Kim Clijsters, rainha por mais um ano em Nova Iorque
por A-24, em 12.09.10
A belga Kim Clijsters, segunda cabeça de série, conquistou o seu terceiro título no Open dos Estados Unidos em ténis, repetindo os triunfos de 2005 e 2009, após uma final em que bateu sem dificuldade a russa Vera Zvonareva.
Quando ganhou o Open dos EUA de 2009, dois meses apenas depois do regresso ao circuito, Kim Clijsters surpreendeu todos com a qualidade do ténis mas também graças à atitude tranquila, de quem tinha sido mãe e o ténis deixara de ser o mais importante da sua vida. Ao regressar a Flushing Meadows, no bairro nova-iorquino de Queen"s, a belga revalidou o estatuto de rainha dos hardcourts.
"Foi tão reconfortante, saber que estava a jogar o meu melhor, ou ainda mais, quando precisei", admitiu Clijsters, após derrotar Vera Zvonareva, por 6-2, 6-1 em 59 minutos - a final mais desequilibrada desde que Chris Evert bateu Evonne Goolagong, por 6-3, 6-0, em 1976. "Stosur, Venus e também hoje [ontem], a cada encontro fui, gradualmente, sentido-me melhor", acrescentou a belga, que somou a 21.ª vitória consecutiva no Open, a que correspondem os triunfos em 2005, 2009 e 2010. Depois de casar, em 2007, com o ex-basquetebolista norte-americana Brian Lynch, a belga adoptou os EUA como segunda casa e é com esse conforto que defendeu o título, sem ceder qualquer set.
Clijsters recebeu um cheque de 1,3 milhões de euros - a que foram somados mais 395 mil euros de bónus pelos resultados nos torneios anteriores disputados na América do Norte - e, pelo segundo ano consecutivo, posou para os fotógrafos com a filha Jada.
Para trás, ficou uma metade da carreira pontuada por duas finais em Roland Garros (2001 e 2003), onde o seu ténis baseado na consistência do fundo do court parecia render mais. Mas seria no Open dos EUA que percebeu que o seu jogo era mais eficiente. Logo em 2003, atingiu a final, onde perderia para a compatriota e rival Justine Hénin. Desde então, não perdeu mais nenhum encontro. Nos outros Grand Slams, só conseguiria voltar a atingir uma final, em 2004, no Open da Austrália, cujos courts são semelhantes aos de Flushing Meadows.
Apesar do triunfo nos EUA, Clijsters vai, incompreensivelmente, descer do terceiro para o sétimo lugar no ranking mundial. Já a russa, sobirá do oitavo para o quarto posto.
Praticamente a jogar em casa, a belga de 27 anos, radicada na vizinha New Jersey e "adoptada" pelo público nova-iorquino, venceu por 6-2 e 6-1, sem dar qualquer hipótese a Zvonareva, sétima pré-designada, alcançando o seu 21.º triunfo consecutivo em Flushing Meadows.
Experiência e desilusão
“A minha experiência ajudou-me, já que esta era a minha sétima final num Grand Slam. Eu disputei muitas finais antes de atingir o ponto de ganhar uma em torneios do Grans Slam [4]. Vera [Zvonareva] vai chegar lá se continuar assim”, afirmou Clijsters, consolando a adversária.
A número oito mundial não escondia a desilusão por sair derrotada pela segunda vez seguida numa final de um dos quatro "majors", após ter perdido o título de Wimbledon para Serena Williams.
Ainda mais porque esta, com apenas 59 minutos, foi a final mais rápida desde que a duração dos encontros passou a ser registada, em 1980. “Kim jogou super bem. Ela merece completamente esta vitória. Estou triste, mas continuo a adorar Nova Iorque”, afirmou a russa.
Clijsters não perdeu qualquer encontro em Nova Iorque desde a derrota na final de 2003 face à compatriota Justin Henin. Vencedora em 2005 e 2009, a belga esteve ausente por lesão em 2004 e 2007 e retirou-se da competição em 2007 e 2008, antes de decidir regressar aos "courts" em Agosto de 2009 para triunfar em Nova Iorque um mês depois, batendo a dinamarquesa Caroline Wozniacki na final.
Tal como no ano passado, Jada, filha de Kim Clijsters nascida há dois anos e meio do casamento com o basquetebolista norte-americano Brian Lynch, acompanhou a mãe no "court" do estádio Arthur Ashe após a entrega do troféu, mas manteve o silêncio ao microfone. A belga aproveitou para agradecer aos mais chegados e deixar uma palavra aos nova-iorquinos em dia de aniversário dos atentados de 11 de Setembro.
“Há nove anos, o mundo mudou. Foi uma honra jogar aqui e oferecer-vos um pouco de distracção neste dia”, afirmou Clijsters, que se tornou a primeira jogadora a conseguir defender um título do Open dos EUA desde que a norte-americana Venus Williams alcançou um segundo triunfo seguido em 2001.
O triunfo não vai, no entanto, permitir-lhe progredir na tabela WTA. Pelo contrário, vai cair de terceiro para quinto lugar, devido aos resultados de Zvonareva, que vai ascender à quarta posição, e da semi-finalista Venus Williams, que sobe a terceiro.
Em relação ao encontro, o equilíbrio durou apenas até ao 2-2 no primeiro "set", antes de Clijsters conseguir um "break" para colocar o resultado em 4-2. Implacável na resposta aos ataques, a belga enervou Zvonareva, que perdeu o discernimento e começou a cometer demasiados erros (24 faltas directas). A 5-2, novo "break" e primeira partida ganha em 27 minutos.
