O atual fuso horário nas ilhas Samoa foi acordado em 1892. Na altura, a medida foi tomada para acertar o relógio com a Califórnia, na tentativa de favorecer as relações comerciais com os EUA.
Agora, ao suprimir um dia, as ilhas Samoa passarão a estar num fuso horário semelhante ao da Nova Zelândia e Austrália. Até agora, segundo o presidente samoano, o país estaria em desvantagem em relação à Austrália e Nova Zelândia: "Ao fazer negócios com os dois países perdíamos dois dias úteis por semana".
As ilhas Samoa, que estão bastante perto da linha internacional de data, adiantam-se assim um dia e passam a estar três horas à frente Austrália e uma da Nova Zelândia.
A notícia foi dada pelo primeiro-ministro samoano, Tuilaepa Sailele Malielegaoi, e já está a gerar polémica, sobretudo entre os samoanos com negócios no ramo da hotelaria. Até agora, Samoa era o último país a ver o sol a pôr-se e passará, doravante, a ser o primeiro a ver a luz do dia. Esta mudança poderá implicar uma redução da atividade turística.
Ainda assim, alguns comerciantes samoanos olham com agrado para esta medida, salientando a sua importância para os negócios com os parceiros comerciais.
A Bolívia foi o primeiro país latino americano a ficar sem uma única loja McDonald’s e o primeiro país do mundo a ver esta cadeia encerrar por ter os seus números no vermelho durante mais de uma década. O documentário "Porque faliu o McDonald´s na Bolívia" tenta avançar com explicações para este fenómeno.
Depois de 14 anos de presença na Bolívia, a McDonald’s encerrou, em 2002, todos os seus estabelecimentos neste país, localizados nas cidades La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de La Sierra.
Apesar de ter promovido inúmeras iniciativas no sentido de contrariar os maus resultados obtidos, entre as quais campanhas publicitárias, espetáculos ao vivo, confeção de iguarias locais, a McDonald’s acabou por não resistir e fechou as oito lojas que detinha no país.
Encarado como um acontecimento inédito, o encerramento da McDonald’s na Bolívia já deu origem a um documentário no qual cozinheiros, sociólogos, educadores, historiadores e nutricionistas tentam explicar este fenómeno.
A mentalidade dos bolivianos aparece como justificação. A “fast-food” será a antítese da conceção que um boliviano tem de como se deve preparar uma refeição.
Esquerda.net
I'm a Bolivian living in the US, and I clearly remember when McDonald's opened up in Cochabamba (my hometown in Bolivia). I was eleven then and still lived down there. I couldn't wait for my dad to take us there, it was an attraction for quite a while. It actually was a luxury to eat at McDonald's, even for my middle class family. For way less than it would cost for my five member family to have a meal each at McDonald's we could pretty much have a banquet of incredibly tasty traditional Bolivian food (even fast food if we wanted). Bolivian's often say that we live to eat, not the other way around, and the size of our meals reflects that. McDonald's failed in Bolivia not because of the idealistic standards the article describes (High hygiene standards? In a third world country? Sure doesn't sound like my Bolivia.What about us being against fast food? Sounds alien to my people. You can find plenty of little mobile food stations all over the city, all of them with fast food or pre-prepared food ready to be served.) but because it was simply way too expensive for the majority of the population. A couple of dollars sure sounds cheap up here, but Bolivians had to pay exactly the same amount they would pay if they lived in the US; the prices were not adjusted to be affordable for the Bolivian people. With a nominal GDP of about $2000, in a country where the distribution of wealth is more than evidently unequal, what else did they expect? We would much rather pay a fraction for a flavorful feast than empty our pockets for an unsatisfying cardboard burger.link
Macedónios, moldavos e ucranianos disputam um passaporte búlgaro. A maioria pretende sair para outros países da UE; mas primeiro têm de enfrentar a administração búlgara.
"Pedi a nacionalidade búlgara, porque sou búlgaro. Como o meu pai, o meu avô e o meu bisavô. Tenho orgulho nas minhas raízes e quero que se leia no meu passaporte: cidadão da República da Bulgária.” Eis o que esperávamos ouvir quando nos pusemos na fila com dezenas de macedónios, ucranianos e moldavos desejosos de se tornarem nossos concidadãos – a Bulgária proporciona facilmente a nacionalidade a pessoas desses países que consigam provar a sua ascendência búlgara.
Mas em vez disso, a maioria deles diz abertamente que não está ali por se considerar descendente dos "khans" búlgaros, mas por motivos bem mais pragmáticos. "Se a Bulgária evoluir como a Eslovénia, se os salários crescerem e o nível de vida melhorar, fico por cá. Caso contrário, pretendo ir para Itália, com o meu novo passaporte. Era lá que gostaria de viver e trabalhar", confessa Dalibor Mirkovic, de 25 anos, oriundo de Deltchevo, na Macedónia.
