul Aristides de Sousa Mendes, que são endeusados desde a pós-abrilada. Quando eram na realidade dois troca-tintas.
O primeiro era um destacado situacionista (e depois agente da CIA que o matou em Espanha, quando percebeu que ele não era um fantoche totalmente controlável) como provam o trabalho feito enquanto Comissário Adjunto da Mocidade Portuguesa e Adjunto Militar do Comando Geral da Legião Portuguesa, desde o início destas organizações. O PCP apelidou-o de “General Coca-Cola”, aludindo às suas relações com a CIA. «Será interessante notar que a legalização da Coca-Cola, que Salazar sempre havia negado ocorreria após o 25 de Abril, sendo Mário Soares Primeiro-Ministro. Advogado da causa: Fernando Abranches Ferrão, advogado também de Humberto Delgado.»
«Fora da órbita comunista, havia de facto fortes razões para pôr em causa a pessoas. Delgado foi o autor do Guia Oficial da Legião, em 1937 dedicara o seu livro “Aviação, Exército, Marinha, legião” “a Salazar, o grande chefe da Revolução Nacional, em fervorosa, modestíssima e imprópria homenagem”. Mas e muito importante, escrevera em 1934 um livro que está hoje retirado de circulação, intitulado “Da Pulhice do Homo Sapiens”, onde consignou afirmações e princípios e afirmações do mais refinado estilo ditatorial, antidemocrático, para não dizer chauvinista e racista. Nessa obra chamara “traidor” a Afonso Costa, “bandido, Judas, mentiroso, velho idiota, velho traidor, imbecil” a Bernardino Machado, “ex-chulo, politico baixo, porco, malandro” a João Chagas, “clown, pulha, traficante, reles e malandro” ao engenheiro Cunha Leal. Sobre a República implantada em 1910, apodá-la-ia de “tuberculosa, ladra, vigarista”. No mesmo livro escreveria: “que me importa a mim que o preto adore Deus ou o Sol? Que adore Deus, ou um corno ou um escaravelho?”.»
«Fascista dissidente como lhe chamaria Álvaro Cunhal, sempre adoptou uma atitude dúbia. Nas suas “Memórias”, publicadas em 1964 pela Cassel, em inglês, Delgado teve, porém, o cuidado de referir que “nunca recebi qualquer afronta pessoal do Dr. Salazar” e que “pelo contrário ele próprio sugeriu sem qualquer solicitação da minha parte, a oferta de vários cargos, incluindo dois na aviação” e ainda que o Presidente do Conselho de Ministros “sempre me permitiu expressar a forte discordância com ele, talvez devido à sinceridade e dedicação com que sempre o servi”. Tal e qual: sinceridade e dedicação!»
«Eis pois, o homem que em 1932 escrevera: “ aquém pensar que pretendo, berrando, metendo medo, preparar o meu futuro político direi… hoje o que está indicado a quem queria fazer vida pela política é declarar-se meio reviralhista ou reviralhista… de princípios”. Claro que em 1958 todos fizeram de conta que o passado tinha passado. Delgado passaria a ser uma figura grada do anti-fascismo e na Oposição. A amnésia gera disto.»
Nota: Destes dados sobre Humberto Delgado, foram retiradas algumas frases na sua totalidade, para não perderem o contexto, do artigo: “A Pulhice do Homo Sapiens”, de António Pina do Amaral, em jornal O Diabo nº1705, de 1/9/2009, pág. 9.
O Dr. Oliveira Salazar era Nacionalista Português. Para quem conhecer a postura e os estatutos dos Cavaleiros do Templo da Ordem de Cristo, que foram o garante da nossa nacionalidade no passado, em muito a recta intenção, elevação intelectual e a postura humanista e conscientiva do Dr. Salazar se assemelham à destes, na defesa do Império Português, por sinal o primeiro e pioneiro da Globalização e o último antes da passagem da Globalização para: “mundialismo selvagem do grande capital das sociedades secretas”.
Sou novo mas não sou estúpido nem carneiro formatado, o meu pai se fosse vivo teria hoje 85 anos e foi um dos muitos espoliados do Ultramar (neste caso de Angola), tive um tio ministro do Dr. Salazar. E sempre convivi com pessoas da esquerda à direita, mas em casa sempre me fizeram ver os podres e o oculto da revolução e da descolonização, tendencialmente seria mais de direita do que de esquerda, mas o meu passado de investigação e os muitos contactos que fui fazendo pelo mundo, levaram-me a perceber que esquerda e direita são duas faces duma mesma moeda controlada pelas mesmas pessoas (Sociedades Secretas negras), a quem Salazar se opunha.
Deixo-vos aqui o seguinte artigo muito bom, sobre essa temática, porque será que artigos como este não chegam a todos os Portugueses?
"Julgava que a esquerda não se "indignava" com as agruras sociais do sistema capitalista. Se bem me lembro, era por saberem melhor do que todos no que dá o capitalismo que os agentes da vanguarda o queriam destruir. Por isso é que este entusiasmo dos nossos partidos radicais com o movimento dos "indignados" é tão surpreendente. Por que raio há-de a esquerda querer abandonar a via organizada de superação ou regeneração do capitalismo - com manifestos escritos, doutrina sedimentada, sindicatos, partidos infiltrados nas instituições da "democracia burguesa" - e encostar-se a estes assomos infantis e inconsequentes de "cidadania"? O que é que ganha com a promoção destes aglomerados de sensibilidades incongruentes e tantas vezes apenas diletantes, que não levarão a lado nenhum? Sinceramente, parece-me que esta opção vai é exaurir o protagonismo e utilidade de partidos como o PCP, os Verdes ou o Bloco. Não tenho grandes dúvidas de que a recente diminuição de representatividade dos ditos tem a ver com estes movimentos anti-partidários de crítica difusa ao regime. Se a simpatia por aqueles partidos depende de uma predisposição para aderir a modas e ao politicamente correcto (mais no caso do Bloco, admito), então não há como vencer a concorrência desta alternativa de militância bissexta, onde aliás a irresponsabilidade é ainda mais acarinhada. Ao pé disto, até o Bloco é uma chatice. A abstenção indignada é o novo Bloco.Por este caminho, o futuro da esquerda é um beco sem saída: muito poder onde ele não serve para nada (a rua) e nenhum onde ele pode servir para alguma coisa (as instituições democráticas)." Francisco Mendes da Silva
Nuno Gouveia Hugo Chavez está hoje em todos os jornais portugueses (suponho que o mal seja geral) sobre uma teoria da conspiração onde acusa os Estados Unidos de terem induzido vários dirigentes sul americanos a contraírem cancro. Nada do que este senhor diz me surpreende, mas não deixa de ser sintomático que Chavez tenha sido em tempos (não sei se ainda o é) um ícone da esquerda mundial, especialmente durante o consulado de George W. Bush. Ainda há poucos anos não faltavam palavras elogiosas de vários políticos da esquerda a este palhaço. Por cá, e nem será preciso lembrar os elogios exagerados que sempre recebeu de governantes portugueses, recordo-me bem do trato favorável que Mário Soares lhe ofereceu. O antigo líder do PS dizia, com uma pinta de orgulho, que mantinha uma relação de amizade com o palhaço venezuelano e até chegou a oferecer-lhe uma hora de propaganda num lamentável programa na RTP. Com referências destas, como é que a esquerda pode ser levada a sério?