O figurino não se alterou no segundo "set". Impaciente face à "omnipresença" de Clijsters no campo, Zavonareva perdeu o seu serviço no segundo jogo com uma dupla falta e a belga chegou à vantagem de 3-1. A russa ainda reagiu, dispôs de uma bola de "break", mas a belga anulou-a com um ás, acabando com a resistência da adversária.
De novo com uma dupla falta, Zvonareva ofereceu o seu serviço no sexto jogo (5-1) e no seguinte falhou nova oportunidade de "break", permitindo a Clijsters um final de encontro tranquilo.
"Foi tão reconfortante, saber que estava a jogar o meu melhor, ou ainda mais, quando precisei", admitiu Clijsters, após derrotar Vera Zvonareva, por 6-2, 6-1 em 59 minutos - a final mais desequilibrada desde que Chris Evert bateu Evonne Goolagong, por 6-3, 6-0, em 1976. "Stosur, Venus e também hoje [ontem], a cada encontro fui, gradualmente, sentido-me melhor", acrescentou a belga, que somou a 21.ª vitória consecutiva no Open, a que correspondem os triunfos em 2005, 2009 e 2010. Depois de casar, em 2007, com o ex-basquetebolista norte-americana Brian Lynch, a belga adoptou os EUA como segunda casa e é com esse conforto que defendeu o título, sem ceder qualquer set.
Clijsters recebeu um cheque de 1,3 milhões de euros - a que foram somados mais 395 mil euros de bónus pelos resultados nos torneios anteriores disputados na América do Norte - e, pelo segundo ano consecutivo, posou para os fotógrafos com a filha Jada.
Para trás, ficou uma metade da carreira pontuada por duas finais em Roland Garros (2001 e 2003), onde o seu ténis baseado na consistência do fundo do court parecia render mais. Mas seria no Open dos EUA que percebeu que o seu jogo era mais eficiente. Logo em 2003, atingiu a final, onde perderia para a compatriota e rival Justine Hénin. Desde então, não perdeu mais nenhum encontro. Nos outros Grand Slams, só conseguiria voltar a atingir uma final, em 2004, no Open da Austrália, cujos courts são semelhantes aos de Flushing Meadows.
Apesar do triunfo nos EUA, Clijsters vai, incompreensivelmente, descer do terceiro para o sétimo lugar no ranking mundial. Já a russa, sobirá do oitavo para o quarto posto.
Praticamente a jogar em casa, a belga de 27 anos, radicada na vizinha New Jersey e "adoptada" pelo público nova-iorquino, venceu por 6-2 e 6-1, sem dar qualquer hipótese a Zvonareva, sétima pré-designada, alcançando o seu 21.º triunfo consecutivo em Flushing Meadows.
Experiência e desilusão
“A minha experiência ajudou-me, já que esta era a minha sétima final num Grand Slam. Eu disputei muitas finais antes de atingir o ponto de ganhar uma em torneios do Grans Slam [4]. Vera [Zvonareva] vai chegar lá se continuar assim”, afirmou Clijsters, consolando a adversária.
A número oito mundial não escondia a desilusão por sair derrotada pela segunda vez seguida numa final de um dos quatro "majors", após ter perdido o título de Wimbledon para Serena Williams.
Ainda mais porque esta, com apenas 59 minutos, foi a final mais rápida desde que a duração dos encontros passou a ser registada, em 1980. “Kim jogou super bem. Ela merece completamente esta vitória. Estou triste, mas continuo a adorar Nova Iorque”, afirmou a russa.
Clijsters não perdeu qualquer encontro em Nova Iorque desde a derrota na final de 2003 face à compatriota Justin Henin. Vencedora em 2005 e 2009, a belga esteve ausente por lesão em 2004 e 2007 e retirou-se da competição em 2007 e 2008, antes de decidir regressar aos "courts" em Agosto de 2009 para triunfar em Nova Iorque um mês depois, batendo a dinamarquesa Caroline Wozniacki na final.
Tal como no ano passado, Jada, filha de Kim Clijsters nascida há dois anos e meio do casamento com o basquetebolista norte-americano Brian Lynch, acompanhou a mãe no "court" do estádio Arthur Ashe após a entrega do troféu, mas manteve o silêncio ao microfone. A belga aproveitou para agradecer aos mais chegados e deixar uma palavra aos nova-iorquinos em dia de aniversário dos atentados de 11 de Setembro.
“Há nove anos, o mundo mudou. Foi uma honra jogar aqui e oferecer-vos um pouco de distracção neste dia”, afirmou Clijsters, que se tornou a primeira jogadora a conseguir defender um título do Open dos EUA desde que a norte-americana Venus Williams alcançou um segundo triunfo seguido em 2001.
O triunfo não vai, no entanto, permitir-lhe progredir na tabela WTA. Pelo contrário, vai cair de terceiro para quinto lugar, devido aos resultados de Zvonareva, que vai ascender à quarta posição, e da semi-finalista Venus Williams, que sobe a terceiro.
Em relação ao encontro, o equilíbrio durou apenas até ao 2-2 no primeiro "set", antes de Clijsters conseguir um "break" para colocar o resultado em 4-2. Implacável na resposta aos ataques, a belga enervou Zvonareva, que perdeu o discernimento e começou a cometer demasiados erros (24 faltas directas). A 5-2, novo "break" e primeira partida ganha em 27 minutos.
O figurino não se alterou no segundo "set". Impaciente face à "omnipresença" de Clijsters no campo, Zavonareva perdeu o seu serviço no segundo jogo com uma dupla falta e a belga chegou à vantagem de 3-1. A russa ainda reagiu, dispôs de uma bola de "break", mas a belga anulou-a com um ás, acabando com a resistência da adversária.
De novo com uma dupla falta, Zvonareva ofereceu o seu serviço no sexto jogo (5-1) e no seguinte falhou nova oportunidade de "break", permitindo a Clijsters um final de encontro tranquilo.