Arrasta-se no meio da longa fila que se forma diante da Direção da Nacionalidade Búlgara, em Sófia, o organismo oficial responsável pela emissão de certificados de nacionalidade aos que acabam de ser naturalizados. Todos os dias úteis, das 9h30-12h00, 200 pessoas esperam pacientemente para receber o precioso documento que lhes abre o caminho para a obtenção de um bilhete de identidade e um passaporte búlgaros. Alguns pediram a naturalização há vários anos, outros mais recentemente e tiveram a sorte de o seu processo ter sido concluído mais depressa.
Jovens, sem trabalho nem habilitações específicas
Os novos búlgaros queixam-se de má organização, para não dizer caos, na espera dos certificados de naturalização. Muitas vezes, as pessoas ficam vários dias na rua, outros dormem nos carros, outros ainda em casa de amigos ou em hotéis baratos.
Entre os "candidatos", os macedónios são os mais numerosos. Como a maioria vive logo do outro lado da fronteira, vão e voltam de automóvel – há até empresas que se especializaram nesse tipo de transporte, perante a explosão do número de pedidos de naturalização. A maioria é muito jovem, sem trabalho nem habilitações específicas. Quando questionados sobre como as autoridades macedónias encaram este êxodo, respondem: "Estão-se nas tintas."
Hoje, Dalibor fez a viagem com os primos e alguns amigos, todos novos búlgaros. Mas nenhum deles quer ficar a viver cá. Todos pretendem ir "para o Ocidente". No entanto, para se candidatarem, tiveram de arranjar domicílio na Bulgária. "Não há problema nisso”, dizem. “Estamos todos registados na mesma morada. Em algumas cidades búlgaras, ao longo da fronteira com a Macedónia, é um verdadeiro negócio: em alguns endereços há, por vezes, várias centenas de macedónios registados.”
"A minha nova nacionalidade vai simplificar-me a vida"
Dalibor apresentou o seu pedido em outubro de 2010. Antes de chegar aqui, o jovem passou por todas as provas incluídas no novo Código da Nacionalidade. A parte mais difícil foi a entrevista – a que chama "o casting" – com os técnicos da Direção da Nacionalidade. Teve de defender as suas origens búlgaras, demonstrando domínio da língua. "Bastou-me contar-lhes a nossa história de família", confirma. "O meu avô é búlgaro.
Participou na Segunda Guerra Mundial. Morava em... (hesita um pouco) Pleven, é isso, Pleven (no norte da Bulgária). Em 1943, desertou do exército búlgaro e juntou-se ao exército sérvio. Comprou então um terreno perto de Deltchevo."
Duas dezenas de búlgaros da Bessarábia também esperam para receber o seu certificado de nacionalidade. Vêm da Ucrânia e da Moldávia. Alguns andam nisto há vários anos. Lilia Grekova, de 31 anos, chegou em 2003 de Bolgrad, na Ucrânia, uma cidade fundada por colonos búlgaros durante a Idade Média.
Estuda Psicologia na Universidade de Veliko Tarnovo (no centro): "Apresentei o pedido em 2006. A minha família tem uma árvore genealógica que remonta ao século XVIII. Do lado do meu pai, sei que somos de Iambol (no sul da Bulgária) e que emigrámos durante a ocupação otomana", conta, afirmando não querer ir embora logo que receba o seu novo passaporte: "A minha nova nacionalidade vai sobretudo simplificar-me a vida aqui, na Bulgária.”
Três anos depois de entrar em vigor, a chamada Lei de Netos válida na Espanha, prestes a expirar, já concedeu passaporte espanhol a cerca de 66 mil cubanos, e, pelos cálculos, esse número poderia ultrapassar 180 mil assim que forem resolvidas todas as solicitações de nacionalidade em trâmite, informaram à Agência Efe fontes consulares da Espanha.
O próximo dia 27 de dezembro é a data limite para que netos de imigrantes possam optar pela nacionalidade espanhola, uma possibilidade aberta pela Lei de Memória Histórica da Espanha. Em Cuba, essa norma representou uma onda de solicitações e longas filas diárias perante o consulado espanhol em Havana desde que a disposição entrou em vigor no final de 2008.
Mesmo após o fim desse prazo, a administração consular seguirá trabalhando no exame e resolução das solicitações pendentes, que no início de dezembro chegavam a 110 mil. A expectativa é que ainda sejam recebidas novas 15 mil nos últimos dias de vigência da norma.
Levando em conta que a percentagem de pedidos negados está em torno de apenas 4%, o número de novos espanhóis em Cuba será de entre 180 mil e 190 mil (cerca de 1,7% da população da ilha) quando terminar todo o processo, segundo estimativas do cônsul-geral da Espanha em Havana, Tomás Rodríguez-Pantoja.
Isso sem contar o "efeito multiplicador" da lei, já que esses novos cidadãos espanhóis podem também pedir a nacionalidade para seus filhos caso sejam menores de idade.
Antes da entrada em vigor da Lei de Netos, a comunidade espanhola em Cuba era de aproximadamente 28 mil pessoas.
Nos últimos três anos, recuperar a nacionalidade dos avós espanhóis se transformou em um boom na ilha, pois muitos cubanos veem no novo passaporte mais facilidades para viajar ao exterior ou simplesmente para emigrar.
O fenômeno até virou música do grupo Buena Fe & Frank Delgado. A tradução da letra de "Cubañolito" diz o seguinte: "meu irmão como é isto/ ninguém mais quer ser cubano/ e todo mundo anda buscando como coisa boa seus antepassados (...) Os ibéricos estão conseguindo o que os gringos não conseguiram/ Talvez para o ano que vem já sejamos súditos do rei Juan Carlos".
A cidadania espanhola não outorga aos cubanos nenhum direito adicional dentro da ilha, pois Cuba não reconhece a dupla nacionalidade e, até o momento, para sair do país e retornar as pessoas devem fazê-lo com passaporte cubano e as permissões exigidas pelas autoridades, segundo explicações do cônsul.
Seja como for, muitos cubanos se apressam nesses últimos dias de vigência da Lei de Netos e aguardam pacientes nas longas filas em frente ao consulado para apresentar seus papéis e solicitar o passaporte.
"Entrei nessa porque quero ir à Espanha, visitar amigos que tenho por lá, compartilhar, conhecer e trabalhar, se possível", relata à Agência Efe o cubano Félix, cujo avô nasceu nas ilhas Canárias, onde este havanês de 43 anos tem parentes com quem mantém contato.
"Um primo meu já terminou os trâmites e viajou faz pouco tempo. Eu penso ir assim que possível, quando planejar minha vida em Cuba. Tenho um filho mais novo que também poderia ser beneficiado por isso", explica Félix.
Já outros pensam em emigrar de forma definitiva, como a cubana Liuba, de 35 anos, que pretende partir à Espanha - onde já está sua mãe - com seu marido e sua filha de seis anos, dispostos a trabalhar "no que for".
Nessas filas, não faltam cubanos bisnetos de espanhóis que tentam ser beneficiados pela lei, embora essa opção não seja contemplada formalmente. A economista María, de 42 anos, quer de todas as maneiras tentar a sorte, porque considera o passaporte espanhol "um caminho aberto para o futuro".
A aplicação da Lei de Netos provocou em Cuba situações polêmicas como o caso dos descendentes de avós espanhóis que, após emigrarem, se casaram com estrangeiros. Com isso, perdiam sua nacionalidade de origem, conforme o código civil espanhol de 1954.
Essa discriminação pré-constitucional impediu agora os netos de imigrantes (exceto os de exilados pela Guerra Civil ou pela ditadura franquista) de obter nacionalidade espanhola, como reclama há três anos o cubano Jorge Félix Medina, de 39 anos. Neto de uma espanhola, ele tentou a cidadania da avó em diversas instâncias da Justiça, mas sem sucesso.
Ao longo do processo de aplicação da lei, o consulado espanhol também teve de enfrentar situações fraudulentas, como falsificação de documentos e "comércio" de entrevistas para apresentar as solicitações, entre outras.
As candidatas à sucessão de Cesária Évora como "a voz de Cabo Verde" são cabo-verdianas nascidas em outras partes do mundo, na maior parte dos casos em Lisboa. Mayra Andrade, a mais bem colocada, nasceu em Cuba e vive em Paris
Se Cesária Évora, falecida no sábado, era, é, “a voz de Cabo Verde” e o maior emblema internacional do país, o desaparecimento físico da diva dos pés descalços deixa vago, de certa forma, o lugar que a filha do Mindelo até aqui ocupava no panorama musical internacional. As candidatas à sucessão são várias e mais ou menos conhecidas, tendo em comum o facto de, ao contrário de Cesária, não terem nascido em Cabo Verde e serem, antes, filhas da diáspora crioula.
A principal candidata a desempenhar doravante o lugar de voz de Cabo Verde é, apesar da sua grande juventude, Mayra Andrade. Nasceu em Cuba e é possuidora da biografia mais peculiar de todas. Passou os primeiros anos na capital de Cabo Verde, mas desde cedo começou a percorrer várias capitais do mundo seguindo o padrasto, que era diplomata. Aos seis anos, instalou-se no Senegal, depois em Angola e na Alemanha, vivendo actualmente em Paris. É, Cesária à parte, a artista cabo-verdiana mais conhecida internacionalmente, lugar que conquistou logo com o primeiro disco, “Navega”, premiado em vários países europeus.
Logo atrás, na preferência do público, estará Lura. Com uma carreira de vários anos, consistente, nasceu em Lisboa, em 1975, e editou o disco de estreia, “Nha Vida”, em 1996. “Na-ri-na”, tema de Orlando Pantera incluído no álbum “Di Korpu Ku Alma”, de 2005, valeu-lhe o primeiro grande sucesso, posição que consolidou com o excelente “M´bem di fora”, de 2006. “Eclipse”, o seu último trabalho, não teve, porém, a mesma repercussão.
Outro nome incontornável, apesar da carreira internacional ainda incipiente, é o de Nancy Vieira. Nascida na Guiné-Bissau em 1975, vive em Lisboa desde os 14 anos e atingiu com o álbum “Lus”, de 2007, um dos momentos mais refinados da música cabo-verdiana mais recente. Antes disso, tinha trabalhado com alguns dos nomes grandes da música portuguesa, como Rui Veloso e Luís Represas, tendo publicado mais dois álbuns a solo e conquistado alguma notoriedade com o tema “Peca sem dor”.
Entre as mais conhecidas “cabo-verdianas” conta-se ainda Sara Tavares, a antiga vencedora do concurso televisivo Chuva de Estrelas, a qual, após um início de carreira titubeante, enveredou, nos últimos trabalhos, por uma ligação às suas raízes cabo-verdianas, cantando frequentemente em crioulo. Nasceu também em Lisboa, em 1978, e, embora não siga uma linha muito próxima daquelas que são as principais tradições musicais de Cabo Verde, tem vindo a cimentar uma carreira internacional da área da world music.
Também nascida em Lisboa, em 1981, Carmen Souza é outra das “cabo-verdianas” que tem vindo a cimentar uma carreira internacional importante. Funde a tradição musical das ilhas com sonoridades do jazz , tem já publicados três discos a solo e esteve pré-nomeada para os Grammies em 2010, na categoria de melhor álbum de da world music contemporânea.
Entre as menos conhecidas em Portugal está Maria de Barros, uma cabo-verdiana nascida no Senegal e que vive no EUA. A sua música combina a inspiração da morna com outras sonoridades latinas, nomeadamente a Salsa.
Outros nomes ainda em ascensão são os de Danae (nascida há 26 anos em Cuba, como Mayra Andrade) e Isa Pereira, a qual, embora viva em Cabo Verde desde os primeiros meses de idade, nasceu também em Lisboa. O seu primeiro trabalho discográfico, “Kriola Enkantu”, foi considerado um dos melhores de 2011 em Cabo Verde.
Para Salazar, entregar Goa era como cortar uma mão. Não havia diálogo possível com Nehru, não havia nada a discutir. Ao fim de 14 anos, o primeiro-ministro indiano desistiu. Foi o fim do Estado Português da Índia.
tropas indianas em Goa em 1961
Podia ter sido ontem. Primeiro o som de um avião a sobrevoar a casa, depois, olhos já postos no céu, outro e mais outro. Eram sete da manhã e a invasão de Goa pelas forças indianas estava em marcha desde as primeiras horas do dia 18 de Dezembro. Valentino Viegas desafiou a prudência – é assim aos 19 anos – e passou o tempo na rua, sem perder um segundo do dia que mudou a História.
“Foram três aviões a jacto. E portugueses não eram porque Portugal não os tinha. Passados alguns segundos ouvi bombardeamentos.” É sem esforço que Valentino Viegas, hoje historiador, traz para esta tarde de domingo, no seu apartamento em Benfica, as memórias de uma segunda-feira de 1961 desenrolada a mais de oito mil quilómetros de distância. Havia quem tivesse captado sinais de que alguma coisa estava prestes a acontecer em Goa. Mas muitos, como ele, não acreditavam vir a assistir à entrada de tropas indianas no território.
Equipa catalã venceu o Mundial de Clubes ao bater na final o impotente Santos, com uma goleada por 4-0. Messi ofuscou Neymar. Havia o Santos e Neymar, o melhor jogador brasileiro da actualidade. Mas o que Yokohama mostrou ao mundo foi mais do mesmo: Barcelona e Messi. O clube catalão voltou a vencer – à semelhança de 2009 – e o jogador argentino voltou a ser o melhor e a marcar (apontou dois golos). A goleada, desenhada na primeira parte com três golos (Messi, Xavi e Fàbregas), foi aprimorada com o melhor que Guardiola sabe: posse de bola (acabou com 71 por cento) e uma chuva de golos sobre o Santos (16-8 em remates para a formação espanhola), campeão brasileiro da Taça dos Libertadores. O vencedor da Liga dos Campeões impôs-se ao detentor da mais importante prova da América do Sul. Com esta vitória sobre os campeões sul-americanos, o Barcelona juntou o Mundial de Clubes às conquistas da Liga dos Campeões, Supertaça europeia e Liga espanhola, na última temporada. Antes, o Al Sadd conquistou o terceiro lugar na competição ao bater o Kashiwa Reysol, por 5-3, no desempate através de grandes penalidades. Neymar, no final, estava rendido ao futebol do adversário. “Hoje, aqui, aprendemos a jogar futebol, levámos uma lição. O Barcelona ensinou como se joga futebol. Não importa mais o que foi feito, mas sim chegar aqui deopis de muitas batalhas e sermos a segunda melhor equipa do mundo. Guardiola disse que perdeu muito para começar a ganahr, espero que isto nos aconteça também”, analisou. Já Puyol, capitão do Barça, era o rosto da felicidade. “Fizemos um jogo muito bom. Pareceu que facil mas não foi, houve muita intensidade e um ritmo muito alto. Controlámos o jogo de início ao fim. Dedicamos a vitoria a Villa que não pôde estar aqui”.
Santos 0 Barcelona 4
Jogo disputado no Jogo no Estádio Nissan, em Yokohama (Japão) Assistência: 68.166 espectadores
Santos Rafael Cabral, Danilo (Elano, 31), Edu Dracena, Bruno Rodrigo, Durval, Henrique, Arouca, Leo, Ganso, Neymar e Borges. (Suplentes: Aranha, Elano, Bruno Aguiar, Carvalho, Vinicius, Anderson, Ibson, Alan Kardec, Renteria, Pará e Diogo)
Barcelona Valdes, Dani Alves, Pique (Mascherano), Puyol, Abidal, Busquets, Xavi, Thiago, Iniesta, Fabregas e Messi. (Pinto, Alexis, Mascherano, Keita, Pedro, Jonathan, Maxwell, Adriano, Fontas e Cuenca).
Árbitro: Ravshan Irmatov (Uzbequistão). Amarelos: Piqué (38), Mascherano (70), Ganso (72) e Edu Drácena (73)
Historial do Mundial de Clubes, competição que sucedeu à Taça Intercontinental
Taça Intercontinental:
1960 - Real Madrid (Esp). 1961 - Peñarol (Uru). 1962 - Santos (Bra). 1963 - Santos (Bra). 1964 - Inter Milão (Ita). 1965 - Inter Milan (Ita). 1966 - Peñarol (Uru). 1967 - Racing Club (Arg). 1968 - Estudiantes (Arg). 1969 - AC Milan (Ita). 1970 - Feyenoord (Hol). 1971 - Nacional (Uru). 1972 - Ajax (Hol). 1973 - Independiente (Arg). 1974 - Atletico Madrid (Esp). 1975 – não se disputou. 1976 - Bayern Munique (Ale). 1977 - Boca Juniors (Arg). 1978 – não se disputou. 1979 - Olimpia (Par). 1980 - Nacional (Uru). 1981 - Flamengo (Bra). 1982 - Peñarol (Uru). 1983 - Grêmio Porto Alegre (Bra). 1984 - Independiente (Arg). 1985 - Juventus (Ita). 1986 - River Plate (Arg). 1987 - FC PORTO (POR). 1988 - Nacional (Uru). 1989 - AC Milan (Ita). 1990 - AC Milan (Ita). 1991 – Estrela Vermelha (Ser). 1992 - Sao Paulo (Bra). 1993 - Sao Paulo (Bra). 1994 - Velez Sarsfield (Arg). 1995 - Ajax (Hol). 1996 - Juventus (Ita). 1997 - Borussia Dortmund (Ale). 1998 - Real Madrid (Esp). 1999 - Manchester United (Ing). 2000 - Boca Juniors (Arg). 2001 - Bayern Munique (Ale). 2002 - Real Madrid (Esp). 2003 - Boca Juniors (Arg). 2004 - FC PORTO (POR).
Mundial de Clubes:
2000 - Corinthians (Bra). 2005 - São Paulo (Bra). 2006 – Internacional Porto Alegre (Bra). 2007 - AC Milan (Ita). 2008 - Manchester United (Ing). 2009 – FC Barcelona (Esp). 2010 - Inter Milan (Ita). 2011 - FC Barcelona (Esp).
Vaclav Havel, o ex-presidente checo e herói da luta que pôs fim à Guerra Fria, morreu hoje de madrugada, aos 75 anos, durante o sono, na sua casa de fim-de-semana no norte do seu país.
A notícia foi avançada em Praga pela sua porta-voz, Sabina Tancevova. Fumador inveterado, Vaclav Havel venceu um cancro no pulmão nos anos 90. No início de 2009, foi obrigado a permanecer hospitalizado depois de uma pequena cirurgia à garganta o ter deixado com sérios problemas respiratórios.
Há muito afastado da vida pública por causa da sua doença, Havel foi um escritor de intervenção contra o regime, o artesão da “Revolução de Veludo” anticomunista de 1989 e o primeiro chefe do Estado democraticamente eleito após quatro décadas de repressão, entre 1989 e 2003.
Foi, aliás, durante a sua presidência, em 1993, que a Checoslováquia se dividiu pacificamente entre a República Checa e a Eslováquia. Vaclav Havel foi o responsável pela transição do anterior sistema soviético para um regime democrático e uma economia de mercado – um processo acidentado, mas pelo qual recolheu elogios, galardões e homenagens no seu país e no mundo.
Nascido em Praga a 5 de Outubro de 1936, Vaclav Havel viu as posses da sua família abastada serem confiscadas durante as nacionalizações comunistas de 1948. Apesar de ficar inesperadamente pobre, a família ainda era considerada "burguesa" pelo regime, pelo que não foi permitido a Vaclav prosseguir os estudos secundários. Havel matriculou-se na escola nocturna e terminou a trabalhar no teatro.
Tímido e estudioso – e também um jovem do seu tempo, que tinha entre os seus preferidos o músico norte-americano Frank Zappa – Havel tornou-se um escritor e dramaturgo. A sua intervenção política começou logo após a invasão soviética de 1968 que pôs fim à chamada Primavera de Praga – um processo de reformas encetado por Alexander Dubcek e outros líderes comunistas da então Checoslováquia. O seu método foi sempre o da literatura: Vaclav Havel escreveu uma série de peças, ensaios e análises sobre o comunismo, que imediatamente foram proibidas por Moscovo.
O mês de Janeiro de 1977 marca o arranque do seu activismo político, com a assinatura do manifesto pelos direitos humanos “Capítulo 77”. Um ano mais tarde, o seu ensaio “O Poder e os Sem Poder”, que consagrou o seu estatuto de dissidente político, abria com uma citação do Manifesto Comunista: “Há um espectro a assombrar a Europa de Leste; o espectro daquilo que no Ocidente é denominado por dissidência”, escreveu. Nessa obra, insurgia-se contra a “ditadura do ritual”, e fantasiava sobre um futuro em que os cidadãos redescobriam a sua “identidade e dignidade suprimida”.
A sua aberta oposição ao regime custou-lhe vários anos passados nas cadeias comunistas. “Cartas para Olga”, um livro reunindo as cartas que escreveu à sua mulher da prisão, tornou-se uma das suas obras mais conhecidas (Olga Havlova morreu de cancro em 1996).
Foi durante as manifestações de Praga em Agosto de 1988 – durante o 20º aniversário do Pacto de Varsóvia – que o seu estatuto político ficou claro. Milhares de jovens saíram para a rua, gritando o seu nome e do seu herói, Tomas Garrigue Masaryk, o primeiro Presidente da Checoslováquia depois da fundação do país em 1918.
A onda de protestos populares em seu nome levou-o mais uma vez à prisão. Em Janeiro de 1989, com o regime comunista já em colapso, o seu julgamento atraiu as atenções internacionais, e a pressão política foi de tal maneira intensa que as autoridades aceitaram a sua libertação.
Uma semana após a queda do muro de Berlim, em Novembro de 1989, Vaclav Havel e outros famosos opositores checoslovacos criavam um movimento político. As manifestações na rua prosseguiram, reclamando a mudança de regime.
A 29 de Dezembro, o Parlamento da Checoslováquia (ainda comunista) elegia Vaclav Havel para a Presidência do país. Na sua mensagem de Ano Novo à população, transmitida pela televisão, o escritor resumia numa metáfora os efeitos de 40 anos de repressão comunista: “Éramos um povo soberano e talentoso, e o regime transformou-nos em pequenos parafusos de uma máquina monstruosa, podre e barulhenta”.Havel liderou, então, o movimento de transição para um novo regime aberto e democrático, nunca se abstendo de denunciar as deficiências da sociedade checoslovaca, fiel à sua máxima “O que o coração pensa, a língua diz”.
Mas os desafios pós-revolucionários foram tremendos, e pouco tempo depois Vaclav Havel apresentou a demissão, classificando como um “falhanço pessoal” o irreversível processo de desagregação da federação checoslovaca.
O eleitorado não lhe deu razão, e apoiou-o para um novo mandato como Presidente da recém-criada República Checa, um cargo que ocupou até 2003.
Ao longo dessa década, Vaclav Havel assinou os acordos de adesão da República Checa à NATO e à União Europeia. Também viveu momentos de dificuldade e tumulto pessoal: depois da morte da mulher, em 1996, Havel perdeu um terço do pulmão direito numa operação para remover um tumor maligno. Deixou de fumar, e causou surpresa ao casar de novo, com a actriz Dagmar Veskrnova, 20 anos mais nova.
A sua vida pública pós-presidencial manteve-se rica, e Vaclav Havel tornou-se o porta-voz de de causas humanitárias, como “embaixador global da consciência”. Em 2003, destacou-se pelo seu apoio ao plano de invasão do Iraque do Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush – o ex-secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, considerou-o então como parte da “Nova Europa”, por oposição aos países da “Velha Europa” que se opuseram à guerra.
Em 2008, Vaclav Havel viu subir à cena uma nova peça sua “De saída”, que dava conta dos dilemas de um líder político no momento de abandonar o cargo. A obra foi aclamada pela crítica. Público
Este artigo apresenta um facto histórico indiscutível: onde quer que o islão se instale, ele sufoca e aniquila a cultura nativa. Isto aconteceu no passado e está a acontecer hoje em dia. Quando ouvires dizer que o islão é a ‘religião que mais cresce no mundo’, isso significa que, nos países onde ele cresce, destrói-se a cultura nativa. O seu padrão de vida (ou o padrão de vida dos seus filhos e netos) está em jogo se não te instruíres e resistires.
Acerca da morte de Maomé, no ano 632 DC, o islão havia usado de persuasão e jihad para subjugar a Arábia. O aniquilamento da cultura nativa da Arábia é Sunna, ou seja, um acto praticado por Maomé, e deste modo, um exemplo perfeito para todos os tempos e para todos os muçulmanos. Dizendo de outro modo, a teoria política do islão consiste no aniquilamento da civilização do kafir (palavra em árabe que indica todos os não-muçulmanos). Como esta teoria política funcionou no passado histórico? Como esta teoria de aniquilamento funciona hoje?
Existem registos da última jihad de Maomé contra os cristãos que habitavam o norte da Arábia. Depois da morte de Maomé, Umar, o Segundo Califa, tomou para si a jihad contra os cristãos e desenvolveu-a numa guerra total, que resultou na conquista de metade do mundo cristão da época. Mas esta conquista foi apenas o começo da transformação política. A lei islâmica (Sharia) foi colocada em prática e os cristãos kafirs tornaram-se dhimis (cidadãos de terceira-classe). Mas Umar não conseguiu conquistar a Anatólia, um lugar conhecido hoje como a Turquia. Por séculos, o islão atacou a Anatólia até finalmente conquistar Constantinopla, hoje Instambul, Turquia.
A figura em baixo mostra a história de aniquilação da civilização cristã grega (e arménia) da Anatólia.Esta figura, que mostra o crescimento demográfico do islão, ensina-nos muitas coisas. A primeira lição é que o processo de aniquilamento levou vários séculos. Algumas pessoas pensam que quando o islão invadiu, os kafirs tiveram a escolha entre conversão ou morte. Não, absolutamente não. A lei islâmica (Sharia) foi colocada em prática e os cristãos dhimiscontinuaram a ter o estatuto de “protegidos” por serem o Povo do Livro, vivendo sob aSharia. Os dhimis pagavam impostos muito altos, não podiam ser testemunhas em tribunais, não podiam ter nenhuma posição de autoridade sobre os muçulmanos e eram humilhados socialmente. Um dhimi tinha que dar passagem a um muçulmano, oferecer o seu assento, não podia ter uma arma e tinha que se submeter aos muçulmanos de todos os modos. Ao longo dos séculos, a degradação, a falta de direitos e os impostos cobrados aos dhimislevaram os cristãos a converter-se ao islão. Foi a Sharia que destriui os dhimis.
Repara para onde a curva está direccionada - 100% islão, exactamente como na Arábia. Hoje, a Turquia é 99,7% muçulmana. As civilizações cristã e grega da Anatólia se foram. Elas foram aniquiladas.
O que é trágico é que parece que ninguém sabe ou não se interessa. O movimento Fethullah Gülen (a versão turca da Irmandade Muçulmana) de hoje paga para os ministros e os pastores cristãos irem à Turquia para verem um país islâmico tolerante, onde os cristãos vivem em plena harmonia com o islão. E esses ministros e pastores retornam falando sobre como a sociedade turca é maravilhosa e como os cristãos são bem tratados por lá. Afinal, 0,3% da população turca é composta de cristãos que ainda estão lá, na maravilhosa Turquia.
Olha para as duas outras terras cristãs - Líbano e Kosovo. Os dados apresentados nas figuras em baixo cobrem apenas os tempos modernos e não se vê o começo, como feito com respeito à Turquia. Vê para onde estas áreas estão a ir. Daqui a algumas algumas décadas, tanto o Líbano quanto o Kosovo serão 100% islâmicos e mais duas civilizaçõeskafir terão sido aniquiladas.É uma terrível ironia que alguns cristãos olhem para a destruição do Cristianismo dizendo que “aqueles” não eram verdadeiros cristãos. De facto, esta foi a primeira reacção para a conquista islâmica dos primeiros cristãos, condenando-se “aqueles outros” cristãos como heréticos e dizendo que a jihad estava apenas a limpar o jardim de falsas doutrinas.
Em baixo são apresentadas duas novas figuras demográficas:Tanto o Paquistão quanto Bangladesh eram culturas hindus. Agora, estes países são islâmicos e os poucos hindus e cristãos restantes são perseguidos todos os dias. Enquanto que os não-muçulmanos não fazem distinção grande entre religiões, o islão vê-as todas como kafirs. Ortodoxos são kafirs, protestantes são kafirs, hindus são kafirs, ateístas são kafirs. Todas as civilizações kafirs devem ser aniquiladas. Isto é Sunna (Sunnasignifica um comportamento que vem do exemplo de Maomé; Maomé é o perfeito exemplo de conduta, para todos os tempos).
Uma análise de todas estas figuras permite vislumbrar uma feição interessante. Uma vez que se tenha iniciado, a islamização nunca reverte. O islão nunca bate em retirada. Vagarosamente, ano a ano, século a século, a civilização nativa dos kafirs desaparece e nunca consegue voltar, nunca consegue reverter os ganhos do islão.
Existe apenas uma excepção para esta regra - força e aceitação da guerra. Por duas vezes na história o islão foi expulso, da Península Ibérica e da Europa Oriental.
Hoje, nós vemos uma abordagem diferente com respeito ao islão do aniquilamento. Nós ignoramos a história de aniquilação e dizemos que tudo o que precisamos fazer é amar os muçulmanos e eles viverão em harmonia, numa maravilhosa civilização multicultural. Estamos diante de um padrão histórico de 1400 anos, sem uma única excepção à regra de aniquilamento, e nós vamos repeli-la com um sorriso e um abraço. “Tudo o que tu precisas é de amor; amor é o que tu precisas; tudo o que tu precisas é de amor; amor é o que tu precisas,” diz a letra da música. Vamos repetir isso várias vezes e isso fará com que a doutrina de aniquilamento se vá embora. Na verdade, do jeito que isso funciona é que a história nunca é conhecida. É um cliché dizer que aqueles que ignoram a história estão condenados a repeti-la. Isso é um cliché mas é a verdade. Nós temos os nossos pés, enquanto civilização, no caminho do aniquilamento, hoje, porque nós nos recusamos a conhecer a história.
Qual é a lição? É que o islão, o mesmo islão que nos tentam convençer como algo pacífico, é na verdade destinado a destruir todas as civilizações dos kafir. Apenas se os kafirscompreenderem que o objectivo do islão é a aniquilação da sua cultura, este processo pode ser parado. O islão está em guerra contra os kafirs e os kafirs estão a tentar ser bonzinhos sob pena da sua destruição. O islão está em guerra, e nós somos bonzinhos. Maomé teve um sonho que está se a realizar enquanto nós dormimos. Fontes:
Nós não queremos mesmo Lisboa a ser consumida pelas labaredas. O que nós queremos é dizer, em voz bem alta, que estamos fartos de ser chulados.
Há alguns anos (não muitos), com os ânimos incendiados pela vã tentativa do estado-maior benfiquista de quebrar a hegemonia portista com manobras na secretaria, esteve em voga a palavra de ordem "Nós só queremos Lisboa a arder".
A provocação não caiu no goto da generalidade dos residentes na capital, pelo que amiúde alguns lisboetas, meus amigos ou conhecidos, perguntavam-me se também eu achava bem a ideia de pegar fogo à sua cidade.
"Não. Lisboa é uma bela cidade. O que defendo é o uso de uma bomba de neutrões, de modo a preservar o magnífico património edificado". Foi esta a resposta que formatei para dar nessas ocasiões. Quando a pergunta não é séria, sinto-me desobrigado de responder a sério.
Neste novo século, trabalhei oito anos em Lisboa, uma das mais bonitas cidades do Mundo, pela qual é muito fácil uma pessoa ter uma paixão fugaz e à primeira vista.
Estou imensamente feliz por o JN me ter proporcionado voltar a viver na cidade que amo e onde nasci, mas não posso negar que, de vez em quando, ainda sinto uma pontinha de saudade de alguns pequenos prazeres que Lisboa pode oferecer, como um fim de tarde no miradouro da Graça, petiscar ao almoço uma sanduíche de rosbife e um copo de branco no terraço do Regency Chiado, ou tomar o café matinal na esplanada da Ponta do Sal, em S. Pedro do Estoril.
Quando alguém é incapaz de diferenciar se estamos a falar em sentido estrito ou figurado, geram-se situações embaraçosas e terríveis mal-entendidos. Ninguém quer mesmo Lisboa a arder. O que queremos a arder, num fogo purificador, é a governação centralista que empobrece o Norte e desgraça o país.
O modelo centralista de pôr todas as fichas em Lisboa, partilhado por todos os partidos do arco da governação, é o responsável por 2000-2010 ter sido a pior década de Portugal desde 1910-20 - anos terríveis em que vivemos uma guerra mundial, golpes de Estado e a epidemia da gripe espanhola.
Na primeira década deste século, o crescimento médio anual da nossa economia foi de 0,47%, apesar do afluxo diário médio de seis milhões de euros de Bruxelas, que valiam todos os anos 2% do PIB.
Já ultrapassado pelo Alentejo e Açores, o Norte é a região mais pobre do país, apesar de ser a que mais contribui para a riqueza nacional, com 28,3% do PIB, logo a seguir a Lisboa e Vale do Tejo, com uns 36% enganadores, já que aí está contabilizada a produção feita noutras partes do país pelas grandes companhias nacionais e multinacionais com sede na capital.
Quando leio (ver página 2) que ao abrigo do famoso efeito de dispersão - uma vigarice inventada para desviar para Lisboa fundos comunitários - dinheiro destinado às regiões mais pobres está a ser usado pelos serviços gerais e de documentação da Universidade de Lisboa, dá-me vontade de ir para a rua gritar "Nós só queremos Lisboa a arder".
Não. Nós não queremos mesmo Lisboa a ser consumida pelas labaredas. O que queremos é dizer que estamos fartos de ser chulados e já é tempo de impedir que Portugal continue a arder em lume brando, por culpa de governantes incompetentes ou corruptos.